Discurso durante a 170ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao Sr. Adib Jatene, falecido recentemente; e outro assunto.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CALAMIDADE PUBLICA, GOVERNO FEDERAL. HOMENAGEM, SAUDE.:
  • Homenagem ao Sr. Adib Jatene, falecido recentemente; e outro assunto.
Aparteantes
Antonio Aureliano, Lídice da Mata.
Publicação
Publicação no DSF de 20/11/2014 - Página 93
Assunto
Outros > CALAMIDADE PUBLICA, GOVERNO FEDERAL. HOMENAGEM, SAUDE.
Indexação
  • REGISTRO, SOLIDARIEDADE, MUNICIPIO, TARAUACA (AC), ESTADO DO ACRE (AC), MOTIVO, INUNDAÇÃO, RIO, ANUNCIO, AUDIENCIA, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, PEDIDO, AJUDA DE CUSTO, GOVERNO FEDERAL, DEFESA CIVIL.
  • HOMENAGEM POSTUMA, MEDICO, EX MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), ELOGIO, VIDA PUBLICA, ENFASE, AREA, SAUDE, MOTIVO, PIONEIRO, CIRURGIA, CRIAÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PROVISORIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF), SOLICITAÇÃO, TRANSCRIÇÃO, ANAIS DO SENADO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, FOLHA DE S.PAULO, ASSUNTO, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, ESTADO DO ACRE (AC).

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, meus companheiros do Acre que me acompanham pela Rádio e pela TV Senado, eu queria, daqui, mais uma vez, prestar minha solidariedade à população de Tarauacá, Município que está enfrentando o maior desastre natural de sua história, por conta da cheia do Rio Tarauacá e Rio Muru. Sei que o Governador Tião Viana tem feito todo o esforço no sentido de ajudar o Prefeito, Rodrigo Damasceno, ajudar a população de Tarauacá. Amanhã - eu estava falando com a Deputada Federal Perpétua, ela vai hoje à Defesa Civil -, eu tenho uma audiência com o Ministro da Integração, no sentido de pedir que, imediatamente, o Governo Federal entre com o socorro através da Defesa Civil, para dar as condições necessárias, a fim de que o Município enfrente esse momento de tanta dificuldade.

            Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu venho usar a tribuna para, de alguma maneira, prestar uma homenagem ao médico, acriano, brasileiro, um cidadão do mundo, um exemplo de servidor público, de profissional, que o Brasil perdeu. Refiro-me ao Dr. Adib Jatene.

            O Brasil o perdeu nesta semana, e, aos 85 anos, ele nos deixou exatamente por um problema no coração. Ele mesmo deu o diagnóstico do problema de saúde que enfrentava.

            Eu tive o prazer, o privilégio de ter uma convivência com ele, de aprender, nas oportunidades em que me encontrei e conversei com ele.

            O Dr. Adib Jatene é um cidadão que venceu na vida e deixou um belíssimo legado. Ele foi pioneiro na realização da mais complexa cirurgia do coração: as pontes de safena.

            Pode ser que o Brasil ou que muita gente no Brasil não saiba que o Dr. Adib Jatene era um acriano de Xapuri. Nasceu em 04 de junho de 1929.

            Ele deixou quatro filhos e três deles são médicos: Drª Ieda, Dr. Marcelo e o Dr. Fábio Jatene, com quem, aliás, eu tenho uma relação também. Há pouco tempo, ele operou o meu pai. É um dos grandes cirurgiões do Brasil. Na última vez em que encontrei com o Dr. Fábio Jatene, conversamos muito sobre a saúde do Dr. Adib.

            Obviamente, o Dr. Adib era uma pessoa que se cuidava: não fumava, fazia exercícios, era uma atleta, e, de certa forma, para os dias de hoje, se foi muito cedo, com 85 anos. Era casado com D. Aurice Jatene e filho de um seringueiro e de uma pequena comerciante em Xapuri, onde tinha uma loja de secos e molhados.

            O Dr. Adib Jatene era um dos acrianos que mais nos orgulhavam. Ele falava com muita satisfação de ter vindo das entranhas da floresta do Acre e de ter ido estudar. Ele passou por muitas dificuldades, por ser filho de uma família muito pobre, para vencer. Depois, tornou-se uma referência no País e no mundo, a partir do conhecimento que tinha em uma área que é muito disputada, que é a área médica.

            Foi Ministro da Saúde e, durante o Governo Fernando Henrique, criou a CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira. Ele encontrou ali uma fórmula - até hoje entendo assim - para financiar a saúde, que é tão carente de recursos, com a participação de todos. Lamentavelmente, com os embates ideológicos da economia, alguns que defendem uma política mais neoliberal e acham que o mercado resolve tudo disseram: “Não pode haver uma contribuição financeira em que todos contribuem para a saúde.” Eu não era Senador à época - foi aqui, nesta Casa, que a CPMF caiu -, mas, na minha opinião, sigo repetindo: um dos grandes equívocos do País foi ter extinguido a CPMF.

            Ela poderia ter sido aperfeiçoada, de fato, ainda no governo do PSDB, quando foi criada, mesmo contra a vontade do governo, porque o próprio Presidente Fernando Henrique Cardoso era contra a criação, em um primeiro momento. O Dr. Adib Jatene foi um lutador pela CPMF. Depois, o Presidente Fernando Henrique concordou, e, assim, surgiu um mecanismo que poderia, nos dias de hoje, colocar mais de R$100 bilhões para financiar a saúde.

            O argumento que ele sempre rechaçou: “O problema da saúde não é dinheiro; o problema da saúde é gestão.” É fato que temos gravíssimos problemas de gestão, mas o problema da saúde é falta de dinheiro também. Cada vez os tratamentos estão ficando mais especializados e mais caros. Quem é que pode pagar um tratamento de saúde? Não existe milionário para a saúde. Milionário, talvez; mas, rico, não. Pessoas de classe média, que é grande parte da população brasileira, dos mais pobres não têm nenhuma chance de ter um adequado tratamento, se não tiver dinheiro, se não tiver um bom plano de saúde.

            O Brasil tem um sistema que é uma referência no mundo, que é o SUS. Os problemas do SUS, de fato, são dois: ter uma boa gestão e ter financiamento, porque, no mais, ele é um sistema que, de fato, é uma referência. É muito engenhosa a criação do SUS - Sistema Único de Saúde.

            O Dr. Adib Jatene deixou muitas lições. Ele saiu do Ministério, na época do Governo do PSDB, em que ficou por 22 meses, por conta de atritos com a equipe econômica do governo. Lutava por recursos para poder repassá-los aos Estados e Municípios, a fim de salvar vidas.

            O Dr. Adib Jatene foi elogiado por todos. Ele, de fato, deixou grandes lições.

            Nesta semana, o Dr. Roberto Kalil escreveu um artigo muito bonito na Folha de S.Paulo, que eu li. Vou pedir que conste dos Anais da Casa o artigo do Dr. Roberto Kalil. Li também um outro artigo, o do Dr. Miguel Srougi, a quem também tive o prazer de conhecer e que, talvez, seja uma das maiores referências de oncologia no mundo.

            Desculpe-me, o Dr. Miguel Srougi é urologista.

            O Dr. Roberto Kalil fala de quando, ainda começando a sua carreira profissional, encontrou o Dr. Adib Jatene, nos corredores do hospital - tremendo de nervoso por encontrar o papa, a referência para os médicos cardiologistas do Brasil. Ele logo quebrou o silêncio constrangedor com uma simples pergunta: “Quem é você?”.

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - O Dr. Adib perguntou isso ao Dr. Kalil.

Com a voz trêmula, expliquei que começara a residência e que faria prova para cardiologia naquele ano. Foi então que ele falou uma frase que me marcou para sempre [o Dr. Adib Jatene disse]: “Lembre-se sempre de uma coisa, menino. É importante ser respeitado pelo trabalho e pelos colegas, mas o que mais vale a um médico é ter o respeito dos pacientes”.

            Essa é uma lição muito bonita que o Dr. Adib Jatene nos deixa.

            Ele, também, em uma entrevista que deu, falando sobre a proposta do Governo de mudar o currículo no ensino médico, respondeu:

O ensino médico está formando candidatos à residência médica. Isso estimula a especialização precoce. Precisamos formar um médico capaz de atender a população sem usar a alta tecnologia. [E aqui uma das frases mais importantes dele para todos nós.] O médico precisa se transformar num especialista de gente.

            Há muitas lições em uma resposta dessas.

            Quanto mais especialização, mais caro fica o serviço e mais distante fica das pessoas, mais impessoal... E o Dr. Adib Jatene defendia uma medicina pessoal, conhecer o corpo, conhecer a história do paciente, envolver-se e buscar, ali, entender a causa de um problema de saúde por que a pessoa passa. E ele fala que o bom médico precisa se transformar em um especialista em gente!

            Então, Sr. Presidente, eu queria prestar a minha solidariedade à família, cumprimentar a todos da sua família por terem tido um patriarca, um profissional como o Dr. Adib Jatene na família, e queria fazer uma leitura.

            E o Tião, que é médico, convidou o Dr. Adib Jatene para fazer a mesma viagem que ele fez criança, de Xapuri até Rio Branco, pelo Rio Acre, quando saiu do Acre na busca de conhecimento, tendo depois virado o grande cirurgião que o Brasil respeita e em quem se inspira.

            Mais recentemente, em 2010, ele esteve no Acre, a convite também do Governador Tião Viana, para participar de um ato da Academia Acreana de Medicina. E, quando ele voltou dessa viagem ao Acre, escreveu um artigo na Folha de S.Paulo que, para mim, vale muito pela autoridade que ele sempre carregou. E eu queria pedir para constar nos Anais e ler uma parte desse artigo escrito pelo Dr. Adib Jatene sobre as mudanças políticas que o Acre tem vivido nos últimos anos:

O modelo do Acre.

O Acre teve a sorte de contar com pessoas que lhe devolvem a esperança de dias melhores, de recuperar a autoestima e a confiança nas pessoas”.

Recentemente, voltei de viagem-relâmpago a Rio Branco.

            Ele foi participar de um encontro na Academia Acreana de Medicina. “Aproveitei para circular pela cidade” - este é um artigo do Dr. Adib Jatene na Folha de S.Paulo, referindo-se aqui à minha terra, ao meu Estado, à nossa capital, Rio Branco. “Aproveitei para circular pela cidade, apreciar as imensas realizações que ocorreram nos últimos 12 anos.”

            Falo isso porque tive a honra de ter sido Governador por oito anos, desses 12; depois, fui seguido pelo meu Vice e Secretário de Educação, Binho Marques, por mais quatro; e era ali o primeiro ano de governo, estava começando o governo do Tião. E o Dr. Adib Jatene, então, está dando um testemunho, nesse artigo, que vou guardar pela vida toda, vindo esses elogios dele.

            Ele escreveu:

É inacreditável o avanço em termos viários. É a primeira vez que vi avenidas novas, com canteiro central [...] [com ciclovias]. A cidade, que não tinha nenhum prédio, hoje tem [...] [muitos prédios], com até 12 andares [...].

Visitei a exposição [...] [agropecuária - ele gostava muito da boa pecuária -], em que vi um gado nelore que não fica a dever ao de nossas exposições. Soube que foram vendidos, neste ano, perto de mil tratores...

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo /PT - AC) -

... atestando a busca de produtividade que contém o desmatamento. Vi quantidade imensa de toras [de madeira] sendo desdobradas em laminados, numa grande indústria [- a Laminados Triunfo, que foi implantada durante o meu governo -], bem como usadas em fábrica de móveis locais. Visitei uma biblioteca [- e essa biblioteca foi construída quando eu era governador e outra pelo Governador Binho -] como não conheço outra igual em nossas grandes cidades [- de fato, as nossas bibliotecas impressionam -], com uma quantidade de computadores [e livros] a fazer inveja. Vi, na praça fronteira à biblioteca, bancos associados a mesas [com internet]. [...] a cidade inteira tem internet [...].

As escolas que visitei apresentam ambiente de conservação e controle invejáveis. Segundo o Ideb, para os alunos do 6º ao 9º ano, o Acre está em 4º lugar no Brasil. Era o último há 12 anos. Todos os alunos na conclusão do curso médio recebem um netbook.

            Ele fala aqui de algo que, para mim, é muito marcante, porque o Senador Tião Viana me ajudou muito, e nós mudamos fortemente a saúde do Acre. O Dr. Adib Jatene escreveu nesse artigo, na Folha de S.Paulo:

A visita à maternidade, ao Hospital do Câncer, ao Hospital de Clínicas e às Unidades de Pronto Atendimento, uma delas com cem leitos de observação;...

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) -

... o Hospital da Criança sendo reformado, a unidade de prematuros, que consegue viabilizar [...] [e salvar vidas de crianças] de 600 gramas, tudo atestando o zelo com o setor.

Ele fala: Como, em 12 anos, se conseguiu fazer renascer um Acre que, na década de 1920, atraía as atenções do país? Ao longo da minha vida, aprendi a distinguir diferentes grupos políticos. Alguns entram na política para enriquecer, acumular patrimônio, e nisso têm sucesso, em país marcado por impunidade. Outros almejam o poder e se realizam no seu exercício, seja autoritário, seja demagógico, pretendendo serem apreciados e reconhecidos como capazes de oferecer aos amigos benesses em prejuízo do erário público.

            O SR. PRESIDENTE (Kaká Andrade. Bloco Apoio Governo/PDT - SE) - Senador Aureliano, por gentileza, só para registrar a presença aqui dos alunos do curso de Relações Internacionais da Univali (Universidade do Vale do Itajaí), de Santa Catarina.

            Sejam, pois, bem-vindos.

            V. Exª tem a palavra, Senador.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Eu passo já a palavra ao Senador Aureliano, só queria concluir esta parte.

            Ele estava fazendo uma análise sobre a política brasileira e fazendo referência à nossa política que praticamos no Acre:

Mas há pessoas que entram na política para servir, para trabalhar em benefício da população, sem pretender nada além do bom combate, sem esperar recompensa que não seja o respeito da comunidade. O Acre teve a sorte de contar com pessoas assim, que lhe devolvem a esperança de dias melhores, de recuperar a autoestima e, ao lado de desenvolvimento material, recuperar a confiança nas pessoas, não se envergonhar de atuar com comportamento ético e dar aos jovens o exemplo de postura e de convívio social saudável. Estou certo de que o modelo do Acre precisa não só ser conhecido, mas imitado pela geração que ascende ao poder, sem os vícios dos que utilizaram a política de forma degradante, dando aos jovens exemplos de comportamento que devem ser sepultados. Voltei do Acre com a esperança renovada e a certeza...

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) -

... de que com competência, seriedade e vontade de servir, pelo prazer que isto proporciona, pode-se mudar a realidade e repor o privilégio dos princípios sobre os interesses.

            Então, isso é parte de um artigo do Dr. Adib Jatene, que peço para constar dos Anais.

            Com satisfação, ouço o aparte do Senador Aureliano.

            O Sr. Antonio Aureliano (Bloco Minoria/PSDB - MG) - Exmo Senador Jorge Viana, V. Exª faz uma homenagem póstuma ao Dr. Adib Jatene, uma referência para todo o povo brasileiro. Quero dizer a V. Exª que, neste momento em que nós cada vez mais precisamos refletir sobre a medicina praticada no País, V. Exª dá um testemunho claro para este País continental, que é o Brasil, e para o Acre, Estado que V. Exª já governou e que seu irmão governa neste momento, reeleito. Quero dizer a V. Exª que é um orgulho para o povo brasileiro ter tido o Dr. Adib Jatene como um médico e um exemplo de vida. Nós precisamos neste País de homens que norteiem o destino do País, e o Dr. Adib Jatene foi uma referência. E V. Exª faz jus a também fazê-lo, ao exercer sua vocação pública nesta tribuna e no Senado Federal.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Muito obrigado.

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Ouço a Senadora Lídice, que também pede para me apartear.

            A Srª Lídice da Mata (Bloco Apoio Governo/PSB - BA) - Quero destacar o pronunciamento de V. Exª, como sempre muito competente, e dizer que é uma homenagem que o Senado não poderia deixar de fazer a este grande, ilustre médico e homem público. A última vez em que estive com o Dr. Adib Jatene foi, em Salvador, quando ele proferiu uma palestra em defesa do SUS, em uma palestra promovida pela Universidade Federal da Bahia, por meio do Instituto de Saúde Coletiva. Grande homem público que o Brasil realmente perdeu e a Medicina, infelizmente, também. Muito obrigada.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Muito obrigado.

            Sr. Presidente, eu queria, então, encerrar, deixando aqui meus agradecimentos ao Dr. Adib Jatene por tudo o que ele fez pela Medicina deste País, na formação dos médicos e profissionais de saúde deste País.

(Soa a campainha.)

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Quero dizer que estou trabalhando em uma proposta de lei, que estou chamando de Lei Adib Jatene, que busca resgatar, em outros tempos, os princípios da CPMF, compartilhada com todos, que possa ser exclusiva para financiar a saúde pública neste País.

            Em homenagem a ele, estou construindo uma proposta de lei, que vou chamar Adib Jatene, para apresentar nesta Casa, na busca de levar adiante seu ideal de ter um adequado financiamento para a saúde pública no Brasil.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

            O SR. PRESIDENTE (Kaká Andrade. Bloco Apoio Governo/PDT - SE) - Senador Jorge Viana, gostaria de me somar à justa homenagem que V. Exª faz ao ilustre médico Adib Jatene, que, por ironia do destino, passou a vida cuidando do coração do povo e veio a falecer exatamente em face da insuficiência do seu próprio coração.

            O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC. Fora do microfone.) - Eu peço para constar nos Anais o teor do documento.

 

DOCUMENTO ENCAMINHADO PELO SR. SENADOR JORGE VIANA EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210, inciso I e §2º, do Regimento Interno.)

Matéria referida:

            - O Modelo do Acre (Adib Jatene).


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/11/2014 - Página 93