Discurso durante a 118ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a celebrar o aniversário de 65 anos da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (ANFIP).

Autor
Telmário Mota (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a celebrar o aniversário de 65 anos da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (ANFIP).
Publicação
Publicação no DSF de 11/07/2015 - Página 49
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, ASSOCIAÇÃO NACIONAL, AUDITOR FISCAL, RECEITA FEDERAL DO BRASIL.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim; Senadores, Senadoras; ouvintes da Rádio Senado; telespectador e telespectadora da TV Senado; público presente, quero aqui cumprimentar a Mesa, Senador Paim: a Srª Margarida Lopes, a Srª Aurora Maria Miranda, o Sr. João Florêncio Pimenta, o Sr. Edison Guilherme e o Sr. Ademar Borges.

            Sr. Presidente, desde a manhã, eu estava fazendo como no meu Estado, monitorando o horário desta sessão especial, porque, para mim, ela tem três grandes razões para eu estar aqui presente, participando, efetivamente, dessa honrosa lembrança e comemoração dos 65 anos da Anfip.

            Primeiro, porque o Senador Paim é uma pessoa por quem tenho um carinho imensurável, pela pessoa dele, pelo Parlamentar, pelo homem público, pela responsabilidade, pela índole, pelo caráter, pela lealdade e, sobretudo, pela sua humildade, a sua paciência e essa vocação que ele tem para ser um Parlamentar. Acho que o Paim não sabia ser outra coisa, por isso que ele saiu de operário - era o que, Senador Paim?

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Era metalúrgico.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - De metalúrgico para vir para este Parlamento. Essa é uma das razões para prestigiar esse evento.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Ele está dizendo, meus amigos metalúrgicos, que eu estava na profissão errada; eu tinha que ser Deputado ou Senador mesmo.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - É, ele encaixou bem.

            Segundo, vim aqui prestigiar todos os membros da Anfip, porque eu fui, numa instituição financeira privada, auditor por oito anos, e era meu sonho. Implantei, no meu Estado, o controle externo do Tribunal de Contas, quando foi implantado no Estado de Roraima - sou daquele novíssimo Estado -, e sempre tive uma admiração enorme pela auditoria, pela forma como se trabalha. É o âmago; o médico do coração é a auditoria.

            E, principalmente, porque, lamentavelmente, como costumo dizer, o Brasil saiu da ditadura militar para a ditadura da corrupção. Não estou dizendo que é partido A, partido B, que é esse ou aquele segmento, mas temos que ter cuidado, porque o Brasil me parece que está tendo uma crise endêmica nesse sentido de corrupção: corrupção da Petrobras, corrupção do INSS, etc. Todo dia a Polícia Federal sai com uma operação. Imaginem - eu fico me colocando na qualidade deles - os auditores, que são realmente, como dizem no Nordeste, os que mexem com todo esse processo.

            Então, sem nenhuma dúvida, é um momento ímpar no Brasil que estamos vivendo. Acho que é um momento de transformação, de consolidação. E a categoria tem muita importância, sem nenhuma dúvida, no que diz respeito à normalidade, à regularidade, às auditorias e à coisa pública.

            Por isso, fiz um singelo discurso. Eu não poderia jamais deixar isso passar em branco, Sr. Presidente.

            É com muita satisfação que me associo, junto aos nobres colegas, principalmente ao Senador Paim, a essa justa homenagem pelos 65 anos de existência da Associação de Auditores da Receita Federal do Brasil, a honrosa Anfip. Sem nenhuma dúvida, sabem tudo nesse sentido.

            Confesso que até me sinto um pouco entre os homenageados, por já ter exercido, como falei há pouco, a auditoria em uma instituição privada.

            Posso dizer, Sr. Presidente Paim, que se trata de uma das mais importantes funções dentro de uma organização, seja ela na esfera pública ou na iniciativa privada. Sim, pois é por meio da auditoria financeira e todas as demais auditorias que se dá o devido lastro técnico e a necessária segurança técnica para que, da melhor maneira possível, a instituição possa cumprir a sua missão institucional.

            Assim fazem os auditores fiscais, minhas senhoras e meus senhores. É pelo árduo e dedicado trabalho desses conceituados profissionais que o Estado consegue lastrear e exercer o seu papel institucional.

            Aprovados em um dos mais difíceis e rigorosos concursos públicos de nosso País, com uma concorrência fantástica, porque todo mundo quer ser auditor fiscal, principalmente da Recita Federal, por tudo o que representa, por esse lado bonito que é ser auditor e por essa grande responsabilidade que realmente carregam todos - concluindo, Sr. Presidente -, os auditores fiscais da Receita Federal do Brasil formam, sem dúvida alguma, uma das mais respeitadas e admiradas burocracias de todo o aparato público.

            São sinônimos, ainda, de correção e estrito cumprimento do dever legal. Costumam fazer da sua missão profissional um verdadeiro sacerdócio, dedicados que são ao serviço público e à causa do bem-estar do nosso povo.

            Sem nenhuma dúvida, a gente nunca vê, Sr. Presidente, auditores... Aqui e acolá, a gente vê esse ou aquele segmento envolvido nisso ou naquilo outro, mas os auditores trabalham com tanto amor, com tanta dedicação, a causa é tão nobre, eles têm a responsabilidade tão acentuada, que, dificilmente, se vê um auditor envolvido em qualquer tipo de irregularidade ou desvio de função.

            É claro que todos nós aqui, especialmente na época de prestar as contas com o “leão” - porque o leão tem hora que assusta, não é? - do imposto de renda, desenvolvemos certo temor ao trabalho de vocês. É natural, diante da grande carga tributária que hoje pesa dolorosamente no bolso de cada brasileiro e de cada brasileira.

            Mas somos todos sabedores, também, que exercem a sua missão, muitas vezes árdua e difícil, com o objetivo de fortalecer o Estado e suas possibilidades de melhor servir à população e ao Brasil. Se os recursos arrecadados algumas vezes não chegam ao seu destino correto, não será por causa dos trabalhos dos auditores fiscais, que realizam a sua tarefa de maneira digna, honesta e extremamente dedicada.

            São homens e mulheres, Sr. Presidente, que devotam suas vidas e carreiras para o bem do Brasil e de toda a nossa gente. Poderiam amealhar até maiores compensações financeiras na iniciativa privada, mas acabaram optando pela mais nobre das atividades funcionais: o serviço público.

            E temos o dever e a obrigação aqui, nesta Casa, de enaltecer quem se dedica amplamente à causa nacional, como os senhores e as senhoras que compõem o quadro de auditores da Receita Federal do Brasil. Somos todos devedores não somente dos tributos que temos a obrigação de pagar, como cidadãs e cidadãos, mas, sobretudo, da elevada dedicação profissional que os auditores fiscais demonstram em suas atribuições diárias.

            Um País forte tem que começar, necessariamente, por uma Receita forte.

            Quero aqui finalizar, deixar os meus fraternos cumprimentos à Anfip - e a todos os seus nobres e distintos membros -, rogando para que continue a ter uma profícua e patriótica existência. Porque a causa, Sr. Presidente, é muito nobre: é a dignidade, é o fortalecimento e é a existência de uma Nação.

            Vocês são o coração e a alma do Brasil!

            Meus parabéns, meu muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/07/2015 - Página 49