O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - Ex^mo Sr. Senador Paulo Paim, que preside esta sessão em homenagem aos 65 anos da Anfip; Ex^ma Srª Drª Margarida Lopes de Araújo, presidente dessa associação; Ex^ma Srª Drª Aurora Maria Miranda Borges, presidente da Fundação Anfip; o presidente da Federação das Associações e Departamentos Sindicais dos Aposentados, Pensionistas e Inativos em Geral do Distrito Federal, Sr. Dr. João Florêncio Pimenta; Sr. Dr. Benedito Alberto Brunca, representando neste momento o Ministério da Previdência e Assistência Social; quero também cumprimentar o Dr. Borges, que está lá do outro lado, se não me falha a memória, de quem não tenho o nome completo...

(Intervenção fora do microfone.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - Dr. Ademar Borges, presidente do Conselho da Anfip - desculpe-me, Sr. Ademar Borges, porque o nominei apenas de Borges, mas Borges lembra também grandes histórias em nosso País.

            Quero cumprimentar a todos os ex-presidentes da Anfip, cumprimentar todos os ex-vice-presidentes da Anfip, as senhoras vice-presidentes da Anfip aqui presentes hoje, e quero cumprimentar também todos os filiados dessa grande associação brasileira, a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Previdência, e o faço em nome do Mosap.

            Neste momento, eu chamo também o Doutor João Bosco Siqueira da Silva, que aqui está e que faz parte da nossa diretoria do Mosap. Nós dois aqui, hoje, representamos os demais diretores, os demais integrantes do Conselho Fiscal, Conselho Consultivo, nesta homenagem. Neste momento nós não poderíamos estar fora, ausentes.

            Quero saudar também o Senador Telmário Mota, que acaba de se pronunciar e, em nome dele também, saudar os demais Senadores, demais Parlamentares do Congresso Nacional, que sempre estiveram ao lado das grandes questões, das grandes lutas dos trabalhadores brasileiros, dos servidores públicos brasileiros.

            É muito importante que a gente esteja aqui, neste momento, para dizer ao Senador Paulo Paim que nós estamos presentes aqui para agradecer por toda a luta que ele vem desempenhando no Parlamento brasileiro, desde quando aqui entrou como Deputado Federal.

            Eu e meu filho estivemos no gabinete dele logo no início. Hoje o meu filho já se formou médico, já está na ativa aqui em Brasília. E esses dias ele comentou: “Mas o Senador Paulo Paim já está há muito tempo no Congresso.”

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Só não conta a minha idade agora.

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - “Ele já conseguiu realizar grandes coisas lá no Congresso. Como é que ele consegue fazer isso? Vocês estão lutando ainda, que eu sei, por uma PEC - de cujo movimento você é Presidente -, e vocês não conseguiram ainda essa matéria.”

            Eu disse a ele: Nós não conseguimos essa matéria ainda, mas já conseguimos... Porque nós somos solidários aos trabalhadores do Regime Geral...

(Soa a campainha.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - Por isso, nós formamos, no ano passado, a UNA-SE, que é a união do movimento do servidor público brasileiro com a Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados), que luta incansavelmente pelo resgate da dignidade e pelo de resgate de direitos adquiridos e ora feridos, muitas vezes, por iniciativas, por ações do próprio Governo.

            Então, eu disse ao meu filho: “É verdade que nós não conseguimos tudo ainda, mas nós já conseguimos grandes vitórias”, principalmente neste ano, Senador, por incrível que pareça, diante de um Congresso... não sei qual palavra seria melhor, se estupefato ou esperançoso ou cheio de dúvidas, em face da realidade econômico-financeira mundial, que não é tão grave assim, a não ser em alguns países. E em nome dessa dificuldade financeira, muitas vezes, tiram-se e rejeitam-se direitos sagrados dos trabalhadores e dos servidores públicos brasileiros.

            Por isso, eu tenho toda a tranquilidade para, nesta sessão, dizer à Anfip, à sua Presidente, aos seus Vice-Presidentes, às suas Vice-Presidentes que aqui estão hoje e a todos os seus filiados, que é tranquilo para nós fazermos a seguinte afirmação: a Anfip é uma das principais ancoradouras dos direitos previdenciários dos trabalhadores e dos servidores públicos.

            Então, estar aqui é motivo de grande alegria para mim, Presidente do Mosap, já há bastante tempo no movimento, juntamente com o João Bosco Siqueira da Silva, que aqui está, à frente, sempre ao lado também das nossas lutas e sempre conosco nas nossas lutas. Quero dizer à Anfip que realmente é motivo de grande satisfação estarmos aqui.

            Sobretudo, quero agradecer - e já fiz isso ao Senador Paulo Paim -, também lembrando outro grande batalhador por todos nós, o Deputado Arnaldo Faria de Sá...

(Soa a campainha.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - ... que, num gesto corajoso, na Câmara dos Deputados, conseguiu recentemente colocar a matéria do famoso fator previdenciário. Lá aprovaram a sua mudança e aqui também o Senado acolheu aquela postulação do Deputado Arnaldo Faria de Sá.

            E aqui, no Senado, nesta última semana, em que pese ter havido certa insegurança quanto à possibilidade de se votar essa matéria, em face das dificuldades financeiras e até políticas por que passa o nosso País, o Senado teve coragem suficiente, ouvindo as palavras e o chamamento do Senador Paulo Paim...

(Soa a campainha.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - ... secundado também pela presença do Deputado Arnaldo Faria de Sá neste plenário. O Senado votou pela justiça, votou pela paridade. Quando se reajusta o salário mínimo, o mesmo índice deve ser dado a todos quantos ganhem um pouco mais. Não é muito mais, não, mas um pouco mais ou acima do salário mínimo. Foi a maior justiça feita pelo Congresso Nacional.

             Neste instante, eu faço um apelo à Presidente Dilma Rousseff para que possa ouvir também os clamores da sociedade. E sociedade é quem a compõe, são os trabalhadores, são os servidores, são os capitães de indústria, é o agronegócio.

(Soa a campainha.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - Enfim, somos todos nós, brasileiros. A maioria do povo brasileiro, há muitos anos, já pede, através dos vários segmentos e movimentos que lutam nessas causas, o fim do fator previdenciário e um reajuste justo para todos os trabalhadores brasileiros.

            Então, eu quero cumprimentar, em nome do Mosap, em nosso nome, meu e seu, e em nome de toda a diretoria e de todas as demais 700 entidades que compõem o Mosap do serviço público, o Congresso Nacional.

            E, ao cumprimentar o Congresso Nacional, neste momento, também faço um apelo a este mesmo Congresso Nacional, para que possa fazer uma reparação também muito importante para o aposentado...

(Soa a campainha.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - ... e o pensionista do serviço público brasileiro: que possa votar a PEC 555, pela qual já estamos lutando há muito tempo.

            Dizendo isso, eu poderia falar por umas duas ou três horas, Senador. (Risos.)

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Nós sabemos.

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - Eu infelizmente não sei ser muito objetivo e curtinho não; mas o que eu tenho que dizer, é o coração que está me dizendo. Ao cumprimentar a Anfip, nós temos a certeza de que o Congresso haverá de entender que pode aprovar essa PEC 555. (Palmas.) Porque não há déficit da Previdência, Dr. Brunca. Diga isso ao nosso amigo Gabas. Aliás, não precisa dizer não, porque ele próprio já disse, lá no plenário da Câmara...

(Soa a campainha.)

            O SR. EDISON GUILHERME HAUBERT - ... que não há déficit da Previdência.

            Portanto, eu faço esse apelo e cumprimento todos os trabalhadores, todos os servidores, cumprimento todo o povo brasileiro por ter homens que ainda se sensibilizam. E que eles também possam sensibilizar a quem poderá, através de veto, quem sabe, complicar um pouco mais.

            Parabéns à Anfip, parabéns a todos vocês, e vamos em frente. Nós, brasileiros, nós acreditamos neste País. (Palmas.) Nós não vamos perder a esperança neste Brasil. Vamos ajudar a construí-lo e buscar aquilo que nós todos desejamos, que é a justiça social para todos nós, mas para todos sem exceção.

            E parabenizo, uma vez mais, a todos vocês, e vamos em frente. Desculpem a minha prolixidade. (Palmas.)