Discurso durante a 200ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da regulamentação da fosfoetanolamina sintética.

Autor
Ivo Cassol (PP - Progressistas/RO)
Nome completo: Ivo Narciso Cassol
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Defesa da regulamentação da fosfoetanolamina sintética.
Aparteantes
Romero Jucá.
Publicação
Publicação no DSF de 11/11/2015 - Página 183
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • DEFESA, LIBERAÇÃO, MEDICAMENTOS, OBJETIVO, MELHORIA, SAUDE, PACIENTE, PORTADOR, CANCER, SOLICITAÇÃO, APOIO, SENADOR, PEDIDO, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, EDIÇÃO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), OBJETO, ACELERAÇÃO, DISPENSA, LIMINAR, ASSUNTO, AUTORIZAÇÃO, UTILIZAÇÃO, SUBSTANCIA MEDICINAL.

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, nosso Presidente, Senador Paim. Além de lhe agradecer por esse gesto, quero dizer que eu estava atendendo lideranças do meu Estado no meu gabinete. Eu estava inscrito para usar a tribuna nesta noite. Só posso dizer muito obrigado, Senador Paim, que foi o Presidente desta Casa que me deu a palavra e que, ao mesmo tempo, acompanhou o primeiro discurso que fiz sobre a liberação deste medicamento, a fosfoetanolamina.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Houve repercussão nacional no outro dia, eu lhe digo. V. Exª sabe, mas é sempre bom ouvir a opinião de outro Senador sobre o seu pronunciamento a respeito desse tema.

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Fico feliz. Agradeço essa gentileza.

    Eu queria aqui cumprimentar meus amigos e minhas amigas do meu querido e grande Estado, o nosso Estado de Rondônia. Em nome dos meus amigos e das minhas amigas do Estado de Rondônia, quero deixar meu abraço e minha gratidão a todos os amigos e amigas dos quatro cantos deste grande rincão brasileiro.

    Mais uma vez, Senador Paim, vou trazer à tona o mesmo assunto: a fosfoetanolamina. Mas, antes disso, quando falamos aqui em dar oportunidade, não se trata de dar oportunidade, na verdade, mas, sim, de buscar uma chance de permanecer junto aos nossos familiares. É essa a luta de todas as pessoas que, infelizmente, são portadoras da doença, do câncer.

    Mas, quando se fala em dar um sopro de vida, ao mesmo tempo, quero também, com imensa alegria, mandar um abraço e deixar minha gratidão ao meu filho, Ivo Júnior Cassol, que comanda as empresas do Grupo Cassol, e à sua esposa Eclesiane, que hoje, Senador Paim, nos deu mais um presente: a vinda da nossa netinha, do quarto neto. Nós já temos dois netos, e a Angelina chegou hoje, pela manhã. Então, quero aqui parabenizar a Eclesiane. A minha esposa me acompanha toda semana. Ela vem a Brasília e volta comigo, Senador Paim. Ela está com a netinha, com meu filho e com a nora. Então, isso é motivo de alegria.

    Ao mesmo tempo em que a gente festeja o nascimento de um neto, eu quero aqui, em nome de toda essa luta, buscar a alternativa da fosfoetanolamina para as pessoas que buscam um sopro de vida, como o senhor acabou de ver.

    Eu me recordo, no começo, dos meus discursos aqui, na tribuna do Senado, com vários colegas. Eu discutia o assunto, e muitos, na verdade, ficavam na dúvida. Eu me recordo, aqui, Sr. Presidente, de um grande parceiro nosso, um companheiro nosso de todas as horas, o próprio Senador Blairo Maggi e o próprio Senador Moka, do Estado do Mato Grosso, que é médico e químico. Ele me dizia naquele momento: "Cassol, vai com calma, porque não é bem assim. Eu sou médico e químico."

    Eu tive o prazer de, um dia, ver o Senador Moka, além de doutor, ficar desde o começo da audiência pública até o último instante. No final, ele mesmo se sensibilizou: "Tudo que o Cassol falou aqui, falou pouco!"

    O que eu assisti da pesquisa da fosfo, Líder Romero Jucá, é real, é verdadeiro. Não é o que pregaram na televisão e botaram no rádio. Disseram que não tinha nada. Aqui tem tudo! Até experiências já foram feitas em seres humanos, com depoimentos de pessoas que foram lá e que participaram, de pessoas que vieram de São Paulo por conta própria, do pessoal aqui de Brasília, empresário, comerciante, como tantos outros, provando que não era uma declaração, mas um depoimento da utilização da fosfo e que tinha dado resultado positivo. Uns não estavam curados, mas estavam melhores, estavam bem.

    Eu só quero abrir um parêntese aqui, porque, provavelmente, o Romero Jucá quer falar. Eu não quero ficar aqui amarrando por 20 minutos. Como o senhor sempre é gentil com a gente e é um grande Líder, não vou segurá-lo até o final do meu discurso, Senador Romero Jucá.

    O Sr. Romero Jucá (PMDB - RR) - Senador Cassol, agradeço a elegância e a gentileza de V. Exª. Quero solicitar, Senador Paulo Paim, que conste o meu voto "não", portanto, a favor da urgência, na votação que houve, há um tempo, votação nominal, para que a Ata possa registrar. Eu estava em uma reunião fora e, portanto, quero registrar minha posição.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Já respondendo que constará em Ata, como manda o Regimento.

    O Sr. Romero Jucá (PMDB - RR) - Agradeço a V. Exª. Quero só dizer, em aparte ao Senador Cassol, que S. Exª levanta um tema que é muito caro à sociedade e à população, principalmente àqueles que necessitam do remédio e que estão doentes. Há uma celeuma grande sobre essa questão, mas, na verdade, só quem está doente e a família de quem está doente sabem que têm que ir atrás de qualquer esperança. Então, a gente pede à Anvisa, ao Governo, ao Ministro Marcelo, que é um político experiente, o Ministro da Saúde, que acaba de assumir, para que realmente sigam fundo nessa questão e possam, se não há experiência ainda, instrumentalizar uma solução que leve efetivamente à utilização em massa de algo que pode beneficiar a vida das pessoas. Quero só aplaudir a preocupação do Senador. Não é a primeira vez que eu vejo o Senador Ivo Cassol tratando dessa matéria aqui. Portanto, sei da sensibilidade e da luta dele em prol das pessoas que nos estão procurando. As pessoas nos procuram nos nossos Estados, nos Estados em que há mais dificuldade. Os políticos são também uma porta em busca de tratamento de saúde, em busca de melhoria da condição de vida. Portanto, quero aqui louvar o interesse e a preocupação do Senador Ivo Cassol e registrar a importância do tema que levanta hoje no discurso.

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Obrigado, Senador Romero.

    Vou pedir só um minuto de V. Exª.

    Eu tenho aqui, em mão, um depoimento do Sr. Nilo César Bernardo. Quem é Nilo César Bernardo? Ele é irmão da Maria Cecília. Quem é Maria Cecília? Maria Cecília foi minha assessora e, pela sua competência, esta Casa, a Diretoria da Mesa, levou-a para os Recursos Humanos. Maria Cecília faz parte da equipe de Recursos Humanos desta Casa. E o irmão dela, Nilo César Bernardo, com câncer espalhado em todo o corpo, com metástase, a partir do primeiro momento, Senadores Romero e Paim, que eu fiz o discurso nesta Casa, ela assistiu ao discurso e, no outro dia, entrou em contato - isto é bom para o pessoal que está em casa e que vai procurar os Senadores para saber como tem que agir - com advogados na cidade de São Carlos. Pode ser em qualquer lugar do País, mas, até o advogado de um Estado passar para o outro, obter a liminar e o medicamento chegar, demora muito. 

    Nilo César Bernardo, Senador Romero Jucá, foi mandado para casa pelos médicos do hospital de Goiânia. O nome do hospital é Araújo Jorge. Vejam o que eu estou dizendo para vocês aqui, gente! Eu digo e provo! O hospital de Goiânia, Hospital Araújo Jorge, mandou o paciente Nilo para casa, porque não tinha mais jeito. "Vá para casa, porque aqui não tem mais como segurar, esperar os dias finais da sua vida."

    E o Nilo falou com o médico: "Doutor, estou entrando na Justiça para conseguir a fosfoetanolamina. O que o senhor me diz?" Ele respondeu: "Não toma, porque, se tomar, você vai acabar de morrer, vai antecipar a sua morte." Resultado: enquanto ele fazia quimioterapia, o médico era a favor. Ele conseguiu o medicamento, por força de liminar, e não fui eu quem conseguiu o medicamento, mas a Maria Cecília, que entrou na Justiça e pagou R$1.000,00 para o advogado, se não me engano.

    Hoje, como se encontra o Nilo, Senadores Paim e Romero Jucá? Está andando de carro e dirigindo. O tumor que havia no pulmão, de 18 centímetros, hoje está com aproximadamente 7 centímetros, depois de 60 dias tomando a fosfo.

    Aí, vem alguém dizer, como disse hoje uma pessoa na Comissão de Ciência e Tecnologia: "Sou contra isso, sou contra aquilo." É porque esse cidadão só pensa em dinheiro! Ele, na verdade, não está sendo um ser humano; está sendo um monstro!

    Mas eu quero avisar a essas pessoas que o dia em que morrerem o dinheiro não vai junto, porque para o inferno não vai dinheiro. Queima antes! Então, não vai adiantar.

    Então, Senador Romero Jucá, peço aqui a V. Exª, como grande Líder que o senhor sempre foi dos governos e junto conosco, que nos ajude, Senador Paim, a conseguir, com a Presidente Dilma, uma medida provisória, porque a USP - e hoje pessoas de São Carlos ligaram para mim - não está mais dando conta de tantas liminares que tem.

    Falei com o Dr. Gilberto. Há um centro de pesquisa do Estado de São Paulo à disposição, em São Carlos. É só ceder para o grupo de pesquisadores e começarem a fornecer, ou a própria Ciência e Tecnologia ocupar os centros de pesquisas, os laboratórios, para começarem a processar em 16 Estados. Não a Presidente Dilma fazer uma medida provisória, mas pelo menos liberar para as pessoas que já estão em fase avançada de câncer.

    Eu queria pedir essa gentileza, Senador Romero, como grande Líder que o senhor foi do governo passado e é agora também, para que nos ajude nessa questão. Hoje, Senador Romero, são os amigos e amigas que estão indo por causa do câncer. Quem nos garante que, amanhã, Senadores Paim e Romero, que não seremos nós as próximas vítimas?

    Portanto, solicito essa gentileza no sentido de abraçar junto comigo. Sei que já abraçou, sei que o povo do seu Estado tem cobrado diuturnamente. Sabe por que muitos não querem que esse medicamento seja colocado à disposição? Porque custa R$0,10 cada um.

    Ontem, saiu uma reportagem, Senador Paim e Senador Romero, em São Paulo, que um comprimido, uma cápsula custava R$4 mil. E havia algum malandro, na área da saúde, que fazia o atestado pedindo aquele medicamento, que ainda não estava aprovado pela Anvisa, para que as pessoas pudessem utilizar. Para isso, há muitos que se dão ao luxo, mas, com um custo de R$0,10 o comprimido, nós temos condições pelo menos de curar parte dessas pessoas que estão com câncer. É um sopro de vida que nós podemos dar para quem busca e pede a Deus todos os dias.

    Agradeço a sua gentileza e peço que nos ajude, como grande Líder que é.

    O Sr. Romero Jucá (PMDB - RR) - Eu agradeço, Senador Ivo Cassol, e quero dizer que a sua luta e o seu discurso são muito importantes. Volto a dizer que o Governo, o Ministro Marcelo Castro e a própria Presidente Dilma procurem caminhos, porque é muito difícil você acabar com a esperança de vida das pessoas. Se há esperança, o caminho deve ser aprofundado; se o caminho é fazer as pesquisas, que se faça com pessoas que podem virar voluntárias. Você não pode chegar para quem está numa situação terminal e dizer que deixe de lutar para viver, deixe de procurar um caminho. Não há isso! Enquanto há vida, há esperança. Eu acho que nós temos que procurar construir, tecnicamente e legalmente, caminhos que possam efetivamente minorar o sofrimento das pessoas e dar esperança de vida a quem pode ter. 

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Só para reforçar, Senador Romero, a própria Presidente do Brasil teve um problema de saúde no começo do seu Governo. E ela, pelo que fiquei sabendo nos jornais, pela imprensa, utilizou um medicamento que ainda não tinha sido aprovado pela Anvisa, em nível nacional. Graças a Deus, ela se curou. Eu fico feliz com isso, porque depois a Anvisa liberou esse medicamento. Então, eu queria sensibilizar mais uma vez a Presidente Dilma. Se for preciso, que ela faça uma medida provisória para que libere, enquanto as pesquisas complementares são feitas, especialmente para essas pessoas que não têm outra oportunidade; são pessoas cujos médicos já mandaram embora, dizendo que não tem mais jeito, que elas têm de ir para casa para morrer. Que essas pessoas possam utilizar o medicamento.

    Eu estive com o próprio Ministro da Saúde, no dia em que ele estava conversando sobre essa questão do medicamento. No começo, ele não concordou com a posição das autoridades, da Justiça. Eu perguntei a ele: "Ministro, responda uma coisa para mim: se o senhor estivesse com câncer, o que o senhor faria?" "Eu aproveitaria, no meio do caminho".

    Senador Romero, para que o senhor tenha uma ideia, eu tinha um problema de gastrite pesado. Alguém me orientou a tomar creolina. Não era pegar o pote e tomar creolina; era colocar não sei quantas gotas na água e tomar tantos dias. Depois diminuía até uma gota de novo. Eu melhorei da minha gastrite. E era creolina!

    Para que serve a creolina? Para matar bicheira, bichos, animais e outras coisas. É verdade!

    Eu ouvi um depoimento, Senador Romero Jucá, do Senador Blairo Maggi, Senador Paim, não sei se o senhor viu, quando ele disse em público, pela primeira vez, que a filha dele de dezesseis anos tinha um câncer na cabeça, e tudo o que falavam ele dava para a filha. Qual é o pai que não vai em busca de curar seu filho? Ou qual é o filho que não vai em busca de curar seu pai ou sua mãe?

    Portanto, não somos nós que temos que colocar a lei sobre a vida, mas a vida tem que está sob a lei. Respeitar, lógico, com dignidade e seriedade, mas quando a vida está em jogo, sempre a vida em primeiro lugar.

    Por isso, quero parabenizar o Poder Judiciário. Que continue com essas liminares, que continue autorizando, porque, se se deixar vigorar o interesse financeiro dos laboratórios ou de algum grupo corrupto e desonesto, infelizmente a nossa vida não valerá um tostão. E, amanhã, quem sabe a vítima pode ser nós mesmos!

    Obrigado, Senador Romero Jucá.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Uma chance à vida! Vamos dar uma oportunidade à vida para que as pessoas não morram.

    Eu assisti grande parte da audiência pública pela TV. Comprovam que é possível, sim, curar o câncer. E V. Exª tem sido aqui um baluarte.

    Eu queria dizer que eu estive no seu Estado. V. Exª não estava, porque estava em outra atividade. Primeiro, eu disse que os três Senadores do seu Estado não votariam contra os trabalhadores, como nunca votaram. Sempre me acompanharam. E depois eu disse também que era inegável que essa sua proposta estava tendo uma repercussão nacional, e todos que estavam almoçando naquele momento, num restaurante bem próximo da assembleia, endossaram o meu ponto de vista em relação ao seu trabalho.

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Obrigado, Senador.

    Com certeza, eu sei que o senhor teve um outro compromisso, mas o senhor também queria fazer participação especial junto com a CDH (Comissão de Direitos Humanos). Não foi possível, mas, com certeza, Senador Paim, o senhor fez parte daquela audiência.

    Foi uma das audiências públicas que mais me emocionaram. Foi uma das audiências públicas que mais seguraram os Senadores, sentados na cadeira, acompanhando do começo ao fim.

    Fico feliz porque, com esse trabalho, não foi o Senador Ivo Cassol que ganhou; quem ganhou foi a sociedade, foi o nosso povo. Nós, aqui, somos portadores, mas portadores do quê? Nós somos portadores da construção de uma estabilidade e da garantia de que a população tenha acesso ao medicamento. Nós não podemos aqui ser um empecilho.

    Eu ouvi de um determinado advogado, ou não sei o que era, o seguinte: "O que o Senado tem a ver com a fosfoetanolamina". Tem tudo a ver. O Senado e a Câmara dos Deputados têm tudo a ver porque é uma legislação. E quem faz a legislação? Somos nós, esta Casa. Então, se a legislação está errada, como disse hoje no projeto, junto com a Senadora Ana Amélia...

    E quero aqui agradecer também o carinho especial do Senador Blairo Maggi, do Senador Dário Berger, do Senador Moka, da Senadora Ana Amélia e do Senador Alvaro Dias, que estiveram junto, acompanhando. Só quem tem a doença ou acompanhou, porque tem alguém doente em casa, conhece a dificuldade e o anseio.

    Senador Paim, eu ouvi pesquisadores e médicos, e não quero aqui generalizar. Vou deixar bem claro - a Senadora Ana Amélia, em uma entrevista em Rondônia, me corrigiu, e eu agradeço porque é verdade -: eu nunca gostei de generalizar porque porcaria existe em todas as áreas. Na política e em todos os lugares, tem gente boa e tem carne de pescoço.

    Infelizmente, alguns da área da oncologia só visam o dinheiro. E por que só visam o dinheiro? Porque dá muito. É a consulta, é o exame, muitas vezes, é o laboratório que ele mesmo tem ou de que recebe comissão, é a cirurgia, é a quimioterapia, a radioterapia, e depois ele continua tratando, até que o cidadão se vai. E o dinheiro se foi.

    Mas quanto custa a fosfoetanolamina? Gente, custa dez centavos! Custa dez centavos!

    Paim - Senador Paim, peço desculpas -, custa dez centavos, Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Pode me chamar de Paim porque eu lhe chamo de Cassol muitas vezes.

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Só pelo preço, é o que ouvi de alguns profissionais. Só pelo preço.

    Eu tenho cada depoimento de profissionais da área da saúde, de médicos oncologistas, que dizem: "Pelo amor de Deus, só não usa meu nome, senão eles vão me descredenciar, mas o medicamento dá certo". É depoimento de várias pessoas e de vários lugares do Brasil.

    Eu até queria aproveitar, Senador Paim, nosso Presidente, para pedir desculpas a vocês de casa que acompanharam aquela audiência pública que teve mais de mil participações. Eu queria ter aberto para responder as perguntas das pessoas, mas, ao mesmo tempo, nós tínhamos que ouvir, em primeiro lugar, os pesquisadores.

    Em segundo lugar, eu coloquei um depoimento. Aí, alguma autoridade de ministério disse: "Olha, tem declaração aí de doente". Eu falei: "Eu quero deixar bem claro: nós não temos declarações, nós temos depoimentos de pessoas. Nós não temos conto, porque ninguém está contando o que aconteceu.

    Nós temos depoimentos de pacientes que eram portadores de câncer, como a D. Bernadete e outros que vieram para cá. E quantos outros estão na expectativa de buscar dias melhores?".

    As pessoas participaram e nós infelizmente não conseguimos fazer essas perguntas para poder ampliar. O espaço era longo e, ao mesmo tempo, nós tínhamos que dar para as autoridades do Ministério da Saúde, da Anvisa, do Ministério da Ciência e Tecnologia a participação e ver o resultado.

    E eu aqui quero agradecer ao Ministro da Saúde, que além de Ministro, também foi Deputado Federal, o Deputado Marcelo Castro, que é médico, e também ao Secretário de Ciência e Tecnologia, Dr. Adriano Massuda,...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... que montaram um grupo de trabalho, Sr. Presidente, que vai, na verdade, realizar o que é possível aproveitar do que foi feito e o que pode fazer a mais.

    Quem está ganhando com isso não sou eu. Ministro da Saúde, obrigado, de coração. Quero aqui ser sincero. Da mesma maneira que o senhor me recebeu em seu gabinete, o senhor também foi sincero, assim como eu, e o senhor disse que faria qualquer coisa se estivesse com câncer.

    Não é diferente, Ministro, com quem está em casa. Não é diferente com quem está nos assistindo. Não é diferente com quem está na cama. Não é diferente com quem está aí, sabendo que, infelizmente, seus dias estão contados e vai ficar pouco tempo junto conosco.

    Podem ter certeza de que essa descoberta nossa, do Brasil, Sr. Ministro e Sr. Presidente Paim, vai ser a descoberta do século. Por que é a descoberta do século? Foi descoberta no século passado, mas não deram oportunidade que fosse colocada em prática.

    E nós temos que buscar, nós precisamos buscar, urgentemente, o Defensor Público da União que participou - não me recordo o nome dele, se é Daniel, algo assim -, nós precisamos já preparar uma ação, esta semana, para que se libere, para que a fosfoetanolamina seja manipulada em outros laboratórios, para que a Justiça entre no meio desse circuito e, ao mesmo tempo, amplie, não deixe apenas USP fornecer, porque a USP já entrou na Justiça simplesmente para diminuir o trabalho que tem, porque diz que não está conseguindo atender a demanda pela fosfoetanolamina sintética.

    E olha, gente, são tantas coisas que vêm, e eu fico triste. Eu fico triste.

    E aqui vou ler o seguinte - olha que situação -: "Indústria farmacêutica está agindo contra a fosfoetanolamina. Prezado Senador Ivo Cassol, a população pede socorro. O Conselho de Farmácia de São Paulo mandou fechar o laboratório da USP".

    Oh, meu Presidente do Conselho! Mais uma vez, o senhor está pensando em dinheiro. Desculpe-me, o dinheiro que o senhor está defendendo o senhor não vai conseguir carregar naquele lugar para que o senhor vai, porque lá é muito quente.

    Pelo amor de Deus, é vida que está em jogo. Agora, o senhor bota o interesse do Conselho de Farmácia na frente e vai lá, solicita e entra na Justiça, para que a USP feche e a multa, porque não tem um farmacêutico e não tem isso e aquilo? Será que a sua mãe, ou seu irmão, ou seus filhos amanhã não podem precisar desse mesmo comprimido? Ou o senhor acha que está acima de tudo e de todos, até de Deus?

    Com certeza, foi o Presidente do Conselho que assinou, que entrou na Justiça e que mandou fechar esse laboratório da USP. Infelizmente, isso não é coisa de Deus, não. Isso é coisa do capeta. E nós temos que orar para expurgar isso, porque, infelizmente, o dinheiro se sobrepõe às pessoas e à vida.

    Eu fico indignado. Desculpe-me a expressão, mas não dá para aceitar. Quando a própria Justiça fornece liminares para liberar o medicamento e dar um sopro de vida para as pessoas, vem o Conselho de Farmácia de São Paulo e manda fechar o laboratório da USP, aplicando multa. Quer dizer então que vocês estão no esquema da indústria farmacêutica? Quer dizer então que vocês estão no esquema do Yervoy, que cinco ampolas custam R$240 mil. O senhor sabia?

    O Yervoy, que é só para acrescentar alguns dias na vida da pessoa que tem câncer, não cura, foi liberado pela Anvisa há quatro, cinco meses, no mês de março, custa R$240 mil. Disso vocês são a favor. Desse medicamento que surgiu em São Paulo e que foi denunciado ontem, no Jornal Nacional, que custa R$4 mil cada comprimido, vocês são a favor.

    Infelizmente, isso é uma vergonha nacional. Isso é uma vergonha nacional. Está se beneficiando quem? A comunidade? Não. Está se beneficiando a indústria farmacêutica, porque o medicamento da fosfoetanolamina é muito barato, Senador Paim. Por isso, não há interesse desses grupos, desses empresários.

    Sabe o que o Heitor Mayer pediu neste e-mail? "Por favor, Senador Cassol, fale com a Presidente Dilma e com quem for necessário para continuar garantindo o fornecimento das cápsulas. Obrigado."

    Presidente Dilma, ouça a voz do povo, ouça a voz de quem está doente,...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... ouça a voz dos familiares que têm pessoas com câncer dentro de casa. Ajude-nos, Presidente. Marque um gol de placa. Vire toda essa situação num jogo favorável, do bem. 

    Sei que a senhora é do bem, sei que é arrojada, sei que é determinada, sei que quer consertar este Brasil. Infelizmente, o jogo é tão podre, tão sujo, que é difícil. Mas aqui a senhora tem a oportunidade, Senhora Presidente, nossa Presidente Dilma, não só de ajudar as pessoas, Presidente Paim, do Bolsa Família, não só de ajudar a classe média, mas de ajudar todos os seres humanos do nosso País e da face da Terra. Por isso que eu a conclamo.

    Eu já passei pelo Giles. Pedi uma audiência pública com a senhora. Ninguém me respondeu. Mas quero deixar bem claro que, mesmo assim, continuo a defendendo, porque tenho certeza de que a senhora é sensível a tudo isso. Infelizmente, ninguém se prepara para ficar doente, ninguém acha que pode ficar doente. Quando menos se espera, a doença nos pega.

    Eu tenho aqui uma mensagem de Kátia Malafaia, que diz o seguinte:

Ser grato é uma capacidade que, uma vez adquirida, transforma seu olhar sobre o mundo, sobre a vida, sobre as pessoas e sobre cada acontecimento.

Sinto gratidão, hoje, pela iniciativa do Senador Ivo Cassol em propor uma audiência pública acerca da fosfoetanolamina sintética, que veio reforçar certezas que temos em vida.

Além de gratidão, senti, como há muito não ocorre, orgulho de ser brasileira e ouvir em minha própria voz - através de vários depoimentos - o clamor pela vida.

A capacidade de manter o pensamento positivo, de ter sempre o olhar voltado para o lado bom das coisas e o hábito de agradecer todos os dias vai nos levando lentamente a uma mudança de paradigmas, de valores, e essa mudança pode ser uma das responsáveis pela nossa felicidade.

O que assisti hoje foi aula de Ciências, História, Geografia, cidadania e exemplos que, desejo, possam acontecer todos os dias! O congraçamento dos poderes, pelo e para cada um de nós brasileiros, soou como a melhor das orquestras, sintonia!

Gratidão é a única forma que encontro de reverenciar cada parlamentar.

    Ela retribui a cada um.

    Vou repetir: "Gratidão é a única forma que encontro de reverenciar cada Parlamentar que abraça e aconchega a causa repleta de esperança de cada cidadão que nunca foge à luta. Minha humilde reverência é o que eu trago".

    São homenagens, depoimentos de pessoas assim que nos motivam. E o que me deixa mais feliz hoje, Senador Paulo Paim, nosso Presidente, é que a própria Câmara dos Deputados está com várias audiências públicas. Agora, na próxima quinta-feira, há uma audiência pública.

    Mas o que nós precisamos, na verdade, é utilizar todo esse conhecimento, utilizar essas forças e, ao menos, colocar à disposição da nossa sociedade, para que não só a USP utilize, mas também outros laboratórios.

    Senador Paim, talvez o senhor tenha conhecimento disto: nós temos o Ministério da Ciência e Tecnologia, nós temos 16 laboratórios distribuídos em 16 áreas estratégicas pelo País afora, nós temos os laboratórios das Forças Armadas, nós temos os laboratórios estaduais também à disposição. Portanto, a fosfoetanolamina pode, sim, ser manipulada, com a autorização dessa equipe de pesquisadores, nesses Estados, de modo a que as pessoas portadoras de câncer a ela tenham acesso.

    Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, quero aqui fazer uma reflexão, juntamente com muitos oncologistas, que ainda criticam e dizem que a fosfoetanolamina não é a solução.

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - A fosfoetanolamina é uma das oportunidades que nós temos de contribuir para a cura do câncer, e tantas outras surgirão.

    Agora, eu queria fazer uma pergunta à senhora e ao senhor que estão em casa e que descobriram o câncer nesses dias, ou mesmo àqueles que já estão com câncer e indo aos hospitais para fazer quimioterapia ou radioterapia: há algo pior do que a quimioterapia? Há algo pior do que a quimioterapia?

    Quanto à quimioterapia eu só quero lembrar que eu tenho um amigo cuja esposa tinha câncer na mama. Ela se curou do câncer no seio, mas contraiu câncer de medula óssea, e agora precisa fazer transplante de medula. E isso foi oriundo da quimioterapia, que acaba com o sistema imunológico das pessoas.

    Então, senhores doutores, oncologistas, tantos outros que há por aí,...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... vamos parar de defender o money, vamos parar de defender só o dinheiro, porque amanhã Deus pode lhes castigar e a próxima vítima pode ser um de vocês!

    E, com certeza, você vai tentar correr atrás, vai falar com o Dr. Gilberto, com os demais pesquisadores, ou vai entrar na Justiça para também conseguir esse medicamento.

    Olha os depoimentos que nós tivemos aqui, Senador Paim - mais cinco minutinhos para poder fechar com chave de ouro -, aqui do Dr. Ribeiro aqui de Brasília. Ele abriu a paciente aqui em Brasília, junto com um colega dele, abriu a paciente, fechou a paciente e mandou ir para casa, que não tinha jeito. Ela descobriu a fosfoetanolamina, começou a tomar, descobriu em Uberaba, começou a tomar, e, um ano depois, o cunhado da paciente disse: "Não vai perguntar da minha cunhada?" "Perguntou como, se ela foi para casa para morrer?""Não, ela está viva, está forte, está andando nos quatro cantos." Então, foram depoimentos e depoimentos de pessoas que não estão fazendo só aqui no Senado, não estão só mandando para o Senador Ivo Cassol, são depoimentos que estão indo na imprensa, estão indo na televisão.

    Então, por favor, aqueles pacientes que estão utilizando a fosfoetanolamina, que estão sendo tratados com a fosfoetanolamina, por favor participem, ajudem a brigar! Essa luta não é só do Senador Ivo Cassol! Eu a comecei, graças a Deus aqui no Senado nós demos visibilidade para o Brasil, demos visibilidade para o mundo! Foi aqui que nós começamos a descobrir, não a descobrir a fosfoetanolamina, o que eu fiz ao descobrir foi tirar o manto, tirar essa sombra que tinha por cima, que não a deixava florescer, que não deixava a imprensa, os demais verem. Foi aqui nesta Casa, foi aqui nesta tribuna, foi aqui neste lugar que eu fiz a denúncia!

    Eu estive em São Paulo, estive conversando não só com os pesquisadores, como também com os pacientes, e essa visibilidade hoje contaminou o Brasil inteiro. Eu tenho, aqui, Senador Paim, depoimento do Piauí, do Maranhão, tenho de Sergipe, eu tenho de Pernambuco, eu tenho da Bahia, eu tenho de São Paulo, eu tenho do Rio Grande do Sul, eu tenho de Santa Catarina, eu tenho depoimento de Rondônia, do Acre, do Amazonas, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, de Goiás, Tocantins, Pará, de Roraima, Amapá! São os quatro cantos do País!

    Está aí a situação que todo mundo está vivendo. Ou, por um acaso - eu quero aqui deixar em dúvida antes de encerrar, Senador Paim -, ou por um acaso esse trabalho contra a fosfoetanolamina é porque estão preocupados com o número de idosos que vai ter no Brasil? Ou com o número de habitantes que vai aumentar e permanecer junto com a sociedade? Se nós pagamos impostos...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... e lutamos por uma vida melhor, quem não quer continuar muito mais entre seus familiares, entre seus amigos? Ou tem uma jogada internacional e estão preocupados com isso? Mas nós aqui temos que lutar é pela vida.

    O quanto mais nós conseguirmos permanecer junto com os nossos familiares, com os nossos amigos, com certeza, para qualquer um, para qualquer pessoa com quem você esteja agora junto... Olhe para o seu parceiro, olhe para o seu amigo, olhe para o seu marido, olhe para a sua esposa, olhe para os seus filhos, olhe para o seu vizinho, converse com o seu amigo na sua frente, pergunte para ele se ele quer morrer. Pergunte para o seu amigo se ele quer ir embora e abandonar tudo. Só se ele estiver louco. Ele vai falar: "Não, eu quero continuar, eu quero viver, eu quero estar junto, fazer a diferença no dia a dia."

    Então, portanto, aquelas pessoas que, infelizmente, estão com câncer, algumas mesmo com quimioterapia...

(Interrupção do som.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... mesmo com o tratamento convencional, Sr. Presidente, nós não podemos parar. Eu acho que a oportunidade tem que ser de todos, mas nós inviabilizarmos por uma questão de dinheiro, de recurso financeiro, eu não posso compactuar, eu não posso aceitar, mesmo que traga para mim mais problemas. Eu já tenho tantos, mas deixei bem claro: nenhum é por corrupção, nenhum é por roubo; é por enfrentamento.

    Muitas vezes, a burocracia, Sr. Presidente... E eu gostaria de que me desse mais dois minutinhos, e eu prometo encerrar aqui, porque está quase no fim disso, eu prometo encerrar. Muitas vezes, Sr. Presidente, na nossa legislação, a burocracia acaba atrapalhando, acaba travando, e quem quer fazer fica amarrado, quem quer fazer, infelizmente, fica impossibilitado de poder fazer. Eu falo isso porque eu fui Prefeito de Rolim de Moura, fui o 22º melhor Prefeito do Brasil. Não tem nem um processo por corrupção, por desvio de dinheiro; tem por questões técnicas, mas está lá a população do meu Município feliz da vida.

    Quando fui Governador do Estado de Rondônia, Sr. Presidente, não foi diferente. Eu enfrentei para eu poder construir hospital em Cacoal, que foi dinheiro, na época, desviaram dinheiro. Aqueles que roubaram dinheiro do Hospital Regional de Cacoal, ninguém foi para a cadeia e ninguém devolveu o dinheiro. Aí eu construí o hospital, não consegui inaugurá-lo, mas depois, infelizmente, entraram com um processo contra mim, porque disseram que eu tinha dado prejuízo na contratação de servidores quando eu nem era mais Governador do Estado de Rondônia.

    Mas por que eu tenho a ver com esses problemas? Porque eu enfrento. Não é que eu queira ser melhor que ninguém, eu sou um ser humano, eu sou passível de erros e acertos, mas eu não sou covarde. Eu não vou me utilizar de um cargo só para ficar dormindo e recebendo dinheiro. Eu, quando pego um cargo, quando pego uma missão, Sr. Presidente, eu pego e cumpro com ela na íntegra. Eu nunca envergonhei a minha família. "Mas Cassol, você tem um processo, está aí, a imprensa colocou na semana passada que você está para ser condenado."

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - Mas não por roubo, não por desvio de dinheiro; uma questão técnica.

    Eu não tenho que me envergonhar não! Tem que ir para a cadeia é quem está roubando este País! Quem tem que ir para a cadeia são esses que estão assaltando o País, assaltando os Municípios, para lá e para cá. Agora, por que está enfrentando...? Mas tudo bem, respeito a decisão. Mas vou até as últimas instâncias provar minha inocência.

    Portanto, Sr. Presidente, quero aqui, neste dia especial, agradecer o carinho de V. Exª, em nome da minha neta que nasceu hoje, mais uma neta, Angelina, fica meu abraço aos meus filhos, à Eclesiane, minha nora, e a todos os meus netos, à minha esposa. O alicerce do homem público é a família. Graças a Deus, sou abençoado com isso. Quero agradecer o carinho e pedir que sempre, todos os amigos e as amigas, mesmo em casa...

(Soa a campainha.)

    O SR. IVO CASSOL (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RO) - ... ou na igreja, quando elevar o pensamento a Deus, coloque meu nome e da minha família, para que Deus continue me abençoando, continue me iluminando, me dando sempre condições para continuar defendendo o nosso semelhante, não por ser melhor do que ninguém, mas pela simplicidade e a confiança que o povo tem nas pessoas, a confiança que o povo tem naqueles que lutam e buscam o melhor para o povo. Tanto é verdade, que me sinto feliz, quando vou ao meu Estado, como sempre, todo final de semana, pelo carinho que a população tem por mim.

    Só posso dizer obrigado. Saúde e paz, o restante a gente corre atrás.

    Um abraço, obrigado. Que Deus abençoe a todos!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/11/2015 - Página 183