Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro de dados econômicos indicativos da melhoria da economia do País após o impeachment de Dilma Rousseff.

Autor
Ataídes Oliveira (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/TO)
Nome completo: Ataídes de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Registro de dados econômicos indicativos da melhoria da economia do País após o impeachment de Dilma Rousseff.
Publicação
Publicação no DSF de 14/02/2017 - Página 89
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • REGISTRO, MELHORIA, ECONOMIA NACIONAL, POSTERIORIDADE, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, REDUÇÃO, INFLAÇÃO, TAXA, JUROS, ELOGIO, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, CRESCIMENTO, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), BRASIL, POSSIBILIDADE, SUPERAVIT, IMPORTANCIA, PAGAMENTO, DIVIDA EXTERNA, CRITICA, GOVERNO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), PARTIDO POLITICO, ENDIVIDAMENTO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), QUEBRA, ECONOMIA, DEFESA, APROVAÇÃO, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT), AUMENTO, INVESTIMENTO PUBLICO, PROGRAMA ASSISTENCIAL, EDUCAÇÃO, ENSINO MEDIO, RETOMADA, OBRAS, PAIS, TRANSPOSIÇÃO, RIO SÃO FRANCISCO, EMPREGO, LIBERAÇÃO, FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO (FGTS).

    O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco Social Democrata/PSDB - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Obrigado, Presidente Elmano Ferrer.

    Senador Cristovam, é sempre muito bom ouvi-lo. V. Exª tem uma sabedoria que lhe é peculiar. Desde o dia em que eu cheguei a esta Casa, procurei sempre não perder a oportunidade de ouvir V. Exª.

    Presidente Férrer, Srªs e Srs. Senadores e nossos ouvintes, há pouco, dois Senadores do Partido dos Trabalhadores, do PT, estiveram aqui nesta tribuna, dizendo que, depois da saída deles do poder, o Brasil piorou, a inflação piorou, o desemprego piorou, as contas pioraram. Isso é um absurdo. Peço a você que está nos ouvindo... É claro que eles estão falando para os eleitores deles. É claro, mas, é muito importante que estejamos atentos, porque uma mentira contada por diversas vezes pode se tornar verdadeira. Isso é um perigo.

    Estou exatamente aqui hoje, Sr. Presidente, para fazer um comparativo, Senador Cristovam – e V. Exª antecipou alguns pontos do meu discurso – para fazer um comparativo do governo do PT, até 12 de maio de 2016, quando a ex-Presidente Dilma foi afastada do poder, e hoje, praticamente sete meses depois. Mas essa comparação é importante que se faça a partir do dia 1º de setembro de 2016 até então, ou seja, praticamente seis meses. Como já dizia o ex-presidente Itamar Franco, os números não mentem; quem mente são as pessoas.

    Os números que estou trazendo hoje, nesta tarde de segunda-feira, aqui a este plenário... Você que está nos ouvindo pode buscar essas informações, porque elas conferem, porque os números não mentem. Um Senador da República, quando vem a essa tribuna e vai falar de números, tem que ter muita responsabilidade, porque a coisa é séria.

    Eu vejo os Senadores da oposição vindo aqui e vomitando números a esmo para o povo brasileiro. Como Lula disse, uma certa vez, lá fora do País, que havia 25 milhões de crianças nas ruas e alguém falou para ele: "olha, Presidente Lula, não temos 25 milhões de crianças nas ruas". E ele falou: "mas não importa, o importante é falar os números. Porque todo mundo fica abestado quando a gente vê os números". Isto é de uma irresponsabilidade enorme. Não se brinca com números, principalmente números de um país, de uma nação, não é isso, Senador Cristovam?

    Pois bem. Todo mundo sabe que eu fui um dos grandes protagonistas da retirada do PT do poder – isso é fato –, mas eu não tinha dúvida de que esse governo do PT estava na direção errada. Eu disse, por várias vezes, que era um barco enorme, que estava à deriva, que estava muito próximo das pedras e que uma hora poderia se chocar. Pois não é de ver que o barco chocou-se? Chocou-se. Lamentavelmente, muitos estragos aconteceram e o pior deles eu digo que foi o desemprego. Mas o Brasil é muito maior do que este governo que foi extirpado do poder. Pois bem, não tenho dúvida de que a irresponsabilidade – tenho dito –, a incompetência e a corrupção eram peculiares a eles.

    Então, vamos lá. Vamos então aos números. Vamos começar pela taxa Selic, Senador Cristovam. V. Exª fez esse comentário aqui, rapidamente, de que a taxa está caindo. Pois bem, a taxa Selic, então, no governo do PT, estava 14,25%; Governo Temer entrou, baixou 0,25%, depois baixou mais 0,25%, e no mês passado baixou 0,75%, chegando a 13% no momento. E ele nos disse que é um propósito firme do Governo baixar essa taxa Selic para um dígito antes do final do ano, para que nós possamos ter um dinheiro barato para as pessoas consumirem. Então, hoje nós estamos com a taxa Selic de 13%, e não mais 14,25%. Veja isso, olha esse primeiro ponto, essa primeira melhora! Pois bem, e aqui nós falamos muitas vezes, eu e o Senador Cristovam, que um ponto dessa taxa de juros representava bilhões, e agora, por último, então, 1% dessa taxa de juros representava R$40 bilhões, tão somente de juros dessa dívida.

    Inflação. Vamos lá: 10,67% foi o presente que a Presidente Dilma deixou ao povo brasileiro de inflação no ano passado, quando ela saiu. Hoje a nossa inflação está 6,29%. Olha isso! "Não, o Brasil piorou!" Como piorou? Taxa de juros baixou, a inflação de 10,67% hoje está 6,29%, e chegou já à conclusão, o Dr. Ilan, Presidente do Banco Central, de que essa taxa chegará ao centro da meta ainda neste semestre. Qual é o centro da meta? É 4,5%. O ex-Presidente do Banco Central – eu disse isso várias vezes –, o Presidente Tombini, durante quatro anos não conseguiu trazer essa inflação para o centro da meta. Já está muito próximo do centro da meta.

    É importante que o povo brasileiro saiba disso. É importante que o povo saiba que o Presidente Michel Temer está no rumo certo! Está no rumo certo economicamente, no cenário econômico, na área fiscal, está trilhando no rumo certo, e os números estão aí.

    Retração do PIB. Em 2015, o Brasil teve uma retração de 4% no PIB, no Produto Interno Bruto. Decresceu 4%, enquanto o mundo, em 2015, cresceu 3%. O Brasil decresceu 4%. Pois bem, e em 2016, quando a Presidente Dilma foi afastada, em maio, estava se falando de uma retração de algo em torno de 3,8%, e com possibilidade de chegar a 6% de retração no final de 2016. Mas, graças a Deus, com a saída do PT do poder, a retração, que estava prevista para 6% em 2016, ficou em torno de 3,2%. É importante que os senhores saibam desses números.

    E a previsão de crescimento para 2017? Conforme o Senador Cristovam colocou aqui, há poucos minutos, fala-se de um crescimento, Senador Cristovam, em torno de 0,8%, mas em agosto, desta tribuna – eu venho da contabilidade e do Direito Tributário e estou há 30 anos administrando um grupo de empresas, eu e meus filhos –, eu disse que, em 2017, com a PEC do controle dos gastos, se o Governo equilibrasse as suas contas, não gastasse mais do que arrecada, nós teríamos um acréscimo, um superávit, um crescimento acima de 1%.

    Eu não esqueço que alguns colegas me chamaram, inclusive, Presidente Elmano, de maluco. Pois agora, então, os grandes economistas já estão dizendo que o Brasil pode crescer 0,8 em 2017. Não, vai crescer mais de 1%. Eu quero vir aqui ao final deste exercício, no final do ano, e falar que nós crescemos 1,2%, 1,5%. Então, veja só se o Brasil piorou ou se o Brasil melhorou.

    Juros da dívida. Primeiro a dívida: em agosto de 2016, quando a Presidente Dilma foi afastada, nós tínhamos uma dívida pública interna e externa de R$4,270 trilhões – eu gosto de repetir. Nós saímos de uma dívida de R$852 bilhões, em 2003, para R$4,270 trilhões. Em 2015, o Brasil pagou, o povo brasileiro pagou R$501 bilhões de juros dessa dívida. E agora em 2016... Isso foi em 2015: R$501 bilhões. Em 2016, com a chegada do novo Governo, nós pagamos, então, R$330 bilhões.

    Será que o Brasil melhorou ou piorou? Será que melhorou? Nós tivemos uma redução de R$169 bilhões só de pagamento de juros dessa dívida. Mas isso é só o começo. Se o Presidente fizer o que ele prometeu, o propósito dele, melhor dizendo – baixar essa taxa Selic para um dígito –, nós vamos chegar, Senador Elmano, ao final do ano, com o pagamento de juros dessa dívida, mesmo ela alta do jeito que se encontra, na faixa de R$250 bilhões, R$280 bilhões, R$300 bilhões, no máximo.

    Eu sou a favor e tenho dito aqui sempre: nós temos US$374 bilhões em reserva cambial – e estamos pagando para ter essa reserva. Ah! Eu acho que o Governo teria que pegar parte dessa reserva, pegar US$200 bilhões, que representam uns R$700 bilhões, e pagar parte dessa dívida – eu faria isso!

    Eu espero que o Presidente do Banco Central pense com mais carinho com relação às nossas reservas cambiais, o swap cambial. Em 2015, o Brasil perdeu, com swap cambial, R$89,7 bilhões. O que é o swap cambial? É a intervenção do Banco Central no dólar. O dólar está aumentando, ele vai lá e compra; o dólar está aumentando, ele vai lá e coloca dólar no mercado. Quando o dólar some, ele vai lá e compra. Essa negociata incompetente e irresponsável fez com que o Brasil, em 2015, perdesse praticamente R$90 bilhões. E, em 2016, depois que o Governo novo assumiu? Nós tivemos um resultado positivo: um lucro de R$75,6 bilhões. Perdemos R$89,7 bilhões em 2015. Em 2016, mesmo com parte do governo petista, nós conseguimos ter um lucro de R$75,6 bilhões. Eu pergunto: o Brasil melhorou ou o Brasil piorou?

    Queda de arrecadação. Receita corrente líquida. Isso aqui é um caso gravíssimo. Em 2015, o Brasil, Presidente, perdeu 6,4% de arrecadação da nossa receita corrente líquida. Em 2015, nós tivemos uma receita corrente líquida de R$1,221 bilhão. Agora, já em 2016, nós tivemos uma queda real de receita – porque continua havendo queda de receita – de 2,97%. Permitam-me repetir: em 2015, nós tivemos uma queda de receita corrente líquida no País de 6,4% e agora, com o novo Governo, já recuou para 2,97%. O Brasil piorou ou melhorou? Mas eu digo que isso ainda está muito ruim. Nós temos que alavancar a economia deste País. Nós temos que alavancar. Mas os senhores vão ver, logo à frente, que o Presidente Michel Temer...

    Senador Pedro, estou fazendo aqui uma prestação de contas do governo anterior e do Governo atual ao povo brasileiro, porque os petistas vêm aqui, nesta tribuna, e dizem ao povo brasileiro que, com a saída do PT, o Brasil piorou. E eles são tão convincentes que é perigoso eles convencerem aquelas pessoas que não estão antenadas. Mas aqui, agora, eu estou fazendo uma prestação de contas responsável, honesta. Os números que eu estou mencionando aqui vocês podem buscar em qualquer canto, porque vão encontrá-los.

    A nossa arrecadação parou de cair como vinha caindo, mas nós vamos aumentá-la. Eu acredito nisso. Eu disse que acredito num crescimento do PIB de entre 1,2 e 1,5 neste ano.

    Quanto à perda de poupança, que era uma preocupação enorme minha – vim a esta tribuna, várias vezes, para falar sobre perda de poupança –, em 2015, nós perdemos R$53,56 bilhões de caderneta de poupança. "Ah, mas o povo tirou esse dinheiro e foi aplicá-lo em outros tipos de investimento." Nada disso. Era a crise mesmo. Foi pagar escola, foi pagar energia, foi pagar outras despesas domésticas. Em 2015, nós perdemos, arredondando, R$54 bilhões. Agora, em 2016, depois que o Presidente Temer assumiu, R$40,7 bilhões. Se fosse o governo do PT, nós chegaríamos, ao final de 2016, com uma perda de poupança da ordem de R$90 bilhões. Eu não tenho dúvida disso. Então, perdemos R$54 bilhões, em 2015, e R$40 bilhões, em 2016. Pergunto: o Brasil piorou ou o Brasil melhorou?

    Cotação do real. A queda do real foi de 50% em 2015; a queda do dólar foi de 17,7% em 2016.

    A dívida da Petrobras. Falamos tanto aqui da dívida da Petrobras, essa empresa orgulho do povo brasileiro. Eles não quebraram a Petrobras, não; eles moeram a Petrobras, eles destruíram a Petrobras. Eles fizeram da Petrobras como se da cozinha deles ela fosse, como se deles ela fosse, e acabaram com a Petrobras.

    Nós chegamos ao final de 2015 com uma dívida de R$510 bilhões, a maior petrolífera endividada do mundo, sendo que há anos era a petrolífera mais rentável e mais importante de toda a história. E, em setembro de 2016, já estava com um endividamento de R$361 bilhões, ou seja, caiu de R$510 bilhões para R$361 bilhões. Pode buscar essas informações quem quiser.

    A Petrobras perdeu de 2008 a 2015, Senador Pedro, R$436 bilhões no preço de mercado, ou seja, evidentemente não poderia ser diferente: dilapidaram ela. É aquela empresa magnífica em que você bota lá um administrador, e ele pega e destrói aquela empresa. Evidentemente ela não vai valer mais nada. Mas essa empresa é de uma magnitude, de uma grandeza e agora, de outubro a janeiro de 2016, houve um aumento de R$136 bilhões em preço de mercado, ou seja, aquele competente executivo que lá se encontra hoje, colocado pelo Governo atual ou pelo Parente, chegou e está saneando aquela empresa. As ações cresceram, aumentaram mais de 160% no final do ano, recuperou o preço de mercado aqui em R$136 bilhões. Olha que coisa magnífica, porque agora há um gestor, lá agora há um homem responsável, um homem competente que está...

(Soa a campainha.)

    O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco Social Democrata/PSDB - TO) – ... tocando aquela empresa. Mas eu acho que ainda está pouco. Nós temos que vender ativo daquela empresa para liquidar essa dívida que ainda é alta. Nós temos que vender ativo, nós temos que vender algumas subsidiárias dela.

    A previdência social não melhorou. Nós tivemos um déficit de R$85 bilhões no ano de 2015; este ano, R$149 bilhões – estou arredondando aqui os números. Aqui não se melhorou nada, mas vai melhorar. Vai melhorar com essa reforma da previdência social, que nós vamos ter que aprovar aqui. De um jeito ou de outro, nós vamos ter que aprovar, porque, senão, quem está recebendo a sua aposentadoria, Senador Pedro Chaves, não vai receber a curtíssimo prazo. A curtíssimo prazo, aqueles senhores merecedores da sua aposentadoria vão chegar ao balcão do banco e não vai haver dinheiro. Então, essa reforma, vamos ter que fazê-la. Isso aqui não melhorou, mas vai melhorar, porque o Presidente Temer teve a coragem de botar essa reforma da previdência social aqui nas nossas mãos. E, na hora em que essa reforma for aprovada por nós – eu acredito que será aprovada, vamos debater evidentemente, vamos ter que fazer alguns ajustes –, eu não tenho dúvida de que a previdência social voltará, então, a ser uma previdência sustentável para as nossas futuras gerações.

    Fies. Eu bati muito nesse programa do Fies, que V. Exª conhece muito bem. O Presidente Temer elevou o investimento no Fies de R$14 bilhões para R$20 bilhões, em 2016 e 2017. Agora o Ministro acabou de comunicar 150 mil novas matrículas. O Governo Temer está atento a esses programas importantes que foram criados pelo PT – é bom que se diga –, programas importantes para o povo brasileiro que lamentavelmente tiveram tão somente um cunho de fazer com que eles permanecessem no poder, não de levar o benefício às pessoas. Programas como o Pronatec, o Fies, o Ciência sem Fronteiras, o Seguro-Defeso e tantos outros dos quais tenho feito prestação de contas aqui, programas que eles destruíram lamentavelmente.

    Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o que aconteceu quando o PT saiu do governo para a entrada do Governo de Michel Temer? O que aconteceu em termos de credibilidade? Em termos de números, eu já coloquei, está aqui. Eu volto novamente a perguntar ao povo brasileiro, a quem está nos assistindo: o Brasil melhorou ou o Brasil piorou depois da saída do PT? Respondam-me. O meu e-mail está aqui embaixo. Respondam-me, convençam-me de que estou errado, convençam-me de que os números estão errados. Convençam-me.

    E em termos de credibilidade? As três agências que calculam risco mundo afora, a Fitch, a Moody's e a Standard & Poor's, colocaram o Brasil, no governo do PT, como caloteiro, um país que, ao longo dos anos, teve as suas dificuldades, nós sabemos disso, mas que sempre foi considerado bom pagador. Nós passamos a ser chacota, Senador Pedro Chaves, mundo afora. O PT, além de ter destruído a nossa economia, colocou-nos com essa imagem de caloteiro. Isso é horrível para um país, para uma nação. Mas nós vamos superar, vamos retomar a nossa credibilidade.

    Faço aqui essa prestação de contas. O banco J. P. Morgan também calcula risco, não trabalha com nota, com ranking, mas trabalha com pontuação. O Brasil tinha 462 pontos em março de 2016 – 462 pontos. Quanto maior o ponto, menor a credibilidade. Repito: 462 pontos. Em 17 de janeiro de 2017, nós estamos com 282 pontos.

(Soa a campainha.)

    O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco Social Democrata/PSDB - TO) – Então, volto a perguntar: o Brasil melhorou ou piorou? Agora, estou perguntando, inclusive, para os empreendedores externos: o Brasil está melhorando ou não? Claro que sim, os números estão aqui. Estou falando aqui do banco J. P. Morgan. Não tenho dúvidas de que as coisas estão realmente mudando. Percebo que essas três agências, tão logo, vão recuperar a nossa nota. Eu não tenho dúvidas disso. Acredito que, até o mês de junho, passando a reforma da previdência e a trabalhista, vamos recuperar a nossa credibilidade mundo afora.

    Bovespa, a nossa bolsa de valores. Em fevereiro de 2016, nós estávamos trabalhando em torno de 40 mil pontos. Quanto menores os pontos, piores são os negócios. Quanto maiores os pontos, melhores são os negócios.

    Em fevereiro de 2016, girava em torno de 40 mil pontos. Hoje, 66 mil pontos. Ou seja, melhorou ou piorou o Brasil? Aqui são os números verdadeiros, não são mentirosos. Aqui não tem um mentiroso na tribuna jorrando números. Não, aqui é com precisão.

    Inflação. Eu já disse, a nossa inflação, graças a Deus, está desabando. A nossa balança comercial, de R$20 bilhões em 2015, foi para R$48 bilhões em 2016. Vou repetir, R$20 bilhões em 2015, do governo petista, e agora a nossa balança foi para R$48 bilhões, o resultado positivo dela. Eu volto a perguntar: o Brasil melhorou ou piorou?

    Pois bem, mesmo com esse cenário econômico e fiscal mostrando uma clara recuperação, o Governo não para. Já estão em andamento inúmeras iniciativas corajosas, visando a organização, a modernização e a retomada do crescimento do nosso País. Eu disse e agora vou mostrar que este Governo do Presidente Michel Temer vai resgatar não só a nossa credibilidade, mas vai fazer com que a nossa economia volte a crescer, a gerar emprego e renda.

    E o que ele está fazendo?

    Reforma da Previdência Social. Isso é fato. Já está na Câmara, deve chegar aqui no Senado a curto prazo.

    Reforma trabalhista. Também já está no Congresso Nacional. Vai haver uma grande discussão, mas a retomada do emprego no Brasil - eu falo isso com consciência - passa por uma boa reforma trabalhista, por um bom debate. Nós precisamos fazer o ajuste dessa CLT criada em 1942 por Getúlio Vargas. Naquela época, ela atendia, Senador Pedro, atendia perfeitamente às necessidades dos nossos trabalhadores. Hoje, não. Hoje nós precisamos fazer ajustes, as coisas mudaram muito.

    A reforma do ensino médio, de que V. Exª foi o Relator e fez um belíssimo trabalho, pode não ter atendido de forma mais completa tudo aquilo que a população anseia, mas foi um ponto alto do Senado Federal já no início deste exercício, desta legislatura.

    Eu aproveito, porque não tinha feito ainda, para parabenizar V. Exª pelo belo relatório que V. Exª trouxe a esta tribuna, que foi aprovado.

    Liberação de obras paralisadas. Essa é uma coisa minha. Fui ao Presidente Temer e falei: Presidente, não dá para V. Exª, neste mandato, fazer projeto e executar obras. Nós temos mais de 20 mil de obras paralisadas neste País, um rio de dinheiro jogado no lixo, um cemitério de obras paralisadas. Vamos recuperar isso. Vamos acabar essas obras, principalmente as de menor valor, que demandam de R$500 a R$10 milhões, que são escolas de tempo integral, quadras esportivas, pequenas obras de saneamento básico, creches, etc.

    E ele comprou a ideia. Ele tem essa vantagem, ele sabe ouvir. Ele sabe ouvir, é humilde.

    Então, ele autorizou, pediu ao Ministério do Planejamento, através do Ministro Dyogo, que fizesse um levantamento. Ele fez um levantamento rapidamente, mas rapidamente não poderia ser em menos de 45 dias. E chegou à conclusão de que 1.600 obras em 1.071 Municípios no Brasil poderiam ser retomadas, com o seu reinício dentro de 90 dias. Assim ele fez. Isso vai injetar na economia R$2.073 bilhões.

    Olhe que atitude, que tacada de mestre o Presidente Temer fez! Isso não é obra dele. Isso é obra do Governo petista, mas ele não quer nem saber disso. Eu quero devolver essas obras para o povo, recuperar esse rio de dinheiro e gerar emprego. E assim ele fez.

    Agora, essa semana - V. Exª estava lá comigo -, o lançamento lá de mais merenda. Aumentou de 7 a 20%. V. Exª também estava lá, Senador Férrer. Aumentou de 7 a 20% a verba das merendas para os Municípios do Brasil. Aquele Município até 20 mil habitantes que ganhava, que recebia, melhor dizendo, R$200 mil vai receber R$231 mil. Eu, que sou lá do interior, municipiozinho pequeno, R$30 mil a mais fazem uma megadiferença. Então, uma coisa fabulosa que ele fez, um investimento que saiu de R$300 milhões para R$500 milhões.

    O Cartão Reforma, que será lançado agora... Cem mil cartões reforma de R$5.000 a fundo perdido para aquele cidadão menos favorecido, mais pobre, que quer fazer um puxadinho no seu barracão, que quer aumentar um cômodo, que quer fazer um banheirinho ou quer fazer uma rampinha, porque tem alguma pessoa na família com deficiência.

(Soa a campainha.)

    O SR. ATAÍDES OLIVEIRA (Bloco Social Democrata/PSDB - TO) – Ele vai ter R$5.000 gratuitamente. Olhe que coisa fabulosa. Isso vai injetar R$500 milhões na economia.

    O Programa de Parceria de Investimentos, PPI, que está a todo vapor em estradas, rodovias, óleo, gás e energia. E aqui é o seguinte: os petistas vêm aqui, repito, falando para o seu público, dizendo que a coisa piorou, que a coisa está parada. Não, não está parada de jeito nenhum.

    Os juros, na redução de juros dos financiamentos imobiliários, também já reduziu. Tem que incentivar a construção civil. Nós tivemos perda de mais de um milhão de empregos só na construção civil. Então, nós temos que incentivar, mas com responsabilidade. Não como o PT fazia no caso do BNDES, com juros subsidiados aos seus companheiros, que causou um prejuízo ao povo brasileiro, de 2009 a 2015, de R$123 bilhões.

    Pois bem. A retomada da transposição e revitalização do Rio São Francisco, a liberação do saque do FGTS. Olhe isso! O Governo petista não queria que mexesse no FGTS nem no FAT nem no PIS/PASEP, porque eles iam meter a mão naquele dinheiro. E meteram a mão, mas sem dó.

    O FAT, por exemplo. Eles passaram para o BNDES mais de R$200 bilhões. Então, o FAT, o Fundo de Amparo ao Trabalhador e o Fundo de Garantia sobre Tempo de Serviço do Trabalhador, também o PIS/Pasep, eram utilizados para fazer essa grande manobra para se manter no poder.

    Agora o Presidente Temer fez o seguinte: quem tem dinheiro no FGTS, que não está rendendo quase nada, pode sacar esse dinheiro. Isso vai injetar na economia, imagino eu, algo em torno de R$40 bilhões. Esse dinheiro é do trabalhador. Entregue esse dinheiro para ele. Deixe-o pagar a continha dele, deixe-o fazer a compra da geladeira e etc., não é? Então, outra medida importante.

    Estou terminando, Sr. Presidente.

    E há muitas outras ações modernizantes que ele está adotando.

    Enfim, o cenário catastrófico felizmente está se dissipando, graças à coragem que o Governo tem demonstrado para enfrentar os verdadeiros problemas da nação de forma realista, como ele diz, não populista, mas popular.

    Acrescento ainda que continuaremos trabalhando incansavelmente para apoiar o Presidente Temer nessa difícil empreitada. Eu disse aqui, no meu discurso, quando afastamos a Presidente Dilma, eu disse para o Presidente Temer, olhando para aquela câmera, que em tudo aquilo que ele mandasse para esta Casa que fosse bom para o País eu estaria do lado dele. E isto é fato.

    Eu não estou na política com outros objetivos. Eu sou um empresário, graças a Deus, bem-sucedido na vida e estou aqui para servir ao meu País e ao meu Estado do Tocantins, sem demagogia nenhuma.

    Acrescento ainda que continuaremos, então, apoiando o Presidente, sem, contudo, abrir mão da independência necessária para alertá-lo e aconselhá-lo sempre que for preciso.

    Ainda há muito a ser feito para corrigir os rumos do Brasil, Sr. Presidente, mas, com o quadro que vimos aqui, hoje, Srªs e Srs. Senadores, só podemos concluir que estamos no caminho certo. O pior já passou.

    Evidentemente, num Governo como este, num país tão grande como este, pode acontecer de algum ministro, de algum colaborador do Governo Federal, lamentavelmente, não estar falando a mesma língua. Isso acontece, porém eu vejo que o Brasil está no rumo certo e o pior já passou.

    Muito obrigado a todos.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/02/2017 - Página 89