Pronunciamento de Vanessa Grazziotin em 19/04/2017
Discurso durante a 46ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Indignação com a forma de divulgação das investigações da Operação Lava Jato.
- Autor
- Vanessa Grazziotin (PCdoB - Partido Comunista do Brasil/AM)
- Nome completo: Vanessa Grazziotin
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
- Indignação com a forma de divulgação das investigações da Operação Lava Jato.
- Aparteantes
- Elmano Férrer, Fátima Bezerra, Garibaldi Alves Filho, Humberto Costa, Kátia Abreu, Lídice da Mata, Regina Sousa, Telmário Mota.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/04/2017 - Página 16
- Assunto
- Outros > CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
- Indexação
-
- DISCORDANCIA, FORMA, DIVULGAÇÃO, RELAÇÃO, DELAÇÃO PREMIADA, LUIZ EDSON FACHIN, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), CITAÇÃO, ORADOR, OPERAÇÃO, POLICIA FEDERAL, INVESTIGAÇÃO, CORRUPÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), ODEBRECHT S/A, CRITICA, ATUAÇÃO, JUDICIARIO, MOTIVO, DESRESPEITO, PRESUNÇÃO, INOCENCIA, DEFESA, REFORMULAÇÃO, LEGISLAÇÃO ELEITORAL, FINANCIAMENTO, CAMPANHA ELEITORAL, PROIBIÇÃO, DOAÇÃO, PESSOA JURIDICA, BALANÇO, CARREIRA, POLITICA.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) – Agradeço a V. Exª, Senador, e aos Senadores que me permitem falar neste momento. Aliás, agradeço ao Senador Paim, que foi quem fez a inscrição para que eu pudesse falar logo no início desta sessão do dia de hoje.
E quero dizer, Sr. Presidente, que eu não poderia, sendo esta a primeira hora em que chego ao Senado Federal, depois da divulgação, desde a semana passada, de muitas notícias relativas a acusações, a inquéritos abertos contra vários Parlamentares, políticos, pessoas públicas, eu não poderia deixar de vir a esta tribuna, Sr. Presidente, sem que este fosse o meu primeiro pronunciamento.
E quero iniciar dizendo o seguinte...
Mas, antes de iniciar, quero registrar a presença de várias companheiras e companheiros do meu Partido, da ex-Deputada Perpétua Almeida, da Deputada Jandira Feghali, da nossa Líder Alice Portugal, da Bancada dos Deputados Federais, da Deputada Jô Moraes, do Deputado Assis e do Deputado Chico. Muito obrigada pela presença.
Isso demonstra como temos uma Bancada unida e, muito mais que unida, solidária. E temos solidariedade porque todos sabemos a forma como desenvolvemos a política. Entramos, todos, muito jovens para a política, e não éramos Parlamentares. Atuávamos politicamente dentro dos movimentos sociais, dos movimentos juvenis, dos movimentos de trabalhadores, das mulheres, com um objetivo único, que continua sendo nosso objetivo até hoje: mudar a sociedade, colaborar para a construção, Senador Garibaldi Alves, de uma sociedade mais justa, onde as pessoas possam trabalhar, mas tenham direito a bons salários, onde as pessoas mais simples possam ter o direito de ver seus filhos frequentando não só escola de primeiro grau, mas também as faculdades, as universidades.
Então, agradeço sensibilizada a presença, que é muito simbólica, porque a presença de cada uma e cada um aqui representa a presença de cada militante homem, mulher, jovem do PCdoB, que, por piores que sejam as notícias, não se deixam abalar e seguem, como todos nós seguimos, caminhando de cabeça erguida e enfrentando, um a um, esses problemas que nos aparecem.
Mas quero começar meu pronunciamento, Sr. Presidente, falando a respeito do ditado popular que diz o seguinte: num mundo de verdades e mentiras, todos temos medo da mentira, mas apenas os tolos têm medo da verdade. Outra célebre frase diz que a verdade sempre aparece. É uma das regras fundamentais do tempo, Deputado Orlando Silva.
No campo do Direito, a jurisprudência é pacífica no sentido de que as pessoas públicas estão sujeitas a críticas no desempenho de suas funções. Todavia, essas não podem ser infundadas e devem observar determinados limites. Se as acusações destinadas são graves e não são apresentadas provas de sua veracidade, configurado está o dano moral. Essa é a jurisprudência pacífica no Poder Judiciário brasileiro.
Sabe-se perfeitamente que ninguém, que nenhum cidadão ou nenhuma cidadã pode ser condenado, previamente, por mera presunção. O contraditório e a apresentação de provas são essenciais no Estado democrático de direito, seja para comprovar a inocência ou para comprovar a culpa.
Esses, Sr. Presidente, são alguns axiomas, alguns postulados, portanto, que trago à tribuna no dia de hoje, para revelar a minha profunda indignação pela forma como casos tão diferentes têm sido tratados em um mesmo contexto. Ou seja, têm sido tratados de uma mesma forma. A meu ver, isso é mais do que grave. Isso é gravíssimo, porque leva, Senadora Fátima, à criminalização generalizada da política, o que pode resultar em graves consequências para o País.
Aliás, eu estou falando do episódio da semana passada, mas temos outro episódio de que podemos falar, que aconteceu ontem, recentemente. Trata-se de um vídeo gravado por três procuradores, onde uma das procuradoras...
No vídeo, primeiro, pedem que seja viralizada aquela mensagem, aquele vídeo, que espalham o máximo que puderem, colocando a população contra os políticos, de forma generalizada. Isso significa colocar a população contra o próprio Parlamento. Então, não dá para a política ser tratada dessa forma. E quando generalizam, quando colocam problemas de gravidades distintas, problemas diferentes, tudo da mesma forma, eu desconfio até se essas pessoas querem, de fato, resolver o problema do combate à corrupção ou se querem acabar com a política correta, criminalizando-a de forma generalizada.
Eu quero, mais uma vez, Sr. Presidente, falando dessa forma, registrar o meu irrestrito apoio às investigações, às ações de combate à corrupção. Eu quero mais uma vez, para evitar qualquer tipo de deturpação daquilo que falamos diariamente desta tribuna, registrar o meu mais irrestrito apoio à Operação Lava Jato, cujo objetivo é combater a corrupção. E digo que, se queremos que tenha sucesso essa ação de combate à corrupção, as coisas não podem continuar a ser tratadas como estão, porque no fundo estão todos envolvidos, a política toda, como falou um procurador, são os políticos, e não há nem como punir, efetivamente, aquilo que seja a corrupção. Então, desde já digo que, desde a primeira hora, desde o primeiro momento... Aliás, a história do nosso Partido tem sido essa, a luta pela ética. E repito também: lutar contra a corrupção não é apenas uma bandeira que se levanta diante de um microfone ou de uma tribuna. Combater a corrupção é um exercício diário, é uma postura diária de cada um de nós. E eu tenho tranquilidade absoluta, Sr. Presidente, para dizer que, nesses 40 anos de vida pública, quase 30 anos exercendo mandatos parlamentares, posso dizer, com muita tranquilidade, que busquei na política, Sr. Presidente, não benefícios pessoais; eu busquei na política um caminho para lutar em favor da nossa gente, em favor do nosso povo.
No ano de 2005, ainda na condição de Deputada Federal, eu apresentei o meu segundo projeto, que reformava o sistema eleitoral brasileiro, que atacava diretamente a contribuição de campanha, Sr. Presidente. O projeto que apresentei, à época, tomou o nº 5.826. Portanto, ninguém pode falar que, naquela época, já tenha havido oportunismo. Pelo contrário: apresentei um projeto num momento em que poucos questionavam o modelo de financiamento empresarial de campanhas. O Projeto nº 5.826, de 2005, que apresentei, não proibia o financiamento empresarial de campanha, mas determinava que essas doações empresariais deveriam ser feitas a um fundo geral. E esse fundo, de forma equitativa e proporcional, distribuiria para todos os partidos e candidatos. Ou seja, não haveria apadrinhamento de quem quer que seja.
Então, esse projeto, eu repito... E tenho muito orgulho de levantar, um a um, todos os projetos que eu tenha apresentado, mesmo porque, recentemente, relatando um projeto de minha autoria, o Senador Requião apresentou e aprovamos, na Comissão de Constituição e Justiça, a proibição do financiamento empresarial de campanha, que, infelizmente, não surtiu efeito; que, infelizmente, não foi à frente. Essa decisão foi tomada, é bom que todos lembrem, não a partir de uma decisão do Parlamento brasileiro, mas a partir de uma decisão do Poder Judiciário, que considerou, corretamente, justamente a contribuição por parte de empresas, pessoas jurídicas, como um fator que desequilibra...
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – ... um processo que deveria ser, antes de mais nada, igualitário e democrático.
Então, aqui, nesta Casa, eu também me referi já ao Projeto de Lei nº 60, que proibia a doação empresarial para as campanhas.
Enfim, Sr. Presidente, não podemos permitir que, por conta das investigações, que por conta das graves revelações, destrua-se a democracia. E nós estamos assistindo, infelizmente, à destruição da própria democracia, à criminalização generalizada da política. Assim como não podemos aceitar o desmantelamento de nossa economia, sobretudo, nos setores em que o Brasil avançou muito nos últimos anos – o setor naval, o setor de petróleo, a cadeia de petróleo e gás –, nós não podemos penalizar uma nação, nós não podemos penalizar um povo, nós não podemos penalizar a democracia em nome do combate à corrupção, porque a corrupção pode e deve ser combatida preservando-se as instituições. E é isso que eu quero levantar, de forma muito contundente e forte, neste meu pronunciamento.
Na última semana, Sr. Presidente, mesmo não estando aqui, nesta Casa, no Senado, porque eu me encontrava participando de uma missão oficial, eu acompanhei, mesmo que de longe, envolvida em outras atividades, de forma diuturna, todos os noticiários onde vários dirigentes da empresa Odebrecht levantaram, mais ou menos, nomes de que 415 pessoas, entre esses vários Parlamentares, políticos de 26 dos 35 partidos que são legalmente registrados hoje no Tribunal Superior Eleitoral.
Eu acompanhei e vi a forma irresponsável com que todos foram jogados na mesma vala comum. A espetacularização da notícia tem sido, infelizmente, o carro-chefe desse processo que conta com versões parciais, repetidas e de forma exaustiva, que deixam o cidadão espantado, indignado, deixam o cidadão irado com absolutamente tudo. Eles, então, são levados a concluir que nenhum político presta. Não é que existem, no meio da política, corruptos, não. Eles são levados a pensar que a política não presta, porque, de todos os políticos, nenhum deles presta.
A presunção de inocência, como eu disse, nessa fase que resguarda questões básicas como a dignidade da pessoa humana, tem sido desprezada. E, como vários dos meus colegas já falaram desta tribuna, nós somos pessoas públicas, nós chegamos aqui através do voto popular, nós tivemos a felicidade de contar com a confiança do povo. E agora estão quebrando essa confiança de uma forma, no meu entendimento, leviana e irresponsável. Digo isso com muita tranquilidade. Não quero atingir nenhuma autoridade, não quero atingir ninguém, mas não está correta a forma como tudo vem sendo divulgado em nosso País. Não há como, através da divulgação de um fato, através do pedido de abertura de uma investigação – de uma investigação – as pessoas já serem condenadas como estão sendo hoje.
Eu levanto essas considerações, Sr. Presidente, e faço essas ponderações a respeito da minha própria citação, porque eu fui citada, o meu nome foi envolvido. E, assim que tomei conhecimento dos fatos, imediatamente, de longe, eu emiti uma nota, na qual deixo muito claro que estou consciente, absolutamente consciente de que não cometi qualquer tipo de ilegalidade. Eu afirmei que isso será provado a partir das investigações. Ninguém mais do que eu, Senadora Lídice – V. Exª também tem uma situação extremamente delicada como a minha –, ninguém mais do que eu, ninguém mais do que a senhora – tenho convicção, porque a conheço – quer que a investigação siga, e siga rapidamente, porque ninguém pode nos transformar como reféns da dúvida. Não! Eu não quero ser transformada numa refém de dúvida de quem quer que seja. Quero que as Investigações aconteçam, sejam céleres e profundas, Sr. Presidente, porque tenho tranquilidade, certeza e convicção de que não cometi nenhuma ilegalidade, não cometi nenhum ato de corrupção.
Disse, na minha nota, que fala por mim a minha própria trajetória política...
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – ... Deputado Chico, repito aqui, de mais de 40 anos de vida pública. Enquanto os jovens namoravam, eu, aos 17 anos, fazia política. Eu lutava, como lutava a Alice, como lutava a Jandira, como lutava a Perpétua. Aliás, não lutava certamente, porque lutou muito antes e, por isso, sofreu até a privação de liberdade, a Deputada Jô Moraes, que teve que ser exilada. Então, aos 17 anos, na flor da nossa juventude, todas nós, a Senadora Lídice, a Senadora Fátima, lutávamos já em favor de uma sociedade. E foi exatamente essa concepção que me trouxe ao Parlamento, lugar a que nunca pleiteei chegar. E fui chegando e cheguei por conta do reconhecimento da luta que travamos. E disse isso na nota, Sr. Presidente. Quem me conhece, quem convive comigo sabe que todos nós do Partido – eu, em particular; eu falo por todos – buscamos na política não a melhoria da qualidade de vida. Olhem o meu patrimônio!
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Poderia ter crescido muito mais se eu tivesse permanecido na minha profissão e estivesse atuando na iniciativa privada, mas não foi esse o caminho que escolhi para a minha vida. Portanto, nunca reclamei, nunca reclamei de não ter juntado um patrimônio que me desse tranquilidade na velhice. Aliás, eu dependo da aposentadoria – da aposentadoria – para a qual eu contribuí e que, agora, esse senhor que está no Palácio do Planalto quer que nós mulheres trabalhemos o mesmo tanto que o homem para podermos ter o direito de nos aposentar. Eu dependo disto para seguir a minha vida: da aposentadoria de anos de trabalho e de vida pública que desempenhei.
Então, disse isso, que, com muita tranquilidade, Sr. Presidente, eu vou enfrentar todos esses problemas. O que me chateia são as pessoas que escutam, repetidas vezes, na televisão, casos serem misturados, porque sabem as senhoras e os senhores que o processo...
(Soa a campainha.)
(Interrupção do som.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – ... a investigação solicitada e aberta em relação ao mim diz respeito a questões eleitorais. Eu não sou citada em nenhum caso de corrupção. Pelo contrário, esse senhor, que mal eu conheci, Diretor da Odebrecht... Aliás, na primeira vez em que estive com ele, perguntei a ele porque eu nem sabia que essa empresa Odebrecht Ambiental existia, nem sabia que essa empresa existia. Esse senhor mesmo, quando prestou o depoimento, disse: "Não houve nenhuma contrapartida." A Odebrecht se aproximou, nós nos aproximamos porque queríamos investir em uma política jovem, promissora. Queríamos nos aproximar, Deputado Assis, de um partido com o qual não tínhamos proximidade, que era o PCdoB, Deputado Davidson. Ele mesmo diz isso, mas para os telejornais eu apareço lá como mais uma daquelas que pratica a corrupção. Dói.
Disposição eu nunca perco. Coragem eu nunca perco.
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Enfrentar, enfrento e todos nós enfrentamos. Agora, V. Exªs não têm a noção do tamanho da dor que nós sentimos, do tanto que isso nos machuca, de tanto ver toda uma vida, toda uma vida de luta, de privações, inclusive do convívio com a própria família, ser tratado da forma como está.
Eu repito: a investigação solicitada em relação a mim diz respeito a questões eleitorais, não diz respeito à corrupção, mas eu sou colocada, em todos os telejornais, como alguém que tivesse cometido corrupção. É lamentável. Mais lamentável é ver pessoas também ligadas diretamente a nós serem denunciadas de forma leviana, como o Eron, por acaso, meu marido, mas Presidente de meu Partido, que jamais – jamais – pediria contribuição em caixa dois. Jamais faria isso – jamais.
Lamento que isso esteja acontecendo e por isso é que digo: faço questão de depor não uma vez, depor quantas vezes forem necessárias, faço questão de contribuir, de ajudar na busca de provas. O que não quero, o que não vou permitir que aconteça é que essa interrogação – essa interrogação – permaneça sobre mim. Não.
Para criar força-tarefa no âmbito da Lava Jato, o Supremo Tribunal Federal crie, mas não deixe sem investigar. Não deixe por um ano, não deixe por dois anos, não deixe por três anos. Isso é a pior coisa que pode acometer a vida de uma pessoa, sobretudo, de uma pessoa pública, porque o que está sendo questionado é a minha dignidade, o que está sendo questionado é a minha honestidade. E eu quero ter a oportunidade de comprovar, como farei – como farei –, que não cometi nenhum ato de ilegalidade, que não cometi nenhum ato de corrupção.
Sr. Presidente, eu digo e concluo esse meu pronunciamento, agradecendo a benevolência de V. Exª...
A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Senadora Vanessa.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Eu já concederei aparte.
Da forma como eu iniciei, digo, e sempre repito aqui, que o tempo é o senhor da verdade. Posso dizer de outra forma: a verdade sempre aparece. É uma das regras fundamentais do tempo, porque é uma das regras fundamentais do tempo. Não há dúvida quanto a isso.
Depois, se V. Exª me permitir, Sr. Presidente, após ouvir o aparte da Senadora Fátima, eu gostaria de ter apenas um minuto para poder concluir.
Senadora Fátima.
A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Senadora Vanessa.
O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Senadora Fátima.
A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Senadora Vanessa, primeiro...
O SR. PRESIDENTE (João Alberto Souza. PMDB - MA) – Senadora Fátima, de acordo com o Regimento, eu gostaria que V. Exª aparteasse sentada.
A Srª Fátima Bezerra (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RN) – Está certo. Está o.k., Senador João Alberto. Muito brevemente, Senadora Vanessa, quero aqui dizer que compartilho de todo esse sentimento de injustiça que invade seu peito, seu coração, porque eu lhe conheço não é de hoje, eu lhe conheço já de muito tempo, de muitas lutas junto ao Partido Comunista do Brasil, e sei, assim como o povo do Amazonas e o povo do Brasil, que a senhora é referência em matéria de exercer a política com dignidade, com altivez, com idealismo, com compromisso. V. Exª não é daqueles nem daquelas que fazem da política balcão de negócios. Muito pelo contrário, V. Exª faz da política um instrumento para realizar sonhos que levem a dignidade, a liberdade ao nosso povo. V. Exª, seja na Câmara, seja aqui, no Senado, tem se notabilizado como uma das melhores Parlamentares em matéria de ética, de compromisso, de dignidade. Por isso, Senadora Vanessa, com todo o carinho, não tenho nenhuma dúvida de que o processo investigatório – que, inclusive, a senhora aqui cobra que seja o mais ágil, o mais célere possível – vai trazer a verdade à tona, vai provar a sua inocência. Não tenho nenhuma dúvida disso. E não baixe nunca a cabeça, porque a sua biografia, a sua história de vida como cidadã, a sua trajetória política lhe dão autoridade moral e política para continuar de cabeça erguida, olhando nos olhos do povo do Amazonas e do povo do Brasil.
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Eu agradeço, Senadora Fátima.
E, se me permite, Senador João Alberto, conceder um aparte ao Senador Humberto e, na sequência, à Senadora Lídice...
O Sr. Humberto Costa (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE) – Senadora Vanessa Grazziotin, seria desnecessário me manifestar aqui, para dizer da confiança, da certeza da lisura da atuação de V. Exª, porque V. Exª é uma pessoa honesta, uma pessoa proba; de que o Partido ao qual V. Exª pertence é também um exemplo de defesa da ética na política, no relacionamento com a Administração Pública. Mas, infelizmente, hoje a política, no Brasil, tem sido feita de tal forma, que procura engolfar a todos, dentro de uma visão de que a política é que não presta e que todos aqueles que estão nessa atividade são pessoas que, de alguma forma, estão sob suspeição. Eu, inclusive, desejo a V. Exª mais sorte do que eu, que estou respondendo, há dois anos, a um processo – há dois anos. Um ano e meio de investigação pela Polícia Federal, nada foi encontrado que me comprometesse com qualquer tipo de ilícito. A Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito, o Ministério Público insiste na apuração, em dizer que há novos fatos. E eu vou provar que nada cometi de ilicitude, de corrupção. Mas quando isso vai acontecer?
(Soa a campainha.)
O Sr. Humberto Costa (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PE) – E agora, para completar, fui vítima de mais uma abertura de inquérito com o argumento absurdo de que tomei conhecimento de que teria havido uma falcatrua na Petrobras e que fui pedir dinheiro para a minha campanha, tendo isso como origem. Quer dizer, é preciso ter muita seriedade, quando se trata de pessoas que vivem da sua imagem, que vivem de uma história construída com muita dificuldade, como a de V. Exª. Então, conte com o meu irrestrito apoio, a minha irrestrita solidariedade e a minha certeza de que V. Exª é uma das Parlamentares mais probas que esta Casa tem.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Eu agradeço, Senador Humberto, e quero dizer que não se trata de sorte. Olhe a situação em que nós nos encontramos. A gente fala muito da necessidade de aprimorar as instituições. Agora, isso significa dizer que nós não podemos continuar convivendo com esses processos infinitos, que não têm fim, investigações que não acabam nunca. Não pode ser assim.
Eu, Senador Humberto, estou disposta a ir à Procuradoria-Geral da República. Eu estou disposta a ir ao Ministro Fachin pedir que, por favor, não deixem esse processo – porque isso significa deixar uma grande dúvida, que para todos nós é fatal – nas gavetas. Investiguem absolutamente tudo. Absolutamente tudo. E vamos chegar à verdade. E, a partir da verdade, continuemos todos. Porque eu, com isso, não estou querendo dizer ou defender a corrupção. Não. Nós sabemos que infelizmente a sociedade brasileira é uma sociedade corrupta. Nós sabemos, sim, que há Parlamentares que se utilizam do mandato para fazer negócios. É lamentável. Mas que esses sejam postos, não aqueles que não têm essa história, que sequer são denunciados e são colocados da mesma forma.
Então, é triste o que está acontecendo. E eu volto a questionar: qual é mesmo o objetivo das instituições que investigam, do Poder Judiciário, de construir uma situação dessa, onde todos os políticos são colocados na mesma vala? Nenhum dos partidos políticos presta. Aliás, as últimas pesquisas dão conta disso, de que mais de 84% das pessoas não se sentem representadas pelos partidos políticos. E não há democracia, senhoras e senhores, sem partidos políticos. O que nós temos que fazer é uma reforma. Uma reforma, Senadora Regina, que dê àquele filho de operário, àquela filha de doméstica, uma condição de igualdade na disputa por um mandato eletivo, o que não é permitido hoje. É essa a reforma que temos que buscar, para que não façam mais com a senhora o que fizeram um dia desses, perguntando se era Senadora ou se era a tia do cafezinho. Não denegrindo a imagem de V. Exª, mas a imagem e atacando e ferindo aquelas nossas companheiras que trabalham honesta e corretamente no cafezinho.
Então é essa a mudança política que nós temos que ter. Mas essa parece que também não estão muito interessados com que ela aconteça. Não estão muito interessados.
Senadora Lídice, eu concedo o aparte a V. Exª, Senadora.
A Srª Lídice da Mata (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - BA) – Rapidamente, Senadora Vanessa, só para dizer da minha total confiança, mas principalmente do que é que está acontecendo no País agora. O que nós estamos vendo em torno da discussão da Operação Lava Jato se misturar todos os tipos de coisas, até a composição da cerveja, como saiu, na semana passada, numa investigação, onde a Odebrecht se compunha com uma das cervejarias. E nisso tudo se coloca nome de políticos, visando efetivamente, no fundo, a destruição da imagem da política e dos políticos no Brasil. Quando se passa esse processo, cria-se na população a ideia de que político nenhum presta. Eu quero lembrar que, mesmo injustamente, mas somos aqueles que foram indicados: na Câmara 42, em 517 Deputados; no Senado mais, proporcionalmente, um terço. Em todas as duas Casas, por diversas injunções, são minorias. Ainda assim não é possível, eu não posso aceitar que se possa misturar crime de corrupção, de formação de quadrilha, como se fala, com crime eleitoral. Então, eu quero dar o meu abraço a V. Exª e dizer que tudo isso vai passar na sua vida, porque a sua dignidade é que vai ser a marca, que foi e será sempre a marca da sua presença no Parlamento.
(Soa a campainha.)
O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN) – Senadora Vanessa...
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Pois não, Senador Garibaldi.
O Sr. Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN) – Eu também quero manifestar a minha confiança na presença de V. Exª na vida política. E dizer a V. Exª que isso vai passar, porque a dignidade com que V. Exª se comporta aqui, nesta Casa, leva a que nós possamos proclamar a sua inocência. Receba a minha solidariedade, Senadora Vanessa.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Muito obrigada, Senador Garibaldi.
O Sr. Elmano Férrer (PMDB - PI) – Senadora Vanessa.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – V. Exª saiba que eu recebo essa manifestação cheia de orgulho e, ao mesmo tempo, de agradecimento a V. Exª.
Muito obrigada, Senador Garibaldi.
Senador Elmano.
O Sr. Elmano Férrer (PMDB - PI) – Quero me incorporar a todas as manifestações de solidariedade e de carinho, dedicadas a V. Exª.
(Soa a campainha.)
O Sr. Elmano Férrer (PMDB - PI) – E dizer que estou aqui há dois anos – sou neófito nesta Casa –, e V. Exª tem dado o exemplo de correção, de integridade, de moral e de virtude. Tenho acompanhado o trabalho de V. Exª nas comissões e aqui no plenário. E dizer, ao me solidarizar com V. Exª, que me somo a todos aqueles que se solidarizam com V. Exª. E dizer que V. Exª tem qualificado e dignificado esta Casa, este Senado, esta Casa da Federação.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Muito obrigada, Senador Elmano. Eu que tive a alegria de ver como V. Exª é uma pessoa querida – V. Exª, ao lado da Senadora Regina – naquele sofrido, mas belo, Estado do Piauí,
Muito obrigada.
Senador Telmário.
(Soa a campainha.)
O Sr. Telmário Mota (Bloco Moderador/PTB - RR) – Senadora Vanessa, e que tem mais curso de Medicina do que o nosso, é privilegiado. Bom, a Senadora Vanessa sabe do meu carinho e do meu respeito que tenho por ela. Inclusive, de todos os Senadores que estiveram em citações de "a" e de "b", eu não liguei para nenhum, mas para a Vanessa eu liguei, liguei várias vezes, até conseguir conversar com ela. Porque eu acredito, sinceramente, que V. Exª jamais iria praticar qualquer coisa que desabonasse a sua conduta, a sua família, o seu voto, o seu eleitor. Até porque todo mundo sabe que você engrandece esta Casa, enobrece esta Casa. É uma mulher aguerrida, determinada, traça seus objetivos, é uma pessoa que faz política por amor e por grandeza. E eu espero que o meu Estado vizinho, Estado-mãe do meu Estado – inclusive onde nasceu a minha bisavó –, o Amazonas, reconheça sempre o valor de V. Exª. V. Exª aqui, como mulher, cresce, enobrece e orgulha a mulher brasileira e a mulher amazonense. V. Exª, como Parlamentar, se destaca com muita grandeza, diferentemente de muitos que existem aqui e em outros lugares. Então, fique tranquila que V. Exª vai superar qualquer dificuldade nesta hora, até porque eu tenho certeza de que a sua consciência, o seu amor, a sua determinação, a sua dignidade, o seu caráter, a sua determinação, essa mulher proativa que é você, supera tudo isso. Parabéns que você é a Vanessa.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Muito obrigada, Senador Telmário. Obrigada, inclusive, pelo carinho da primeira hora que V. Exª me dedicou. Não tem ideia da importância que foi aquele seu gesto, simples, mas, para mim, tocou profundamente.
Muito obrigada.
E mais feliz fico porque o Senador Telmário, apesar de ser de Roraima, muitas lutas travamos juntos. Sempre na oposição, sempre lutando em defesa da nossa gente, dos mais humildes e dos povos indígenas.
Muito obrigada, Senador Telmário.
Senadora Regina.
A Srª Regina Sousa (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - PI) – Senadora Vanessa, eu corri aqui só para me solidarizar com você, porque estava ali atendendo algumas pessoas – e vou voltar –, mas não podia deixar de vir aqui para dizer que a gente está junto nessa luta, porque a gente sabe que tem foco. Embora agora haja uma enxurrada que misturou tudo, mas a gente sabe que alguns vão escapar, alguns vão prescrever. Eu sou capaz de botar em um papel e registrar em um cartório, como algumas coisas... Alguém já está escalado para prescrever, para... E o foco a gente sabe: a esquerda, os que estão mais à esquerda neste País. Não estou dizendo que tenha só inocentes. O culpado que pague. Agora, que estão... Que há um foco... É só olhar os noticiários, é só olhar o tempo dedicado aos mais à esquerda. É só olhar o tempo que se dedica. E agora, não é mais só a Globo, agora é tudo que é meio de comunicação, porque o Governo inflou os meios de comunicação com publicidade, então eles estão com todo o gás. Mas dizer para você também que o que mais deixa a gente indignada é que botou todo mundo num saco. Depois, vai ver que há crimes muito grandes e há o crime eleitoral, que é generalizado. Mas a empresa, que há mais de 30 anos corrompe, ninguém está dizendo nada contra ela, parece que está como a heroína de alguns meios de comunicação, por exemplo. Estão estampando como se fossem os heróis deste País. Uma empresa que corrompe há mais de 30 anos, eles mesmos disseram. Outros que há mais de 30 anos sabiam e não disseram nada... Meios de comunicação. Então, isso é que deixa a gente perplexo, porque se é para ser sério, se é para apurar, que apure de verdade, mas não com essa farsa que estão conseguindo passar aos olhos da população. Então, quero te dizer que isso vai passar, que você é guerreira, é mulher não é à toa... Então, conte com a gente, estamos juntos nessa luta também.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Muito obrigada, Senadora Regina. V. Exª também tem tido aqui nesta Casa uma postura digna de elogios. V. Exª, que não se intimida em momento algum e nem leva desaforo para casa. Eu acho que isso é muito importante.
Eu apenas quero concluir dizendo o seguinte, Senador João Alberto: eu não estou aqui defendendo a minha pessoa. Eu o faço de cabeça erguida, com muita tranquilidade. Mas estou aqui defendendo a própria democracia. O próprio Estado de direito, que corre risco nesse momento...
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Não há dúvida. E nós temos que perguntar a quem interessa um Estado sem democracia? A quem interessa um Estado com um Parlamento fraco? A quem interessa um Estado onde os partidos políticos estão fragilizados e todos eles são repudiados. A quem interessa? Não é à maioria da população, que depende dessas instituições democráticas para ver a sua vida melhorar.
Então, eu lamento. Mas não só lamento. Eu quero, desde já aqui, chamar a atenção para o que está acontecendo no Brasil. É triste, por exemplo, ver o Senador Requião relatar um projeto de tamanha importância, como fez no dia de hoje, um projeto que trata do abuso de autoridade – de todas as autoridades: pessoas públicas, dirigentes públicos, servidores públicos. Ouvir de algumas personalidades que este projeto é contrário à operação Lava Jato.
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Para calar aqueles que investigam. É lamentável. O que nós queremos é garantir igualdade a todos, a oportunidade a todos. E que nenhum siga sendo condenado previamente, sem sequer ser processado, sem sequer ser denunciado. Porque eu faço um desafio: vamos andar nas ruas e perguntar às pessoas o que significa aquela lista de Parlamentares todos? São corruptos. Porque a imprensa não informa qual é o ato que há contra cada uma das pessoas, mistura tudo e faz isso propositadamente.
Mas eu digo, primeiro, que conto com um conjunto não apenas de colegas Parlamentares, mas com uma militância.
Senadora Kátia, V. Exª também, pela mesma razão eleitoral, a colocaram numa condição que é lamentável. É lamentável. É lamentável.
(Soa a campainha.)
A Srª Kátia Abreu (PMDB - TO) – Concede-me V. Exª um aparte?
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Se o nosso querido Presidente permitir.
A Srª Kátia Abreu (PMDB - TO) – Eu gostaria, Senadora Vanessa Grazziotin, minha colega há tantos anos, desde a Câmara Federal e até aqui o Senado, eu tenho o maior prazer e alegria em ser sua colega. Não só a colega Senadora, mas em ser sua amiga. Eu a conheço, conheço o seu trabalho. Você é como se fosse aqui uma formiguinha atômica, não para um minuto, não silencia um segundo, trabalha como ninguém nesta Casa. E eu fiquei muito triste com o que também fizeram com você: uma injustiça do tamanho do mundo. Uma mulher séria, honesta, correta. Não tenho o menor constrangimento e a menor dúvida de declarar isto aqui, para o Brasil inteiro escutar: Vanessa Grazziotin, do PCdoB, merece o meu apoio e mereceria o meu voto se eu morasse no Amazonas.
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – Muito obrigada, Senadora Kátia, não quero fazer disso uma troca de figurinhas. Mas também lamentar o que acontece comigo – não só comigo, com V. Exª também.
(Soa a campainha.)
A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) – E que, assim como a pessoa que se referiu a V. Exª, disse que contribuiu para a campanha eleitoral sem qualquer contrapartida, da mesma forma foi dito pela pessoa que relatou o meu caso, Senadora. E, depois, nós somos estampadas nos jornais, nos telejornais, como pessoas que estejam envolvidas em corrupção, sem que sequer a investigação que pesa em relação a nós aborde essa questão.
Então, é lamentável.
Mas, Senadora Kátia, nós tivemos muitas divergências no passado. Hoje, muito menos. Hoje temos muito mais convergências. Mas, independentemente das nossas opiniões políticas, eu também tenho a dizer em relação à sua pessoa que não é apenas uma outra formiga que há no Senado Federal, que houve por muitos anos na Câmara, que houve no Ministério da Agricultura um dia, que houve na Confederação da Agricultura um dia, mas uma pessoa com a mais extrema capacidade e lucidez para fazer política.
Muito obrigada pelo apoio.
Muito obrigada a V. Exª também, Senador João Alberto.