Pela ordem durante a 71ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da necessidade de uma reunião entre as lideranças da Casa para discutir soluções para a crise política e institucional por que passa o país, tendo em vista o incidente ocorrido durante a realização de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos.

Autor
Waldemir Moka (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
Nome completo: Waldemir Moka Miranda de Britto
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SENADO:
  • Defesa da necessidade de uma reunião entre as lideranças da Casa para discutir soluções para a crise política e institucional por que passa o país, tendo em vista o incidente ocorrido durante a realização de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos.
Publicação
Publicação no DSF de 24/05/2017 - Página 35
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • ANALISE, TENTATIVA, AGRESSÃO, SENADOR, AUDIENCIA PUBLICA, ORADOR, PRESIDENTE, COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONOMICOS, MOTIVO, DISCORDANCIA, DEBATE, REFORMA, LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, SOLICITAÇÃO, REUNIÃO, GRUPO, LIDERANÇA, SENADO, OBJETIVO, PROPOSTA, SOLUÇÃO, CRISE, SITUAÇÃO POLITICA.

    O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Eunício Oliveira, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, eu tenho oito mandatos consecutivos, 35 anos de vida pública, e o que eu vi hoje lá na Comissão de Assuntos Econômicos... Eu vi; não cheguei na última hora. Eu estava lá desde o início, e eu era apenas e tão somente suplente, mas eu queria estar lá, porque, se faltasse algum membro titular, eu não queria me omitir. Não sou homem de me omitir. Agora, o que foi feito com o Presidente foi uma coisa lamentável, porque, no Parlamento, há uma coisa sagrada que é, quando não há consenso... E eu invoco o testemunho de vários Senadores aqui, inclusive do Senador Paim, Fernando Bezerra, de vários. Eu tentei um acordo e falei: ele só vai ler e vai dar vista coletiva.

    Tem 137 emendas! Esse projeto ainda vai passar por mais duas comissões. Por que isso hoje? Era ler! Nós não íamos votar. Não ia ter decisão. Era ler. Agora, eu ouço aqui que a leitura era para o mercado. Ora, a leitura é o nosso trabalho, a leitura é aquilo que a Comissão de Assuntos Econômicos se propôs a fazer.

    E o que era, o que aconteceu? Avançaram no Presidente e não deixaram... O Presidente teve que dar como lido. Ele não tinha alternativa, deu como lido.

    Agora, eu pergunto: será que, quando ao pedia aos Senadores o bom senso, que era só deixar ler e dar a vista coletiva. Depois nós não teríamos esse clima que nós temos aqui agora, até porque vários Senadores, inclusive o Presidente, aceitaram o diálogo e o consenso na mesma hora. Ele disse publicamente.

    Então, Sr. Presidente, eu lamento muito, mas hoje o Senado patrocinou alguma coisa que eu, nesses 35 anos de vida pública, nunca havia assistido. Pessoas partindo para agressão física, ignorando a liderança e a autoridade de um Presidente de uma comissão. Isso é muito grave! É gravíssimo! Quem não acreditar é só pegar as imagens para ver.

    Eu digo para vocês aqui: eu não tenho preocupação. A minha preocupação maior é com este País. Este País precisa continuar. Nós temos que dar a este País exatamente o rumo que ele precisa ter. E quem for contra as reformas vote contra as reformas; e quem for a favor vote a favor e assuma o ônus disso. Não há consenso e é por isso que nós estamos aqui. Quando não há um consenso na sociedade, essa divergência é decidida no voto. Esse é o princípio da representatividade e do regime democrático.

    Pois muito bem. Foi feita a votação que eu não queria que se fizesse. Eu sabia o que ia acontecer: treze a onze. Perdeu a votação. Perdeu a votação e, logo em seguida, houve aquele tumulto. Eu, sinceramente, acho que as pessoas que eu consultei, com quem eu falei, a quem eu pedi: "Vamos evitar isso", hoje, tenho certeza, depois do que aconteceu, se eles pudessem antever o que ia acontecer, muitos deles teriam me ajudado a construir um acordo e evitar esse constrangimento para o Senado da República.

    Sr. Presidente, mas eu sou um homem convergente. A minha forma de ser é pregar a convergência e eu acho que, mais do que nunca, nós vamos encontrar o caminho. Eu acho que isso talvez vai servir para que homens e mulheres possam refletir melhor e, sob a liderança de V. Exª...

(Soa a campainha.)

    O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS) – ... sob a liderança de V. Exª, numa reunião de Líderes, e pode ser de outras pessoas, achar o caminho combinado de como é que nós vamos fazer para este País continuar crescendo, porque ele não pode ficar parado.

    Com crise ou sem crise, o País precisa andar. É isso que eu acho, Sr. Presidente, e eu, como brasileiro, acima de partido, acima de qualquer questão maior, eu sou brasileiro, sul-mato-grossense e nasci na fronteira deste País.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/05/2017 - Página 35