Comunicação inadiável durante a 108ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa de adoção de uma agenda de reformas pelo governo do presidente Michel Temer, com destaque para as áreas de segurança pública e saúde.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Defesa de adoção de uma agenda de reformas pelo governo do presidente Michel Temer, com destaque para as áreas de segurança pública e saúde.
Publicação
Publicação no DSF de 04/08/2017 - Página 32
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, ADOÇÃO, PAUTA, GRUPO, REFORMA, GOVERNO FEDERAL, ENFASE, SEGURANÇA PUBLICA, SAUDE, CONVITE, PARTICIPAÇÃO, AUDIENCIA PUBLICA, LOCAL, CACERES (MT), TRIBUNAL DE JUSTIÇA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), REGISTRO, ARQUIVAMENTO, DENUNCIA, CRIME, CORRUPÇÃO PASSIVA, CAMARA DOS DEPUTADOS, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Senador Paulo Paim, Presidente desta sessão, todos que nos acompanham, Senadores aqui presentes, ontem nós tivemos uma votação na Câmara dos Deputados, na qual a oposição critica muito os Deputados que mantiveram a suspensão da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o Presidente Michel Temer. Portanto, o Presidente vai ser investigado somente após o término do mandato.

    Eu conversava ontem à noite com o Senador Cristovam, que tem sido aqui, no Senado – eu sempre digo –, uma espécie de atalaia. Nós, quase à meia-noite, conversávamos, e ele fazia uma reflexão e uma sugestão, que quero levar pessoalmente ao Presidente Michel Temer. Ele sugeria o seguinte: "Pronto, nós passamos desse momento. O fato é que o Presidente ficou, e nós vamos agora precisar mudar a pauta, a pauta de discussão." Esse debate ele compartilhou com outros Senadores, como o Senador Waldemir Moka e o Senador Armando Monteiro, e talvez com outros que eu não sei. Justamente o que se propõe é que nós possamos pegar uma agenda que interesse agora ao povo brasileiro, como foi sugerida pelo Senador Armando Monteiro, uma agenda da segurança.

    Senador Dário Berger, na sexta-feira, vai haver, em Cáceres, no Mato Grosso, divisa com a Bolívia, uma audiência pública para tratar justamente do tema da segurança pública, porque, em qualquer Estado a que se vá, a segurança pública tem se tornado pauta principal de discussão.

    Falávamos agora há pouco que já quase cem policiais morreram. Nós estamos praticamente numa guerra não declarada, mas uma guerra que se dá todos os dias nas ruas das cidades brasileiras.

    O Senador Cristovam dizia justamente de sugerirmos ao Presidente que ele possa ser o Itamar dele mesmo, após essa ebulição toda que houve; de buscarmos uma coalizão, buscarmos conversar, porque essa história de "vamos tirar o Temer" já venceu. Demoraria no mínimo 8 meses e já estaríamos às portas de 2018. Então, agora seria o momento de uma grande concertação, mesmo com aqueles que votaram pelo encaminhamento da denúncia. E aqui não cabe julgar ninguém, cada um votou de acordo com a sua consciência. Uns pensavam o seguinte: nós não estamos arquivando a denúncia, nós estamos suspendendo, para que esse mandato chegue ao termo e, depois, que o Temer responda. E assim pensaram. Outros acharam que não, que deveria fazer logo tudo, mas o certo é que a maioria – e na democracia é pela maioria, embora alguns não aceitem – resolveu suspender a ação, e o Brasil agora tem que se ocupar.

    E eu conclamo aqui todos os Poderes que possam fazer isso, até aquelas instituições que se arvoram e que querem chegar a ser um quarto poder, que nós possamos pensar agora em terminar esse mandato, mas buscando agora discutir temas de relevância.

    Hoje, na Comissão de Relações Exteriores, o Senador Jorge Viana, que agora preside a Mesa, sugeriu, por exemplo, que uma comissão de Senadores vá à Venezuela...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – ... tentar ajudar – eu já termino, Sr. Presidente – a fazer uma concertação nacional ali. Mas nós também precisamos, nós temos problemas aqui muito menores do que na Venezuela e podemos fazer isso aqui também.

    É lógico que nós temos vários Parlamentares – Parlamentares, como disse, de estatura aqui dentro da Casa – que são independentes, mas que estão dispostos a ajudar o Governo a fazer essa travessia. Não é nem ajudar o Governo, é ajudar o Brasil a resolver seus problemas mais urgentes.

    Nós temos o problema de ordem fiscal muito forte; nós temos o problema da segurança; nós temos problemas de saúde. E podemos discutir, mas é lógico que para isso é óbvio que o Governo precisa estender a mão e fazer essa conversa com todos esses atores que estão dispostos a se doar. E nesse momento eu digo se doar, porque devido a parte da imprensa ter demonizado as reformas, quando alguém se predispõe a lutar para que as reformas necessárias ao Brasil sejam aprovadas ele está se doando de certa forma, porque há um desgaste político muito grande. E só Parlamentares de grande estatura se dispõem a fazer esse tipo de conversa.

    Quando eu citei a imprensa aqui eu quero deixar uma reflexão. Eu vejo que alguns donos e proprietários de órgãos de imprensa de grande poder nacionalmente falando precisavam fazer uma reflexão no seguinte sentido: eu sinto que essas empresas defendem as reformas, mas lutam contra aqueles que caminham nesse sentido.

    Eu vejo que os Parlamentares que têm contribuído para que o Brasil tome um rumo são extremamente...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) – ...atacados por esses mesmos órgãos de imprensa. Eu vejo que são dadas vozes a quem quer destruir o pacote de medidas que procura colocar o Brasil nos trilhos.

    Essa é a minha reflexão, Sr. Presidente, reforçando, mais uma vez, que estaremos em Cáceres, na sexta-feira, em uma audiência pública proposta pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, Senador Wellington. Aproveito para lhe convidar. Sei que V. Exª tem uma agenda cheia, mas é uma audiência muito importante, Sr. Presidente, porque, no Estado de Mato Grosso, tornou-se quase uma pena de sequestro o sujeito ter uma caminhonete em determinadas regiões, porque os traficantes roubam esses veículos e trocam por drogas. E nós vamos justamente tratar desses temas lá na divisa de Mato Grosso com a Bolívia.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/08/2017 - Página 32