Discurso durante a 125ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a celebrar os 50 anos da fundação da Associação dos Servidores do Senado Federal (Assefe).

Autor
PETRUS ELESBÃO
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada a celebrar os 50 anos da fundação da Associação dos Servidores do Senado Federal (Assefe).
Publicação
Publicação no DSF de 05/09/2017 - Página 18
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, CINQUENTENARIO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO SENADO FEDERAL (ASSEFE).

    O SR. PETRUS ELESBÃO – Sr. Presidente, senhoras e senhores, muito bom dia.

    Antes de iniciar o discurso propriamente, Senador, gostaria de parabenizar minha esposa, que hoje também está aniversariando, e desejar-lhe muitas felicidades, muita saúde – infelizmente, ela não pôde estar aqui –, e prometo também que não vou revelar a idade, porque eu tenho juízo.

    Sr. Presidente, Diretores e sócios da Associação dos Servidores do Senado Federal, senhoras e senhores, muito boa tarde.

    Hoje celebramos aqui, nesta sessão especial, realizada no coração do Senado Federal, que é o seu plenário, uma data muito importante para todos nós, a data em que a nossa Associação, a Associação dos Servidores do Senado Federal, a Assefe, completa 50 anos, minha gente, meio século de existência.

    Quero agradecer de maneira especial ao Senador Hélio José, do Distrito Federal, autor do requerimento que resultou nesta sessão especial, bem como ao Presidente e aos demais Senadores que apoiaram essa iniciativa.

    A história da Assefe, em sua maior parte, confunde-se com a própria história de nossa moderna e bonita Capital Federal, Brasília. Isso, porque Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960 e apenas sete anos depois, no feriado nacional de 7 de setembro de 1967, nascia a nossa então sonhada Associação.

    Naquele princípio dos anos 60, o Brasil vivia um tempo efervescente, não apenas na cena política, mas também em seu cenário artístico. Juntamente com Brasília, e logo depois com a nossa Assefe, surgia também a Bossa Nova, com a peculiar batida de violão de João Gilberto, a poesia de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e a afinação de Nara Leão, e tantos outros.

    Até o Presidente do Brasil, o idealizador e fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek, passara a ser conhecido como o Presidente Bossa Nova. Ganhou esse simpático apelido devido a sua sede de modernidade, seu arrojo em tirar planos do campo das ideias para a realidade e, acima de tudo, seu famoso plano de governo, que, de forma resumida, se propunha a realizar no Brasil 50 anos em 5.

    Nesse Plano de Metas, estava a cereja do bolo, que era a construção de Brasília, a nova Capital do Brasil.

    O arquiteto da nova capital, o genial Oscar Niemeyer, nutria este desejo, expresso em suas palavras. Dizia ele: "Espero que Brasília seja uma cidade de homens felizes; homens que sintam a vida em toda sua plenitude".

    Alguns anos depois, o mesmo Niemeyer diria que "Brasília foi construída para que nela possam viver homens mais próximos, mais amigos, iguais principalmente."

    Já para o genial urbanista, o grande Lúcio Costa, suas expectativas tinham certa similaridade. Dizia ele: "Para que Brasília se torne uma verdadeira capital, ela deve impregnar-se de uma dignidade, de uma nobreza de intenção".

    Já o cosmonauta russo, Yuri Gagarin, que veio para a inauguração de nossa Capital, aqui chegando disse: "A ideia que tenho, Presidente, é a de que estou desembarcando num planeta diferente, que não a Terra", mostrando todo seu encantamento com a cidade.

    Sr. Presidente, senhoras e senhores, como afirmei, é praticamente impossível falar da Assefe sem falar de Brasília. São faces de uma mesma moeda. A cidade é nova, moderna, e para alguns, futurista.

    O grande Carlos Drummond de Andrade assim se referiu à nova Capital do Brasil: "Vou no rumo de Brasília. Lá correm livres os rios e livre o meu coração".

    E foi nesse afã de construir coisas, de criar ambientes humanizados e que pudessem receber brasileiros vindos de todas as partes do País, que nossos colegas, naquele distante 1967, se uniram e conseguiram criar a nossa Assefe. Os fundadores estão representados aqui pelo Dr. Heraldo.

    O Senado Federal é um microcosmo do Brasil. E, assim como Brasília necessitava estar pronta para funcionar como cidade, ser agradável e aprazível para se viver, os servidores do Senado precisavam de uma Associação que promovesse ideais como amizade, solidariedade, companheirismo, bem-estar e um ambiente, Presidente, onde se pudesse desfrutar da prática de esportes e lazer entre amigos e familiares.

    Em 1967, o Gen. Costa e Silva presidia o Brasil e o Senador Moura Andrade, o Senado Federal. Eram tempos difíceis na vida política nacional. Hoje, passadas essas primeiras cinco décadas, a Associação dos Servidores do Senado Federal, a Assefe, tem, em sua história, importantes serviços prestados aos associados, bem como a toda a comunidade do Distrito Federal.

    Em sua sede permanente, contando com excelentes ambientes e instalações para a prática de esportes e lazer, localizada no Setor de Clubes Esportivos Sul, a Assefe continua desenvolvendo, ininterruptamente, importantes trabalhos esportivos, culturais, assistenciais e de lazer.

    É gratificante saber que o esforço inicial dos cem fundadores da Assefe, liderados por Orlando Olivera, em 1967, frutificou. É gratificante também, Maurício, constatar que o nosso clube é hoje, e isso já há vários anos, um dos mais completos e respeitados em toda a Capital Federal.

    Somos todos privilegiados por sermos parte dessa história e termos ajudado a escrevê-la. Uma história em que nunca nos faltou a dedicação e o trabalho de seus diversos dirigentes.

    Dr. Santana, mas o que é a Assefe atualmente?

    A Assefe hoje é muito mais que um clube completo. Além da qualidade da estrutura e da diversidade de modalidades esportivas que oferecemos, nunca perdemos de vista nossa principal missão, que é desenvolver, principalmente, o caráter, o espírito desportivo leal e o companheirismo.

    Digno de louvor e de destaque também é a bem sucedida creche que a Assefe mantém, Drª Luciene. Essa creche foi criada em 1985, fruto de parceria com o Senado Federal. Nossa creche atendeu a mais de 6 mil crianças em seus 32 anos. Quantos alunos de hoje não são filhos dos alunos de ontem?

    Considerada uma das melhores creches do País, venceu em 2015 o prêmio Casos de Sucesso, concedido pela Confederação Brasileira de Clubes, entidade que representa mais de 3 mil clubes e associações de todo o País.

    Professora, como a senhora bem sabe, o sucesso foi tamanho, que, no ano 2000, com muito orgulho, nossa creche foi transformada em Centro de Educação Infantil, passando a oferecer também o nível de pré-escola.

    Sr. Presidente, senhoras e senhores, amigos queridos que aqui estão, nesses cinquenta anos promovendo a socialização e a amizade entre os milhares de servidores do Senado Federal, ao estimular a prática de esportes, tem favorecido o surgimento de atletas de ponta. Um bom exemplo é Amoroso, que começou em nossas quadras, chegando a jogar pela Seleção Brasileira de Futebol, defendendo as cores canarinho.

    Em cinco décadas, o corpo de sócios da Assefe elegeu 19 diretorias, todas elas de fundamental importância para a manutenção da nossa associação.

    Seu primeiro presidente, Orlando Olivera, foi eleito no ano em que a Assefe foi fundada, em 1967. E agora tenho a honra de ter sido eleito em 2014, para cumprir um segundo mandato como presidente da nossa associação.

    Sinto que cada um de nós, servidores do Senado Federal, devemos à Assefe nosso respeito e nossa gratidão, pois, se hoje temos orgulho, presidente Eduardo, como V. Sª falou...

(Soa a campainha.)

    O SR. PETRUS ELESBÃO – ...de integrar um dos mais fortes e ambicionados corpos técnicos do serviço púbico, devemos também a ela, à nossa associação, que gestou e lutou por inúmeros avanços e melhorias que tivemos nesses últimos 50 anos.

    Fica aqui a nossa eterna gratidão a todos os Presidentes, Diretores, funcionários e colaboradores da Assefe que se alternaram com o nobre propósito de servir à nossa Casa.

    Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que, neste meio século, a Assefe tem trabalhado para tornar realidade o antigo anseio expresso por Niemeyer de tornar Brasília "uma cidade em que possam viver homens mais próximos, mais amigos". A intenção de servir, de criar pontes, de consolidar novas e antigas amizades entre o corpo funcional do Senado: esta é, Sr. Presidente, e continuará a ser nossa palavra de ordem, nosso lema, nossa meta maior.

    Amigos e amigas, encerro estas palavras muito feliz em afirmar que a Assefe compartilha integralmente da visão do renomado escritor francês Antoine de Saint­Exupéry, quando disse: "Só há um luxo verdadeiro: o das relações humanas."

    Muito obrigado a todos que vieram prestigiar esta tocante sessão especial.

    Parabéns ao Senado Federal! Parabéns, Assefe!

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/09/2017 - Página 18