Discurso durante a 180ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do Dr. João Augusto Figueiró, médico gaúcho, neurocientista e psicoterapeuta.

Destaque para a atuação de S. Exa. em favor da primeira infância.

Autor
José Medeiros (PODE - Podemos/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento do Dr. João Augusto Figueiró, médico gaúcho, neurocientista e psicoterapeuta.
SAUDE:
  • Destaque para a atuação de S. Exa. em favor da primeira infância.
Publicação
Publicação no DSF de 24/11/2017 - Página 32
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > SAUDE
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MEDICO, PSICANALISTA, NATURALIDADE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ENFASE, DESENVOLVIMENTO, INFANCIA, CRIANÇA.
  • DEFESA, PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS), ASSUNTO, IMPORTANCIA, INVESTIMENTO, INFANCIA, DESENVOLVIMENTO, CRIANÇA, ENFASE, NECESSIDADE, ALTERAÇÃO, FORMA, EDUCAÇÃO.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Cidinho, Senador do meu Estado, eu estou sabendo que está meio contrariado hoje. O Senador Cidinho, para quem não sabe, estava com uma audiência pública marcada para hoje, na cidade de Nova Mutum, que toda a comunidade, desde a semana passada, esperava, com o Presidente do BNDES. Tudo estava certo, mas há dessas coisas, Senador. Quando ele chegou ao aeroporto, infelizmente, não foi possível viajar porque não aceitaram a carteira funcional dele daqui do Senado, e a carteira de identidade ele havia deixado em outro lugar. Acabou perdendo.

    Mas há dessas coisas. Eu creio que a comunidade de Nova Mutum está grata pelo evento em si, que vai acontecer por solicitação de V. Exª. Eu tenho dito aqui, constantemente, da necessidade que tem Mato Grosso de infraestrutura. Eu sei que fará falta a sua presença, mas o fato de o evento acontecer já vai surtir o efeito desejado.

    Nós temos uma demanda muito grande por estradas não só para escoamento, não só por causa da economia, mas também, como eu tenho dito, por uma questão humanitária. Em Mato Grosso, todos os anos, morriam ali, naquelas estradas, em torno de 280 pessoas – em torno de uma boate Kiss por ano. Agora, com o começo da duplicação de parte da rodovia, isso já caiu pela metade. Imagine, Senador Cidinho, quando todos aqueles projetos que V. Exª ia discutir ali, de ferrovias e de outros modais, estiverem funcionando. Eu não tenho dúvida de que, para o Estado, isso será de grande valia.

    Então, eu queria parabenizá-lo por isso e também lhe dar as condolências por V. Exª não ter podido viajar, não ter podido embarcar.

    Sr. Presidente, eu queria manifestar também aqui um voto de pesar pelo falecimento do Dr. João Augusto Figueiró. Ele foi um médico gaúcho, neurocientista e psicoterapeuta. Como Presidente da Frente Parlamentar da Primeira Infância, eu não tinha como não fazer esse registro.

    Ele era um homem de grandes préstimos e trabalhos na área técnica e científica do Instituto Zero a Seis, que ele fundou e presidiu até a última semana, quando veio a falecer. O trabalho do Dr. João Figueiró sempre foi voltado ao desenvolvimento de soluções para a primeira infância e para o período gestacional. Ele dizia ser fundamental investir na primeira infância. Afirmava que esse é o melhor investimento financeiro, porque garante a maior taxa de retorno.

    Dizia o médico Figueiró: "A melhor coisa é investir em desenvolvimento de capital humano do início da vida até o sexto ano, porque aí você consegue maior impacto social e econômico." Os retornos são ainda maiores de zero a três anos de idade, conforme falava e orientava as ações.

    Feito esse breve registro, Sr. Presidente, da vida desse médico tão importante para as nossas crianças, quero, em nome de todos os Parlamentares participantes da Frente Parlamentar da Primeira Infância, deixar meus sinceros sentimentos à família e aos amigos do médico Figueiró. Sua partida abre enorme lacuna e deixa grande saudade naqueles que tiveram a primazia de conviver com ele, sobretudo naqueles com quem ele dividiu seus conhecimentos em favor das crianças de zero a seis anos.

    Eu tenho dito aqui que um dos projetos mais importantes que nós aprovamos no Senado, em 2016 – aliás, foi o primeiro projeto aprovado em 2016 –, foi o Marco Legal da Primeira Infância. É um projeto que começa a condensar todas as políticas públicas para ajudar a primeira infância.

    Tenho feito esse debate, e muita gente tem dito: "Medeiros, você fica mexendo com essa história de criança, mas isso não dá voto, isso não vira nada." Na verdade, grande parte do que fazemos aqui, Senador Cidinho – é verdade –, não dá voto, e o nosso objetivo final não pode ser só voto, porque o País nos elege justamente para que possamos fazer políticas públicas que possam dar retorno.

    Nós temos, todos, nos preocupado aqui, por exemplo, com a questão da segurança pública. E o que ocorre? Temos enxugado gelo. A nossa polícia tem ficado enxugando gelo o tempo inteiro.

    Nós temos que começar a pensar projetos que possam ter impacto na vida das pessoas, e não tem coisa que possa ter mais impacto do que você começar a adubar, já no início da vida, tratar como criança.

    Eu digo isso, Senador Cidinho, porque, quando criança, eu morava na roça e passou pela zona rural um padre chamado Padre Cornélio. Ele era de Guiratinga e, naquela época, os padres eram meio que autoridades. Era uma autoridade religiosa, mas, de certa forma, também política. E ele fez uma reunião com os pais lá, depois da missa, e disse o seguinte: "Eu quero todas as crianças que estiverem aqui na escola". E o pessoal: "Mas não é depois dos seis anos?" "Não, todo mundo que estiver aqui vai para escola".

    De fato, eu acabei indo para escola bem cedo e isso foi muito importante para o meu desenvolvimento. Depois tive oportunidade, quando cheguei aqui no Senado, de fazer um curso na Universidade de Harvard, na qual os melhores cientistas já chegaram à conclusão de que nós somos o tipo de ser vivente que chega com o cérebro incompleto, ele vai se formando de acordo com a caminhada. Agora, se ele tiver problemas na formação, será um ser humano incompleto. Por exemplo, na parte cognitiva, na parte de obtenção de conhecimento, se a pessoa não tiver o cérebro estimulado de uma forma positiva, aquele sujeito não vai ter um bom índice de aprendizagem. Vai ser o que os nordestinos chamam de um sujeito rudo, uma pessoa que tem dificuldade de aprender.

    Então, por isso eu tenho travado uma luta muito forte nesse sentido e nós estamos trabalhando na CPI dos Maus Tratos Infantis. Estamos eu e o Senador Magno Malta, que preside a CPI dos Maus Tratos Infantis, que passa por esse viés, justamente, que é o cuidado com a infância, com a adolescência, mas, principalmente, da primeira infância.

    Eu estou pasmo com os números que a gente tem observado, como nós temos, como País, como Estado, como Município, negligenciado nossas crianças. Temos tido muita agressão numa fase muito importante da vida e é muito importante que este Parlamento, o Governo e todos nós possamos nos preocupar com o que virá amanhã, por que o que está acontecendo? Nós estamos vendo a criminalidade em alta, alto índice de violência e aí as forças todas de segurança e todas as esferas de Governo tentando resolver os problemas.

    E aí eu faço aquela pergunta clássica, que parece até um chavão: o que nos faz pensar que se continuarmos fazendo as mesmas coisas nós vamos obter resultados diferentes? Se nós continuarmos praticando o mesmo tipo de educação de má qualidade que temos praticado, se nós continuarmos fazendo investimentos errados, gastando muito no topo da pirâmide e pouco embaixo, colocando os melhores professores nas universidades e não na base, na educação infantil, como é que nós vamos ter melhores resultados na educação?

    Se nós não nos importarmos com a próxima geração, como é que nós vamos ter um resultado diferente do que estamos tendo agora? Não vamos ter.

    Por isso essa preocupação que nós temos tido aqui, de levantar esse tema. Não vai dar voto? Que não dê voto, aqui não se pode votar, aprovar e discutir só assuntos que vão dar votos.

    Senador Cidinho Santos, esse tem sido um dos temas que eu penso que o Brasil tem de colocar como prioridade.

    E, por falar em prioridades, Sr. Presidente, ontem, eu vi um debate muito forte aqui e eu cheguei a sofrer algumas agressões muito fortes, porque eu tenho defendido que o Senado brasileiro possa discutir temas que estejam à altura da Casa, da Câmara Alta brasileira. Esta Casa aqui, Senador Cidinho, é uma Casa Revisora, é uma Casa que tem tradição. Esta Casa já teve Parlamentares do naipe de Rui Barbosa. E nós não podemos diminuí-la. Nós não temos o direito de diminuir esta Casa, Senador Magno Malta, porque V. Exª, eu, o Senador Cidinho e cada um de nós aqui representamos os nossos Estados.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Nós estamos aqui – e já caminho para o final, Senador Cidinho – representando os nossos Estados.

    O Parlamento brasileiro é dividido em duas Câmaras. Uma representa o povo. E aqui, para os estudantes que estão vendo a TV Senado agora: aquela cúpula que parece um prato aberto para cima representa a Câmara dos Deputados, que representa o povo. E essa cúpula que parece um prato emborcado, uma cuia emborcada é o Senado Federal brasileiro, Senador Magno Malta, que representa os Estados. Lá, proporcionalmente, existem 513 Deputados. E lá o número de Deputados é proporcional ao tamanho dos Estados. Por isso, há tantos Deputados. Um Estado como São Paulo tem mais de 70 Deputados, um Estado pequeno como o meu, em termos populacionais, só tem 8 Deputados. Agora, o Senado, não. O Senado tem três Senadores por cada Estado, para que haja a igualdade em relação a todos os Estados brasileiros. Então, cada Parlamentar que está aqui não é a extensão dos seus anseios, das suas raivas ou de suas ideologias. Ele tem, acima de tudo, acima de qualquer anseio, de representar o seu Estado. E eu tenho defendido isso aqui.

    Eu tenho visto, por exemplo, discursos de que o Brasil está entregando o seu patrimônio, Senador Magno Malta, Senadora Lúcia Vânia, que é uma das grandes especialistas, por exemplo, em Pacto Federativo, nas questões tributárias deste País, nas questões orçamentárias e no patrimônio deste País.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – E V. Exª sabe muito bem o momento que estamos passando e como acontecem as questões econômicas.

    No momento em que vimos para a tribuna fazer discurso fácil, discursos às vezes odiosos, nós prestamos um desserviço. E eu vou mudar a frase. Não vou colocar "nós", não; vou colocar o PT e sua turma, porque temos tido desgastes para tentar tirar o Brasil do buraco em que eles nos colocaram. Quais têm sido os discursos aqui? Eles têm tentado dividir o País entre raças, entre gêneros, colocando empregados contra empregadores. Uma pessoa como o Senador Cidinho, que gera muitos empregos lá no Estado de Mato Grosso, na retórica desse pessoal aqui, é um vilão. E eu tenho defendido que nós precisamos mudar essa mentalidade. Nós não podemos dividir o nosso País, colocando uns contra os outros.

    E começam este discurso de que se está entregando o patrimônio brasileiro: Ah, um inglês veio aqui, que não sei o quê, e pediu para tirar, desonerar, para poder trabalhar aqui. Dá vontade de falar como o Senador Magno Malta diz: "Ei, que brincadeira é essa?" Há um vídeo do Seu Lula no YouTube – quem tiver aí, entre no YouTube e coloque Lula e Petrobras, e vão ver – com ele batendo papo e dizendo que, antes de Evo Morales entrar no Governo, vieram conversar com ele: "Presidente Lula, e se a gente tomar a Petrobras lá, o que o senhor faria?" Vieram conversar com ele antes, e ele...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – ... disse: "Não, o petróleo é de vocês e vocês podem fazer o que quiser". E fizeram, tomando da Petrobras... Sabem quanto custava aquela refinaria? Eram 5 bilhões.

    Aí veio aqui Cuba, e doaram 240 milhões. "É um país que está em dificuldade..." E doaram 240 milhões. E depois ainda fizeram um aporte de 950 milhões para o Porto de Mariel: "Não, mas emprestou, porque não sei o quê...". Está bom. Geraram emprego lá, fizeram o porto e disseram que era estratégico. Está bom.

    Com 41 bilhões, fizeram a mesma coisa em Angola – dinheiro do BNDES. E aí descobri uma coisa interessante. Senador Cidinho, V. Exª é um homem rico, um dos grandes empresários do Estado de Mato Grosso, mas eu duvido que V. Exª tenha capitalizado e que o BNDES lhe tenha emprestado 100 milhões para V. Exª fazer uma mansão. Aliás, para brasileiro nenhum. Duvido. Pois emprestou para o Santos, de Angola, fazer uma mansão para a mãe dele – dinheiro que Lula mandou para lá. Então, uma bagatela de quarenta e tantos bilhões foi para lá.

    E aí eu volto ao assunto da audiência que o Senador Cidinho marcou lá em Nova Mutum. Sabem para falar de quê? Para falar de infraestrutura, de BR-163, que é uma mixaria de 3 bilhões. Quando eu digo mixaria, gente, é porque Mato Grosso manda bilhões para a balança comercial brasileira, e aquela rodovia tem um impacto econômico extraordinário para o Brasil e para Mato Grosso. Não há o...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – ... dinheiro. Sabem por quê? Porque há compliance do BNDES, tem o não sei o quê, Senador Magno Malta, que não pode...

    E aí eu vejo aqui essa turma, que entregou o Brasil, que fez um negócio, que prometeu ser o cavaleiro que ia proteger os bens do Brasil contra terceiros, mas os tomou para si, vir aqui dizer: "Olha, estão entregando o patrimônio do Brasil para não sei quem". Eu falei: "Espera aí, estão entregando como?" Disseram:"Não, é porque está vendendo, está deixando empresas virem aqui explorar o pré-sal". Eu disse: "E a Petrobras tem dinheiro para explorar o pré-sal?"Disseram: "Não tem, mas nós temos que nos preocupar com o conteúdo nacional". Eu disse: "Espera aí, vocês estão pedindo dinheiro para a educação, não é? E esse dinheiro da educação que vai vir do petróleo vai vir como se não tirar o petróleo de lá?" É um pensamento atrasado, porque a maioria das montadoras, Senador Cidinho – e V. Exª sabe mais que eu, porque é um empresário –, já está trabalhando com a possibilidade de não ter mais combustível fóssil dentro de 30 anos. Vai guardar esse petróleo do pré-sal lá para quê, Senador Magno Malta, sendo que, daqui uns dias, vai estar tudo elétrico, vai estar tudo em outras tecnologias? Então, é discurso vazio, um discurso só para inglês ver.

(Interrupção do som.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Eu já encerro mesmo, Sr. Presidente, e agradeço a V. Exª por essa tolerância.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Como diz o Senador Magno Malta, é só para a militância ver mesmo. É discurso só para balela.

    Eu fico maluco, gente, porque eles conseguem... Eu não sei se havia um segmento lá no Teatro Maria Clara Machado, lá no Tablado, para essa gente, porque são exímios atores. Eles vêm aqui e conseguem chorar e passar, pois quem está do outro lado acredita. Eu não culpo, não, de acreditarem. Eu mesmo fui enganado. Eu quero até confessar para vocês que eu tenho essa cara de inocente, mas eu já votei no Lula. O Senador Magno Malta também tem essa carinha de inocente ali, mas ele já votou no Lula. Por quê? Porque o discurso era bonito demais.

    Vejam bem se é possível ir contra o discurso desse pessoal. Esse povo vive com o negro na boca, defende os negros. Quem não quer defender os negros?

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Todo brasileiro. Nossa comida toda vem da África, nós comemos toda a culinária da África. Esses dias, eles colocaram num jornal deste jeito: a demonstração do racismo no Brasil – no Brasil, não há restaurantes africanos. Ora, Senador Cidinho, lá na minha casa, todo dia, há um restaurante africano, porque a nossa culinária praticamente toda é africana. Eles colocam esse discurso para dizer que são a favor dos negros.

    Eles são a favor dos idosos. Quem não é a favor dos idosos? Todo mundo é a favor dos idosos, mas eles tomam como se fosse patrimônio deles.

    É a favor de tudo o que é bom, mas por trás, é mais ou menos como aquele versículo que diz: "Vocês me louvam com os lábios, mas o seu coração está longe de mim."

    "Você tem ódio do PT, Medeiros?" Não, eu não tenho ódio do PT; eu só preciso vir aqui desmentir, porque eu sou de um Estado que tem carências e que sofre por causa desse desmantelo que eles fizeram lá. O Senador Cidinho fez uma audiência...

(Interrupção do som.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – ... em Nova Mutum. Ele não pôde embarcar, porque ele tinha perdido a identidade, e, no momento em que ele chegou, não o deixaram embarcar. Todo mundo lá para falar de bagatela, de pouquinho dinheiro, se for comparar com a pujança do País. É questão de ferrovia, de rodovia, coisa que nem dá muito voto, porque as pessoas não estão muito aí para essa história de rodovia, mas é importante para o Estado. Mas sabe por que é que não há? Por causa desses discursos bonitos, fáceis que eles vendem aqui, porque o dinheiro foi para os companheiros lá. Era dinheiro para fazer triangulação. Era dinheiro que foi para a Bolívia... E eu me esqueci de falar aqui do dinheiro também que foi para a Venezuela. Estamos correndo o risco de levar um calote de R$15 bilhões. Aí eu não precisaria mendigar aquela rodovia BR-163, e nem o senhor, Senador Magno Malta, precisaria estar preocupado lá com questão da Ecovia. Com 5 bilhões lá, eu tenho certeza de que resolveria...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – ...aquele problema lá e nem precisaria de concessionária para pagar pedágio.

    Esse é o problema, e é por isso que eu venho aqui. Então, eu não tenho nada contra o PT, não tenho nada contra o Senador Lindbergh, não tenho nada contra a Senadora Gleisi. Eu tenho, sim, contra a falta de lógica e coerência nos discursos e contra o fato de terem afundado o País e agora quererem afundar mais ainda, tentando apontar o caminho errado.

    Senador Cidinho, muito grato. V. Exª, com a benevolência de sempre, muito parecido com a condução do Senador João Alberto, que também é muito benevolente no tempo. Agradeço a tolerância. Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/11/2017 - Página 32