Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Agradecimentos aos parlamentares pelo apoio na recriação da Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem.

Celebração pela eleição de S. Exª como Líder do Bloco Vanguarda e da participação em outras comissões do Senado Federal.

Preocupação com o desenvolvimento da infraestrutura para a competitividade das empresas brasileiras.

Defesa da investigação, por meio de CPI, do acidente da Vale do Rio Doce, em Brumadinho-MG.

Satisfação pela posse da nova diretoria da Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis.

Autor
Wellington Fagundes (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
TRANSPORTE:
  • Agradecimentos aos parlamentares pelo apoio na recriação da Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem.
ATIVIDADE POLITICA:
  • Celebração pela eleição de S. Exª como Líder do Bloco Vanguarda e da participação em outras comissões do Senado Federal.
ECONOMIA:
  • Preocupação com o desenvolvimento da infraestrutura para a competitividade das empresas brasileiras.
CALAMIDADE:
  • Defesa da investigação, por meio de CPI, do acidente da Vale do Rio Doce, em Brumadinho-MG.
ECONOMIA:
  • Satisfação pela posse da nova diretoria da Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis.
Aparteantes
Eduardo Girão, Jorge Kajuru, Lucas Barreto.
Publicação
Publicação no DSF de 16/02/2019 - Página 24
Assuntos
Outros > TRANSPORTE
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Outros > ECONOMIA
Outros > CALAMIDADE
Indexação
  • AGRADECIMENTO, SENADOR, MOTIVO, APOIO, CRIAÇÃO, FRENTE PARLAMENTAR, LOGISTICA, TRANSPORTE, ARMAZENAGEM.
  • COMEMORAÇÃO, MOTIVO, ELEIÇÃO, ORADOR, LIDERANÇA, BLOCO PARLAMENTAR, PARTICIPAÇÃO, COMISSÃO, SENADO.
  • COMENTARIO, NECESSIDADE, DISCUSSÃO, MELHORIA, INFRAESTRUTURA, PAIS, OBJETIVO, DESENVOLVIMENTO, EMPRESA, LOCAL, BRASIL.
  • APOIO, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), REFERENCIA, INVESTIGAÇÃO, DESASTRE, BARRAGEM, LOCAL, BRUMADINHO (MG).
  • ELOGIO, POSSE, DIRETORIA, ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, INDUSTRIAL, EMPRESA, LOCAL, RONDONOPOLIS (MT).

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT. Para discursar.) – Sr. Presidente Izalci, nosso Senador da Capital Federal do Brasil, com muita satisfação ocupo esta tribuna aqui saudando todos os companheiros que aqui estão, Senador Girão, Senador Kajuru, Senador Lucas e também o nosso companheiro competente, o Senador Paulo Paim, que tem o foco na área social, fundamental para o País, mas também um Parlamentar que sempre tem abordado aqui todos os temas de interesse nacional.

    Quero aqui também dizer, Presidente Izalci, agradecendo inclusive inicialmente a assinatura de V. Exas. aqui no apoiamento da recriação da Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem. É fundamental para o nosso País. O nosso País é um Estado ainda em desenvolvimento, um país que carece muito, na sua infraestrutura, de investimentos. Precisamos ter segurança jurídica neste País para que a gente possa atrair os investimentos.

    Por isso, inclusive, eu quero aqui também registrar que tive a honra de ser eleito também Líder do Bloco Vanguarda, no qual temos o nosso companheiro o Presidente Davi Alcolumbre como membro, juntamente com os Senadores Rodrigo Pacheco, de Minas; Marcos Rogério, de Rondônia; Chico Rodrigues, também de Rondônia; Maria do Carmo Alves, de Sergipe; Jayme Campos, do meu Estado, o Estado do Mato Grosso José; Zequinha Marinho e Jorginho Mello. Jorginho Mello também é um Senador do meu partido, de Santa Catarina, e assumiu inclusive a Vice-Presidência da Comissão de Relações Exteriores. Também sou Vice-Presidente da Comissão de Infraestrutura – também tive a oportunidade de ser eleito –, junto com o Senador Marcos Rogério, que é do DEM, de Rondônia. Essa Comissão é fundamental, e queremos discutir aqui essa questão da infraestrutura, que é fundamental também para a competitividade daqueles que produzem.

    Há poucos dias, nós tivemos a fala do Presidente Trump à nação, e, na sua fala de mais de uma hora, ele também dizia da infraestrutura depauperada dos Estados Unidos. Olhem só: um país que é o primeiro país na economia mundial também tem problemas. Imaginem o nosso País! Ainda precisamos abrir estradas; fazer com que as ferrovias atravessem e, principalmente, interliguem o Atlântico ao Pacífico; fazer a navegação dos nossos rios. Há poucos dias, eu tive a oportunidade de estar no Mississípi, um rio que praticamente corta os Estados Unidos e é todo navegável, com empresas ao lado das margens e com toda a questão da preocupação ambiental. Então, é promover o desenvolvimento – nós temos que aproveitar aquilo que Deus nos deu, como as riquezas das hidrovias, um meio de transporte mais barato.

    Eu sempre tenho dito aqui, Senador Girão, que, com a tecnologia existente no mundo, não são mais os rios que têm que se adaptar às embarcações. Hoje, as embarcações podem perfeitamente se adaptar a qualquer tipo de condição de uma hidrovia, de um rio navegável. Aliás, podemos fazer, inclusive, com que rios que não são navegáveis possam ser navegáveis através das eclusas.

    Senador Kajuru, há a hidrovia Araguaia-Tocatins, com todas as condições de promover o desenvolvimento de toda a nossa região. Infelizmente, porque há lá o Pedral, não se faz a obra. Aliás, no Brasil, também se construíram as hidrelétricas, mas não houve a preocupação de se fazerem as esclusas, porque as empresas que as estavam fazendo queriam, às vezes, pensar só na economia, só no custo, mas nós temos que pensar no custo não só dessa geração que estamos vivendo hoje; nós temos que nos preocupar também com as futuras gerações. Por isso, qualquer obra exige um planejamento, principalmente obra de infraestrutura.

    Ontem, inclusive, Senador Kajuru, V. Exa. abordou aqui o problema também da Vale do Rio Doce. Temos que buscar investigar. Vamos fazer aqui a nossa CPI, implantá-la, porque é preciso investigar a responsabilidade criminal de quem teve essa responsabilidade. Agora, é claro, a Vale do Rio Doce é uma empresa que foi constituída com recursos de todos nós brasileiros, ela pertence ao Brasil. Na verdade, ela é mais uma empresa de logística do que de mineração. Então, ela tem a mineração, mas a logística é fundamental. E, por isso, há também a nossa preocupação. Queremos fazer a investigação desse caso, um acidente em que provavelmente há responsabilidades. Se houvesse toda a tecnologia ali aplicada, com certeza, não aconteceria esse acidente de Brumadinho. Agora, nós precisamos fazer com que esses responsáveis sejam punidos. Como ela é uma empresa de capital aberto, ela pertence ao Brasil. Então, se o Governo tiver que intervir na empresa, que o faça!

    Agora, precisamos fazer com que todo esse conhecimento da Vale, não só na exploração mineral, mas principalmente na logística, possa permitir que se façam os investimentos, como é o caso da ligação de Campinorte, em Goiás, a Água Boa, no meu Estado do Mato Grosso. Essa ferrovia é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, porque, como já disse aqui em outras oportunidades ao Senador Blairo, ferrovia de transporte de carga tem que ir à roça, onde está a produção; ela tem que ir lá buscar. A Ferrovia Norte-Sul, que margeia o Araguaia e já está pronta de Anápolis até o Pará, tem que ter as suas ligações com o Mato Grosso, para que a gente possa incrementar e, principalmente, fazer com que ela, que também foi construída com recurso do Brasil, da população brasileira, tenha viabilidade. Não podemos ter uma ferrovia subutilizada.

    Pois não, Senador Lucas.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – Senador Wellington, quero parabenizar V. Exa. pelo tema. Eu posso falar isso de cadeira, porque Mato Grosso e Amapá serão Estados irmãos no desenvolvimento em pouco tempo. O que nós precisamos é que a BR-163, que vai até Miritituba...

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – É a 163.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – Que ela seja realmente pavimentada, porque, em Miritituba, podem embarcar os grãos.

    Se fizer a conta – isso aqui eu faço até para contribuir com V. Exa. –, por exemplo, do Amapá até Paranaguá, são 3,2km de ida e de volta; de Paranaguá para Cuiabá, são 2,2km; mas, de Cuiabá para Miritituba, são 500km. Aí você pode descer os grãos do Centro-Oeste pelo Rio Amazonas e embarcar no Amapá, onde há calado, onde nós estamos com o apoio da Marinha para, no arco lamoso da Foz do Rio Amazonas, tentar entrar com navios maiores, de 100 toneladas – só precisa um metro a mais de calado.

    Essa irmandade do Município produtor vai levar também o desenvolvimento ao Amapá, porque ninguém vai exportar o grão in natura. Pode haver uma esmagadora grande lá no Amapá para exportar, realmente, a torta de soja, com os subprodutos ficando ali no Amapá, gerando uma cadeia produtiva de trabalho, que é de que nós precisamos.

    O senhor, definidamente, fala no desenvolvimento do Mato Grosso, e o desenvolvimento do Mato Grosso é a nossa redenção também, porque lá nós podemos montar essa cadeia produtiva de soja.

    Só para se ter uma ideia, no Amapá, nós importamos tudo – tudo! Somos exportadores, mas de real; nós exportamos o dinheiro, não temos o ativo financeiro, que não circula no nosso Estado, e é essa a busca. Eu sei que, com a amizade que tenho hoje com V. Exa., nós vamos poder discutir isso amplamente aqui neste Plenário e nas Comissões e fazer com que o desenvolvimento, que já está no Mato Grosso, chegue. Eu tive oportunidade de participar numa Agrishow do Cerrado, lá em Rondonópolis.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Em Rondonópolis, na minha cidade natal.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – É, na sua cidade, em Rondonópolis.

    E ali eu vi o que circulou em quinze dias de Agrishow: R$5 bilhões movimentados, enquanto o orçamento do Amapá todo é esse. Então, essa atividade econômica é muito importante para o Amapá.

    O problema é que no Amapá nós temos hoje conflitos de interesse para plantar. Na Amazônia, não pode nada, não pode nada! Os outros Estados todos se desenvolveram, mas, lá no Amapá, por exemplo, há conflitos de interesses: se o Imap dá uma licença, o Ibama vem e multa. Então, nós temos que unificar essas instituições para que nós possamos saber, para que os agricultores, os produtores possam trabalhar em paz, com segurança.

    O que é que precisa? Por exemplo, já houve Governador lá no meu Estado que fez um projeto de lei, só para se ter ideia, para proibir a soja e o milho, Senador Kajuru.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Meu Deus do céu!

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – O art. 14 do projeto de lei dele do meio ambiente dizia que ficava proibida a entrada de plantas exóticas no Estado do Amapá a serem plantadas em áreas naturais e seminaturais. E eu era Deputado Estadual à época e, graças a Deus, aprovei uma emenda que dizia: sem o devido Relatório de Impacto Ambiental. Já imaginaram? Eles generalizaram: soja e milho são exóticos, mas banana é exótico, abacaxi é exótico, maracujá, manga, tudo é exótico.

    O que eu questiono é assim: todos os Estados podem produzir e se desenvolver, e o Amapá não? Preciso do apoio de V. Exas. aqui para ajudar a desenvolver o meu Estado lá, o Amapá, o que também ajudará no PIB do Brasil.

    Obrigado.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Com certeza, Senador Lucas. Eu faço questão de incorporar o seu aparte ao nosso pronunciamento.

    Ontem, eu estive observando... Anteontem?

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Anteontem.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Foi um pronunciamento de V. Exa. aqui também, de forma muito feliz, em que foi abordado – o Senador Davi também disse – que há lá uma estrada que tem algumas décadas começada – e são muitas décadas – e que até hoje não tem a sua conclusão.

    E eu quero até agradecer, Senador, a V. Exas. que assinaram aqui a nossa Frente Parlamentar da Infraestrutura...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Eu fiz questão de assinar.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... que é fundamental. É uma frente que já tem um instituto, o Instituto Brasil Logística, funcionamos hoje lá na sede da Confederação Nacional do Transporte. Eu tenho certeza de que será fundamental o trabalho de V. Exas., cada um no seu Estado, na visão de ajudar, porque a infraestrutura na verdade tem que ser interconectada – a hidrovia com a ferrovia, com a estrada –, principalmente para fazermos com que os Estados tenham condições de levar esse produto aos portos.

    Se não fossem os portos do Arco Norte, Mato Grosso não teria como exportar a sua produção. Então, nós somos gratos aos Estados que nos permitem trafegar e levar a nossa produção até os portos.

    Pois não.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – Só mais uma complementação, que é para o senhor levar aos empresários do Mato Grosso: o Amapá tem uma posição geográfica privilegiada, o Amapá é a porta do Brasil. E a logística não é só de virem de lá os grãos, é de levar os insumos também – o caminhão que traz a soja leva os insumos. Então, isso Mato Grosso tem que ver, enxergando no Amapá esse grande potencial, que é de logística, com a logística inversa também: levar os insumos e trazer os produtos.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – O Senador Kajuru me pede um aparte, mas eu quero, inclusive, aproveitar, antes de conceder esse aparte, para dizer que ontem nós estivemos também recebendo o futuro Presidente do Banco Central. E eu faço...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Eu também o recebi ontem.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – E eu faço questão de aqui estar falando...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Neto de Roberto Campos!

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Exatamente!

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Pelo amor de Deus!

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – É neto de Roberto Campos!

    Ele tem uma vida na área financeira exemplar, ele que foi dirigente do Banco Santander e conhece toda a economia mundial.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – O avô dele que criou o Banco Central, não é? O Roberto Campos.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Exatamente.

    Eu fiquei até bastante emocionado...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Eu fiquei também.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... de estar conversando com ele, porque relembrava a campanha de Roberto Campos como candidato a Senador no meu Estado – ele com Júlio Campos. Roberto Campos vinha da Inglaterra, com todo o seu tempo já fora do Brasil, mas um formulador de política mundial. E, claro, voltou a Mato Grosso e não estava acostumado mais com o clima – nem o sotaque, que era totalmente americanizado. Era uma inteligência fora de série. Aí nós dizíamos de alguns fatos da campanha. Eu era ainda muito jovem. E o Ricardo Corrêa, um ex-Deputado Federal ali da região de Barra do Garças, também foi candidato a Senador, juntamente com ele. Aí eram aquelas campanhas no interior, algo totalmente diferente. E o Roberto Campos dizia: "A democracia é uma beleza! Agora, duro é o tal do voto, conquistar o voto". E ele conquistou o voto. Inclusive, o Roberto Campos Neto estava lá também com ele no dia em que, num voo, num pequeno avião, tiveram que pousar forçadamente no meio de uma fazenda, num acidente que poderia ser muito grave. Tudo isso marca.

    E eu penso, Senador Kajuru, que, para a nossa região, será fundamental ter um Presidente que conhece o interior do Brasil. Por isso, eu falo aqui com entusiasmo. Inclusive, já foi lida aqui a mensagem tanto do Roberto Campos Neto e também dos outros dois diretores. Os outros dois diretores...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – O Bruno, não é? Um é o Bruno.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – O Bruno e também o Manoel Pinho de Mello. Eu, inclusive, já fui designado Relator da indicação do Manoel Pinho de Mello, que será indicado, na Comissão de Assuntos Econômicos, na Diretoria de Organização do Sistema Financeiro. São três diretores do Banco Central, e claro, a função do Banco Central é garantir a estabilidade econômica do País.

    E ontem nós tivemos oportunidade, inclusive, de conversar também com o Presidente Davi sobre a função do Banco Central, com a preocupação com a questão da economia brasileira. Eu perguntava ao futuro Presidente, Roberto Campos – eu falo futuro, porque, com a sua competência, não tenho dúvida...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Inquestionável.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... de que iremos aprovar aqui.

    E numa crise... E nós temos duas crises acumuladas: a crise econômica e a crise política. Nesses 28 anos que estou aqui, Senador Girão, este mandato passado e agora foi o único momento em que tivemos duas crises acumuladas. Em outros momentos, tivemos crise política; em outros, crise econômica; mas agora não, há uma crise política e econômica ao mesmo tempo. E qual nós vamos resolver primeiro? Ele dizia que era a econômica. E eu disse que não, que era a política. Se nós não encontrarmos o diálogo junto aos partidos políticos e ao Governo... Ontem, por exemplo, tivemos essa crise aí com o filho do Presidente da República dizendo que o Ministro mentiu. Tudo isso leva a uma instabilidade. Então, nós temos que ter a paz política.

    E aqui foi o exemplo desta Casa. Uns ficaram assustados no momento da eleição do Presidente, da escolha do Presidente. Ficaram assustados, principalmente Parlamentares que chegaram aqui dizendo até: "O que está acontecendo com o Senado da República?" E eu quero aqui parabenizar o Presidente Davi, por ter mostrado o equilíbrio. Foi surpresa para todos nós...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Foi mesmo.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Ouvi pronunciamento de muitos Parlamentares experientes aqui dizendo que não acreditavam que um jovem como o Davi teria aquela cautela, teria o equilíbrio suficiente para conduzir...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Mediador excelente.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Mediador.

    E aí, nesta semana, anteontem, demonstrou o Presidente Davi mais ainda capacidade, quando, pela primeira vez, Senador Kajuru, Senador Girão, nós tivemos aqui as eleições das Comissões em que – estivemos lá nas reuniões com os Líderes para encontrar um caminho – pudemos eleger todas as Comissões por unanimidade, sem nenhuma briga. Tudo isso foi a competência do Senador Davi, sem dúvida nenhuma.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Exatamente.

    Claro.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – O Senador Davi traz para nós uma nova luz. Eu tenho certeza de que ele amanhã estará com o Presidente da República para discutir essa necessidade do equilíbrio.

    Eu acho que os técnicos da economia, sejam de qualquer área, têm a sua competência, a sua formação, mas têm que ter a visão de que nós da classe política estamos aqui representando a população para fazer o equilíbrio, o equilíbrio da Nação. Principalmente esta casa, que é a Casa da moderação, a Casa Revisora, tem ainda esse papel fundamental.

    Eu vejo até como ponto positivo para o Senado da República essa renovação tão grande, que será fundamental, porque serão novas ideias que aqui vêm para somar com aqueles mais experientes para que a gente possa fazer dessas diferenças regionais um encontro para desenvolver o Brasil.

    E aí há outro aspecto importante, Senador Girão. Nós não podemos fazer com que um ministro que é de um Estado, naquela pasta, só trabalhe para seu Estado. Cada ministério tem que ter a visão do desenvolvimento nacional.

    Por isso, eu concedo o aparte ao Senador Kajuru, com a sua competência e uma visão também, e, depois, ao Senador Girão, porque é um jornalista e conhece muito a discussão contraditória. A briga é fundamental, às vezes, para a gente chegar... É a briga salutar, não a pessoal; é a briga de ideias. E V. Exa. tem sido brilhante. Tenho certeza de que será um grande Senador para nos ajudar aqui.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Na verdade, Senador Wellington Fagundes, brigam as ideias e não os homens. Para a gente discordar de um colega, a gente não precisa desqualificá-lo. Não canso de falar isso aqui.

    É o seguinte: quando um aparte é feito de forma irretocável, como no caso do Senador do Amapá, o meu amigo Lucas Barreto, eu entendo que nem preciso falar para lhe cumprimentar por todas as suas palavras. O Senador Lucas Barreto foi preciso em tudo o que colocou. Eu só quero aqui entrar em outro assunto.

    Primeiro, uma brincadeira. O senhor falou muito bem do Presidente Davi Alcolumbre em relação à reunião que tivemos lá, ao almoço. Eu só quero fazer uma crítica a ele: o almoço na casa dele, péssimo; uma comida péssima; um molho péssimo. Eu tive que parar no banheiro como diabético que sou – eu interditei o banheiro da casa dele, para ser bem claro.

    E aproveito para dizer aqui que vou precisar muito de V. Exas. – o Girão estar junto comigo. O Lucas Barreto também é diabético. Hoje, graças a Deus, ele amanheceu com 65 de glicemia. Eu falei: "Isso é de uma criança". Eu tenho, às vezes, 630 de glicemia, Presidente Izalci. Eu criei em Goiás o primeiro centro de diabéticos do Brasil que está lá funcionando desde 27 de junho – tem o nome de minha mãe, Dona Zezé, que faleceu de diabetes. Eu queria estender para o Brasil inteiro através do SUS o atendimento aos diabéticos, porque 48% das mortes no Brasil hoje são por causa do diabetes. Então, eu queria contar com o apoio dos senhores e das senhoras aqui desta Casa para a gente estender ao Brasil esse centro de diabetes.

    Senador Wellington Fagundes, o seu depoimento eu vou fazer questão de colocar hoje nas minhas 30 redes sociais, como já fiz com o do Girão, com o do Barreto – e o que foi feito ontem pelo Presidente Izalci eu coloquei no ar. Eu até mostrei aqui no celular do Senador Lucas Barreto, porque quem mente também rouba, não é? Então, eu mostrei para ele. Pode entrar lá facebook.com/kajurugoias, há lá um primeiro vídeo meu, que está com 1,5 milhão de visualizações. É brincadeira? Você viu? O Lucas viu. O Lucas fez um que deu 300 mil visualizações, não foi? Então, a gente entendeu a importância das redes sociais. E eu tenho uma equipe lá que é top, que está à disposição dos senhores no gabinete 16. Então, faço questão de colocar o pronunciamento de V. Exa. pela propriedade.

    E, ontem, conversando com o jornalista Wilson da revista IstoÉ, no meu gabinete, com ele me entrevistando, eu fiz questão de citá-lo, porque V. Exa. veio até mim falar: "Kajuru, vamos trabalhar juntos, Mato Grosso e Goiás". O senhor pelo Mato Grosso, que tem orgulho de V. Exa., e eu por Goiás. E nós temos que trabalhar na questão do meio ambiente, porque o senhor sabe bem, como eu, que o Rio Araguaia está morrendo! A maior beleza natural do Centro-Oeste, visitada pelo mundo inteiro, está morrendo, Girão! Você acredita, Senador do Distrito Federal, Izalci, e demais... Pela visão, não enxergo outros que estejam aqui. Desculpem-me, todos aqui merecem o meu respeito.

    Só para terminar sobre o Rio Araguaia. Há um empresário do interior de São Paulo, que foi político aqui. Eu não vou falar o nome dele, porque nem compensa. Ele está na Lava Jato, está manchado na Lava Jato. É um empresário rico, é de Limeira, interior de São Paulo – já dei o nome da cidade, todo mundo já sabe o nome agora, pronto. Sabe o que aconteceu, Senador Wellington? Ele montou uma empresa próxima ao Rio Araguaia, entrou no Rio Araguaia com aqueles canhões de tubos e está roubando a água do Rio Araguaia na medida proporcional ao tamanho da cidade de Goiânia, que tem 1,5 milhão de habitantes. O tanto de água que ele rouba do Araguaia é semelhante a uma Goiânia! Todo dia, ele rouba água do Rio Araguaia, que aí vai só baixando, baixando, baixando. O Rio Araguaia está morrendo.

    Eu estou entrando com um projeto de lei aqui para revitalização do Rio Araguaia e do Rio Tocantins, Senador Wellington Fagundes. E, graças a Deus, consegui o apoio do Embaixador do Reino Unido, que vai arrumar uma verba internacional. Isso foi através do meu assessor de meio ambiente – eu não sei se o senhor conhece, mas ele é um dos maiores ambientalistas do Brasil e do mundo, mora em Londres e é Divaldo Rezende. É reconhecido no mundo inteiro esse brasileiro como homem de meio ambiente, e ele é meu assessor. Ele conseguiu isso para mim na Embaixada do Reino Unido, porque o Rio Araguaia está morrendo, o Rio Tocantins está morrendo.

    V. Exa. praticamente me ofereceu o quê? Um mandato voluntário que a gente pode ter na preocupação com todo o Brasil, mas na questão do nosso Centro-Oeste, por esses problemas.

    Parabéns.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Eu agradeço, Senador Kajuru, e também incorporo o aparte de V. Exa. Eu agradeço também a V. Exa. dar destaque nas suas mídias sociais.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – Senador Wellington, o senhor me permite?

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Antes, eu só quero porque acredito que V. Exa. vai abordar.

    Olha, aqui nós queremos ter o cuidado também com V. Exa., porque o Senador Lucas é um especialista, um exímio cozinheiro. E eu também gosto muito da cozinha. Inclusive, no meu Estado, sou chamado também: "Onde o Wellington vê uma panela, ele está próximo".

    Então nós vamos corrigir essa questão lá na casa do Davi. E já combinamos que o Senador Lucas vai ser o chefe lá, o chefe de cuidar exatamente da saúde pública de todos nós, não é? Porque aqui também, como V. Exa. coloca, há Senadores às vezes já com seus problemas de saúde, e claro, uma alimentação também é fundamental. Não as coisas sofisticadas, mas coisas simples, porque às vezes aí uma Maria Isabel, uma carne com feijão, com arroz...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Arroz, feijão, carne moída e ovo frito.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Um bifinho, não é?

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Um olhão frito. (Risos.)

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Também é válido.

    Lucas.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Mas, Senador... Antes, Lucas, permita-me; Presidente, permita-me.

    O Senador também falou, Eduardo Girão... O Senador Wellington Fagundes fez uma lembrança muito boa, porque eu estive com ele ontem, não sei se ele esteve com V. Exas. Ele esteve no meu gabinete, o Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central, que será certamente. E ele ficou uma hora e meia comigo lá, com a equipe dele. Não sei se ele falou com o senhor. E aí eu fiz um stand-up comedy para ele, ou seja, eu fiz uma seleção de piadas para ele. Ele saiu de lá morrendo de rir. Ele falou: "Kajuru, foi uma audiência inesquecível. Eu nunca ri tanto na minha vida".

    Porque eu fiquei me lembrando do pai dele. Eu trabalhei com o pai dele. Eu estive com o pai dele na Folha de S.Paulo. O pai dele escrevia artigos históricos. Roberto Campos, uma reserva moral deste País. Um mito, Roberto Campos. Não estou nem aí se ele era da direita, se era da esquerda. É aquilo que o Senador Paulo Paim falou muito bem, que bobagem.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – O avô, não é? Avô.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Exatamente.

    Então foi muito bom.

    E aí vale a pena, gente, não custa nada você aplaudir, você elogiar. Eu sou opositor responsável ao Presidente Jair Bolsonaro. No entanto, eu aplaudo o Presidente Jair Bolsonaro por ter escolhido uma equipe que tem um Paulo Guedes, porque nós só vamos ter o Roberto Campos Neto no Banco Central porque quem o escolheu foi o Ministro Paulo Guedes. Brilhante.

    Eu tenho prazer de falar que sou amigo da família dele. A esposa do Ministro Paulo Guedes é a Maria Cristina, que a gente chama de Titina. Mas eu sou mais amigo da cunhada dele, a Cláudia, e do concunhado dele, o Nazareno, lá de Minas Gerais.

    Então eu sempre falo com eles: "Gente, o Ministro Paulo Guedes é um João Saldanha, ou seja, sabe montar um time". Olha o time que ele montou: Marcos Cintra, Roberto Campos Neto. Então não custa nada você elogiar. Do mesmo jeito que ontem eu subi à tribuna para criticar o partido do Presidente da República, o PSL.

    Eu só queria fazer essa lembrança, porque V. Exa. foi muito feliz ao falar de Roberto Campos Neto.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Eu acho que o Senador Lucas, depois o Senador Girão... V. Exa. quer falar?

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – Bom, eu quero agradecer. Só para fazer um pedido ao Senador Kajuru quanto ao Embaixador da Inglaterra. Nós lá no Amapá – e todo mundo sabe que o Amapá é o Estado mais preservado do mundo – temos pessoas, nós temos quase 200 mil pessoas, Senador Kajuru, abaixo da linha da pobreza. Nós temos quase 100 mil desempregados. Então eu queria fazer um pedido a ele, para que a gente pudesse também levar esse Embaixador da Inglaterra...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Vamos lá juntos.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – ... já que a Inglaterra é um país desenvolvido, é um país rico. E o Amapá, por exemplo, não tem tido acesso nem a recursos do Fundo da Amazônia. Sempre o Amapá é esquecido. E nós mandamos oxigênio lá para a Inglaterra, para o mundo todo, fazemos o clima funcionar. Nós queríamos que ele fosse lá olhar pessoas também, assim como ele vai olhar o rio lá, o Rio Araguaia, para recuperar, para que pudéssemos fazer pelo menos nas áreas antropizadas, das nossas áreas de ressaca onde moram quase 100 mil pessoas... Que a gente pudesse ir lá para ver se eles têm algum projeto, se podem financiar e ajudar financeiramente o nosso povo lá.

    O povo do Amapá vai agradecer muito essa sua ajuda junto ao Embaixador da Inglaterra.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Agradecendo aqui a paciência do Senador...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Não, não é ajuda, não... Eu faço questão.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... Izalci, porque já estamos...

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Wellington, desculpa.

    Eu faço questão: Wellington, Lucas e eu, Girão se quiser, o Presidente Izalci, vamos marcar para a semana que vem. É simpaticíssimo, educadíssimo, fala bem o português – ele mora próximo a Londres. Ele viaja agora, mas volta na semana que vem. Vamos marcar uma audiência com ele. Ele tem uma assessora escocesa e uma assessora brasileira. E falou: "Gente, nós temos verbas. Nós temos muito dinheiro" – o Reino Unido. Então, nós temos verbas aqui.

    Mas sabe o que ele falou, Lucas? Ele falou: "Kajuru, Senador não vem aqui, nunca me procura". Ele falou: "O único Senador que me chamou ao gabinete dele, ano passado, Kajuru, sabem quem foi?". Falei: "Quem?"."Foi o Fernando Collor. E o primeiro que veio aqui me procurar foi você; tanto que vou entregar a você um presente". Sabe qual presente ele me deu? Para 22 Municípios de Goiás, ele entregou uma verba de 40 milhões para terras sustentáveis. É um projeto lindo em que as cidades de Goiás vão ter que se cadastrar agora para receber essa verba considerável de 40 milhões.

    Então, gente, é só a gente ir lá. Vamos lá juntos, por favor.

    O Sr. Lucas Barreto (PSD - AP) – Vamos agora, depois da sessão, Senador Wellington, para falar a ele que o senhor falou que é cozinheiro – eu também sou –, e comida une povos e pessoas. Nós já vamos lá fazer um jantar na casa do Senador Wellington em sua homenagem e em homenagem ao Embaixador.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – O Embaixador se chama Vijay Rangarajan. Olha o nome dele, Vijay Rangarajan.

    Deixa-me te falar, só para terminar. Ele é cozinheiro, cozinha bem. Então, vamos fazer o seguinte: vamos pedir para ele e você fazerem uma comida para nós. Ele está em Londres hoje, mas ele volta quinta-feira que vem. 

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Eu concedo um aparte ao Senador Girão.

    Mas é importante, para a população que está nos assistindo, exatamente isso, que mostra o nosso lado humano também. Cada um tem o seu hobby, cada um tem os seus prazeres e, principalmente, a família, porque um jantar aqui, como já fizemos na casa do Lucas e no meu apartamento, é uma forma também de unirmos mais depois desse clima, às vezes, pesado do dia aqui ou da noite, que vara às vezes. Por isso, essa consolidação da amizade é fundamental, porque isso é que faz com que a gente conheça mais o Brasil, porque quando a gente está reunido ali tem a oportunidade de falar aquilo que no dia a dia o tempo da tribuna não permite. Então, essas reuniões também nos permitem ter essa aproximação e a sensibilidade do que é o Brasil.

    Concedo o aparte ao Senador Girão, agradecendo aqui ao Senador Izalci; como já sei que o tempo foi bastante avançado, mas, com certeza, gostaria muito de ouvir o Senador Girão.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PODE - CE) – Vai ser bem rápido, Senador Wellington Fagundes.

    Eu me sinto muito à vontade de falar com V. Exa. aqui, de fazer um aparte, porque V. Exa. foi um dos primeiros Senadores que eu procurei e com quem eu tive a oportunidade, depois da eleição, de conversar.

    Estávamos, naquele momento, na Liderança do bloco que V. Exa. lidera discutindo a minha entrada, logo no início, logo após a eleição, e o senhor foi muito tranquilo, muito receptivo, acolhedor, educado. Já foi um cartão de visitas com essas tratativas que nós fazemos de uma forma fraterna aqui no Senado. Isso é muito importante, porque, em alguns momentos, nós vamos divergir em ideias, é óbvio. Nós estamos aqui para isso, para defender causas, defender ideias, defender os nossos Estados, mas, sobretudo, reconhecer o outro ser humano. Nós não podemos jamais atacar pessoas, nós temos que defender ideias e compreender a humanidade de todos, porque nós estamos aqui para representar os nossos Estados, o nosso povo.

    Eu queria agradecer o pronunciamento – não terminou ainda o seu pronunciamento. Eu tenho aprendido muito, não é uma área que eu domino, essa área da infraestrutura, mas soa como música aqui para mim as colocações de V. Exa. E, quando o senhor falou que nós estamos vivendo uma crise, uma crise que talvez nunca antes tenhamos vivido aqui no nosso País, uma crise econômica e política, eu quero dar mais dois passos, dois passos, colocar nessa cesta mais duas crises que nós estamos enfrentando. Não para serem vistas como pessimismo, muito pelo contrário, para que a gente as veja como uma esperança, um otimismo, e que, com este Parlamento aqui, juntamente com o novo Governo eleito, Governo Executivo, juntamente com Poder Judiciário, a gente possa caminhar de uma forma conjunta para efetivar o que tem que ser feito no nosso País.

    Há mais duas crises que eu queria adicionar. Nós estamos vivendo uma crise social muito grande, são cerca de 13 milhões de desempregados no nosso País...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PODE - CE) – Só para concluir.

    Isso é algo que dói no coração, porque o nosso povo é um povo trabalhador. Por onde eu passei nessa campanha, no meu Estado, no meu Estado querido que é o Estado do Ceará, era impressionante, pois as pessoas chegavam: "Eu estou precisando trabalhar. Eu queria trabalhar. Me ajuda a trabalhar". Então, as pessoas estão querendo se desenvolver, trabalhar. O trabalho dignifica o homem, como eu aprendi desde a minha infância, com o meu avô, com os meus pais.

    E, para encerrar, a outra crise que nós estamos vivendo, que eu acredito que é a mais grave de todas, Senador Wellington Fagundes, é a crise moral, crise moral do nosso País. Eu acho que já citei aqui alguns exemplos, mas é como se nós estivéssemos com as vísceras de fora do nosso País – e estamos podendo sentir o mau cheiro do que está acontecendo, do que ocorreu no Brasil.

    E nós temos esta grande oportunidade, neste Parlamento, com este novo Governo em que o povo depositou esperança, de quebrar paradigmas neste País, quebrar paradigmas, buscar a verdade sempre. Não é caça às bruxas, mas é punir os responsáveis. Isso é pedagógico para uma geração que está aí acreditando em nós, talvez como nunca. Você vê uma operação, como o Senador Kajuru falou há pouco, a Operação Lava Jato, ela tem inspirado muitos brasileiros a entrar no magistrado, a vir para a política, muita gente nova. Eu sou um dos inspirados por essa operação, e a apoio integralmente.

    Então, para concluir, eu queria terminar com uma frase de Martin Luther King, um grande humanista americano, pacifista. Ele dizia o seguinte... Viu, Kajuru, Presidente agora, Senador Kajuru? Martin Luther King dizia que uma injustiça em algum lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar. Nós estamos todos conectados.

    Então, assim, fico feliz com esta oportunidade de estar aqui com vocês. Tenho aprendido demais nestes momentos aqui. Tenho estudado demais também. E quero dizer que, com relação ao Reino Unido, ao Embaixador, cujo nome eu não vou ter a audácia de citar aqui, que V. Exa. colocou, Senador Kajuru, mas...

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Vijay Rangarajan.

    O Sr. Eduardo Girão (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PODE - CE) – Pronto.

    Eu gostaria de ir com o Senador Wellington Fagundes, com o Senador Lucas Barreto, Izalci também e outros colegas que estão conosco aqui fazer essa visita, porque o Estado do Ceará tem uma relação próxima. Inclusive, a nossa música... A gente falou de comida aqui, mas a música é algo que une os povos: o forró, sua origem, historiadores mostram que o nome "forró" vem de "for all". São dos ingleses, que estiveram lá. "Para todos", "for all".

    Então, eu gostaria de ir porque é um Estado nosso que precisa realmente de um olhar e que tem uma beleza natural fabulosa para o turismo. Quando o mundo descobrir o Estado do Ceará, as belezas naturais, que não são apenas praias... Nós temos no interior serras, nós temos dunas. Nós temos o sertão, aquela cultura nordestina. Eu acredito que esse olhar internacional é fundamental, e eu gostaria de fazer essa visita.

    O meu avô, Stênio Telmo Façanha Grangeiro, trabalhou durante 40 anos no London Bank, banco de Londres, lá no Estado do Ceará. Então, ele trabalhava junto com os ingleses.

    Então, muito obrigado pelo aparte. Desculpe ter me excedido um pouco. Parabéns pelo seu pronunciamento, Senador Wellington Fagundes! Estamos juntos aqui nesta jornada.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Eu agradeço imensamente, Senador Girão.

    Quero aqui dizer que, quando V. Exa. esteve lá me visitando no bloco, na verdade eu era Líder do Bloco Moderador. Esse Bloco Moderador foi, inclusive, idealizado pelo Senador Collor, a quem eu quero agradecer a confiança de me ajudar para ser o Líder daquele bloco, o que me trouxe mais experiência. E hoje estou como Líder do Bloco Vanguarda. Inclusive no mesmo espaço, mas com a presença também do DEM, do nosso Presidente Davi Alcolumbre, do PSC e do PR. Por isso, eu quero aqui agradecer também de público a visita de V. Exa. Trocamos muitas ideias e é assim que vamos fazer durante todo o nosso mandato.

    Eu quero aqui também, Sr. Presidente Kajuru, falar um pouquinho – é rápido – para a minha cidade. Hoje à noite toma posse na Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis uma nova diretoria. Essa associação foi a minha primeira participação numa política classista. Logo que me formei, aos 22 anos, voltei do Mato Grosso do Sul, onde fiz o segundo grau e a universidade federal, voltei para Rondonópolis e montei o meu primeiro negócio, com a ajuda da minha família. E tive a oportunidade, de cara, de já ser o Presidente da Associação Comercial Industrial daquela cidade, da minha cidade natal. Conseguimos soerguer aquela entidade, e, hoje, a Associação Comercial Industrial de Rondonópolis, graças a esse trabalho, é a associação com o maior número de associados de Mato Grosso – quase 40% a mais do que o número de associados da capital. Então, isso demonstra a força que representa a Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis.

    Nós, no ano passado, criamos a segunda universidade federal de Mato Grosso, com sede em Rondonópolis. Essa região, a região sudeste de Mato Grosso, experimenta, sem dúvida nenhuma, o maior desenvolvimento, principalmente na verticalização da sua economia. Temos lá, Senador Girão, na cidade de Rondonópolis, o maior terminal ferroviário da América Latina.

    Eu quero, inclusive, convidá-los, depois, para irmos, como disse aqui o Senador Kajuru, conhecer as belezas da nossa região, como o Araguaia, com todo o seu potencial, que nasce exatamente próximo de Rondonópolis, ali no divisor das bacias, em Alto Araguaia, Alto Taquari. E o Rio Araguaia, depois, recebe o Garças e também o quarto rio mais preservado do mundo, que é o Rio das Mortes, com água linda, um rio muito lindo. Tudo aquilo ali pode ser aproveitado de forma muito melhor para a economia da nossa região.

    Por isso, Senador Kajuru, vamos, sim, trabalhar pela preservação do Araguaia-Tocantins, mas também promovendo o desenvolvimento regional. Em Alto Araguaia, onde ele nasce, logo próximo, há potencial de uma das hidrelétricas com maior custo-benefício do Brasil, o que vai, a meu ver, preservar, porque, quando se constrói com todos os cuidados ambientais, é claro que, além de promover o desenvolvimento, você vai fazer uma reservação de água exatamente na cabeceira, onde o rio está morrendo.

    Então, é importante realmente a gente fazer esses projetos, mas projetos bem feitos, projetos com todo o planejamento, para que não aconteçam desastres. Aliás, estou cobrando – já começou com a agência de mineração. Vamos fazer também as vistorias nas hidrelétricas, porque podemos ter problemas também de rompimentos.

    No caso da nossa capital, Cuiabá, fizemos uma das obras mais importantes daquela região, que foi a construção da Hidrelétrica de Manso, que representa uma verdadeira caixa-d'água. Em Cuiabá e Várzea Grande, houve enchentes no passado, na década de 70, que dizimaram praticamente o Bairro Terceiro. E essa hidrelétrica tem a função de fazer a reservação de água, fazer o controle de enchentes do Rio Cuiabá e ainda promover o turismo. Projetos como esse temos que buscar fazer, mas é preciso fazer a manutenção, para não acontecerem acidentes e incidentes como esse.

    Eu quero aqui, então, parabenizar a diretoria que está assumindo a Associação Comercial Industrial e Empresarial de Rondonópolis. Gostaria imensamente de estar lá hoje, mas não poderei pelo compromisso que ainda tenho aqui em Brasília. Eu parabenizo toda a diretoria, como todos os empresários, comerciantes industriais da minha cidade. Com isso, então, eu destaco o nome do Mário Crem e também de Diego Rodrigues, Glaucia Kida, Plínio Ferreira e Joelson Silva. Meu desejo é de pleno êxito nessa honrosa missão!

    Quero aqui também destacar, chamando a atenção das senhoras e dos senhores, o trabalho brilhante que já foi executado pelo Ernando Cabral Machado, que vai assumir como Presidente. Ele é produtor rural e também contador experiente e, há 15 anos, dedica sua vida ao ensino superior. Ernando fez muito pelo Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e possui atuação expressiva na Apae, no Rotary, na Maçonaria e também no sindicato rural.

    Portanto, desejo a todos vocês sucesso, que a gente possa, cada dia mais, fortalecer a associação comercial, que sempre esteve à frente, ajudando as obras sociais como a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, como também o processo, o projeto da criação da universidade federal e tantos outros.

(Soa a campainha.)

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Senador Kajuru, eu sempre digo o seguinte: toda cidade começa com um pequeno comércio, é um posto de gasolina, é um comércio que ali vai crescendo, e são esses comerciantes, normalmente, que constroem a cidade. Quando começa, vem a emancipação, como aconteceu muito no passado. Destaco aqui Primavera do Leste, uma cidade já próxima a Barra do Garças, que chegou a ser o quarto orçamento do Estado de Mato Grosso; assim como Sinop, uma cidade-polo do nortão de Mato Grosso; Lucas do Rio Verde, que é uma cidade com o melhor IDH do Brasil hoje; Sorriso e também as cidades da Baixada Cuiabana, do Pantanal.

    Temos lá o Sesc Pantanal, para o qual eu gostaria de convidar V. Exa. e todos os Senadores. É uma reserva dentro do Pantanal de cento e tantos mil hectares. Temos lá um grande resort do Sesc e também um hotel-escola, uma coisa maravilhosa. Então, acho que o Sistema S tem contribuído muito para o Brasil. Discute-se a aplicação dos recursos do Sistema S, mas acho que, com tudo, temos que ter cuidado. Aquilo que está funcionando não podemos desmanchar de uma hora para outra. Se há excesso de recursos, se há outras áreas que podem ser ajudadas, vamos discutir.

    Aqui destaco o papel de todo comerciante brasileiro das micro e pequenas empresas, por que o Izalci inclusive tem trabalhado tanto, o Senador Jorginho, em uma frente parlamentar que fiz questão de estar também apoiando. Tenho certeza de que este Brasil do interior, Brasil em que, às vezes, o pequeno comerciante, o pequeno empresário está lá, paga os seus impostos pontualmente e não tem o reconhecimento, principalmente por conta de uma carga tributária tão forte, tão absoluta. No meu Estado, o comerciante paga antecipado; antes de vender, ele já tem que pagar o ICMS com o lucro estimado pelo Governo que, às vezes, não é nada daquilo. As promoções que têm que ser feitas, a concorrência é muito grande...

    Então, aqui parabenizo todos os empresários brasileiros e, em especial, em nome da associação comercial, a diretoria que assume hoje a associação comercial e industrial da minha cidade que, com muito orgulho, tive a oportunidade de estar à frente com dois mandatos e, depois, ser eleito, no primeiro mandato, como Deputado Federal. Já se vão seis mandatos como Deputado Federal e, agora, este mandato como Senador, que me traz muita honra, mas também muito mais compromisso em estar aqui trabalhando para que a gente possa ajudar principalmente aqueles pequenos, aqueles que promovem a maior geração de emprego no País.

    Muito obrigado, Senador Kajuru, Senador Izalci, pela paciência. Esse dia da sexta-feira é bom para isto mesmo: para que a gente possa falar bastante, discutir bastante.

    Muito obrigado, Senador Kajuru.

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Eu é que lhe agradeço, Senador Wellington Fagundes, de quem o Mato Grosso tem tanto orgulho, pela riqueza deste debate que V. Exa. promoveu. De forma que a gente deve agradecer ao Presidente Izalci Lucas pela paciência de permitir, em quarteto aqui – porque o Senador Lucas Barreto participou, o Senador Eduardo Girão participou... A gente discutiu o meio ambiente, a gente discutiu o Brasil, a gente discutiu água, a gente discutiu rio, preservação, com conteúdo. V. Exa. pontuou com todas as palavras absolutamente irretocáveis.

    Então, eu acho que a sexta-feira é muito útil, por isso eu nunca vou faltar a nenhuma sexta-feira, embora a minha mulher esteja muito brava comigo, porque ela queria ficar.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – V. Exa. já vai anunciar o Senador Izalci...

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Já vou.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... e eu quero só aqui dizer também, porque, próximo ali na nossa região, Barra do Garças...

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Sim.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... foi aprovado ontem um recurso...

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Eu vou lá sempre, lá na fazenda do Leão.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... de R$35 milhões para a revitalização do aeroporto de Barra do Garças.

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Olha que beleza!

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Barra do Garças recebe hoje três voos semanais e agora, com esse recurso de R$35 milhões, Barra do Garças vai ter uma estrutura muito mais expressiva para atender o turismo daquela região, o comércio, que são muito fortes. Eu quero parabenizar o Prefeito Beto e, em especial, a Mônica Porto, que é a Secretária de Turismo e que esteve aqui muitas vezes na Secretaria de Aviação Civil. Esses recursos, então, já estão aprovados. É um projeto muito bonito. Eu vou falar, inclusive, semana que vem, um pouco mais.

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Claro.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Parabéns à população de Barra do Garças, Pontal e Aragarças...

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Isso.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – ... porque é para abastecer também toda a região.

    Muito obrigado.

(Durante o discurso do Sr. Wellington Fagundes, o Sr. Izalci Lucas deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Jorge Kajuru.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Eu vou muito lá à fazenda do meu amigo Leão, em Barra do Garças, o ex-goleiro do Palmeiras, da seleção.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/02/2019 - Página 24