Pela ordem durante a 75ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Breve balanço dos primeiros 130 dias do Governo Federal e da atuação parlamentar de S. Exª.

Defesa da união de todas as esferas do poder em torno das principais questões do País.

Autor
Eduardo Girão (PODE - Podemos/CE)
Nome completo: Luis Eduardo Grangeiro Girão
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Breve balanço dos primeiros 130 dias do Governo Federal e da atuação parlamentar de S. Exª.
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA:
  • Defesa da união de todas as esferas do poder em torno das principais questões do País.
Publicação
Publicação no DSF de 18/05/2019 - Página 44
Assuntos
Outros > GOVERNO FEDERAL
Outros > ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Indexação
  • BALANÇO, INICIO, GOVERNO FEDERAL, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ORADOR.
  • DEFESA, UNIÃO, LEGISLATIVO, JUDICIARIO, EXECUTIVO, SOLUÇÃO, PROBLEMA, PAIS.

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PODE - CE. Pela ordem.) – Muito rápido o meu posicionamento aqui, de dar os parabéns para o Senador Roberto Rocha pela lucidez com que ele se colocou, com muita cultura de paz, de harmonia e serenidade.

    Realmente, acho que tudo isso começou com a colocação super infeliz do Ministro da Educação, falando de balbúrdia, que é uma questão ideológica que já foi ultrapassada. O momento agora é de união. O momento agora é de nós todos fazermos, todos, no limite de nossas forças, o melhor para que este País dê certo, para que este Governo acerte – como bem colocou o Senador aqui –, que foi eleito por 60 milhões de brasileiros, rapaz! E foi agora!

    Nós estamos com 130 dias. Há erros e há acertos, virtudes que eu acho importantíssimas: acabar com esse negócio de toma-lá-dá-cá, de conchavo. Não se render a isso! Não se render sob hipótese nenhuma! Isso é que vai dar toda a proteção – e aí eu vou no aspecto que eu gosto também de estudar, de meditar – no aspecto até espiritual. O Brasil está vivendo uma provação de quebra de paradigmas. O Presidente está de parabéns nesse aspecto de romper com esse sistema político carcomido, que foi feito aqui durante décadas neste País, que é a troca de favores, loteamento de ministério. Espero que nós não voltemos a essa realidade.

    Agora, realmente, nas manifestações, nós vimos ontem pela TV as faixas, faixas totalmente ideológicas, com pessoas pegando carona – algumas pessoas, porque muitas estavam legítimas –, sem entender, porque está faltando comunicação, está faltando assessoria à Presidência da República. Isso, sim!

    Mas eu vejo esse Governo Federal que acabou de assumir com as melhores intenções sobre os destinos da Nação. E nós estamos aqui para torcer para que dê certo. Eu não quero imaginar, pelo menos nesta Casa – se houver, é minoria –, que haja alguém com aquela coisa, com aquela filosofia do quanto pior, melhor. Todos nós afundamos, e o brasileiro está com esperança de que esse Governo vai ser diferente, e eu também estou, embora discorde de alguns pontos e assim me coloque de forma transparente, como por exemplo, na questão das armas de fogo. Parece-me que há uma obsessão de querer liberar arma, de querer fornecer porte de arma para várias categorias, enquanto as estatísticas, enquanto a ciência mostra que, quanto mais arma, mais violência, mais mortes. Não é assim. Não é jogando querosene para apagar incêndio que a gente vai apagar. Muito pelo contrário. Muito pelo contrário. Mortes de inocentes podem acontecer, e eu espero que a população não embarque nessa de que a arma vai defendê-la da bandidagem. O efeito surpresa é sempre de quem está atacando. Sempre. E a pessoa que não é vocacionada para a arma, como os cidadãos do Brasil, diferentemente da polícia, das forças policiais, vai ser surpreendida, e aquela arma de fogo, com a qual ele está ali para "se defender", entre aspas, vai aumentar a agressividade contra ele próprio, e aquela arma vai migrar para o crime. Isso é o que mostram as estatísticas das universidades do mundo inteiro. Eu sou contra e me posicionei contra essa situação, embora haja muitas outras positivas do Governo, e eu estou junto. Como bem colocou o Senador, Parlamento é para isso.

    Agora, é uma questão até de sermos patriotas neste momento delicado que a gente está vivendo, Senador Roberto Rocha, nós estarmos aqui jogando luz sobre esses assuntos, porque faltou comunicação. Foi feito em todos os Governos esse contingenciamento, ou corte, como queiram chamar. Em todos os Governos ocorreu esse contingenciamento. É preciso acontecer uma contenção das despesas, porque o rombo é grande, e não é deste Governo. Esse rombo não é deste Governo. Esse rombo vem de muito tempo, de muitos Governos anteriores. A gente precisa ter serenidade e falar a verdade para as pessoas.

    Agora, particularmente, tendo em vista toda a situação gerada, criada, eu acho que, no meu modo de entender, um recuo do Governo... Até pela questão da educação, embora nessa educação, como está posta a educação formal, dessas disciplinas formais, eu não acredite. Ela pode ter o dinheiro do mundo que tiver, mas ela está produzindo violência também. Eu acredito na educação com valores humanos, com caráter, formando cidadãos, e isso tem que ter outros componentes, de que eu já falei aqui há uma hora.

    Então, eu acredito que deve se cortar de outras áreas, não da educação. Eu acredito que um recuo do Governo nesse aspecto seria inteligente, seria de bom grado. Corta-se no investimento de outras áreas, em infraestrutura, porque todo mundo precisa dar a sua cota de contribuição, de esforço, esse remédio amargo de que o Brasil precisa, repito, e que não é deste Governo, mas que já vem de outros Governos, que criaram rombo com políticas equivocadas, com conchavos, com toma-lá-dá-cá, com irresponsabilidades na gestão do dinheiro.

    Está faltando gestão, sempre faltou, mas a gente tem que dar um voto de confiança, agora. Temos que dar um voto de confiança porque este Governo acabou de se iniciar. Mas nós vamos estar aqui atentos, debatendo ponto a ponto, mas tendo, sobretudo, um sentimento de responsabilidade com o Brasil, para que este País dê certo – e ele vai dar certo! De um jeito ou de outro, o destino desta Nação é a prosperidade. Sabem por que, Presidente Izalci, Senador Roberto Rocha, pessoas que estão nos assistindo pela TV Senado? O nosso Brasil não é rico; é riquíssimo, sob todos os aspectos! Aqui nós temos água em que o mundo todo está de olho; aqui nós temos uma potencialidade de minerais, de recursos; aqui nós temos grandes cabeças criativas, empreendedoras.

    Uma reforma, não apenas de Previdência, que é importante, como colocou o Senador Roberto Rocha... No meu ponto de vista – no meu particularmente –, acredito que haja ajustes a serem feitos nessa reforma que veio do Governo, mas que ela é importante para o Brasil, ela é. Mas também uma reforma tributária, de que o Senador Presidente da sessão, Izalci, sempre fala. Uma reforma tributária é urgente para a geração de emprego. Nós temos 13 milhões de brasileiros ansiosos para trabalhar, com vontade de trabalhar, e não estão podendo, porque a economia está retraída. Então, o destino deste País – todos nós nos dando as mãos – é a prosperidade, dentro de pouco tempo. Pode demorar um pouco, pode demorar um pouco mais, vai depender dos ajustes.

    Eu quero encerrar a minha fala dizendo que...

    O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - MA) – Senador Girão, permita-me um...

    O SR. EDUARDO GIRÃO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PODE - CE) – Claro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/05/2019 - Página 44