Discurso durante a 125ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do Dia de Proteção às Florestas, comemorado em 17/07/2019.

Expectativas com o protagonismo do Senado Federal, no segundo semestre do ano de 2019, com a apreciação das reformas da previdência e tributária na Casa.

Comentários sobre a Medida Provisória nº 882, de 2019, relatada por S.Exª.

Defesa da aprovação pela Comissão de Assuntos Sociais do Projeto de Lei nº 3.596, de 2019, de autoria de S. Exª., que inclui as despesas com cursos de graduação e pós-graduação no rol das isenções das contribuições previdenciárias das empresas.

Considerações em torno da atuação de S. Exª. na Frente Parlamentar de Infraestrutura e Logística do País.

Relato sobre agenda que será cumprida por S. Exª., no Estado de Mato Grosso (MT), durante o recesso parlamentar.

Autor
Wellington Fagundes (PL - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Registro do Dia de Proteção às Florestas, comemorado em 17/07/2019.
SENADO:
  • Expectativas com o protagonismo do Senado Federal, no segundo semestre do ano de 2019, com a apreciação das reformas da previdência e tributária na Casa.
TRANSPORTE:
  • Comentários sobre a Medida Provisória nº 882, de 2019, relatada por S.Exª.
EDUCAÇÃO:
  • Defesa da aprovação pela Comissão de Assuntos Sociais do Projeto de Lei nº 3.596, de 2019, de autoria de S. Exª., que inclui as despesas com cursos de graduação e pós-graduação no rol das isenções das contribuições previdenciárias das empresas.
ATIVIDADE POLITICA:
  • Considerações em torno da atuação de S. Exª. na Frente Parlamentar de Infraestrutura e Logística do País.
ATIVIDADE POLITICA:
  • Relato sobre agenda que será cumprida por S. Exª., no Estado de Mato Grosso (MT), durante o recesso parlamentar.
Publicação
Publicação no DSF de 18/07/2019 - Página 33
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > SENADO
Outros > TRANSPORTE
Outros > EDUCAÇÃO
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • REGISTRO, DIA NACIONAL, PROTEÇÃO, FLORESTA, COMENTARIO, NECESSIDADE, MEIO AMBIENTE.
  • REGISTRO, EXPECTATIVA, REFORMA, PREVIDENCIA SOCIAL, REFORMA TRIBUTARIA, COMENTARIO, TRIBUTAÇÃO, BRASIL.
  • REGISTRO, MEDIDA PROVISORIA (MPV), ASSUNTO, ALTERAÇÃO, CODIGO DE TRANSITO BRASILEIRO, REESTRUTURAÇÃO, TRANSPORTE AQUATICO, EXPLORAÇÃO, PORTOS, COMENTARIO, CONTRATAÇÃO, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), DESESTATIZAÇÃO.
  • DEFESA, APROVAÇÃO, COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS (CAS), PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS), ASSUNTO, ISENÇÃO, DESPESA, GRADUAÇÃO, POS-GRADUAÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA, EMPRESA.
  • REGISTRO, ATUAÇÃO, ORADOR, FRENTE PARLAMENTAR, INFRAESTRUTURA, LOGISTICA, COMENTARIO, REUNIÃO, CONSELHO NACIONAL DE TRANSPORTES (CNT).
  • REGISTRO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ORADOR, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), RECESSO.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para discursar.) – Sr. Presidente Izalci, todos os companheiros e companheiras e população que nos acompanha através da TV Senado e de todos os meios de comunicação da nossa Casa, hoje, dia 17 de julho, é uma data reservada ao Dia de Proteção às Florestas, que tem como objetivo conscientizar pessoas sobre a importância da preservação de nossos biomas e de inúmeras espécies de animais e plantas para a qualidade da vida da humanidade.

    Como médico veterinário e, principalmente, por ser um homem do interior do Brasil, do Mato Grosso, nosso Estado, em que temos três biomas, a Amazônia, o Pantanal e também o Cerrado, sabemos da importância que representa a preservação ambiental. Claro, somos hoje um dos maiores produtores de alimentos do mundo e queremos fazê-lo cada dia mais, mas, claro, sempre com a responsabilidade de fazer um desenvolvimento social e econômico sustentável. Por isso, queremos dizer que o nosso objetivo aqui, como produtor, como Estado que tem essa responsabilidade, é chamar sempre a atenção para a necessidade da preservação ambiental.

    Também, Sr. Presidente, vamos aqui abordar a questão das reformas, que é extremamente importante para o País. Essa semana passada, a Câmara dos Deputados praticamente encerrou a votação, mas não a concluiu – ela ficou, então, para depois do recesso branco. E chegará aqui, acredito, logo no início de agosto a reforma da previdência.

    Sem dúvida nenhuma, o Brasil espera as reformas, mas tenho certeza de que a reforma tributária, que aqui começamos – e V. Exa. é um especialista na área –, deveria até vir primeiro, porque ela é muito mais importante. E, por isso, o Senado também terá aqui a responsabilidade de votar reformas quase concomitantemente: vamos aqui analisar a reforma da previdência, mas, ao mesmo tempo, já discutir a reforma tributária, tão importante para este País. E, na minha opinião, sem dúvida, este segundo semestre será fundamental para o protagonismo aqui também de todos nós Senadores. Queremos dar uma resposta o mais rápido possível ao País, e, por isso, a Proposta de Emenda à Constituição 110, de 2019, que altera o sistema tributário nacional, em que todos nós estaremos nos debruçando com muita persistência, mas também com muita responsabilidade. Por isso, eu insisto que a reforma tributária que sairá deste Parlamento é a que dará as grandes respostas, as respostas claras e efetivas sobre o comportamento político e, acima de tudo, sobre o tamanho e a capacidade do Estado brasileiro, que precisará, no fim, reassumir de forma efetiva suas responsabilidades para com a população.

    O cidadão, com certeza, não aguenta mais pagar tantos impostos para receber um atendimento precário, seja na saúde, seja na segurança, seja na educação, enfim, no atendimento de suas necessidades básicas e essenciais. É uma carga insuportável! Por isso, precisamos colocar de fato um freio de arrumação nesse caso, porque é do bolso do trabalhador que saem os tributos e também os impostos.

    A par do fato de que o Plenário retorna somente em agosto, com o debate sobre esses dois temas, seguiremos trabalhando arduamente também nesse período. Como Relator da Medida Provisória 882, de 2019, após três audiências públicas, estamos imbuídos de apresentar até o dia 9 de agosto um relatório que seja, acima de tudo, possível de ser acatado. Essa MP, Sr. Presidente, é representativa de todos nós. Para conhecimento de todos, a medida editada pelo Governo altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, o Código Brasileiro de Trânsito, e ainda a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, que dispõe sobre a reestruturação no transporte aquaviário e terrestre e ainda cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transportes, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Essa MP ainda altera a Lei nº 12. 815, de 5 de junho de 2013, que dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários, e a Lei nº 13.334, de 13 de setembro de 2016, que cria o Programa de Parcerias de Investimento (PPI).

    Pela sua amplitude, trouxemos ao debate todos os segmentos ligados aos temas, todos: Governo, entidades civis, entidades de classe, representantes de agências. Enfim, promovemos um debate altamente proveitoso.

    A figura da colação, como uma nova forma de contratação a ser praticada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) nos processos de desestatização, foi um dos assuntos mais debatidos em todas as nossas audiências. Prevista na MP, nós Senadores e Deputados Federais analisamos a ampliação dos usos dessa nova modalidade de concorrência e os problemas que podem surgir com a sua aplicação na estruturação de concessões e desestatizações. A título de informação, a colação é um processo simplificado para selecionar projetos que considerem não apenas o preço e, sim, características como a qualidade técnica dos prestadores de serviços.

    Há pontos convergentes e divergentes também. E trabalharemos com a especializada Consultoria do Senado para tratar desse tema complexo e altamente sensível que é a contratação pelo Estado. Uma coisa é certa: vamos buscar meios de garantir, acima de tudo, que essas medidas possam se traduzir não apenas em avanços econômicos, de ganhos para o investidor, mas, sobretudo e acima de tudo, em auferir ganhos sociais representados pela melhoria das condições para toda a nossa população. Investimentos em infraestrutura, eu sempre digo, são a melhor forma de tirar o País da crise e gerar emprego. Temos que viabilizá-los sem perder esse norte fundamental da nossa atuação.

    E, até o próximo dia 9, quando apresentarei o relatório, entidades e cidadãos que queiram participar podem e devem continuar enviando sugestões pelo portal e-Cidadania.

    Já caminhando para o fim, Sr. Presidente, com a devida atenção dos nossos meios de comunicação da Casa, também da Voz do Brasil e ainda de outras emissoras de grande alcance, quero falar rapidamente sobre a aprovação na Comissão de Assuntos Sociais do Projeto de Lei 3.596, que julgo ser de suma importância para todo o País. Esse projeto, senhoras e senhores, garante que as empresas que investirem em seus funcionários, dando-lhes educação superior e pós-graduação, possam deduzir esses custos das contribuições previdenciárias, como já ocorre com a educação básica, profissional e tecnológica, ou seja, estamos dando um salto nessa política pública governamental e literalmente subindo o nível de nossa mão de obra.

    O art. 6º da Constituição coloca a educação e o trabalho como sendo condições de direitos sociais de forma inseparável. E eu acredito, sim, senhoras e senhores, que somente poderemos exercitar plenamente a cidadania quando tivermos a formação para compreender o mundo que nos cerca e também a capacidade de melhorar dia após dia a nossa condição social.

    A falta de qualificação do trabalhador tem sido apontada historicamente como uma das principais dificuldades de sua penetração, manutenção e desenvolvimento no mercado de trabalho, tratando-se também de impeditivo que se deve superar para auxiliar na retomada da economia nacional, especialmente ante um cenário de ampla e acirrada concorrência com outros países. Agora, em 2013, a Confederação Nacional da Indústria divulgou pesquisa que apontou que, em 2011, 67% das indústrias enfrentavam problemas decorrentes da falta de trabalho qualificado. Em pesquisa realizada agora, em 2018, com mais de 39 mil trabalhadores em 43 países, concluiu-se que mais de um terço das empresas brasileiras enfrenta dificuldades para contratar por pura carência técnica.

    Essa proposição, portanto, toca em temas de máxima relevância para a nossa sociedade – educação e trabalho. Repito: educação e trabalho. Esperamos que, neste segundo semestre, possamos concluir a tramitação dessa que considero importante matéria, com apoio de todos os nossos companheiros Senadores e Senadoras, em defesa do interesse do povo brasileiro.

    No mais, quero desejar que, nestas duas próximas semanas, possamos fazer nossas reflexões, renovar nossas energias e planejar os melhores caminhos que possamos seguir nas nossas responsabilidades.

    E ainda, Sr. Presidente em exercício, quero agradecê-lo também por estar lá nos apoiando, trabalhando conjuntamente na Frente Parlamentar de Infraestrutura e Logística deste País. Ontem tivemos uma boa reunião com o setor de transporte rodoviário tanto de cargas como de passageiros na CNT, e V. Exa. pôde perceber como todos estão imbuídos principalmente em gerar emprego neste País.

    O empresário quer o quê? Segurança jurídica para que possa realmente ter condições de promover a geração de emprego neste País, com todo o potencial que tem. Por isso, a nossa preocupação, inclusive, de votar essa medida provisória o mais rápido possível, para que projetos bem-estruturados... E eu sempre tenho dito que, quando se começa com um projeto ineficiente ou um projeto mal-estruturado, a tendência é a obra também ser malfeita. Isso redunda no que acontece no Brasil. Hoje, milhares de obras inacabadas estão aí, Brasil afora, e uma obra inacabada, sem dúvida nenhuma, é um prejuízo muito grande. Aliás, eu sempre tenho dito que isso não serve para nada, porque, numa obra inacabada, é o dinheiro público que foi gasto, e ainda, se não for mantida aquela obra, vai ser mais dinheiro desperdiçado. Por isso, a nossa preocupação é principalmente fazer com que o Governo tenha condições de fazer projetos bem-estruturados, projetos bem-elaborados, em que não esteja acima de tudo a consideração do custo. Às vezes, o menor preço não é o melhor caminho. O importante é que haja uma qualificação técnica, para que a gente tenha projetos realmente benfeitos e aí, é claro, obras com eficiência e até com economia, porque, se o projeto foi bem feito, com certeza, a obra também será uma obra com melhores condições de durabilidade, de planejamento e tudo o mais.

    Eu agradeço muito, Sr. Presidente. Espero que, nestas duas semanas em que estaremos de recesso branco... Voltarei para o meu Estado amanhã, ainda estarei aqui. Irei percorrer o interior de Mato Grosso. Vou visitar todo o Araguaia, chegando à cidade de São Félix do Araguaia amanhã ainda. Vamos ainda a Vila Rica, na divisa do Pará, seguindo por praticamente todo o interior de Mato Grosso. V. Exa., que é aqui de Brasília, conhece também a realidade nossa de Mato Grosso, um Estado muito grande, gigantesco, com 900 mil quilômetros quadrados e uma população ainda pequena de 3,5 milhões de habitantes, mas é um Estado de muitas oportunidades. O poeta disse, na música, que o artista tem que estar onde o povo está, e eu sempre tenho dito que nós políticos também temos que ir às bases. E esse será o momento de visitar, como V. Exa. faz praticamente diuturnamente, porque é exatamente nessas visitas às bases que a gente pode conhecer mais de perto, ouvir a população e trazer para Brasília o anseio de todos. Portanto, felicidade a todos! Que Deus nos abençoe e que possamos, nestes dias, nos reenergizar e buscar, através dessa força, mais capacidade de trabalho em prol do Brasil! O Brasil não aguenta mais viver duas crises, crise política e crise econômica, ao mesmo tempo. Nós temos que trabalhar e fazer a nossa parte, para gerar mais emprego e oportunidade a todos os brasileiros.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/07/2019 - Página 33