Discurso durante a 63ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Defesa do Projeto de Lei nº 1.070, de 2021, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental para instituir a Campanha Junho Verde.

Autor
Confúcio Moura (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Confúcio Aires Moura
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Educação, Meio Ambiente:
  • Defesa do Projeto de Lei nº 1.070, de 2021, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental para instituir a Campanha Junho Verde.
Publicação
Publicação no DSF de 03/06/2022 - Página 10
Assuntos
Política Social > Educação
Meio Ambiente
Matérias referenciadas
Indexação
  • DEFESA, PROJETO DE LEI, ALTERAÇÃO, LEI FEDERAL, CRIAÇÃO, CAMPANHA, MES, JUNHO, PODER PUBLICO, UNIÃO FEDERAL, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), MUNICIPIOS, EDUCAÇÃO, SOCIEDADE, CONSCIENTIZAÇÃO, CONSERVAÇÃO, MEIO AMBIENTE, CONTROLE, POLUIÇÃO, RECURSOS NATURAIS.

    O SR. CONFÚCIO MOURA (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO. Para discursar. Por videoconferência.) – Bom dia, Sr. Presidente. Bom dia, Srs. Senadores e Sras. Senadoras.

    O meu pronunciamento de hoje, Sr. Presidente, é sobre o Projeto de Lei 1.070, de 2021, que tramita na Casa e que cria o mês de junho, chamado Junho Verde.

    A finalidade desse projeto é a divulgação da importância de se manter vivos e protegidos os ecossistemas brasileiros, como também o controle da poluição nas cidades e a preservação, enfim, de todos os recursos naturais do Brasil.

    O Brasil é muito grande, é continental. Temos vários ambientes protegidos: parques, unidades de conservação, florestas nacionais, reservas extrativistas, e também a imensa floresta, a Caatinga, o Pantanal, o Cerrado... Isso tudo é muito importante.

    Sr. Presidente, para descrever a importância de um ecossistema basta ler os livros dos grandes escritores nordestinos, que falam muito da retirada dos seus povos, escorraçados pela seca, que mostram a Caatinga, a sobrevivência, a luta... O vaqueiro nordestino, corajoso, rasgando no peito todo o cipoal atrás de uma vaca fujona. E ele vai lá e consegue segurar na mão.

    Assim também temos o Pantanal, que agora está muito bem retratado na novela Pantanal, a beleza que tem ali, como é que a gente deve preservar. E também os Cerrados, não é? Basta o senhor pegar o livro de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas, e vai ver o linguajar do Cerrado, o linguajar do brejo, dos ermos gerais do Centro-Oeste brasileiro e da região de Minas Gerais. E nem falo da Floresta Amazônica, com a sua complexidade, com a sua riqueza, o seu patrimônio. E não dá para se calcular o valor material de uma floresta em pé. E nós ficamos assim provocando, desmatando. Parece que nós temos uma urgência hoje tão grande de destruir tudo. Eu não sei o que está movendo o homem com esse sentimento grande de falar: "Eu vou ter que avançar rápido para destruir tudo que as gerações passadas deixaram para nós agora". E parece que nós não temos compromisso com as gerações do futuro.

    Então, há necessidade, neste mês de junho, de grande divulgação da preservação ambiental. Há necessidade do engajamento jovem, da juventude, através das suas ONGs, das suas organizações, das suas faculdades, do seu ensino médio, de dar o grito da juventude revolucionária no sentido da proteção do nosso meio ambiente.

    A gente fala em mudanças climáticas e parece que é alguma coisa que nunca vai acontecer, parece que é uma utopia maledicente que algum cientista louco quer apregoar e convencer o mundo. Mas as mudanças climáticas estão acontecendo. Vocês estão vendo os desastres sucessivos acontecendo aqui e acolá.

    Então, esse Junho Verde, proposto no PL 1.070, é muito importante. Eu gostaria até que ele tramitasse mais rápido, fosse aprovado, transformado em lei, para que a gente possa divulgar, falar, e que o Brasil, nessa campanha eleitoral, os candidatos de boa-fé, que amam o país, coloquem nas suas pautas, nas suas agendas de campanha, nos seus compromissos futuros, a preservação do meio ambiente. Isso não quer dizer que nós sejamos contrários ao desenvolvimento econômico, ao agronegócio, à pecuária, enfim, às plantações, à produção de alimentos, nem de longe! Nós temos espaço para as duas coisas.

    Sr. Presidente, era só isso. E muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/06/2022 - Página 10