Pela ordem durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre os problemas pelos quais passam os brasileiros em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Solidariedade aos Senadores Major Olímpio, Alessandro Vieira e membros da família de S. Exa. em decorrência da infecção pele novo coronavírus (Covid-19) Defesa da instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar responsabilidades no combate à pandemia. Defesa da aprovação do auxílio emergencial presente na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 186, de 2019, denominada PEC Emergencial.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Considerações sobre os problemas pelos quais passam os brasileiros em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Solidariedade aos Senadores Major Olímpio, Alessandro Vieira e membros da família de S. Exa. em decorrência da infecção pele novo coronavírus (Covid-19) Defesa da instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar responsabilidades no combate à pandemia. Defesa da aprovação do auxílio emergencial presente na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 186, de 2019, denominada PEC Emergencial.
Publicação
Publicação no DSF de 03/03/2021 - Página 19
Assunto
Outros > SAUDE
Matérias referenciadas
Indexação
  • COMENTARIO, SAUDE, BRASILEIROS, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), ENFASE, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS).
  • SOLIDARIEDADE, SENADOR, MAJOR OLIMPIO, ALESSANDRO VIEIRA, FAMILIA, FILHA, ORADOR, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • DEFESA, INSTAURAÇÃO, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), APURAÇÃO, RESPONSABILIDADE, COMBATE, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).
  • DEFESA, APROVAÇÃO, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), AUXILIO, EMERGENCIA.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Pela ordem. Por videoconferência.) – Presidente, eu dificilmente peço pela ordem nesse momento e resolvi pedir hoje, Presidente, não para falar do meu problema, mas falar um pouquinho do problema do povo brasileiro, Presidente.

    O meu Estado, que não é diferente dos outros, querido Presidente Rodrigo Pacheco, está com bandeira preta. Hoje, eu recebi um áudio de uma enfermeira, em que ela fala tranquilamente e chora no fim. Quando ouvi falar que na Itália aconteceu isso, eu achei que fosse um exagero. Ela disse que lá no meu Estado eles estão escolhendo já quem vai morrer: quem passar para o andar 1, vai entrar um mais jovem... Vai morrer, vai morrer! Chorando, ela falou: "Eu estou escolhendo quem vai morrer". E eu a conheço, Presidente. Essa realidade que estou relatando agora não é só do meu Estado. Isso está acontecendo em todo o Brasil!

    Por isso, Presidente, eu queria, nesse momento, primeiro, deixar solidariedade ao Senador Lasier, ao Major Olimpio, ao nosso querido Alessandro, e também dizer, Presidente, que a gente sempre acha que na família da gente não vai chegar. Na minha família, chegou em cinco. Dois irmãos hospitalizados conseguiram sair, ele, com idade mais avançada, ela, ainda, para mim, jovem; um sobrinho jovem; e uma filha, agora, jovem também. Isso está em todo o País! Eu não imaginava que ia chegar à minha porta e chegou com a força que está aí. A gente vê já filas, filas para enterro! Carros frigoríficos para botar corpos! Essa é a realidade que nós estamos enfrentando.

    Por isso, Presidente, eu queria muito, muito mesmo, em primeiro lugar, Presidente – este é o meu pedido –, que, na tarde de hoje, se possível, que não fossem só três minutos para cada Senador. Por isso eu pedi pela ordem. Três minutos para cada Senador falar de um tema tão importante, Presidente! Se fosse presencial, seriam no mínimo dez minutos, e todos falariam. Eu me lembro de que, em grandes temas, era passada a palavra para os 81 e todos podiam falar por pelo menos dez minutos.

    Eu peço a mesma tolerância, Presidente, que teve com os outros. Serei bem breve e vou encerrar. CPI da Pandemia, Presidente... Eu quase não assino CPI, todos sabem disso, desde que estou no Parlamento – e faz quase 40 anos. Essa eu assinei, essa eu assinei. O Senado tem que mostrar ao povo que ele está aí e quer fiscalizar, ele quer ver o que está acontecendo. E uma CPI, para mim, não é contra ninguém ou, então, não é Comissão Parlamentar de Inquérito. A CPI vai ver o que está acontecendo, e para ajudar o povo brasileiro.

    As palavras do Senador Tasso Jereissati... É claro que calaram fundo, as do Major Olimpio e as de todos que falaram. É claro que calaram fundo. Por isso, Presidente, eu queria muito que a gente chegasse a um entendimento. Sobre o auxílio de emergência ninguém tem dúvida. O povo está morrendo: ou morre em casa ou morre de fome, porque não pode trabalhar – a pandemia pega ou a fome pega. E é com milhares ou milhões de pessoas que está acontecendo isso.

    Por isso, neste momento, eu faço um apelo para o Relator, para o Líder do Governo: vamos aprovar hoje o auxílio de emergência e vamos discutir o ajuste fiscal. Podemos discutir na semana que vem e na outra semana, e vamos construir, talvez, um grande entendimento, mas aprovar hoje o auxílio de emergência é o que o povo brasileiro espera. Estão esperando isso.

    Por isso, fica este apelo aqui muito respeitoso a todos. Aqui o apelo não é de situação ou de oposição; é para fazermos um debate qualificado, aprovar o auxílio de emergência, fazer com que chegue lá. Eu não diria 600, mas, se for 300, que chegue o auxílio de emergência para a nossa população, e a gente possa, a partir daí, ajudar a nossa gente, que está aí na expectativa enorme de qual será a posição do Senado nesse tema tão importante que está na PEC 186.

    Era isso, Presidente.

    Obrigado pela tolerância.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/03/2021 - Página 19