Discussão durante a 23ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal

Considerações sobre a expectativa de falta de insumos hospitalares, a exemplo de oxigênio e anestésico.

Comentário sobre o retorno do pagamento do auxílio emergencial após três meses de interrupção.

Autor
Jorge Kajuru (CIDADANIA - CIDADANIA/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Considerações sobre a expectativa de falta de insumos hospitalares, a exemplo de oxigênio e anestésico.
POLITICA SOCIAL:
  • Comentário sobre o retorno do pagamento do auxílio emergencial após três meses de interrupção.
Publicação
Publicação no DSF de 08/04/2021 - Página 44
Assuntos
Outros > SAUDE
Outros > POLITICA SOCIAL
Matérias referenciadas
Indexação
  • COMENTARIO, EXPECTATIVA, FALTA, PRODUTO FARMACEUTICO, HOSPITAL, CORRELAÇÃO, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA.
  • COMENTARIO, RETORNO, PAGAMENTO, AUXILIO, EMERGENCIA, CORRELAÇÃO, PANDEMIA.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/CIDADANIA - GO. Para discutir.) – Presidente, eu confesso que, no começo da sessão hoje, em alguns momentos, eu me lembrei da música de Ivan Lins e Victor Martins. Ivan cantava e canta: "Ah, como somos cegos e insensíveis".

    O senhor merece o meu respeito por eu saber que o senhor é um homem sensível. Por falar em sensibilidade, eu queria aqui dar uma informação que dói demais neste dia de hoje, triste. E vou dar, em especial, essa informação à Senadora Kátia Abreu e ao meu irmão Senador Paulo Paim. Vejam o que a Folha de S.Paulo acaba de informar: "Sete em cada dez hospitais de ponta dizem que [os insumos] oxigênio e anestésico acabam em uma semana". É triste ou não? Em uma semana!

    O meu assunto hoje também é auxílio emergencial, que começou a ser pago ontem, depois de um intervalo de três meses. Creio que, por causa desse hiato, cabe um mea-culpa dos Poderes Executivo e Legislativo. Em abril, aqueles que deixaram de comer em janeiro voltarão a fazer refeições. Algo inqualificável como política de governo. Como se brasileiros necessitados pudessem ficar meses sem se alimentar em meio à maior pandemia do século XXI.

    O auxílio emergencial, que também poderia ser chamado de "interrupcional" – "interrupcional", repito –, volta com um valor menor, em média R$250, e com um menor número de beneficiários num momento em que a situação social do Brasil é simplesmente dramática.

    Embora a economia ensaie uma leve recuperação, os índices do desemprego estão em alta e os preços dos alimentos seguem em disparada, basta circular pelos grandes centros urbanos para perceber o aumento da pobreza.

    Nesse quadro, é difícil imaginar que um auxílio médio de R$250, beneficiando cerca de 45,6 milhões de brasileiros, vá permitir, em quatro meses, a redução do drama vivido pelas famílias vulneráveis.

    Tinha mais a falar, mas, Presidente, eu cumpro rigorosamente o tempo para o senhor não falar: "Kajuru, acabou o seu tempo".

    Obrigado, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/04/2021 - Página 44