Pronunciamento de Zenaide Maia em 07/04/2021
Discussão durante a 23ª Sessão Deliberativa Remota, no Senado Federal
Considerações sobre a importância da aprovação do Projeto de Lei nº 12, de 2021, que dispõe sobre a quebra de patentes de vacinas, insumos e medicamentos contra a Covid-19. Crítica à atuação do Governo Federal relacionada ao enfrentamento da pandemia.
- Autor
- Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
- Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
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SAUDE:
- Considerações sobre a importância da aprovação do Projeto de Lei nº 12, de 2021, que dispõe sobre a quebra de patentes de vacinas, insumos e medicamentos contra a Covid-19. Crítica à atuação do Governo Federal relacionada ao enfrentamento da pandemia.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/04/2021 - Página 56
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- COMENTARIO, PROJETO DE LEI, QUEBRA, SUSPENSÃO, PATENTE DE INVENÇÃO, VACINA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PANDEMIA, CRITICA, GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discutir.) – Sr. Presidente, colegas Senadores, eu estou ouvindo aqui e concordo plenamente com minhas colegas, Kátia Abreu, Simone Tebet e Rose de Freitas. A gente tem que usar a emoção. Eu não consigo ficar indiferente ao número de óbitos que a gente tem, mais de 340 mil.
O Governo brasileiro de tanto pedir: não olhe para trás, não olhe porque o Governo não resolveu comprar vacinas, não olhe porque o Governo, apesar dos apelos da Organização Mundial de Saúde, insistiu em jogar o povo à deriva...
Esqueçam o mercado! O Governo Guedes fica todo o tempo falando em mercado financeiro. A dívida pública, gente, é uma emergência. Vidas não voltam; dívidas depois a gente paga! Tudo é desculpa para este Governo não salvar vidas.
Rose, a indiferença com a vida humana neste País... A Covid-19 é uma mazela no mundo todo, mas aqui tem uma agravante: o Governo brasileiro não respeita a vida.
Alguns dos colegas aqui disseram que todos defendem a vacina. Quem não defende? Eu digo: o Governo brasileiro nunca defendeu e continua (Falha no áudio.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - MG) – A Senadora Zenaide Maia parece que teve um problema na conexão.
Senadora Zenaide Maia? (Pausa.)
Eu passarei ao próximo orador inscrito e, na sequência, volto à Senadora Zenaide Maia para a complementação do seu tempo.
Senador Oriovisto Guimarães.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN) – ... e outra coisa, o poder da (Falha no áudio.)
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - MG) – Senadora Zenaide, Senadora Zenaide Maia...
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN) – ... temos a Fiocruz e temos o Instituto Butantan. Vamos quebrar as patentes, sim!
O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Pacheco. Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - MG) – Senadora Zenaide, nós não ouvimos o final do seu raciocínio, por volta de 30, 40 segundos. Então, vou devolver a palavra a V. Exa. Nos últimos 30 segundos de sua fala, não foi possível ouvi-la em razão do congelamento da imagem.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN) – Muita obrigada, Sr. Presidente.
Eu queria dizer o seguinte: nós temos que pensar na vida. O que menos o Governo brasileiro pensa é na vida das pessoas. Eles sempre têm um argumento que agora é o de não poder quebrar provisoriamente as patentes para a gente ter uma esperança de ter vacina, quando se sabe que, se não vacinar, nós vamos chegar em julho com mais de 500 mil óbitos. São seres humanos, gente! Essa indiferença com que o Governo brasileiro está tratando as pessoas, as mães, os avós, os filhos, os netos, isso dói. E eu não consigo ficar indiferente. Sou uma médica que passava muitas vezes a noite toda num plantão deixando um paciente quase terminal vivo para poder se despedir de um familiar que estava chegando.
Então, não me peçam aqui que, em nome de mercado, em nome de indústria farmacêutica, em nome de dívida pública matemos o povo brasileiro, porque a maioria não aceita. Então, vacina, sim! Quebrar a patente, sim! Oitenta países não estão errados. Quem está errado aqui é o Brasil, o Governo brasileiro. E o Senado não deve concordar com isso.