Pronunciamento de Zenaide Maia em 14/04/2021
Interpelação a convidado durante a 27ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal
Sessão de Debates Temáticos destinada a debater sobre a necessidade de vedar o reajuste anual dos medicamentos durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional.
- Autor
- Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
- Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Interpelação a convidado
- Resumo por assunto
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SAUDE:
- Sessão de Debates Temáticos destinada a debater sobre a necessidade de vedar o reajuste anual dos medicamentos durante a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional.
- Publicação
- Publicação no DSF de 15/04/2021 - Página 30
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DISCUSSÃO, NECESSIDADE, PROIBIÇÃO, REAJUSTE, ANUALIDADE, MEDICAMENTOS, EMERGENCIA, SAUDE PUBLICA, AMBITO NACIONAL, CORRELAÇÃO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), INTERPELAÇÃO, CONVIDADO.
A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para interpelar convidado.) – Sr. Presidente desta sessão, Senador Eduardo Girão, quero aqui cumprimentar o Senador Lasier Martins por esta ideia, assim como o Relator Eduardo Braga e o Senador Nelsinho Trad. Quero também cumprimentar os nossos convidados.
E quero dizer o seguinte: senhores, a gente não está pedindo aqui congelamento de preços de medicamentos. A pergunta que a gente trouxe aqui... E este projeto de lei seria para não haver aumento dos medicamentos durante a pandemia. A pergunta seria: os senhores abririam mão de parte dos lucros para ajudar a salvar vidas? É que está pesado!
Essa questão de imunidade tributária, com o País nesta situação de hoje... Quando se dá imunidade tributária, Girão, a gente vai tirar recursos da saúde, da educação, da segurança pública, que já estão... O Orçamento que a gente está vendo aí é uma coisa muito louca!
O que a gente está pedindo aqui – é como se a gente pedisse com o projeto de lei – é que a indústria farmacêutica nos ajude, neste momento grave em que há mais de 350 mil óbitos, com isso aí, porque pesa muito no bolso de quem ganha menos. Ora, gente, o IBGE mostrou ontem que, de cada dez brasileiros, seis estão passando fome! Imaginem o acesso ao medicamento! Então, o pedido é esse. Não se trata de congelar indefinidamente, mas, durante a pandemia, pedimos para que não haja esses aumentos. Como o Eduardo Braga falou, 4,2%... Esses itens que vocês expuseram... É um pedido de socorro. É o que o Brasil e o Lasier, que teve essa sensibilidade, estão pedindo: vamos reduzir os lucros!
Eu também não acredito que a indústria farmacêutica não tenha lucro. Pelo menos aqui, na cidade, há mais farmácias do que tudo que se possa pensar. Então, não há essa história de não ter lucro, mas ninguém quer que empresa não tenha lucro. Empresa privada é para ter lucro, para poder gerar emprego e tudo!. Agora, neste momento, não poderiam abrir mão de parte desse lucro durante esses meses em que essa pandemia está tão grave? A pergunta que eu faria era essa.