Fala da Presidência durante a 53ª Sessão Especial, no Senado Federal

Encerramento da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Internacional da Enfermagem.

Autor
Fabiano Contarato (REDE - Rede Sustentabilidade/ES)
Nome completo: Fabiano Contarato
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Encerramento da Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Internacional da Enfermagem.
Publicação
Publicação no DSF de 25/05/2021 - Página 78
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Matérias referenciadas
Indexação
  • ENCERRAMENTO, SESSÃO ESPECIAL, DESTINAÇÃO, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, ENFERMAGEM.

    O SR. PRESIDENTE (Fabiano Contarato. Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - ES) – Muito obrigado, Tânia Ortega.

    Mais uma vez, quero aqui reafirmar meu compromisso com todos vocês, não só com meu empenho para a aprovação desse PL, mas em todas as demandas que deem dignidade a esses profissionais que, volto a falar, estão aí em defesa de nossas vidas e que expõem suas próprias famílias e vidas por nós.

    Muito obrigado por sua manifestação.

    Eu gostaria, também, aqui, de fazer um registro e agradecimento a pessoas sem as quais não seria possível esta sessão.

    Quero iniciar agradecendo ao meu assessor Guilherme France, que muito contribui comigo e que tenho a alegria de ter fazendo parte da nossa equipe. Assim como estendo a toda a minha equipe do gabinete, na pessoa da minha chefe de gabinete, Elizandra, pela qual eu saúdo todos os meus colaboradores. Tenho muito orgulho de todos vocês.

    Quero agradecer aqui à Ludmila, que sempre me acolhe com muito amor, muito carinho. Pessoas iguais a você me fazem acreditar que nós podemos, sim, construir um ambiente parlamentar cada vez melhor. Parabéns por todos vocês.

    Quero agradecer à Paula, que está aqui hoje; à Renata; ao Anacleto, da TV; ao Sóstenes, do Prodasen; ao Gabriel; aos funcionários aqui das empresas terceirizadas, por quem eu sou apaixonado – perdoem-me os efetivos e os comissionados, mas esses terceirizados... Porque, num Brasil de tamanha desigualdade, sempre criminalizam os mais pobres, sempre se penaliza o terceirizado.

    E eu não consigo me calar diante disso. Eu não consigo verificar que, aqui no Senado, por exemplo, que é a Casa do povo, os funcionários efetivos e comissionados não passam pelo sistema de detector de metais, mas o terceirizado passa. O que o faz diferente dos demais? O que o faz diferente de uma pessoa que vem até o Senado e não pode entrar no mesmo elevador que eu entro porque só o Senador pode entrar. Mas todo poder não emana do povo?

    Então, fica aqui o meu agradecimento a todos os servidores terceirizados. Pudesse eu ter o poder de corrigir muitas desigualdades e injustiças que ocorrem nesta Casa! Eu o faria em homenagem a todos os servidores terceirizados.

    Mais uma vez, eu luto para que um dia o nosso Estado democrático de direito tenha plena convicção de que nós vivemos num Brasil em que todos somos iguais perante a lei, independentemente da raça, da cor, da etnia, da religião, da origem, da orientação sexual, da pessoa idosa ou com deficiência.

    Esse dia ainda não chegou, mas eu sonho que esse dia chegue logo: que haja diminuição dessas desigualdades e que nós não tenhamos um Brasil sexista, homofóbico, misógino, preconceituoso, racista. Nós tenhamos, sim, um Brasil em que todos seremos iguais perante a lei.

    Quero agradecer a todos vocês que estiveram aqui hoje presentes. Agradecer todos os Senadores que por aqui passaram, aqueles que não puderam vir, mas que manifestaram o carinho e a atenção a esse PL 2.564, de minha autoria. Esse PL não é só de minha autoria, é de todos vocês, é construído a várias mãos.

    Quero mais uma vez agradecer a todos os Corens, Cofens, enaltecer a participação dos Estados do Rio Grande do Sul, do Espírito Santo, de Sergipe, do Piauí, enfim do Brasil, de todos os Estados da Federação.

    Quero deixar meu muito obrigado e falar que a luta continua. Que nós temos que ter o exercício dessa cidadania de forma plena, corrente e contínua. Esse PL merece entrar em pauta, e nós faremos de tudo, eu tenho certeza – com o apoio de todos os Senadores que aqui estão, do Senador Paulo Paim, da Senadora Nilda Gondim, enfim, da Simone Tebet, do Izalci, de todos que por aqui passaram –, a certeza de que nós estaremos efetivamente tendo um olhar mais humanizador para esses profissionais.

    Queria deixar claro para vocês que nós temos muito orgulho de vocês, mas eu tenho a plena convicção de que vocês não querem só palavras elogiosas. Eu tenho a plena convicção de que não é só parabéns porque vocês têm contas para pagar, vocês têm filho para cuidar, pais, tios, avós, irmãos, famílias. Vocês precisam de dignidade. E passou da hora de o Senado Federal reconhecer essa dignidade, que está na aprovação desse PL, que institui piso salarial e carga horária.

    Quero aqui fazer, mais uma vez, só para finalizar, deixar claro que essa pauta vai ser constante, permanente, não só nesse PL, mas em todas as demandas de vocês, colocando o nosso mandato à disposição, à disposição de vocês. Como eu disse, não sou da área da saúde por formação, mas eu tenho a sensibilidade, a empatia de me colocar na dor de vocês e saber, e não perder a minha capacidade de me indignar, de corrigir essa injustiça, essa desigualdade. Eu não posso conceber tamanho descaso com profissionais que estão pagando com a própria vida.

    Muito obrigado a vocês, obrigado por tudo, mas o nosso agradecimento tem que ser concretizado com a aprovação desse PL. E saibam que eu estarei aqui, de forma corajosa, incondicional, defendendo vocês naquilo que eu puder, na certeza de que nós teremos esse projeto aprovado da forma mais rápida possível. E vamos lutar para que todos os Senadores façam uma grande corrente do bem. Saibam que esse projeto é um projeto de todos os Senadores, não meu, mas de todos os Senadores. A partir do momento em que esse requerimento de urgência teve a subscrição de 76 Senadores, esse não é um projeto só meu. É um projeto de todos nós, é um projeto que merece entrar em pauta e que merece ser debatido, que seja jogada luz e dada a dignidade que vocês tanto precisam.

    Finalizo com uma frase de um poeta que eu gosto muito, que é Thiago de Mello, em que ele diz: "Nós não temos caminho novo. O que temos de novo é o jeito de caminhar". E vamos, nesse jeito novo de caminhar, lutar por um Brasil melhor, mais justo, fraterno, igualitário, para que haja esse reconhecimento e a concretização desse direito constitucional, que está ainda dormitando no art. 7º, quando diz todo trabalhador tem direito a um piso salarial de acordo com a extensão e complexidade. Nós vamos dar efetividade a isso, eu tenho fé em Deus. E estaremos aqui, lutando, com a ajuda de todos vocês, do Senador Paulo Paim, da Nilda Gondim, de todos os colegas que passaram.

    Eu tenho muito orgulho de vocês.

    E não poderia deixar de falar de todos esses funcionários, desses servidores, dessas histórias que foram contadas aqui. Quantas mães que não voltaram para casa? Quantos pais que não retornaram? Quanto vale uma vida humana? Quanto vale a vida de um pai, de um marido, de um esposo, de um noivo, de uma mãe, de um irmão, de um filho, de um sobrinho? Por isso que eu morro defendendo esse projeto, porque não tem preço que pague uma vida humana. E nós não estamos só dando um olhar para vocês. Nós estamos dando um olhar humanizador para a população brasileira, que precisa de uma saúde de qualidade como direito constitucional, como direito humano essencial expresso no art. 6º e no art. 196 da Constituição Federal.

    Muito obrigado a todos vocês.

    Cumprida a finalidade desta sessão especial remota do Senado Federal, agradeço às personalidades que nos honraram com sua participação.

    Está encerrada a sessão.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/05/2021 - Página 78