Discurso durante a 78ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a situação da educação no País em face da pandemia da Covid-19, os planos para saída da crise e as garantias para o funcionamento das instituições de avaliação e fiscalização das políticas públicas de educação no País.

Autor
Wellington Fagundes (PL - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO:
  • Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a situação da educação no País em face da pandemia da Covid-19, os planos para saída da crise e as garantias para o funcionamento das instituições de avaliação e fiscalização das políticas públicas de educação no País.
Publicação
Publicação no DSF de 13/07/2021 - Página 48
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DISCUSSÃO, SITUAÇÃO, EDUCAÇÃO, DURAÇÃO, PANDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), PLANO DE AÇÃO, SAIDA, CRISE, GARANTIA, FUNCIONAMENTO, INSTITUIÇÃO PUBLICA, AVALIAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E INSPEÇÃO, POLITICAS PUBLICAS, SISTEMA DE EDUCAÇÃO.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para discursar.) – Como Relator da Comissão da Covid, todos nós temos nos debruçado sobre a questão das vacinas. A gente tem dito: é vacina, vacina e vacina no braço de todos os brasileiros! Inclusive, sou autor de um projeto que permite que todos os laboratórios das indústrias de saúde animal, do agro, possam também fabricar vacina. Eu quero agradecer a V. Exa., porque me ajudou nesse projeto. Tivemos a aprovação por unanimidade no Senado, na Câmara. Ele voltou para o Senado e agora está nas mãos do Presidente.

    Nós precisamos desenvolver a nossa tecnologia e a nossa ciência cada vez mais, porque o Brasil não pode – a pandemia está nos ensinando isso – ficar dependendo só da China e da Índia. Nós somos a oitava potência do mundo. Então nós temos que produzir vacinas, e, se estivéssemos fazendo isso já há um ano, com certeza não haveria esse nível de mais de 500 mil mortes que infernizam toda família. Quem não tem um amigo ou alguém da família que não tenha se envolvido com essa terrível doença?

    Aí entra a questão da nossa educação. Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, 4,3% dos brasileiros e dos nossos estudantes não têm acesso à internet. Por isso eu apresentei, Sra. Presidente, inclusive, um projeto de lei, que é o PL 2.298, de 2021, dando prioridade às escolas e creches públicas nos planos municipais e regionais de saneamento agora no marco regulatório do saneamento, porque também 40% das escolas públicas brasileiras não têm acesso a estruturas básicas nem para lavar as mãos. Imagine isso! E aí a minha emenda inclui todas as notificações irregulares ou em processo de regularização das obras de universalização do serviço de saneamento básico, garantindo prioridade no atendimento principalmente das nossas escolas públicas.

    Outro aspecto que eu gostaria de abordar, Sra. Presidente, é que, apesar dos enormes sacrifícios que a pandemia trouxe para todos os setores da sociedade brasileira, a comunidade educacional – professores, gestores da educação, alunos e também família – também revelou a oportunidade de integração entre o ensino remoto e o ensino presencial. Por isso, o grande desafio para essa educação híbrida é capacitar toda a comunidade – eu quero repetir, Sra. Presidente, professores, gestores, alunos e também as famílias – para o aproveitamento dessa oportunidade.

    Em poucas palavras, banda larga e saneamento de qualidade em todas as escolas, adaptação e treinamento em novas tecnologias, avaliação permanente de resultados para corrigir eventuais desafios de rota, tudo isso nós já discutimos com o Ministro da Educação na Comissão da Covid.

    Por isso, o desafio está lançado para todos nós: Governo Federal, governos estaduais, prefeituras, secretarias de educação e também o conjunto da sociedade brasileira. Sra. Presidente, eu quero insistir que, sem a união de todos, jamais repararemos os enormes prejuízos resultantes de quase dois anos de escolas fechadas.

    E aí eu quero finalizar, Sra. Presidente, dizendo que, se a repetência causa, para a vida escolar de um aluno ou de uma aluna, tanto prejuízo, imagine toda uma geração de crianças e jovens afastados das salas de aula há quase dois anos, desmotivados e, é claro, também desorientados. Por isso, precisamos, Sra. Presidente, nos unir para planejar a melhor maneira de compensar esse imenso atraso.

    E ainda, Sra. Presidente, concluindo, eu sou de Rondonópolis, Mato Grosso, que é a primeira cidade em economia da região sudeste de Mato Grosso. Eu quero registrar que, na sexta-feira, nós recebemos aqui o Ministro da Saúde – nas próximas semanas, também teremos aqui o Ministro da Educação; amanhã estarei com ele para confirmar a data –, e a presença do Ministro da Saúde aqui foi muito importante em Mato Grosso, em Cuiabá, em Várzea Grande, mas, em especial, em Rondonópolis, porque nós tivemos a formatura da segunda turma de Medicina aqui na nossa cidade, com um registro especial, porque aqui nós temos uma universidade que é considerada uma novíssima universidade. Então, criamos a segunda Universidade Federal de Mato Grosso, inclusive com o apoio de V. Exa., que também me ajudou muito nisso. E hoje, aqui, a nossa universidade já tem a nota cinco no Enade, não a universidade; é o quinto curso de Medicina mais bem avaliado do País. Eu registro com especial atenção a formatura dessa segunda turma, com a Reitora Analy, com a Vice-Reitora Antonia Marilia Nardes, com todo o reitorado e com todos os profissionais.

    Também, por decisão da Universidade Federal de Rondonópolis, em todos os cursos da universidade, duas vagas são selecionadas para os nossos irmãos indígenas. Dentro dessa formatura que tivemos na sexta-feira, formou-se uma índia kaiabi, lá do Xingu. Inclusive, ela está agora reclusa porque morreu um membro da família. Pelas tradições, eles têm que ficar 30 dias reclusos. Mas é uma oportunidade que nós aqui estamos fazendo, permitindo, inclusive, que as minorias tenham acesso.

    Então, eu quero aproveitar aqui, Presidenta, para convidá-la a vir a Mato Grosso para conhecer o Pantanal, para visitar Rondonópolis, para conhecer a nossa Universidade Federal, a nossa universidade de Cuiabá, de Mato Grosso, e também o Ifet. Quando V. Exa. chegar aqui, eu quero dizer que será um grande sucesso, porque o mato-grossense, de um modo geral, é seu admirador. Então, eu deixo aqui um grande abraço de um admirador pela sua trajetória de esportista, mas também pela sua trajetória como Senadora da República. As pessoas aqui me abordam, perguntam muito: "A Senadora Leila, como ela é lá? Ela é sempre atuante?". Então, fica aqui o registro do mato-grossense pela simpatia por V. Exa.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/07/2021 - Página 48