Orientação à bancada durante a 112ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Orientação à bancada, pela Liderança da Bancada Feminina, sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 13, de 2021, que "Acrescenta o art. 115 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para determinar que os Estados o Distrito Federal e os Municípios, bem como seus agentes, não poderão ser responsabilizados pelo descumprimento, no exercício financeiro de 2020, do disposto no caput do art. 212 da Constituição Federal".

Autor
Simone Tebet (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
Nome completo: Simone Nassar Tebet
Casa
Senado Federal
Tipo
Orientação à bancada
Bancada Feminina: Livre
Resumo por assunto
Finanças Públicas:
  • Orientação à bancada, pela Liderança da Bancada Feminina, sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 13, de 2021, que "Acrescenta o art. 115 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para determinar que os Estados o Distrito Federal e os Municípios, bem como seus agentes, não poderão ser responsabilizados pelo descumprimento, no exercício financeiro de 2020, do disposto no caput do art. 212 da Constituição Federal".
Publicação
Publicação no DSF de 16/09/2021 - Página 41
Assunto
Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
Matérias referenciadas
Indexação
  • ORIENTAÇÃO, BANCADA, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), ALTERAÇÃO, DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITORIAS, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ACRESCIMO, DISPOSITIVOS, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), MUNICIPIOS, AGENTE PUBLICO, AUSENCIA, RESPONSABILIDADE, DESCUMPRIMENTO, EXERCICIO FINANCEIRO, APLICAÇÃO, EDUCAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, ARRECADAÇÃO, IMPOSTOS, PERIODO, CALAMIDADE PUBLICA, PANDEMIA, EPIDEMIA, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19).

    A SRA. SIMONE TEBET (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS. Para orientar a bancada.) – Se os meus colegas Srs. Senadores me permitirem, aqui, descumprindo o Regimento Interno, mas de forma tardia – eu estava em uma outra reunião –, eu gostaria de dar apenas um depoimento para colaborar e, de repente, poder contribuir aqui com os votos e a tranquilidade da consciência de cada um.

    Eu fui Prefeita de uma cidade média, Senador Veneziano. Se há uma coisa de que nós não podemos reclamar é de recursos para educação, graças a Deus, graças à Constituição, graças ao Congresso Nacional.

    E os Prefeitos são muito rigorosos na aplicação dos 25% com a educação. Eu quero só lembrar que o Relatório da Senadora Soraya não dá isenção, nem anistia e nem perdoa o Prefeito que não gastou o recurso este ano.

    Eu gostaria de só na prática... Vamos tentar ser práticos nesta questão: criança estava dentro da sala de aula neste ano? Criança comeu a merenda este ano? Gastou-se dinheiro para conservar – a limpeza – a escola? Não. Deram-se cursos de capacitação presenciais para o professor? Não.

    Então, o Prefeito não teve condição de gastar, naquilo que é essencial, o dinheiro da educação. Pois bem, se nós não aprovarmos esta PEC vai ser uma correria dos Prefeitos gastando com o que não é preciso na educação ou fazendo estoque para o ano que vem.

    Agora, vamos pensar no efeito contrário do ano que vem? Em nenhum ano a criança vai precisar estar tão bem alimentada quanto no ano que vem diante dessa desigualdade social, da miséria e do desemprego. Em nenhum momento o professor vai precisar mais de apoio psicológico, de curso de capacitação, de reciclagem para voltar à sala de aula.

    As escolas vão estar precisando, naquele momento, de uma ampla atenção. É um ano em que o Prefeito, mesmo o Governador, mas o Prefeito não poderá gastar apenas 25%, ele vai ter que gastar mais do que os 25%.

    O que nós estamos fazendo? Dando um colchão de recurso para o Prefeito que não gastou os 25%...

(Soa a campainha.)

    A SRA. SIMONE TEBET (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS) – ... do recurso este ano porque os alunos estavam fora da sala de aula poder aplicar naquilo que é preciso ser aplicado, quem sabe até comprando computadores para os nossos jovens, para as nossas crianças.

    Eu voto com a maior tranquilidade, não porque fui Prefeita, mas porque sou professora. Dei aula durante 12 anos. Tive o privilégio de ter a Soraya como minha aluna – ela, uma excelente aluna; eu, não necessariamente uma boa professora.

    Mas eu quero com isso dizer o seguinte: eu voto pela educação, eu voto hoje pelos alunos, e é por isso que eu voto a favor do projeto, para que no ano que vem o Congresso Nacional fiscalize os Prefeitos, que vão ter que gastar não só 25%, mas 27%, 28%, 29% ou, às vezes, até 30% do seu orçamento, a depender do saldo que deixou de gastar este ano.

    Então, em nome das crianças, ano que vem, que vão precisar de merenda escolar, qualificação, material didático e apoio psicológico...

(Soa a campainha.)

    A SRA. SIMONE TEBET (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS) – ... e mesmo para os professores, eu peço. Eu tenho que, infelizmente, liberar a Bancada, porque eu não consegui conversar com todas as Parlamentares, mas meu voto consciente é "sim", parabenizando a Senadora Soraya.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/09/2021 - Página 41