Discussão durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Discussão sobre o Projeto de Lei (PL) n° 4968, de 2020, que "Obriga as empresas a disponibilizarem boletim de informação sobre os cânceres de mama e próstata e indicar aos seus empregados a realização de exames para o diagnóstico das referidas doenças".

Autor
Rose de Freitas (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/ES)
Nome completo: Rosilda de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Saúde e Segurança do Trabalho, Saúde Pública:
  • Discussão sobre o Projeto de Lei (PL) n° 4968, de 2020, que "Obriga as empresas a disponibilizarem boletim de informação sobre os cânceres de mama e próstata e indicar aos seus empregados a realização de exames para o diagnóstico das referidas doenças".
Publicação
Publicação no DSF de 28/10/2021 - Página 46
Assuntos
Política Social > Trabalho e Emprego > Saúde e Segurança do Trabalho
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCUSSÃO, PROJETO DE LEI, CRIAÇÃO, LEI FEDERAL, OBRIGAÇÃO, EMPRESA, DISPONIBILIDADE, BOLETIM, INFORMAÇÃO, EMPREGADO, REALIZAÇÃO, EXAME, DIAGNOSTICO, PREVENÇÃO, DOENÇA, CANCER.

    A SRA. ROSE DE FREITAS (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - ES. Para discutir. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, nós usamos muito a máxima de que informação é poder. Sendo assim, também o poder da informação pode ajudar a travar conosco uma grande luta para combater ao câncer de mama, para prevenir os cânceres de mama e de próstata.

    Veja bem: custa o que a uma empresa disponibilizar um boletim de informações sobre o que é um câncer de mama, sobre como pode ser feita a sua prevenção, e sobre o que é o câncer de próstata?

    Acreditem: os dados que nos dão hoje sobre as estatísticas dos diagnósticos do câncer de próstata durante a vida da nossa população estão sempre colocando que o câncer só é diagnosticado nos homens acima dos 65 anos de idade. E eu quero, Senadora Zenaide, agradecer, sobretudo, pela sua contribuição, bem como ao Senador Contarato e à Senadora Leila, parabenizando muito a Relatora pela sensibilidade do seu relatório, e dizer que eu fiz o projeto do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Próstata também baseada em informações muito atuais.

    Eu entrei em uma casa de materiais de construções, onde quem me abordou – que conhecia a campanha do câncer de mama, de que sempre nacionalmente participamos e criamos o Dia Nacional de Combate ao Câncer – tinha apenas 47 anos e tinha sido acometido pelo câncer de próstata, cujos índices hoje são muito maiores, e me pediu que criasse esse dia para ajudar a combater a total ignorância sobre esses dois cânceres.

    O que eu tenho a dizer? É muito importante que haja responsabilidade social, porque as pessoas sabem que existe o câncer, mas não sabem como preveni-lo, não encontram informações suficientes para poder comparecer, ter um diagnóstico, fazer o exame, não o de toque apenas, como se propaga nas mídias, mas fazer o exame detalhado. Tanto que teve uma campanha que nós fizemos: "Câncer de próstata: precisamos tocar nesse assunto". Isso porque, no meio dos homens, há um preconceito enorme, Sr. Presidente, de falar sobre o câncer de próstata. No entanto, ele está pertinho. Muitas vezes, você tem um irmão que teve o diagnóstico, você conhece alguém que tem feito um tratamento rigoroso para tentar salvar a sua vida.

    Então, o câncer de mama, todo mundo já sabe, é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil.

    Por que nós pedimos aos empresários, às empresas que obtenham essa informação e a disponibilizem para os seus empregados? Porque é uma maneira de conscientizar. E é uma maneira de você também, que tem mais informações, mais facilidade de oferecer subsídios a esta campanha, ajudar, colocar como obrigação no seu trabalho, porque se você tem trabalhadores saudáveis, evidentemente, é a vida que ganha no seio da população brasileira.

    Portanto, Zenaide, V. Exa. tem razão, porque nós colocamos como obrigação das empresas, mas entendendo que os empregados precisam muito dessas informações.

    E eu quero agradecer à nossa Relatora e dizer que, agora que ela está entre nós – é mais uma mulher –, está vendo que a nossa luta é medonha, grande mesmo, para que a gente possa ajudar não só as mulheres, e agora, Senadora Maria Eliza, também os homens, porque a mulher que se previne, ela compartilha a sua luta, a sua concentração com os homens.

    Eu quero dizer que o seu relatório é perfeito e dizer mais ainda: a prevenção, o cuidado que temos ao redigir um projeto como esse, é pelo respeito que temos que ter com a vida, e respeito com a vida exige dever das pessoas, principalmente, daqueles que acolhem trabalhadores pobres, em dificuldade, que precisam tanto compartilhar as informações para cuidar da sua vida e diminuir tanta causa mortis por causa de câncer entre os homens e as mulheres.

    Muito obrigada, Sr. Presidente.

    Parabenizo a Senadora.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/10/2021 - Página 46