Pronunciamento de Alvaro Dias em 09/03/2022
Discurso durante a 16ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Repúdio à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Pedido pela aprovação do Projeto de Lei nº 423, de 2022, que reconhece o Holodomor, que é extermínio de ucranianos por meio da fome, como genocídio e institui o quarto sábado de novembro como Dia de Memória do Holodomor. Solidariedade ao povo ucraniano, em especial aos ucranianos brasileiros.
- Autor
- Alvaro Dias (PODEMOS - Podemos/PR)
- Nome completo: Alvaro Fernandes Dias
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Assuntos Internacionais,
Conflito Bélico:
- Repúdio à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Pedido pela aprovação do Projeto de Lei nº 423, de 2022, que reconhece o Holodomor, que é extermínio de ucranianos por meio da fome, como genocídio e institui o quarto sábado de novembro como Dia de Memória do Holodomor. Solidariedade ao povo ucraniano, em especial aos ucranianos brasileiros.
- Publicação
- Publicação no DSF de 10/03/2022 - Página 14
- Assuntos
- Outros > Assuntos Internacionais
- Outros > Conflito Bélico
- Matérias referenciadas
- Indexação
-
- REPUDIO, GUERRA, RUSSIA, UCRANIA.
- SOLICITAÇÃO, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI, RECONHECIMENTO, PERSEGUIÇÃO, FOME, GENOCIDIO, MORTE, POVO, UCRANIA.
- SOLIDARIEDADE, POPULAÇÃO, UCRANIA, MORADOR, PAIS, BRASIL.
O SR. ALVARO DIAS (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - PR. Para discursar.) – O.k.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, o mundo todo, evidentemente, deve repudiar esta guerra descabida, Rússia contra Ucrânia. Mas, mesmo que o mundo democrático se solidarize com a Ucrânia, certamente, não conseguirá reduzir o sofrimento das vítimas dessa intolerância.
A ideia que se passa é de que é a guerra de um homem só – a guerra de um homem só. E nós sabemos que as consequências são dramáticas e que perturbam toda a humanidade.
Neste momento, considero adequado um gesto do Senado Federal de reconhecimento, já que temos, no Brasil, cerca de 600 mil, ou mais, ucranianos, vivendo no nosso país; 80% no Estado do Paraná, que aqui represento, com muita honra.
Em 2008, representei o Senado na Ucrânia, por ocasião do 17º aniversário da independência daquela nação, e por ocasião do 75º aniversário do Holodomor. Lá estavam 45 nações representadas.
O Brasil não se fazia representar oficialmente. Representamos o Senado Federal por designação do seu Presidente. E, naquele momento, a solidariedade de 45 nações à Ucrânia se dava com a confirmação do reconhecimento do extermínio de ucranianos por meio da fome como genocídio. Muitas nações já reconhecem como genocídio o extermínio de mais de 7 milhões de ucranianos pela fome, quando Stalin, comandando a União Soviética, confiscou os produtos agrícolas, confiscou a alimentação, levando à morte, segundo historiadores, alguns falam em 3 milhões, outros falam em 7 milhões e outros falam em 14 milhões. Não importa quantos ucranianos perderam as suas vidas pela fome; importa que se constitui, sim, em genocídio, um crime contra a humanidade e como tal deve ser considerado.
É por essa razão que estamos apresentando esse projeto. Pedi agora ao Presidente Rodrigo Pacheco a agilização, porque esse é o momento para a solidariedade à população ucraniana. O nosso projeto, repito, reconhece o extermínio dos ucranianos, que se deu em 1922, em 1923, o extermínio de ucranianos pela fome. E nós estaríamos reconhecendo, ao lado de outras grandes nações do mundo, como genocídio esse crime contra a humanidade perpetrado contra a população da Ucrânia.
E nós estamos estabelecendo o 4º sábado de novembro com o Dia de Memória do Holodomor.
(Soa a campainha.)
O SR. ALVARO DIAS (Bloco Parlamentar PODEMOS/PSDB/PSL/PODEMOS - PR) – A nossa solidariedade à população da Ucrânia, a nossa solidariedade aos descendentes de ucranianos que vivem no Brasil, contribuindo para a consagração de uma identidade cultural, com a beleza da sua arte e sobretudo contribuindo para que o desenvolvimento econômico no nosso país alcance a grandeza que desejamos, especialmente no Paraná, em Santa Catarina, mas certamente distribuído por todo o país. A nossa solidariedade, portanto, aos ucranianos brasileiros.
Muito obrigado, Presidente.