Discussão durante a 67ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 18, de 2022, que "Altera a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), e a Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), para considerar bens e serviços essenciais os relativos aos combustíveis, à energia elétrica, às comunicações e ao transporte coletivo, e as Leis Complementares nºs 192, de 11 de março de 2022, e 159, de 19 de maio de 2017".

Autor
Zenaide Maia (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RN)
Nome completo: Zenaide Maia Calado Pereira dos Santos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Desoneração Fiscal { Incentivo Fiscal , Isenção Fiscal , Imunidade Tributária }, Energia, Finanças Públicas, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS):
  • Discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 18, de 2022, que "Altera a Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributário Nacional), e a Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), para considerar bens e serviços essenciais os relativos aos combustíveis, à energia elétrica, às comunicações e ao transporte coletivo, e as Leis Complementares nºs 192, de 11 de março de 2022, e 159, de 19 de maio de 2017".
Publicação
Publicação no DSF de 14/06/2022 - Página 80
Assuntos
Economia e Desenvolvimento > Tributos > Desoneração Fiscal { Incentivo Fiscal , Isenção Fiscal , Imunidade Tributária }
Infraestrutura > Minas e Energia > Energia
Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
Economia e Desenvolvimento > Tributos > Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS)
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCUSSÃO, PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR (PLP), ALTERAÇÃO, LEI COMPLEMENTAR, BASE DE CALCULO, SUBSTITUIÇÃO, TRIBUTOS, IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS), OPERAÇÃO, OLEO DIESEL, CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL, DEFINIÇÃO, BENS, SERVIÇO, ATIVIDADE ESSENCIAL, COMBUSTIVEL, GAS NATURAL, ENERGIA ELETRICA, COMUNICAÇÕES, TRANSPORTE COLETIVO, OBJETIVO, INCIDENCIA, CRITERIOS, FIXAÇÃO, ALIQUOTA, PROIBIÇÃO, EQUIPARAÇÃO, PRODUTO SUPERFLUO, LEI KANDIR, ISENÇÃO FISCAL, TRANSMISSÃO, DISTRIBUIÇÃO, ENCARGO, VINCULAÇÃO, RESSALVA, DISPOSITIVOS, LEI FEDERAL, ADEQUAÇÃO ORÇAMENTARIA E FINANCEIRA, LEGISLAÇÃO, DEDUÇÃO, UNIÃO FEDERAL, VALOR, PARCELA, DIVIDA PUBLICA, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), PERDA, ARRECADAÇÃO, CORRELAÇÃO, REDUÇÃO, TRANSFERENCIA, QUOTAS, MUNICIPIOS, LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, RENUNCIA, RECEITA, OPERAÇÃO FINANCEIRA, ENTE FEDERADO, COMPOSIÇÃO, CONSELHO DE SUPERVISÃO, REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL.

    A SRA. ZENAIDE MAIA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RN. Para discutir. Por videoconferência.) – Sr. Presidente, eu queria falar, com todo o respeito, para o Líder do Governo, colega Senador Carlos Portinho, que, quando a gente estava discutindo o projeto da Medida Provisória 1.076, que era sobre, justamente, a regulamentação da ANS sobre os planos de saúde, eu botei um destaque dizendo para que a gente aprovasse o rol exemplificativo e não botasse o rol taxativo. E o argumento que foi usado pelo Governo, na época, foi dizer que não podia porque STJ estava definindo esse rol. Então, não era por aí, era o STJ, não era nem o Supremo.

    Lembra-se da Medida Provisória 1.067, cuja Relatora foi Daniella? Eu botei esse destaque dizendo que a ANS não tinha o direito de definir, em doenças que tem um código internacional, quais são as que os planos de saúde podem tratar ou não. Esse meu destaque foi usado e descartado porque disseram que estava judicializado no STJ. Só lembro isso aí, porque, às vezes, a pessoa esquece e dá um exemplo diferente. Ouviu, Carlos Portinho? Com todo o respeito, mas não era nem o Supremo, quando vocês usaram. E eu fiquei calada. Está aí: o STJ botou que o rol tem que ser taxativo, e nós já estamos com quatro projetos de lei para derrubar isso pela pressão da sociedade.

    Como é que alguém tem uma doença que levou anos para conseguir um Código Internacional de Doenças e, agora, a ANS diz que não é para tratar? E ela é que vai definir isso. Por isso é que agora a gente está fazendo...

    Estou lembrando isso com todo o respeito. Eu queria deixar claro aqui que todos querem reduzir impostos. Eu não tenho nada contra. Acho que imposto, principalmente de bens e serviços, tem que ter redução. Mas isso está sendo proposto aqui numa reforma tributária que ninguém aceita.

    O que eu questiono aqui é o seguinte: vão tirar dos estados o ICMS, mas não se garante a redução do preço de combustível na bomba. E não adianta dizer ao povo que garante, porque a política é a mesma. O preço dos combustíveis, no Brasil, depende do preço da variação do dólar e do barril de petróleo. O dólar está aumentando o preço. O petróleo, enquanto estiver essa guerra, com essa política da gente – porque não era para a gente ter nada a ver com isso, porque a gente não está em guerra... Quem vai garantir isso? Então, não adianta dizer à população que vai garantir, porque não vai.

    E outra coisa: quem vai garantir que a Petrobras não vai recompor o preço que ele disse que está represado há mais de 20 dias? O que a gente está dizendo aqui não é que a gente não quer. Vamos fazer, vamos discutir, vamos fazer uma reforma tributária. O que não pode é a gente considerar a Petrobras apenas como uma máquina de dar lucro fácil para distribuir dividendos com seus acionistas.

    Então, é isso. Garante que vai ter a redução dos preços na bomba? Vai não. Não garante, porque você não garante o dólar congelado, você não garante que o preço... Ninguém vai garantir. Não tem governo que diga que o preço do barril de petróleo não vai subir. O questionamento aqui é isso. E acho que a gente está atrás, porque, com o que a gente se preocupa, Carlos Portinho, é com a retirada dos recursos do Fundeb, porque 60% são do ICMS e da saúde, cara. E não venha com essa história de dizer que o Governo... O Governo aportou recursos, que a gente aprovou, para a pandemia. Foi tudo aprovadinho. Em 2021, ele já não aportou nada. Reduziu em 79% os recursos da saúde dos estados e municípios. É verdade ou não é?

    Então, aqui... Tudo bem. Acho que a gente deveria discutir mais, mas o principal não está garantido. Infelizmente, não adianta dizer, porque o Governo não consegue fazer isso.

    Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/06/2022 - Página 80