Pronunciamento de Rogerio Marinho em 19/04/2023
Pela ordem durante a 33ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Defesa da obstrução de votação em razão da suspensão da sessão do Congresso Nacional, com vistas à instalação da CPMI do dia 8 de janeiro.
- Autor
- Rogerio Marinho (PL - Partido Liberal/RN)
- Nome completo: Rogério Simonetti Marinho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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Atividade Política:
- Defesa da obstrução de votação em razão da suspensão da sessão do Congresso Nacional, com vistas à instalação da CPMI do dia 8 de janeiro.
- Publicação
- Publicação no DSF de 20/04/2023 - Página 37
- Assunto
- Outros > Atividade Política
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- DEFESA, OBSTRUÇÃO PARLAMENTAR, VOTAÇÃO, MOTIVO, SUSPENSÃO, SESSÃO CONJUNTA, CONGRESSO NACIONAL, OBJETIVO, INSTALAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR MISTA DE INQUERITO, MES, JANEIRO.
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – Pela ordem, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Veneziano Vital do Rêgo. Bloco Parlamentar Democracia/MDB - PB) – Obrigado, Senadora Zenaide. Senador Rogerio Marinho, por gentileza.
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN. Pela ordem.) – Sr. Presidente, primeiro agradeço a deferência que V. Exa. nos faz, permitindo-nos a fala neste momento tão importante que o Brasil atravessa, e a responsabilidade porque falo aqui como Líder da Oposição no Senado.
Primeiro, quero dizer do meu respeito ao Prefeito João Campos, aos Senadores que representam o Estado de Pernambuco, ao Humberto, ao meu amigo Fernando, à Teresa Leitão, Senadores briosos, trabalhadores e que defendem aqui, com muita razão e personalidade, que o empréstimo seja votado para beneficiar, em especial, a população de Recife. Ele conta com a nossa solidariedade, o pleito, e, certamente, oportunamente vamos votar unanimemente a favor.
Mas hoje, Sr. Presidente, nós estamos utilizando um instrumento que o Regimento nos permite para mostrar nossa irresignação, para mostrar nossa preocupação, para mostrar, eu diria a V. Exa., até a nossa perplexidade com o fato de que o Governo Federal tem operado nesta Casa, no Parlamento brasileiro, no Congresso Nacional, para impedir que nós possamos apurar fatos graves que aconteceram contra a democracia brasileira. Este mesmo Governo que, desde o dia 8 de janeiro, vem a público de forma reiterada, como um mantra, repetir que um segmento ideológico da sociedade perpetrou um crime contra a democracia. Deveria ser ele, este Governo, o maior interessado nessa apuração. Entretanto, Sr. Presidente, o que nós estamos vendo é a procrastinação, é o embuste, é o faz de conta, é se ganhar tempo para se tentar cooptar Parlamentares para que retirem a sua assinatura de um documento que permita a instalação de uma comissão que certamente terá a isenção e a capacidade de trazer à luz o que está por debaixo dos tapetes.
Sr. Presidente, o que nos move aqui é a indignação de saber que os acordos têm sido quebrados, que, na calada da noite, Parlamentares têm sido procurados, que as ofertas têm sido feitas e que se coloca na mesa, de um lado, a reputação, de um lado, a hombridade de se honrar a assinatura; e, de outro lado, a facilidade, a conveniência de se abrir mão das suas convicções ideais em função de interesses contingenciais.
Sr. Presidente, hoje veio à luz uma gravação muito séria, que mostra de forma clara o que o Governo tentava esconder há muito tempo. As imagens falam por si só. A conveniência ou a conivência, eu diria um trato agradável entre aqueles que invadiam, depredavam, barbarizavam, dilapidavam o patrimônio público e aqueles que deveriam defendê-lo.
Sr. Presidente, é necessária a apuração. O país clama por isso. Houve um conluio, houve um autogolpe, houve infiltração, houve tentativa de conspurcar a nação com uma farsa?
Sr. Presidente, nós não podemos nos quedar inertes.
(Soa a campainha.)
O SR. ROGERIO MARINHO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RN) – E é por isso que a Oposição nesta Casa, de forma altaneira, franca, entendendo o pleito de Pernambuco, nos ombreando com ele, sendo solidário com ele, dizemos: não, não há normalidade neste momento. Esta Casa precisa primeiro ter a hombridade de permitir que essa Comissão se instale e, a partir daí, a normalidade certamente vai voltar, para que a nação possa respirar com tranquilidade, sabendo que aqueles que perpetraram esse bárbaro ato ou que se omitiram para que ele acontecesse possam ser identificados e penalizados na forma da lei.
Obrigado, Sr. Presidente.