Pronunciamento de Otto Alencar em 21/06/2023
Discussão durante a 75ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 93, de 2023, que "Institui regime fiscal sustentável para garantir a estabilidade macroeconômica do País e criar as condições adequadas ao crescimento socioeconômico, com fundamento no art. 6º da Emenda Constitucional nº 126, de 21 de dezembro de 2022, e no inciso VIII do caput e no parágrafo único do art. 163 da Constituição Federal; e altera a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e a Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002".
- Autor
- Otto Alencar (PSD - Partido Social Democrático/BA)
- Nome completo: Otto Roberto Mendonça de Alencar
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discussão
- Resumo por assunto
-
Diretrizes Orçamentárias,
Dívida Pública,
Finanças Públicas,
Fundos Públicos:
- Discussão sobre o Projeto de Lei Complementar (PLP) n° 93, de 2023, que "Institui regime fiscal sustentável para garantir a estabilidade macroeconômica do País e criar as condições adequadas ao crescimento socioeconômico, com fundamento no art. 6º da Emenda Constitucional nº 126, de 21 de dezembro de 2022, e no inciso VIII do caput e no parágrafo único do art. 163 da Constituição Federal; e altera a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e a Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002".
- Publicação
- Publicação no DSF de 22/06/2023 - Página 75
- Assuntos
- Orçamento Público > Diretrizes Orçamentárias
- Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas > Dívida Pública
- Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
- Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas > Fundos Públicos
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- DISCUSSÃO, PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR (PLP), ALTERAÇÃO, LEI FEDERAL, FUNDO CONSTITUCIONAL DO DISTRITO FEDERAL (FCDF), CRITERIOS, ATUALIZAÇÃO, VALORES, CORRELAÇÃO, VARIAÇÃO, RECEITA CORRENTE, DESPESA PUBLICA, UNIÃO FEDERAL, CRIAÇÃO, LEI COMPLEMENTAR, SUSTENTABILIDADE, REGIME FISCAL, POLITICA FISCAL, AJUSTE FISCAL, ESTABILIDADE, CRESCIMENTO, ECONOMIA, CONTROLE, DIVIDA PUBLICA, ELABORAÇÃO, LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTARIAS (LDO), META FISCAL, LIMITAÇÃO, RECEITA, APLICAÇÃO, EXCEDENTE, INVESTIMENTO, EXCLUSÃO, REGIME JURIDICO, PRECATORIO, COMPLEMENTAÇÃO, FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL E VALORIZAÇÃO DO MAGISTERIO (FUNDEF), LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.
O SR. OTTO ALENCAR (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSD - BA. Para discutir.) – Sr. Presidente, Senador Rodrigo Pacheco, estimado amigo e Relator do projeto do arcabouço fiscal, Senador Omar Aziz, eu quero, inclusive, parabenizar V. Exa., que discutiu e debateu o tema com o Relator na Câmara dos Deputados, o Deputado Federal Claudio Cajado, do Estado da Bahia.
E vejo que essa letra de lei que foi elaborada pelo Governo, através da lavra do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da nossa colega, que está conosco hoje, a Senadora Simone Tebet, Ministra do Planejamento – eu quero fazer uma referência à capacidade da Senadora e também, hoje, Ministra Simone Tebet, do MDB, que ajudou nesse trabalho –, que essa legislação, que essa lei vem no sentido de dar segurança ao mercado – e isso já aconteceu – no controle da dívida pública. Não vejo como, com o arcabouço fiscal, com o que está contido nos seus artigos, nós termos problemas com o aumento da dívida pública, a dívida bruta do Brasil, que é a dívida dos municípios, dos estados e da União. E todos os indicadores da economia, depois de aprovado na Câmara dos Deputados, melhoraram: a inflação desacelerou; o IPCA de abril foi de 0,61%; o IPCA de maio, 0,23%, com a queda e desaceleração da inflação; o dólar está em torno de R$4,80, caiu o dólar; tivemos o crescimento do PIB, nos três primeiros meses, de 1,9%, com possibilidade de continuar esse crescimento econômico. Vamos para uma posição bem melhor. Vejo também a possibilidade de que se possa retomar o crescimento econômico.
Quando ouço essa questão e o questionamento que fez o Senador Marcos Rogério sobre o Banco Central, em momento nenhum, como falou o Líder do Governo Jaques Wagner, o Presidente Lula ou algum de nós falamos em aprovar no Senado Federal a retirada do Presidente do Banco Central, que seria uma coisa completamente fora do contexto de todos nós.
O que nós temos debatido é que o Banco Central tem uma posição conservadora no que tange à manutenção dos juros em 13,75%, porque todos os indicadores da economia levam à diminuição dos juros. E por que nós debatemos isso? Exatamente porque isso está prejudicando toda a atividade econômica no Brasil.
Eu tenho aqui uma matéria de O Estado de S. Paulo de ontem que diz o seguinte: "Para driblar juro, varejo reduz encomendas e atinge indústria". Está aqui em O Estado de S. Paulo de ontem. Todas as indústrias, todo o setor industrial está com os seus estoques em conservação, ou seja, sem saída para o consumo, para o varejo por causa dos juros.
Agora mesmo, o Presidente Lula tomou a iniciativa de diminuir o valor dos automóveis populares, dos carros populares. Ninguém vai comprar carro popular com juros de 13,75% da taxa Selic, com um spread que vai para mais de 20%. Não se estão comprando carros. O Governo fez a parte do Governo. O que o Banco Central deveria ver é que, com os indicadores todos favoráveis da indústria, pudesse começar a reduzir os juros já a partir de hoje. Manteve 13,75%, não teve aumento, mas é importante que, futuramente, venha a se encontrar uma saída para que os juros baixos possam movimentar a economia e promover o desenvolvimento econômico e social do país, com a geração de emprego e de renda.
Eu gostaria – inclusive o Senador Marcos Rogério não está aqui – não de rebater ou entrar em confronto com o que ele falou, mas apenas dizer que o momento é favorável para o país. Eu acredito no Brasil. Creio que o Brasil será, sim, o país que vai encontrar, que vai retomar o caminho do desenvolvimento econômico, com a geração de emprego e renda. O Presidente Lula tem feito um esforço nesse sentido e haveremos todos nós de encontrar, amanhã, um país que possa oferecer as condições, os bens e serviços que uma sociedade moderna pode oferecer a todos os brasileiros.
Obrigado, Sr. Presidente.