Pela ordem durante a 82ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pela ordem sobre a Mensagem (SF) (MSF) n° 28, de 2023, que "Submete à apreciação do Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III, alínea “d”, da Constituição, combinado com art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, o nome do Senhor AILTON DE AQUINO SANTOS, para exercer o cargo de Diretor do Banco Central do Brasil, na vaga decorrente do término do mandato de Paulo Sérgio Neves de Souza".

Autor
Esperidião Amin (PP - Progressistas/SC)
Nome completo: Esperidião Amin Helou Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Administração Pública Indireta, Economia e Desenvolvimento:
  • Pela ordem sobre a Mensagem (SF) (MSF) n° 28, de 2023, que "Submete à apreciação do Senado Federal, nos termos do art. 52, inciso III, alínea “d”, da Constituição, combinado com art. 4º, caput, da Lei Complementar nº 179, de 24 de fevereiro de 2021, o nome do Senhor AILTON DE AQUINO SANTOS, para exercer o cargo de Diretor do Banco Central do Brasil, na vaga decorrente do término do mandato de Paulo Sérgio Neves de Souza".
Publicação
Publicação no DSF de 05/07/2023 - Página 53
Assuntos
Administração Pública > Organização Administrativa > Administração Pública Indireta
Economia e Desenvolvimento
Matérias referenciadas
Indexação
  • REGISTRO, MENSAGEM (MSG), INDICAÇÃO, SENADO, ESCOLHA, NOME, AUTORIDADE, CARGO PUBLICO, DIRETOR, BANCO CENTRAL DO BRASIL (BACEN), COMENTARIO, TAXA SELIC, MICROCREDITO, ADOÇÃO, ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PUBLICO (OSCIP), ESTADO DE SANTA CATARINA (SC).

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - SC. Pela ordem.) – Efetivamente, Sr. Presidente, tive a honra de proferir o relatório que resultou na aprovação do nome do Sr. Ailton de Aquino, cuja biografia o Senador Otto Alencar aqui resumiu de maneira concisa e eloquente ao mesmo tempo.

    O que eu quero destacar, Presidente, e gostaria de deixar registrados, são dois pontos que eu considero marcantes neste provável – creio eu seguramente – nomeado Diretor do Banco Central. O primeiro aspecto é a sua carreira profissional. Eu não conhecia, mas quero ressaltar a sua colocação, com a qual eu concordo absolutamente, de que nós só teremos juros efetivamente reduzidos ao patamar da civilização, no Brasil, quando o volume de operações ativas de crédito for expressivamente superior a 30% dessas operações. E o Sr. Ailton tem experiência em favor do microcrédito, do crédito cooperativo e do crédito associativo.

    E fiquei sabendo hoje que S. Sa. esteve em Santa Catarina, no final do século passado, ajudando a que Santa Catarina fosse pioneiro, como o estado brasileiro, na adoção das OSCIPs, organizações civis promotoras do microcrédito. Elas eram, Presidente, ilegais perante o Banco Central, e elas foram eficazes e foram legalizadas também pela sua participação.

    E o segundo registro que eu quero fazer eu quero deixar aqui nos Anais do Senado. Eu fiz ao Sr. Ailton um pedido: estude quanto é que nós temos pago de juros pela história. Presidente, não é só o Fernando Henrique que chamava de escorchante, nem o Lula um, nem o Lula dois, nem Dilma, nem Temer, nem Bolsonaro, que xingava os juros no Brasil, Senador Jayme Campos.

    Eu fiz o seguinte pedido a ele: de 1994, quando o real foi adotado, até hoje, 29 anos depois, quanto é que o Brasil pagou de juros a mais do que o mundo, não o mundo todo, o mundo ocidental, incluindo a Turquia? Senadora Margareth Buzetti, eu tinha um palpite, eu tinha, empiricamente, um número na minha cabeça. O Sr. Ailton fez o cálculo, ao longo de 29 anos, comparando os juros que nós pagamos vezes o valor da dívida... Deputado Edinho, Senador Mauro, vocês sabem quanto é que o Brasil pagou a mais de juros do que o restante do mundo ocidental, querido Senador Vanderlan? Nós somos muito ricos, pagamos US$1 trilhão a mais do que os outros pagaram; em 29 anos drenamos para o mundo, para o mundo financeiro, US$1 trilhão de juros a mais do que a média dos países do ocidente! E mais do que isso, revelou o Sr. Ailton, 7,4% a mais do que a média do mundo ocidental pagou.

    Portanto, com os radares que nós estamos usando para o nosso...

(Soa a campainha.)

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) – ... voo financeiro, foi essa a comparação que eu fiz, nós temos, por causa de turbulências reais, turbulências reais e/ou fictícias, temos sido levados, que nem gado para o abate, a pagar uma taxa de juros, como dizia o Presidente Fernando Henrique, escorchante.

    Então, não se trata de incriminar A ou B, não se trata de ser contra ou a favor, eu sou a favor da autonomia do Banco Central, mas, convenhamos, estamos usando na nossa navegação um radar cauteloso demais, que nos cobra muito mais do que cobra dos outros países.

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Aliança/PP - SC) – Então, fica aqui a nossa advertência. E o nosso querido Marcelo Castro, que assistiu a essas declarações hoje, certamente vai nos recomendar duas coisas: ou nós não nos conformamos, ou vamos para o divã de psiquiatra que ele tem no seu consultório.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/07/2023 - Página 53