Discussão durante a 149ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Discussão sobre o Projeto de Lei (PL) n° 2721, de 2023, que "Dispõe sobre a prestação de serviços postais aos órgãos públicos federais da administração direta e indireta".

Autor
Jaques Wagner (PT - Partido dos Trabalhadores/BA)
Nome completo: Jaques Wagner
Casa
Senado Federal
Tipo
Discussão
Resumo por assunto
Licitação e Contratos:
  • Discussão sobre o Projeto de Lei (PL) n° 2721, de 2023, que "Dispõe sobre a prestação de serviços postais aos órgãos públicos federais da administração direta e indireta".
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2023 - Página 53
Assunto
Administração Pública > Licitação e Contratos
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCUSSÃO, PROJETO DE LEI, CRIAÇÃO, LEI FEDERAL, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, SERVIÇO POSTAL, ORGÃOS, ADMINISTRAÇÃO DIRETA, ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, UNIÃO FEDERAL, PREFERENCIA, CONTRATAÇÃO, EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS (ECT).

    O SR. JAQUES WAGNER (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - BA. Para discutir.) – Presidente, apenas gostaria não de contestar, mas de ponderar algumas afirmações feitas pelo Líder Rogerio Marinho.

    Primeiro, eu, pessoalmente, acredito que é possível a convivência do público com o privado. O meu estado, quando fui Governador, foi campeão de parceria público-privada.

    Segundo, aqui, Senador Rogerio, peço vênia, mas não se está falando de monopólio.

    Eu pergunto a V. Exa. se alguma empresa privada – como as que fazem venda por internet, e elas próprias têm o seu serviço de logística – vai encomendar serviço de outra que não a sua própria logística? Aliás, encomendam: dos Correios, em regiões para onde o volume é pequeno e eles não têm o interesse de se deslocar, para aqueles interiores do nosso Brasil. Preferem ficar, evidentemente, no filé-mignon, que são as capitais e as grandes cidades.

    Não é monopólio porque o que ele está dizendo, como disse a Relatora, mantendo a competitividade do preço, é preferencialmente o setor público encomendar do – vou chamar de dono – acionista majoritário, do dono dos Correios. Repito, como qualquer empresa de entrega, se tiver o seu serviço de logística, não o fará utilizando o serviço de outrem. Então, o que se quer é potencializar os Correios até para que os Correios possam cumprir essa tarefa complementar, como eu já disse. É só mandar constatar: todas essas – e eu também não cito o nome para não fazer propaganda de empresa – grandes empresas que fazem e-commerce, quando é envio para o interior, elas próprias recorrem aos Correios pelo fato de que são regiões que não dariam, seguramente, uma taxa de retorno tão boa quanto a capital.

    Então, é uma iniciativa de um Deputado, não é nem iniciativa do Governo; e o Governo é simpático à medida, apesar de não ser o autor, nesse sentido que eu falo: de reforço de uma empresa que cumpre um papel que algumas privadas... E não está aqui nenhuma crítica, porque eu acho que a iniciativa privada vai onde tem uma taxa de retorno.

    Então, era só para esclarecer que não é monopólio; é um reforço, mantido o preço da competitividade – portanto, não se trata de exorbitar –, dos órgãos públicos em contratar esse serviço.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2023 - Página 53