Pela ordem durante a 169ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas á Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 45, de 2019, que "Altera o Sistema Tributário Nacional".

Autor
Flávio Bolsonaro (PL - Partido Liberal/RJ)
Nome completo: Flávio Nantes Bolsonaro
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Desenvolvimento Regional, Finanças Públicas, Processo Legislativo, Tributos:
  • Críticas á Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 45, de 2019, que "Altera o Sistema Tributário Nacional".
Publicação
Publicação no DSF de 09/11/2023 - Página 59
Assuntos
Economia e Desenvolvimento > Desenvolvimento Regional
Economia e Desenvolvimento > Finanças Públicas
Jurídico > Processo > Processo Legislativo
Economia e Desenvolvimento > Tributos
Matérias referenciadas
Indexação
  • PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), ALTERAÇÃO, DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITORIAS, DESVINCULAÇÃO, RECEITA, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), MUNICIPIOS, EXTINÇÃO, IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, ALIQUOTA, DISTRIBUIÇÃO, ARRECADAÇÃO, APROVEITAMENTO, SALDO CREDOR, NORMAS, PERIODO, AUSENCIA, LEI COMPLEMENTAR, LEGISLAÇÃO, UNIÃO FEDERAL, CRITERIOS, COMPENSAÇÃO, VALOR, RECEITA TRIBUTARIA, CRIAÇÃO, CESTA DE ALIMENTOS BASICOS, DEFINIÇÃO, BENS, SERVIÇO, REDUÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PROCESSO LEGISLATIVO, COMPETENCIA, Conselho Federativo do Imposto sobre Bens e Serviços, INICIATIVA, PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR (PLP), Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), RESSALVA, PRINCIPIO JURIDICO, ANTERIORIDADE, EFEITO, AUMENTO, TRIBUTOS, MEDIDA PROVISORIA (MPV), INICIO, TRAMITAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), JULGAMENTO, CONFLITO, NORMAS GERAIS, SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL, COOPERATIVA, MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA, INCIDENCIA, FATO GERADOR, BASE DE CALCULO, ESPECIFICAÇÃO, REGIME JURIDICO, PRODUTO, COORDENAÇÃO, UNIFORMIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO, DIVISÃO, FUNDO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), FINANCIAMENTO, SEGURIDADE SOCIAL, COMPOSIÇÃO, FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BASICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB), GARANTIA, MEIO AMBIENTE, EQUILIBRIO ECOLOGICO, REGIME FISCAL, Biocombustível.

    O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ. Pela ordem.) – Sr. Presidente, além do reconhecimento do esforço do Relator, Senador Eduardo Braga, de toda a sua dedicação em meses de trabalho e de toda a sua assessoria, que todos nós reconhecemos, é ponto pacífico também que todos aqui somos favoráveis à modernização do sistema tributário brasileiro. Só que não dá para sair do manicômio tributário para o inferno. É o que essa PEC propõe. Se der certo, já deu errado!

    A pauta de IVA dual de 20% foi defendida no Governo Bolsonaro. A discussão era feita em torno de três pilares: simplificação tributária, responsabilidade fiscal e redução da carga tributária.

    Em 2019, enxergamos que a famosa curva de Laffer já tinha sido ultrapassada há muito tempo. Com a ajuda do Congresso Nacional, nós provamos que é possível reduzir carga tributária, diminuir despesas públicas e aumentar a arrecadação e gerar mais empregos mesmo com pandemia, guerra da Rússia e Ucrânia e a maior crise hídrica dos últimos 90 anos.

    Recursos federais irrigaram estados e municípios. Hoje vemos até Prefeitos do PT pedindo ao Presidente Lula que tenham o mesmo tratamento que o Presidente Bolsonaro dava enquanto comandava a nossa nação.

    Todos os 27 estados da Federação e os 5.575 municípios ficaram no azul: folha de pagamento de servidores públicos em dia; dinheiro em caixa para investimento; estatais dando lucro; Auxílio Brasil triplicado; Banco Central independente; os juros mais baixos da história; marcos legais estruturantes, como saneamento básico, ferrovias, startups; Lei da Liberdade Econômica; melhora nos ambientes de negócios.

    Em 2019, pegamos o Brasil quebrado, falido, com crise moral, e o PIB cresceu 1,2% no primeiro ano. Em 2020, com a pandemia, a maior crise humanitária que quem está vivo hoje já presenciou, o mundo caiu 10%, e o Brasil apenas 3%. Em 2021, crescemos 4,6%, e 2,9% em 2002. Pela primeira vez na história, um governo entregou as contas para o governo seguinte com superávit de 180 bilhões.

    Antes de sentar na cadeira, Lula já condenou seu governo ao fracasso, arrombando o teto com R$160 bilhões. Na transição, Paulo Guedes avisou o Haddad: "Se aprovar esse rombo nas contas públicas, você vai passar os próximos quatro anos aumentando impostos para tentar fechar conta e não vai conseguir!".

    Senador Oriovisto, a realidade chegou.

    A proposta do atual Governo é dar ao Brasil o título de maior IVA do mundo. A PEC que está na pauta de hoje partiu de premissas erradas, não tem responsabilidade fiscal e tem o discurso de neutralidade, mas ela aumenta brutalmente a já inaceitável carga tributária.

    A PEC cria imposto seletivo sobre as commodities, o que vai aumentar a inflação, já que são matérias-primas de vários produtos consumidos no Brasil, diminuindo a competitividade do produto brasileiro no exterior, já que ficará mais caro pelo custo Brasil; taxa petróleo e lubrificantes, que são insumos necessários para comida chegar à mesa do brasileiro, já que a nossa matriz de transportes ainda é majoritariamente rodoviária.

(Soa a campainha.)

    O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – A mentalidade do Governo Lula é o empresário paga e o Governo gasta, só que no meio do caminho tem o contribuinte brasileiro, que implora por redução de impostos.

    É uma insanidade exterminar os setores de serviço e comércio. São responsáveis por mais de 70% dos empregos no Brasil. Quem hoje paga 8%, amanhã pode passar a pagar mais de 30% de IVA.

    Vários Senadores aqui, Senador Rogerio Marinho, são empresários, e eu tenho uma notícia ruim a dar a vocês: o Governo tem raiva de você, empresário. Ser rico honestamente neste país virou crime. Quem gera emprego e move a economia é o setor privado, e não o Governo. Essa PEC quer tributar a atividade econômica. O caminho está errado!

    A arrecadação do país...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – A arrecadação do país caiu nos últimos cinco meses seguidos. O déficit fiscal estimado para 2023 já é de mais de R$140 bilhões. Bolsonaro entregou o país com o tanque cheio, e Lula está gastando tudo! O Brasil só não parou ainda porque Lula pegou um Governo com as contas ajustadas: 1 trilhão de investimentos contratados, inflação controlada, recorde de 100 milhões de trabalhadores com carteira assinada, 400 mil títulos de propriedade concedida – mais que todos os Governos do PT juntos.

    O Brasil, Senador Portinho, estava condenado a crescer. E anotem aqui – é bom a gente falar aqui, Senador Magno Malta, porque as coisas ficam eternizadas –: no final do ano que vem, quando Roberto Campos Neto estiver na iminência de deixar a Presidência do Banco Central, vai ser o fim de tudo: o fim do Governo; e, se esta Casa não souber filtrar bem...

(Soa a campainha.)

    O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – ... quem o vai suceder, vai ser o fim do nosso país.

    Para concluir, Presidente, eu gostaria muito de estar votando agora a favor da reforma tributária. Mas eu me recuso a entrar para a história como um Senador que votou a favor de enfiar a mão no bolso do contribuinte de uma forma tão covarde e de dar uma solada nas costas do Brasil, na beira do precipício.

    Infelizmente o meu voto terá que ser "não".

(Durante o discurso do Sr. Flávio Bolsonaro, o Sr. Rodrigo Pacheco, Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Rogério Carvalho, Primeiro-Secretário.)

(Durante o discurso do Sr. Flávio Bolsonaro, o Sr. Rogério Carvalho, Primeiro-Secretário, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Rodrigo Pacheco, Presidente.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/11/2023 - Página 59