Fala da Presidência durante a 87ª Sessão Especial, no Senado Federal

Em fase de revisão e indexação
Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Fala da Presidência.) – Brasileiras e brasileiros, minhas únicas vossas excelências, nesta sexta-feira, 21 de junho de 2024, é com muito prazer, honra, gratidão – quem não a tem não tem caráter – e emoção que vou presidir esta sessão, também recheada de emoção e principalmente histórica, basta ver como está todo o Plenário do Senado Federal da República neste momento: quase duas e meia da tarde, e o tanto de gente ainda lá fora!

    Tenho também que registrar as brasileiras e os brasileiros que vieram de fora do país.

    A abertura desta sessão é para declará-la aberta.

    Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.

    Peço desculpas em função da visão, que, infelizmente, já está no fim, mas o que Jesus não deixará e também o Senador e oftalmo, meu amigo pessoal, Dr. Hiran Gonçalves, que está cuidando de minha visão como um dos maiores oftalmos do Brasil.

    Esta presente sessão especial foi convocada em atendimento ao Requerimento nº 388, de 2024, de minha autoria, acompanhada prazerosamente de outros Senadores e outras Senadoras, alguns inclusive presentes, e evidentemente com a aprovação unânime do Plenário do Senado Federal, a quem agradeço na pessoa do seu Presidente, o mineiro Rodrigo Pacheco, que inclusive cancelou algumas sessões que haveria hoje para que esta data fosse exclusiva para do que o Brasil tomará conhecimento neste momento.

    A sessão é destinada a homenagear e congratular a Igreja Fonte da Vida, com mais de 800 igrejas em todo o Brasil e em todo o mundo, pelos seus 30 anos de existência.

    Eu convido para compor a mesa desta sessão os seguintes convidados, além de já ter aqui a meu lado, pelo Distrito Federal, o exemplar Senador, homem de Deus e ser humano, Izalci Lucas, e também ela, cujo lugar evidentemente está reservado, em ela querendo, mas que por enquanto está no Plenário, esta mulher de Jesus Cristo, abençoada, de uma rara sensatez, que é a Senadora Damares Alves: alguém que rapidamente aqui registro – pela frase, que é minha, quem não tem gratidão não tem caráter –, que é este homem público, um homem de Deus, um homem de Jesus, que conheci quando começou os trabalhos em Goiânia. Ficamos amigos, e ele me acompanhou em vários momentos difíceis: na época da cassação de minha emissora, de violência contra minha família e do pior momento meu, com 13 horas de cirurgia, no hospital neurológico, quando os médicos achavam que eu não tinha cura, mas Jesus me curou. Ele foi até o hospital antes do resultado e do início da cirurgia para fazer uma oração comigo, para ficar comigo até o momento em que me encaminhasse à sala de cirurgia. Lembro que ele estava ao lado de um amigo e meu ex-locutor esportivo Luiz Gama. Então, faço questão de que ele seja o primeiro a ser chamado e que ele saiba do tanto que sou grato a ele e a outros pastores evangélicos como Jorge Linhares, em Belo Horizonte, que me ajudou muito, mas este é especial na minha vida. Eu convido o Apóstolo César Augusto, o fundador da Igreja Fonte da Vida. (Palmas.)

    Glória a Deus!

    Fique à vontade, Apóstolo César Augusto.

    Também, para a mesa, convido o Sr. Deputado Distrital, neto de um homem público ligado a Goiás por quem eu também devo muito carinho, até porque, quando em Goiás ninguém deixava o Kajuru ter a sua própria emissora de rádio, foi ele quem me deu este presente e eu passei a ter a Rádio K do Brasil, que fez história. Portanto, ele é neto de Joaquim Roriz, e eu o chamo.

    Joaquim Roriz Neto, para a mesa diretora. (Palmas.)

    Também convido para a mesa a Bispa Rubia de Sousa, que é líder da Igreja. (Palmas.)

    Senhoras e senhores presentes na galeria e no Plenário, esta é, saibam, a maior homenagem da história do Senado Federal já feita ao mundo evangélico: nunca o Plenário esteve tão lotado como está. Agradeço a todos. Jesus, saúde, alegrias e vitórias em suas vidas, de seus familiares e de seus amigos! (Palmas.)

    Para compor a mesa diretora, também convido, com muito prazer, o Bispo Paulo Sérgio, que é Presidente da Igreja. (Palmas.)

    Também na mesa, por fineza, a Bispa Cássia Helena, Bispa da Fonte da Vida aqui em Brasília, ela que é tão querida. (Palmas.)

    Também o Sr. Bispo, conhecido, consagrado em Goiás, ex-Deputado Federal, Fábio Sousa, ele que, naturalmente, filho do Apóstolo César, é Bispo da Fonte da Vida. (Palmas.)

    Bem, senhoras e senhores, neste momento, para darmos sequência aos trabalhos desta sessão, repito, histórica no Senado Federal, eu convido todos e todas para, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional brasileiro.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO. Para discursar - Presidente.) – Glória a Deus, ao Brasil e às gaúchas e aos gaúchos do Rio Grande do Sul! Lá eu, pela segunda vez, estive ontem com a Comissão Externa deste Senado Federal, da qual faço parte. É muito difícil – e Izalci já esteve lá presente também – você chegar e ver o sofrimento daquele povo. Começamos a ter de forma sequencial suicídios, de gente que perdeu tudo – rigorosamente tudo! Que o país reflita sobre as urgências de que necessita o amado Estado do Rio Grande do Sul!

    Sr. Secretário-Geral de Liberdade Religiosa, Giovanni Bueno; Sr. – e que prazer, pois tenho muito apreço e admiração por ele – ex-Senador desta Casa, de Rondônia, Senador Valdir Raupp, que está presente; o nosso ex-Deputado Distrital – por quem tenho o mesmo – Maia, que é o Agaciel Maia, também aqui presente, que seja bem-vindo; também um amigo especial de Goiânia, Vereador da nossa capital goiana, que está aqui, o Dr. Gian Said.

    O que preparei na madrugada, pois chegamos do Rio Grande do Sul quase meia-noite, foi de coração. Temos aqui hoje, 21 de junho de 2024, sexta-feira, a felicidade de nos reunir para celebrar os 30 anos das mais de 800, no Brasil e no mundo, igrejas da Igreja Fonte da Vida em virtude de meu requerimento aprovado em 29 de maio de 2024.

    Sempre que celebramos a vida de uma igreja neopentecostal, como é o caso da Igreja Fonte da Vida, celebramos Martim, o nosso Martinho Lutero, celebramos a histórica reforma e suas consequências em todo o mundo e também aqui no Brasil.

    O principal legado da reforma, julgo eu, foi a inserção da meritocracia, da valorização dos esforços pessoais, financeiros e morais aos dogmas religiosos. A valorização do trabalho, do regramento moral, da honestidade, do senso de justiça social está umbilicalmente ligada, evidentemente, à reforma protestante.

    E é disso que falaremos aqui hoje, e é por isso que homenageamos hoje a histórica Igreja Fonte da Vida, a qual conheci nos seus primeiros dias em Goiânia e aprendi a amá-la. Ela, nascida na capital goiana, em 1994 – na Copa do Mundo dos Estados Unidos, onde eu lá morava e inclusive transmiti pela Rádio Difusora de Goiânia –, sob os alicerces dogmáticos do irretocável Apóstolo César Augusto, a Igreja Presbiteriana Fonte da Vida é, em seus valores e princípios basilares, ligada tanto à Igreja Presbiteriana do Brasil quanto à Igreja Sara Nossa Terra. Bebe, portanto, das fontes muito humanas, muito valiosas.

    Lutero deixou uma mensagem bem clara: "Para ser bom, não basta ser religioso, precisa praticar o bem". Disso deriva a vocação social da Igreja Fonte da Vida. E, daí, ser bom sem praticar o bem, além de não beneficiar ninguém, não forma o espírito altruísta que tanto valorizamos nas igrejas cristãs. A caridade, o amor ao próximo, além do amor a Deus, têm movido o mundo. É o que nos traz humanidade, senso de justiça. E foi assim que o mundo viu surgir o Estado de direito, o Estado democrático de direito e o estado de bem-estar social. A valorização pessoal do desempenho esforçado, bondoso e caridoso de cada um levou-nos, pela primeira vez, a nos reconhecermos, todos, como iguais, dando impulso à nossa noção atual de democracia.

    Assim como as igrejas cristãs, o Congresso Nacional, bem como todo o sistema político brasileiro, bebe na fonte democrática, que tem, como um dos pilares, a noção de igualdade na cidadania. A Igreja Fonte da Vida se destaca acima de todas as médias por sua obra com vulneráveis, crianças, adolescentes e jovens. A juventude é fonte inesgotável de aprendizagem e de talento. E, quando o talento é devidamente investido, coisas enormes acontecem, como é o caso da banda Pedras Vivas, formada no seio da Igreja Fonte da Vida. A banda é um notório, estrondoso, insofismável sucesso nacional.

    A Fonte da Vida é presidida por seu fundador, homem raríssimo de Jesus, César Augusto Machado de Sousa, e pela Bispa Rubia Pinheiro Fernandes de Sousa, os quais cumprimentamos pela bela contribuição que têm dado à sociedade nos 30 anos em mais de 800 igrejas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo. Eles – no caso, o casal – são os pais do nosso estimado Fábio Sousa, político experiente, com dignidade indiscutível, de quem conhecemos o valoroso trabalho, companheiro de Izalci na Câmara Federal, por sua longa passagem aqui no Congresso Nacional. E, aliás, já peço votos de que ele volte.

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Já está voltando! (Palmas.)

    Este é o Kajuru, que quebra protocolo até nessas horas. (Risos.)

    Eu cumprimento, enfim, todos os fiéis da Igreja Fonte da Vida, por estarem participando da construção ativa de legado tão importante e por estarem dando as suas vidas em sentido tão nobre. Aproveito, para concluir o ensejo, e cumprimento também todos os evangélicos e todos os cristãos, vocês que são responsáveis por elevar o amor à condição de missão e missão humana. Não tenham dúvida de que cada bom ato de cada um de vocês é mais um título e mais um tijolo na construção de um mundo bem melhor.

    Cumprimento a todos pelo aniversário de 30 anos. Quero estar vivo nos 50 anos, pois estou com 63 e parece que vou morrer de parto aos 120. (Risos.)

    Que Deus continue a abençoar as belas obras que vocês deram e vêm dando no que significa a vida. Que venham muitas outras, e eu tenho certeza de que virão.

    Agradecemos a Jesus por este momento e esta sessão especial. Ela está sendo transmitida, além da TV Senado, pela Rádio Senado, Agência Senado, no YouTube, para um mundo de audiência cristã, pelas seguintes emissoras: Fonte TV, Canal 5.1 HD de Goiânia, TV aberta, onde aliás eu sempre dou entrevista ao vivo, sem cortes, o que ninguém em Goiás faz, todo mundo grava o Kajuru e corta evidentemente, ou seja, edita. Lá eu falo ao vivo no programa de Luiz Gama, semanalmente. (Palmas.)

    Também agradeço à Fonte TV, Canal 5 de Itumbiara, que é também TV aberta; Fonte TV, Canal 17 de Goiânia, pela TV Gigabyte, é uma TV fechada; à Fonte TV, Canal 15.1 HD de Águas Lindas, cidade com mais de 200 mil habitantes, a mais importante do entorno de Goiás e do distrito, ela que é TV aberta; à Fonte TV, Canal 517, pela Claro e pela Net; por fim, à Fonte TV, Canal 584, pela Sky Brasil; e ainda à Rádio Fonte 92.3 FM, naturalmente.

    Era o que tinha para falar, era o que preparei de coração. (Palmas.)

    Duas horas e cinquenta minutos de voo, pressurização: nariz com coriza. E você não quis ir comigo ontem – não é, Izalci Lucas? (Risos.)

    Bem, dando sequência – eu faço questão que todos acompanhem no mundo inteiro este momento, todos e todas aqui presentes –, solicitando à Secretaria-Geral competente desta mesa – e aqui comigo um xará, o Jorge, me ajudando em tudo, principalmente na visão; só o tamanho é 52 –, eu gostaria muito que vocês dedicassem ao telão deste Plenário do Senado Federal, que vive esse dia, jamais visto, em homenagem ao mundo evangélico, a exibição de um vídeo institucional preparado pela própria Igreja Fonte da Vida.

    Mande para o ar.

(Procede-se à exibição de vídeo.) (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Kajuru. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PSB - GO) – Evidentemente, que sirva de exemplo para todas as igrejas de qualquer credo este ato ao amado povo do Rio Grande do Sul. Abraçamos as gaúchas e gaúchos, mais uma vez, nessa luta, em que veremos o Rio Grande do Sul, por Jesus, novamente feliz e recuperado.

    Momento especial, a partir de agora – a lista dos oradores inscritos –, e eu, de novo, vou quebrar o protocolo. Aqui diz o seguinte: "Kajuru, ofereça para cada um falar o tempo de cinco minutos". Não, eu vou oferecer dez minutos, o dobro! (Palmas.)

    E sabem por quê? Porque Senador tem direito a dez minutos – Izalci sabe e Damares sabe – e tem Senador que pega o uso da tribuna e fala 40 minutos, 50 minutos, desrespeita os colegas, descumpre o Regimento... Então, por que eu vou ser obediente com vocês, cinco minutos? Não vou ser.

    O primeiro orador inscrito, que está a meu lado...

    Hein? (Pausa.)

    Eu gosto de falar brasileiras e brasileiros, pelo amor que eu tenho e respeito às mulheres, ainda mais a essa de que falei da sua rara sensatez; ela, que é uma mulher de Jesus e tão abençoada. Então, que seja a primeira, no uso da tribuna, por dez minutos, a querida do Distrito Federal e amiga – eu, que não a conhecia, e passei a conhecê-la e admirá-la ainda mais, a convidá-la para um jantar em casa, inclusive – Senadora, por finesa, Damares Alves.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/06/2024 - Página 17