Discurso durante a 162ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a recente proibição imposta pela Anvisa à manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos popularmente como “chip da beleza”.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Saúde Pública:
  • Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a recente proibição imposta pela Anvisa à manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos popularmente como “chip da beleza”.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2024 - Página 35
Assunto
Política Social > Saúde > Saúde Pública
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DEBATE, PROIBIÇÃO, AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA), MANIPULAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PROPAGANDA, UTILIZAÇÃO, IMPLANTE HORMONAL MANIPULADO, HORMONIO ARTIFICIAL, MULHER, ENDOMETRIOSE, CRITICA, INDUSTRIA FARMACEUTICA, COMPARAÇÃO, NOVO CORONAVIRUS (COVID-19), MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), ALEXANDRE DE MORAES.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para discursar.) – Senador Jorge, que preside neste momento esta sessão, quero cumprimentar o Brasil que nos vê pela TV Senado e que nos vê pelas redes sociais – a informação que tive é que nas redes sociais, realmente, as pessoas estão assistindo, estão ligadas. As pessoas têm interesse em temas dessa natureza, e é importante que as pessoas tenham interesse em tudo o que se passa por aqui, o que se discute aqui, o que se fala aqui, o que se busca aqui, porque, se houvesse esse interesse, quem sabe nós já teríamos melhorado muito, em vez de derretermos, como nós estamos vendo acontecer com o país.

    Eu quero cumprimentar Magda Santos Malta. É minha filha primogênita, o primeiro presente que Deus me deu. E desde sempre nós lutamos juntos, com ela. A minha filha tem um problema de endometriose. Embora pratique atividades esportivas, tem sido uma carga, um sofrimento desde a sua adolescência.

    Eu ouvi algumas falas, eu estava no meu gabinete, e é verdade que a gente vai fazendo um apanhado, ouve uma frase, você coloca a frase, você entende a frase, você vai amarrando pontas, e é verdade que nós precisamos entender que a vida humana está acima do monstro que comanda o mundo, que é a indústria farmacêutica. Esse é o monstro que comanda o mundo. E esse monstro faz um lobby desgraçado aqui dentro desta Casa. Não só esse, mas também o monstro dos jogos, da legalização dos jogos, eles estão por aí engravatados, batendo de porta em porta. Na minha eles não batem, porque já sabem de quem se trata. Mas é preciso que nós entendamos isso.

    E a razão pela qual eu estou aqui neste momento e falando desse assunto é porque a minha filha me pediu, dizendo: "Pai, você tem que estar lá, você tem que debater, porque eu cresci ouvindo você dizer que a água limpa sai do Congresso Nacional, do Parlamento". A água suja sai daqui também, o bem e o mal saem daqui. A vida do cidadão pode ser melhorada a partir daqui ou piorada mil vezes a partir daqui. Então, tudo sai do Parlamento. E é importante debatermos esse tema, porque, Doutora, a minha filha, numa recomendação de que usasse esse chip pela sua médica, ela não teria passado até agora o que ela viveu. Para nós foi um alívio. Mas a senhora fez uma colocação absolutamente importante sobre o SUS e o câncer de mama. E gostaria, Senador Jorge – V. Exa. que pediu esta audiência –, que pedisse essa também, seja o proponente, para que a gente possa discutir, porque, na verdade, o dinheiro do Ministério da Saúde no Brasil vai para onde não deveria ir. O dinheiro do Brasil vai para o Ministério da Cultura, por exemplo, para o "mamatório" da cultura, para manter grandes festas. O dinheiro das estatais, o dinheiro do Brasil vai para o "Janjapalooza", em vez de ir para o câncer de mama.

    Vejam os senhores que, ao discutir um chip que trata da questão de hormônio, nós temos uma gama de coisas importantes a discutir com gente importante, preparada, como os senhores, para que a gente possa discutir o Brasil a partir de hoje, quem sabe numa nova perspectiva.

    Eu me lembro da CPI da covid, Senador Jorge, e o Brasil assistiu como se fosse uma novela aquela sandice, aquela anarquia. Pegaram um medicamento chamado ivermectina, que, em alguns lugares, é chamado de vacina das vacinas. Eu estava fora do mandato, correndo risco, porque o Brasil tem dono, o Brasil tem quem manda. E quem manda disse até que estava dada a ordem de que um ser humano formado, com 22 semanas, pode tomar uma injeção letal no coração. Depois aconteceu o parto de um defunto, decidido por um homem, sem debate, sem ouvir quem debate, sem ouvir quem entende, quem estudou, quem buscou, quem conhece a anatomia, quem conhece a vida, a concepção. Mas um homem... Vou dar o nome logo: Alexandre de Moraes. Isso é morais ou imorais? Acintoso contra a vida humana... O que esse cidadão sabe de medicina? O que esse cidadão sabe? Um desalmado.

    Você pode dizer: "Eu não fui lá àquela audiência para ouvir o Magno Malta falar sobre isso". Mas o que eu entendo é que o meu papel... E aí me volto para a covid, em que a ciência se curvou ao dinheiro dos políticos, e os políticos se tornaram cientistas. Eu estou aqui com todas as bulas de todas as vacinas e já as trouxe quase dez vezes para a tribuna para ouvir os cientistas da CPI da Covid, mas ninguém faz aparte a mim. Aqui nessas bulas, bem no meio de cada uma delas – Astrazeneca, Pfizer, Butantan, Janssen –, no meio, bem no meio, para que não possam ser pegos em crime, eles colocam os malefícios ocorridos a partir da desgraçada vacina: você pode pegar covid novamente e, além da covid, você vai ficar vulnerável e terá comorbidades como taquicardia, morte súbita, pode ter um AVC, embolia pulmonar, está tudo aqui dentro. E, lá embaixo, entre parênteses, eles colocam – entre parênteses – "(experimento placebo)", porque, no dia em que você resolver entrar contra, eles falam: "Não, você tomou porque quis. Está escrito aqui, ó". O.k? Esses mesmos compraram os laboratórios que já têm o medicamento que você vai tomar para afinar seu sangue para você não ter uma embolia pulmonar. É a grande indústria, o grande monstro que comanda o mundo.

    Como aqueles que são a favor do aborto, a indústria de cosméticos no mundo usa o feto, os restos mortais arrancados de forma covarde do útero de uma mulher para poder fazer cosméticos. E os lobistas estão andando por aqui. Se depender de mim, eu vou morrer lutando pela vida humana.

    A mim alegra muito, porque eu havia me esquecido desta audiência hoje. Eu estava no aeroporto indo embora, e a minha querida primogênita, Magda – eu tenho uma Magda e uma Magna; é sinal de que eu nem gosto do meu nome –, disse: "Pai, onde você está?". Eu disse: "No aeroporto, indo embora". Ela disse: "Pai, amanhã tem audiência. Volta". Porque filho não cresce e, quando cresce, ainda manda na gente.

    O Dr. Walter foi convidado meu, indicado pela minha filha. E eu conheci hoje aqui a médica que hoje está com ela, Dra. Danielli "Siminassi"... Falei certo?

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Simonassi. Então a assessoria botou um 'i" no lugar do "a" aqui, viu, doutora?

    Eu agradeço a todos vocês, a todas as senhoras, àqueles que comungam com a ideia e àqueles que não comungam, que fazem a discussão neste momento. E é preciso que ela seja aflorada de fato, que a gente faça com profundidade, e esta Casa, responsavelmente... Eu quero dizer uma coisa a vocês: esta audiência pública de hoje, se fosse para discutir orçamento e quanto ficaria para cada Senador ou Deputado indicar, estaria lotada. Mas parece que o assunto "vida humana" representa muito pouco. As pessoas estão atrás dos seus próprios interesses, e o desinteresse é total quando se trata da questão da vida humana.

    Uma das coisas mais erradas que nós criamos no Brasil, Senador, foram as chamadas agências. As agências não têm quem as vigie. E as agências foram criadas exatamente para serem vigilantes de determinadas áreas. A Anvisa, por exemplo. Não sei por que ela mudou de posição tão rápido de ontem para hoje. Eu nem sei. Eu nem sei! A Anvisa orienta que no aeroporto os pacientes fiquem a dois metros um do outro – não os pacientes, os viajantes, os passageiros – para embarcar no avião. Isso na época da covid. Ao embarcarem, três podem se sentar um do lado do outro. E eles fizeram um contrato com o vírus de que, na hora do lanche, pode tirar a máscara, lanchar, depois botar a máscara de novo, porque está combinado: o vírus só ataca depois. Mamãe, me acode!

    Nós precisamos, Senador Jorge – e quem sabe saia daqui –, criar uma Comissão ou que os mandatos dessas agências, que são muitas, agências de aviação, agências de água, agências daquilo... Eles são eternos; são mandatos que ninguém pode tirar. E normalmente o que se percebe é que eles estão exatamente a serviço daqueles que eles foram colocados para vigiar! E nós viramos bonecos, na época da covid, nas mãos da Anvisa, porque a Anvisa seguia de uma forma muito segura as orientações dos cientistas que compunham a CPI do covid. Nenhum deles entende nada, nenhum deles sabe de nada, mas um momento absolutamente politiqueiro, sem entenderem, ou sem quererem entender o valor da vida humana, até porque, quando você decreta calamidade pública, você não tem obrigação de fazer licitação.

    Eu me lembro de que o conselho de medicina, e acho que até o Presidente, no indiciamento da CPI, foi indiciado por se posicionar... Em outubro faz-se a grande campanha lembrando às pessoas sobre o câncer de mama – um dinheiro bem empregado –; em novembro se faz para o câncer de próstata, mas nenhum tipo de publicidade para a pessoa poder se prevenir, se precaver ou fazer periodicamente...

    Quando vivíamos os dias da covid, tudo isso era proibido. O que o mundo hoje já reconhece – o que o mundo hoje –, a ciência reconhece: dos malefícios operados e quem financiou... E a indústria farmacêutica lá estava fortemente. E tudo está declarado. Inclusive, aqueles que idealizaram esse inferno já o colocaram e se autodenunciaram. Mas o mundo pagou por isso. E aqui no Brasil nós pagamos por conta desse vai e vem da Anvisa.

    Gostaria de dizer que este debate a respeito do chip criado por esse baiano que se foi na época da covid... Muitas vezes nós nos orgulhamos dos cientistas do Prêmio Nobel que ocorrem no mundo que não têm o nosso sangue, que não nasceram no nosso chão, na nossa terra, no nosso torrão natal, mas esse médico baiano que se foi na covid a ele nós devemos uma reverência, respeito, porque o medicamento tem sempre seus efeitos colaterais, não infernais como estes aqui da covid. Mas é como se eles estivessem dizendo ao final: "Tomou porque quis. Nós avisamos".

    Por isso, eu penso que, realmente, as pessoas precisam ser tratadas e diagnosticadas de forma independente, não de forma coletiva. Ora, se o chip fez mal a uma pessoa, não significa absolutamente que ele é um inferno para a vida de todas as pessoas. Se fez mal a uma mulher... É igual a um médico. Você tem médico aí que ganha milhões com estética. E as pessoas, quando querem diminuir, chamam de "chip da beleza". Botaram esse apelido exatamente para promover o desgaste.

    Eu me lembro de que, quando era Deputado Federal – não, eu já estava aqui –, a Câmara ia aprovar o Estatuto da Família, e a própria mídia apelidou de cura gay, exatamente para tentar desgastar religiosos, Parlamentares que aprovavam o Estatuto da Família. E o Estatuto da Família era para substituir uma aberração que também era chamada de Estatuto da Família.

    Então, penso que essas questões devem ser individuais, com profissionais que sejam competentes, que entendam e que, na verdade, não sejam "dinheiristas", porque são tratamentos caros – na verdade, não são baratos –, e aquele do SUS não alcançou.

    Eu quero realmente me aprofundar, porque é uma vontade louca que eu tenho com esse Ministério da Saúde que nós temos hoje, que recomenda a legalização de drogas. Nós precisamos debater esse ministério, debater o SUS e, principalmente, o aumento do câncer de mama no Brasil.

    A senhora trouxe para nós aqui um ouro, um sonho, do qual eu quero participar. Quero participar dele com muita força, mas quero dizer àqueles que acreditam nesse chip – que é uma questão hormonal – que, para aquelas que têm endometriose, como a minha filha mais velha, amor da minha vida... Eu tenho três filhas, duas netas, muitas mulheres na minha vida. Mas eu quero dedicar a minha fala hoje aqui, agradecido a você, por poder discutir esse tema, que certamente já trouxe benefício...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... à minha filha, meu sangue, meu coração, minha alma e aquilo que sou.

    Foi a minha filha... Eu tenho mais de 40 anos, senhores, um pouco mais de 42 anos tirando drogados da rua, sem nunca ter tido nada de ninguém, vendendo boné, vendendo camiseta, meus direitos autorais. E quem pagou o preço disso tudo? Foram as minhas filhas. Foram as minhas filhas, porque tudo o que eu fiz era para tirar gente da rua. E essa, a mais velha, a primogênita – eu acredito em primogenitura –, Deus permitiu, na sua vontade permissiva, que ela tivesse endometriose e permitiu que eu, o pai, hoje na tribuna do Senado, saído do interior da Bahia, de uma cidade chamada Macarani, me tornasse Senador da República, filho de uma faxineira, para que eu pudesse hoje participar de um debate de absoluta importância.

    Embora eu tenha falado coisas aqui que os senhores e as senhoras não vieram para ouvir, o Brasil está ouvindo; o Brasil precisa saber. E, mais do que isso, nós temos que reafirmar que esta Casa tem que estar de olho na Anvisa 24 horas. Ninguém pode dar certo com um medicamento que, daqui a pouco, a Anvisa já mudou. Ninguém pode dar certo com nada, em qualquer setor onde tem agência de regulação, que elas não trabalham para a população. Por isso, doutora – deixe-me abrir aqui para não errar de novo –, Dra. Danielli Simonassi – errei? Acertei, não é?...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... que hoje cuida da minha primogênita, eu agradeço por ter aceitado o convite de vir aqui.

    Agradeço ao Dr. Walter, que também é um dos meus convidados, e olho para o rosto de todas as convidadas. Parece que vocês estão todas usando o "chip da beleza", porque todas são bonitas. Acho que até eu melhorei – mas não usei, não –, mas só de falar do assunto. Obrigado, porque medicina é sacerdócio. É um sacerdócio e vocês aceitaram o sacerdócio. Antigamente, quando se dizia que uma criança ia ser médica, já se imaginava que ela ia ficar rica. Hoje tem médico que, para arrumar R$20 mil por mês tem que dar dez plantões. É um verdadeiro sacerdócio.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – E eu quero parabenizá-los por terem aceitado o sacerdócio, o sacerdócio da medicina. E aqueles que tem coragem de se levantar, quando os cientistas sucumbem ao dinheiro dos políticos, e tem coragem de abrir a boca e falar – e que muitas vezes são crucificados –, a esses o meu aplauso maior ainda, porque Deus não tem compromisso com frouxo. E a quem ele chamou para cumprir um sacerdócio, esse é um dos mais importantes.

    Eu fiz uma cirurgia, Dr. Roberto, lá em São Paulo, tem seis meses. Coloquei uma prótese no meu joelho direito. Eu sou lesionado de medula, há 22 anos. Um tumor dentro da minha medula me paralisou completamente. Fiz uma cirurgia, fiquei paralisado, não tinha como andar. Recebi de Deus a promessa de um milagre e fiquei em pé.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – O milagre se cumpriu. Tem sete meses que eu fiz a minha cirurgia colocando um implante de joelho. Eu estou de pé seis meses depois e sei exatamente o valor.

    Nos quatro dias mais difíceis da minha vida, dentro da UTI, por ser lesionado de medula, um tipo de medicamento me fez muito mal. Eu tive um surto psicótico porque eu não podia tomar a anestesia geral. Eu fui operado sedado só do meu joelho para baixo, onde também não tenho sensibilidade. Mas doía tanto que eu comecei a tomar morfina, mas um médico...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... um jovem médico passou quase 48 horas assentado do lado do meu leito, perto da minha cabeça, com o braço debaixo do meu pescoço por quase dois dias. Eles me medicavam, e esse médico jovem, que eu só ouvia balbuciar, orava o tempo todo por mim.

    Então, srs. médicos e médicas...

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) – Senador Magno, eu só quero, antes de o senhor concluir, agradecer ao grupo de senhoras e senhores abrigados no Lar dos Velhinhos de Bezerra de Menezes, que visita hoje o Plenário do Senado Federal.

    Nós, há pouco, aplaudimos as crianças, que são o nosso futuro. Eu gostaria de pedir uma salva de palmas para aqueles que já contribuíram muito para o nosso país. (Palmas.)

    Muito obrigado às senhoras e aos senhores pela visita e que Deus abençoe a todos vocês. Muito obrigado.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Senhores médicos, senhoras médicas, sacerdotes da medicina, meu muito obrigado de coração pela contribuição ao nosso mandato, ao meu mandato principalmente, às coisas que penso e àquilo que vou poder fazer e lutar nesta Casa, porque ninguém vive sem a política. E uma coisa que eu aprendi muito cedo – tem pessoas que desprezam isso "Não quero nem saber, não quero nem ouvir", depois você vai pagar o mal por não querer ouvir –: quem não faz política sofre política.

    E hoje este debate traz para esta Casa uma riqueza incalculável. É uma pena, deveríamos ter mais Senadores aqui, mas nós vamos intensificar os debates e certamente os senhores e as senhoras darão grande contribuição em outras áreas para que nós não erremos. Nós não somos médicos. Muitos projetos saem daqui completamente atravessados, porque não ouviram quem deveriam ouvir. E muitas vezes ouvem a indicação de alguém que tem interesse que aquele projeto seja aprovado, exatamente por interesse financeiro. E muitas vezes, inocentemente... Nós somos 81, aqui ninguém é inimigo de ninguém. "Não, esse projeto aqui é muito importante para essa área." Você vai lá, feito um bobo e vota, aquilo vira uma lei e traz um prejuízo para um monte de gente e benefícios para um pouquinho de gente.

    Muito obrigado por terem vindo. É uma sexta-feira, um feriado prolongado, vocês poderiam estar todo mundo viajando. E tem um monte de médico aí que deve estar viajando, pago pela indústria farmacêutica, eu quero discutir isso também.

    Deus abençoe vocês. (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) – Senador Magno, muito obrigado pelo depoimento do senhor, por suas posições também. Hoje eu e o senhor estamos representando os demais 79 Senadores.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Alguns, não é? Uns não querem ser representados por nós, não. (Risos.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) – Mas eu agradeço demais a sua presença e a sua contribuição.

    Concedo a palavra imediatamente à Sra. Mariana Waik, Médica Ginecologista. Peço só um grande favor à Dra. Mariana: que respeite, por favor, os dez minutos, senão os outros médicos vão me puxar a orelha e vai ficar feio para mim, viu?

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Vai ter que fazer cirurgia, tem cirurgião aí de orelha? (Risos.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2024 - Página 35