Pela ordem durante a 162ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a recente proibição imposta pela Anvisa à manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos popularmente como “chip da beleza”.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Mulheres, Saúde:
  • Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a recente proibição imposta pela Anvisa à manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos popularmente como “chip da beleza”.
Publicação
Publicação no DSF de 23/11/2024 - Página 91
Assuntos
Política Social > Proteção Social > Mulheres
Política Social > Saúde
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, DEBATE, PROIBIÇÃO, AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITARIA (ANVISA), MANIPULAÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO, PROPAGANDA, UTILIZAÇÃO, IMPLANTE HORMONAL MANIPULADO, HORMONIO ARTIFICIAL, ESTEROIDE ANABOLIZANTE, MULHER, EMAGRECIMENTO, CRITICA, LOBBY, INDUSTRIA FARMACEUTICA.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Pela ordem.) – Eu quero agradecer também. Nós ouvimos de tudo aqui, não é? Ouvimos de quem é contra por seus entendimentos científicos e a sua vivência. Ouvimos também quem é contra porque é contra, é o mais hilário dos contras que eu já vi, você ser contra porque é contra, e não se deu conta de que precisava ter estudado um pouco mais e tal, para pelo menos explicar por que contra é. Mas de todos e de todas que eu ouvi, na sua fala agora, final, na fala de todas que são usuárias, médicas aqui, inclusive a nossa cientista ali que é usuária, disse: "Minha cabeça abriu"...

    Alguém um dia disse que só os tolos não mudam. A riqueza deste momento, tudo que o senhor descreveu, que ela descreveu, que a médica da minha filha descreveu, assim de uma maneira simples, por ser a médica da minha filha... Eu vi todos esses momentos e dias, no rosto da minha filha, no dia a dia dela. Ela fez a cirurgia em 2020, voltou... (Manifestação de emoção.)

    Eu fico pensando sobre quando o médico me disse: "Sua mãe tem câncer no cérebro, sua mãe tem seis meses de vida". Se alguém me dissesse: "Dê água com açúcar porque ela vai ficar boa", eu daria. Se alguém dissesse: "Olhe, ponha para ferver algumas folhas de pé de manga, sei lá, ponha aí mais três pregos dentro, deixe ferver bem e dê a ela, porque ela vai ficar boa"... O que falassem eu daria. Ela era minha mãe com câncer, um decreto de morte. (Manifestação de emoção.)

    Eu tenho uma filha com endometriose. Não é alguém que vai dizer para mim: "Amanhã teremos esses efeitos colaterais". Se eu estou sentindo uma dor neste momento e alguém me disser: "Olhe, isso aqui vai passar sua dor, mas tem um efeito colateral daqui a 15 anos". Eu prefiro me livrar da dor agora. Eu quero lá viver com dor?! "Ah, vai botar o chip, mas, daqui a 5 anos, pode não dar certo; daqui a 15 anos..." A pessoa quer se livrar do problema é agora, rapaz. Então, Doutor, eu tenho em casa a minha primogênita – eu creio na Bíblia, eu creio na primogenitura – e eu vi tudo isso na minha primogênita.

    Ora, quem são os técnicos da Anvisa? O Senador Jorge fez uma pergunta sobre se esses estudos já foram encaminhados à Anvisa, se já tem alguma coisa na Anvisa. E o senhor disse que sim. Então não deram para enxergar nada, ninguém leu nada ainda para ter saído essa resolução, ninguém leu nada. Ou será que esses técnicos indicados... Aliás, são indicados pelo Governo Federal. São sabatinados aqui, depois não precisam mais voltar aqui para dar nenhum tipo de explicação. Mas voltam aqui igual a cordeiros, quando eles chegam aqui batendo de porta em porta, bajulando Senador, levando currículo e tal... Quem é essa gente? Nós temos que endurecer o currículo dessa gente. Nós estamos falando de vida humana.

    E aí quando a gente fala que esse monstro da indústria farmacêutica tem um lobby extraordinário, um lobby fortíssimo, é um monstro que matou quase metade do mundo, que fez, em quatro meses, com que 1,5 bilhão de pessoas, com fome, ficassem trancadas dentro de casa, com essa velha história de usar máscara... Tiram o bandido para tomar sol, mas trancam o cidadão para baixar a imunidade, correr para ser intubado e morrer, porque cada cadáver vale R$19 mil. É doido! Graças a Deus não botei essa porcaria, esse imundície dentro de mim. Mas todos eles já assumiram todos os riscos. E eu sabia do tipo de discurso que poderia acontecer aqui, e por isso eu trouxe as bulas. Botei meu povo para estudar bula. As bulas de todas as vacinas estão aqui dizendo que é morte, que mata, que volta, que vai adoecer, que vai ter trombose, que vai ter AVC. Morte súbita pelo mundo inteiro!

    Agora, uma questão como essa, que vem mudando a vida das privilegiadas... Mulher é privilegiada porque tem útero. A diferença delas para nós é o útero. Por isso são mais valentes, são mais fortes. Pariu, já está de pé. Arrancou um dente, vai trabalhar. O homem arranca um dente, pede sete dias de licença porque está sentindo dor. E fica no sofá deitado, gemendo, querendo receber tudo na mão, como se tivesse operado as pernas.

    Então, esta audiência foi riquíssima para mim, principalmente. Eu estou aqui no meu terceiro mandato de Senador. E para nós acende uma luz. Vai ser muito difícil esse embate para aqueles que são contrários aqui dentro. A riqueza de detalhes que tivemos aqui de todos... E o senhor fechou com chave de ouro, pela sua experiência, pelo cientista que é. E todos que estão vendo a TV Senado certamente estão olhando avidamente. Vi cada um dos colegas gravar os próprios colegas para ter ali alguma coisa que acrescentou, o que veio à mente, aquilo que acrescentou e o que o fez pensar um pouco mais, não é?

    Eu quero aplaudir vocês que têm devolvido a alegria, a vida, a razão de viver. E se é chip da beleza, qual é o problema? Qual é o problema? Eu mesmo gostaria de ser bonito. Não sei se vai ter um para homem, mas... A gente pode não ser bonito, mas tem o processo compensador de Deus, não é? Deus sempre compensa, não é? A gente pode não nascer com uma cara bonita. Minha mãe falava assim: "Não tenho um filho bonito eu. Tudo que é mãe fala 'ah, meus filhos são bonitos', não sei o quê. Isso é coisa de mãe, mas eu não falo, porque não são. Meus filhos não são bonitos". Agora, ela dizia assim: "Meu filho, vence na vida, que o resto você completa com roupa e perfume, entendeu?". E eu sempre gostei de perfume, desde menino – desde a época do Glostora que eu uso –, porque minha mãe botou isto na minha cabeça: "Use perfume que vai melhorar muito para você".

    Então, esta sessão foi muito rica. Eu fico... Eu me emocionei – eu sou um homem emocional – porque diversas vezes... Eu tenho uma filha vivendo, passando por isso tudo, e diversas vezes eu vi exatamente a figura dela ali, sabe? Tomando remédios que a deixavam sonolenta, dormindo em tudo que é lugar. Orando a Deus, acordado de madrugada, eu ia lá botar a mão em cima do corpo dela, e a mãe, pedindo a Deus que curasse minha filha. E ela sempre foi forte. Ela nunca abandonou a academia, mesmo sentindo moleza no corpo, sabe? Mas, em tudo o que foi dito aqui, doutora; em tudo o que foi dito aqui, doutor, eu vi a imagem da minha filha. E penso que esse troço pode ser da beleza mesmo, porque ela está mais bonita – está mais bonita. Graças a Deus, não nasceu parecida comigo. Então, está bonita.

    E eu louvo a Deus por este momento; pela sua vida, Jorge; por nós podermos realmente fazer esse questionamento e por não nos esquecermos – eu e você – de que nós precisamos fazer um trabalho sério em cima dessas agências que foram criadas para poder estar do lado como se fosse um ministério público, para lutar a luta da coletividade, e não para fazer a defesa e a vontade daqueles que elas têm que fiscalizar, não é?

    Muito obrigado.

    Que Deus abençoe a todos! (Palmas.)

    O SR. PRESIDENTE (Jorge Seif. Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - SC) – Antes de finalizar, pessoal, eu quero agradecer também a Papai do Céu pelo evento de hoje e também agradecer ao meu querido amigo Magno Malta, que hoje me salvou muitas vezes, porque, quando a gente está presidindo a Casa, não pode levantar-se desta cadeira se não passá-la para outro Senador. Se o Magno não estivesse aqui, não sei como é que eu ia fazer. Mas Papai do Céu...

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Fora do microfone.) – Ia passar para o Zezinho.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/11/2024 - Página 91