Pronunciamento de Cleitinho em 27/11/2024
Discurso durante a 168ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
- Autor
- Cleitinho (REPUBLICANOS - REPUBLICANOS/MG)
- Nome completo: Cleiton Gontijo de Azevedo
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Aparteantes
- Flávio Bolsonaro.
- Matérias referenciadas
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG. Para discursar.) – Boa tarde.
Uma boa tarde a todos os Senadores e Senadoras, à população que acompanha a gente, à população que acompanha a gente pela TV Senado também, a todos os servidores desta Casa aqui.
Eu vou começar uma fala minha aqui hoje, vendo uma matéria, Flávio Bolsonaro, e acho que algumas pessoas vão ficar chateadas. Mas a gente tem que mostrar aqui, porque o Bolsonaro está igual àquelas massas de bolo: quanto mais bate, mais cresce.
Depois disso tudo que está acontecendo – É golpe, é golpe, é golpe, é golpe! –, o Bolsonaro teria agora, numa pesquisa que é uma pesquisa séria, o Bolsonaro teria 37,6% contra 33% do Lula se a eleição fosse hoje.
Então, gente, continuem batendo, batendo, porque está chegando 2026 aí e eu tenho certeza de que, se o Bolsonaro estiver apto a poder ser candidato, será novamente Presidente!
E eu queria mostrar aqui também, Flávio Bolsonaro, isso aqui. Queria mostrar aqui um detalhe. Gente, para ficar com raiva... Fiquem com mi-mi-mi! Fiquem com raiva do Cleitinho! Olhem aqui a comparação.
É uma foto que está aqui, que eu recebi, uma foto do Bolsonaro e do Lula, um de frente para o outro. Bolsonaro, delações: zero; Lula, 60. Juízes que condenaram: Bolsonaro, zero; Lula, 32. Zero milhões de propinas, não recebeu nada de propinas; parece que, na época do Governo lá, foram R$80 milhões de propinas. Evidências de corrupção: Bolsonaro, zero; no Governo do outro lá, mais de 3 mil. Agora, vem STJ: Bolsonaro, zero, zero; no caso do cidadão hoje, o Lula, cinco a zero. No TRF-4: Bolsonaro, zero, zero; três a zero. Em Curitiba: Bolsonaro, zero, zero; aí o outro, um a zero. É isso aí, pessoal. Então, eu queria só fazer essa comparação para vocês aqui. E quem ficar com raiva, fique com muita raiva mesmo e vai orar, que vai passar, porque o que eu quero falar para vocês é o seguinte: aguentem! Nós vamos ficar aqui agora, este ano, o ano que vem e até 2026, defendendo a honra do ex-Presidente Bolsonaro. Vocês podem ter certeza disso.
Eu e outros Senadores aqui, Deputados Federais, não vamos permitir nem deixar que vocês desmoralizem a honra do Presidente Bolsonaro, que foi o melhor Presidente que este país já teve. Respeito!
O Sr. Flávio Bolsonaro (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – Um aparte, Senador Cleitinho.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Fique à vontade, Flávio Bolsonaro.
O Sr. Flávio Bolsonaro (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ. Para apartear.) – Quero agradecer a V. Exa. pelas palavras e pelo discurso, porque é uma realidade. O povo se sensibiliza com quem é perseguido covarde e injustamente.
E eu vejo alguns comentaristas políticos querendo comparar o que aconteceu com o Lula ao que aconteceu com o Bolsonaro. E essa sua fala é uma das várias referências que dá para ser feita, porque o Lula foi condenado em todas as instâncias; R$5 bilhões devolvidos por colaborações, por pessoas que reconheceram que roubaram durante o Governo Lula e devolveram o dinheiro ao Erário. Foram dezenas de delações de pessoas físicas, inclusive algumas como Palocci, dizendo que entregava dinheiro ao Lula em caixa de sapato dentro do avião, no aeroporto em São Paulo. Enfim, várias, e várias, e várias delações, evidências e provas de verdade de que foi, no Governo dele, o maior esquema de corrupção que este Brasil já viu.
E agora, com o Bolsonaro, querem dizer que ele tinha domínio final de fato de uma coisa que eles chamam de golpe, que é você estudar remédios dentro da Constituição Federal. É como se nós, aqui, agora, ao discutirmos uma PEC sobre a idade mínima para ingresso no Supremo, estivéssemos cometendo um golpe contra o Supremo. Mudaram a interpretação da criatividade que o Ministro Alexandre de Moraes tem muito; inclusive, ele impõe aos seus subordinados na Polícia Federal que tenham a mesma criatividade. Então, não dá para comparar o que passou o Lula com a covardia e a perseguição que está sofrendo o Bolsonaro.
E eu tenho a convicção e fé em Deus de que V. Exa. está coberta de razão: nós vamos ter, em 2026, o Presidente Bolsonaro no jogo, para continuar dando o caminho correto a este país.
Obrigado, Senador Cleitinho.
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – É isso aí. Eu sou uma pessoa que, se tem uma coisa que eu carrego na minha vida, é a gratidão. Pode ter certeza de que eu vou ser sempre grato ao Bolsonaro por ter me apoiado. Se eu estou hoje, aqui, como Senador, devo sempre a Deus, em primeiro lugar, ao povo mineiro e também ao Bolsonaro, que comprou essa briga e, no caso, me pediu para que o partido pudesse deixar eu ser candidato. E a direita vai vir cada dia mais forte.
Eu quero aqui falar uma coisa: fica a imprensa querendo me colocar contra o Nikolas, que é um grande amigo, um grande parceiro e grande irmão meu. "Ah, o Nikolas vai vir candidato a Governador e você também, vocês..." Não tem nada disso. Eu já conversei sobre isso com o Nikolas. Eu tenho toda a humildade de falar isso: eu não tenho formação acadêmica; o Nikolas tem formação. Até acho, nessa situação, que o Nikolas tem mais conhecimento do que eu. Eu tenho toda humildade. Se o Nikolas falar que quer ser candidato a Governador, pelo bem de Minas Gerais, eu estou aqui para apoiá-lo. Agora, se ele não quiser também, eu estou à disposição de Minas Gerais.
O que eu e o Nikolas não vamos permitir é que o passado volte ao presente. Isso vocês podem ter certeza de que a gente não vai deixar. Vocês destruíram o Estado de Minas Gerais, acabaram com o Estado de Minas Gerais. E nós não vamos permitir que vocês voltem para acabar de destruir o Estado de Minas Gerais. Então, eu e o Nikolas, a gente vai estar unido. Se for ele, eu vou estar 100% com ele. Se Deus abençoar que eu seja um pré-candidato, eu tenho certeza de que ele estará comigo. Então, não venha com essa de ficar falando que eu e o Nikolas estamos brigados, que tem isso ou que tem aquilo, não tem nada. Eu tenho o maior carinho, o maior respeito e a maior gratidão por um dos maiores líderes políticos que o Brasil está tendo agora, um jovem que se chama Nikolas Ferreira. Então, parem com o mi-mi-mi, parem de querer me colocar contra ele e ele contra mim.
Agora, é claro, é evidente, até quem é casado não tem como conviver o resto da vida sem discordar. Até quem é casado! Agora, você está achando que eu, ou com o Flávio Bolsonaro aqui, ou com o Presidente Pacheco, ou com o Bolsonaro, ou com o Nikolas, que a gente não vai pensar diferente, não? Está achando que tudo o que eu fizer aqui, todas as ações que eu fizer aqui, o Nikolas vai concordar com tudo? E todas as ações que o Nikolas fizer, eu vou ter que concordar com tudo? Não existe isso não, gente! Nem casado! Pergunta para o Nikolas, porque ele se casou agora, porque o casamento do Nikolas é novo, ele está em lua de mel ainda, mas deixa a hora em que ele estiver com uns dez anos para ele ver. Discussão tem. Acaba que... Não é, Flávio? Não é, Presidente Pacheco? Não tem jeito de ser, está em lua de mel ainda, a hora em que ele pegar uns dez anos ele vai ver, mas vai continuar, se Deus quiser.
Então, quero só falar isso aqui para alguma... porque eu tenho muito respeito e carinho pela imprensa, mas alguma imprensa maldosa que fica querendo me colocar contra o Nikolas ou o Nikolas contra mim. Não existe isso, não, gente! Uma coisa que, graças a Deus... Eu tenho vários defeitos, vários, mas tenho uma qualidade: sou humilde, não tenho vaidade. Eu quero o melhor para Minas Gerais e eu estou aqui para sentar com cada um para falar assim: "Quem é que vai ser?". Se for esse aqui que é o melhor, o mais preparado, estou aqui para apoiar, porque eu tenho humildade para falar isso, faltou isso para mim. Eu gosto muito de falar dos meus erros, dos meus pecados, faltou na época que eu tinha toda condição de estudar, de poder me formar, e eu não quis, fui querer mexer com música, com cantar, então, às vezes falta isso para mim, mas eu estou aqui para poder também escutar, para poder evoluir e a cada dia me preparar mais, a cada dia me preparar mais. Deus não escolhe o capacitado, ele capacita o escolhido. E talvez Deus esteja me capacitando, até porque eu estou aqui no Plenário do Senado. Quando que um verdureiro, pagodeiro ia estar no Plenário do Senado? Então, ser Governador ou o que vier é lucro.
Eu quero dizer que essa turma do passado que acabou com Minas Gerais não irá voltar. Nós vamos trabalhar lá, pessoas do bem, políticos do bem, para que essas pessoas do passado que estão aí falando que querem vir... Não, nós vamos trabalhar para poder não deixar isso acontecer. Minas Gerais não merece isso!
E eu estou aqui, porque uma coisa eu tenho, posso ter defeitos, mas uma coisa que eu sou é destemido. Coragem eu tenho, não tenho medo nenhum. Um dia, se eu tiver a oportunidade de ter a caneta na mão, vocês vão ver o que eu vou fazer para o povo, para o povo mineiro, para o povo brasileiro, porque uma coisa de que eu não tenho é medo, graças a Deus – graças a Deus –, não tenho medo de nada. Só tenho medo de Deus, da minha consciência com ele. A mão de Deus é uma mão pesada, e eu sei que pesa, então, a mão dele eu temo todos os dias, por isso que eu tento acertar mais e errar menos, mas eu vou errar.
Então, eu quero só falar isso, porque tem muita gente falando: "Ah, Cleitinho, Nikolas...". Não tem nada disso! Um grande amigo, um grande parceiro, um grande homem, um grande político, que tem todo o meu carinho, todo o meu apoio e eu vou continuar apoiando-o nas decisões que ele tomar. Eu tenho certeza de que as decisões que eu tomar aqui também ele vai apoiar. O que importa é que nós estamos unidos para poder, em 2026, e no que for para acontecer aqui no Brasil, estar juntos para a gente melhorar, a cada dia mais, Minas Gerais e o país.
Eu queria finalizar aqui só dizendo que eu vi uma PEC... um projeto...
(Soa a campainha.)
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – ... uma entrevista...
Vou finalizar, viu, Presidente?
Um projeto que o Boulos, Deputado Federal, está falando sobre o fim dos supersalários. Eu queria falar que eu venho falando isso aqui desde o ano passado, tem uma PEC minha aqui para que ela possa ser protocolada e não tem todas as assinaturas ainda. Isso é extremamente importante para o país, independentemente de partido, de ideologia. O que a gente tem que fazer aqui, agora, é acabar com esses supersalários mesmo.
E eu tenho aqui, eu queria mostrar aqui, valorizar os Senadores que assinaram. E os que não assinaram, se puderem, por favor, com toda humildade, assinem essa PEC minha, que é extremamente importante. Corte de gastos, gente, tem que vir também é dos três Poderes. O corte de gastos não pode vir só da população. O corte de gastos tem que vir daqui, do Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. Então, eu vi toda a imprensa divulgando aí, falando que o Boulos está entrando para acabar com o fim dos supersalários, mas eu já estou fazendo isso desde o ano passado. Eu quero mostrar aqui – viu, Girão? – os Senadores que já assinaram essa PEC minha aqui...
(Soa a campainha.)
O SR. CLEITINHO (Bloco Parlamentar Aliança/REPUBLICANOS - MG) – Senador Cleitinho, Senador Styvenson Valentim, Senador Confúcio Moura, Senadora Damares, Senador Rodrigo Cunha, Senador Jorge Kajuru, Senador Carlos Portinho, Senador Jaime Bagattoli, Senador Plínio Valério, Senador Zeca Marinho, Zequinha Marinho, Senador, meu conterrâneo, Carlos Viana, Senador Lucas Barreto, Senador Marcos do Val, Senador Rogério Carvalho – aqui do PT, estava até aqui em Plenário, não sei se está aqui, um grande parceiro também, assinou também, muito obrigado, viu, Rogério? –, Senador Jorge Seif e Senadora Rosana Martinelli. Então, estão aqui, gente, 16 assinaturas.
Estou precisando de mais algumas assinaturas. Se algum Senador que está aqui em Plenário puder assinar para mim, para que a gente possa tramitar essa PEC aqui e acabar, dar um fim aos supersalários, porque o corte de gastos tem que vir daqui também.
Muito obrigado, Presidente.