Pela ordem durante a 69ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pela ordem sobre promulgação da Lei nº 15152/2025, que "Institui o Dia de Celebração da Amizade Brasil-Israel." Defesa histórica da amizade Brasil-Israel. Exaltação da democracia e tolerância em Israel. Crítica ao governo federal e à imprensa brasileira. Condenação do terrorismo do Hamas.

Autor
Carlos Viana (PODEMOS - Podemos/MG)
Nome completo: Carlos Alberto Dias Viana
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Direitos Humanos e Minorias, Governo Federal, Relações Internacionais:
  • Pela ordem sobre promulgação da Lei nº 15152/2025, que "Institui o Dia de Celebração da Amizade Brasil-Israel." Defesa histórica da amizade Brasil-Israel. Exaltação da democracia e tolerância em Israel. Crítica ao governo federal e à imprensa brasileira. Condenação do terrorismo do Hamas.
Publicação
Publicação no DSF de 26/06/2025 - Página 24
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Política Social > Proteção Social > Direitos Humanos e Minorias
Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
Matérias referenciadas
Indexação
  • PROMULGAÇÃO, LEI FEDERAL, DIA NACIONAL, CELEBRAÇÃO, AMIZADE, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ISRAEL, DEFESA, LEGITIMIDADE, CRIAÇÃO, ESTADO, RETORNO, POVO JUDEU, DEMOCRACIA, ORIENTE MEDIO, CRITICA, IMPRENSA, CONFLITO, FAIXA DE GAZA, PALESTINA, AUSENCIA, TOLERANCIA, RELIGIÃO, PROPOSTA, GOVERNO FEDERAL, MEDIAÇÃO, LIBERAÇÃO, REFEM, HAMAS.

    O SR. CARLOS VIANA (Bloco Parlamentar Democracia/PODEMOS - MG. Pela ordem.) – Sr. Presidente Davi Alcolumbre, nossa Diretora do Senado, Ilana Trombka, dois grandes representantes da nossa comunidade judaica; Líder do Governo, Jaques Wagner, que aqui está, homem equilibrado, que tem buscado sempre o consenso e, naturalmente, a busca pelo diálogo.

    Com muita alegria, Sr. Presidente, eu, como Relator desse projeto, participo deste dia histórico nas relações entre Brasil e Israel.

    Nós precisamos, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, de entender que a amizade entre os povos supera quaisquer governos que ocupam temporariamente as cadeiras de comando, supera as ideologias partidárias e supera as visões particulares sobre as relações entre os povos.

    Brasil e Israel têm uma amizade desde o final dos anos 40, no pós-guerra, quando o povo judeu volta à terra de Israel, é recriado o Estado de Israel, e o Brasil dá o voto que garante à comunidade judaica o fim da diáspora.

    Aqueles que gostam da história, muitas vezes, gostam de distorcê-la.

    Vamos lembrar que, até o ano 70 da nossa era, Israel existia como nação. Foi destruída pelos romanos, e os judeus foram expulsos somente no nosso século XX. Vejam bem: 2 mil anos de história! O povo judeu conseguiu retornar à terra prometida e reconstruir uma nação onde o judaísmo pudesse ser vivido e, principalmente, onde outras religiões monoteístas, como nós cristão, pudessem também ter a tranquilidade de cultuar nos nossos espaços chamados sagrados.

    Conheço bem Israel, Presidente Davi. Já estive por lá oito vezes, em ficar, visitar e conhecer. Tenho amigos muçulmanos em Israel, tenho amigos árabes, tenho amigos judeus. Israel é a única democracia do Oriente Médio, uma democracia em que árabes israelenses – que não são poucos: de cada dez cidadãos de Israel, três são árabes – estudam seus filhos nas escolas públicas de Israel, em árabe, e os filhos dos muçulmanos têm professores muçulmanos ensinando as crianças para preservar a história daquele povo. Esse é um exemplo, eu faço questão de citar, de tolerância, mas também de um país que é soberano e que tem direito à sua autodefesa.

    Constantemente vejo, inclusive a imprensa brasileira, distorcendo todas as questões sobre o conflito que hoje Israel trava contra o Irã, uma nação que apoia e financia o terrorismo no Oriente Médio. O problema em Israel, Gaza e a chamada Palestina não é terra, Sr. Presidente: as terras, as fronteiras já estão delimitadas; o problema é a intolerância religiosa.

    O mundo muçulmano – e muitos, inclusive, estão nos acompanhando – é dividido em duas grandes teologias. Os sunitas, ligados à Arábia Saudita, são a civilização: deixaram para nós, no Ocidente, a medicina, a literatura, a matemática... A visão dos sunitas é de que Alá, como eles chamam ao Deus único, criou todas as coisas para o bem dos homens, por isso é que as cidades da Arábia Saudita, dos Emirados e do Catar são cidades lindas, ricas. As pessoas são felizes...

(Soa a campainha.)

    O SR. CARLOS VIANA (Bloco Parlamentar Democracia/PODEMOS - MG) – ... mas, do outro lado, existe um grupo xiita em que a religião se justifica por qualquer ato. Não importa se estupram, se cortam o pescoço, se matam, se jogam bomba. Essa é a grande luta que nós temos no Oriente Médio.

    Israel se defende para sobreviver, porque tem direito de existir. E nós, brasileiros, temos a obrigação, como povo-irmão, de reconhecer e dar a Israel...

    E, nesse gesto, hoje, do Dia da Amizade, nós estamos confirmando o que a população brasileira quer: pesquisas estão aí e apontam que 70% dos brasileiros apoiam Israel nas suas ações. Infelizmente, o atual Governo brasileiro tem uma posição diferente, tem apoiado o Irã, não quer receber o novo Embaixador de Israel, não quer indicar o embaixador para Israel, na contramão do que pensa a população. Ainda assim, eu tenho esperança...

(Soa a campainha.)

    O SR. CARLOS VIANA (Bloco Parlamentar Democracia/PODEMOS - MG) – ... de que o Presidente da República possa repensar e tomar uma posição pela paz.

    Sr. Presidente Davi Alcolumbre, ao contrário de o Presidente Lula atacar Israel, o Presidente deveria pedir aos palestinos que devolvam, que libertem os reféns, que entreguem os corpos das vítimas, que o Hamas baixe as armas – o Brasil como mediador da paz. Aí, sim, o conflito em Gaza acabará, mas não antes de Israel fazer o trabalho que tem que fazer, libertando aqueles reféns que estão nas mãos... que foram covardemente levados. Foram 1,2 mil pessoas assassinadas. Nós não podemos levantar um dedo contra um povo que sabe se defender e que foi atacado de uma forma covarde.

    Aqui, o meu agradecimento ao Presidente Davi Alcolumbre, a todos que participaram desse projeto, tornando o Dia da Amizade Brasil-Israel uma realidade...

(Soa a campainha.)

    O SR. CARLOS VIANA (Bloco Parlamentar Democracia/PODEMOS - MG) – ... e respeitando a vontade deste Parlamento, que hoje coloca com clareza que o povo brasileiro é irmão, amigo e parceiro do povo de Israel.

    Deus abençoe a todos.

    Muito obrigado, gente. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/06/2025 - Página 24