Pronunciamento de Flávio Bolsonaro em 25/06/2025
Pela ordem durante a 69ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Pela ordem sobre promulgação da Lei nº 15152/2025, que "Institui o Dia de Celebração da Amizade Brasil-Israel." Críticas ao governo federal pela postura em relação a Israel. Defesa do direito de existir do Estado israelense Denúncia de crimes cometidos por grupos terroristas. Defesa dos direitos humanos e valorização da democracia israelense.
- Autor
- Flávio Bolsonaro (PL - Partido Liberal/RJ)
- Nome completo: Flávio Nantes Bolsonaro
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
-
Data Comemorativa,
Governo Federal,
Relações Internacionais:
- Pela ordem sobre promulgação da Lei nº 15152/2025, que "Institui o Dia de Celebração da Amizade Brasil-Israel." Críticas ao governo federal pela postura em relação a Israel. Defesa do direito de existir do Estado israelense Denúncia de crimes cometidos por grupos terroristas. Defesa dos direitos humanos e valorização da democracia israelense.
- Publicação
- Publicação no DSF de 26/06/2025 - Página 27
- Assuntos
- Honorífico > Data Comemorativa
- Outros > Atuação do Estado > Governo Federal
- Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
- Matérias referenciadas
- Indexação
-
- PROMULGAÇÃO, LEI FEDERAL, DIA NACIONAL, CELEBRAÇÃO, AMIZADE, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ISRAEL, COMENTARIO, DEMOCRACIA, TOLERANCIA, CRITICA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, AUSENCIA, SANÇÃO, REGISTRO, VIOLENCIA, TERRORISTA, HAMAS.
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ. Pela ordem.) – Presidente, também não poderia deixar de fazer aqui o meu registro público de dar os parabéns a V. Exa. pela promulgação dessa lei que criou o Dia da Amizade Brasil-Israel, parabenizando o Deputado Crivella, que, já de longa data, vem trabalhando também em temas que aproximam a nossa nação do povo israelense.
Parabenizo ainda o Senador Carlos Viana pela relatoria do projeto.
Mais uma vez, Presidente, falo aqui que quem já teve oportunidade de visitar Israel, de conhecer um pouco dessa história de superação, de união e de devoção a Deus desse povo admirável – ou pelo menos deveria ser por todos nós –, sabe que eles não apenas falam, Senador Girão, mas eles praticam a democracia, eles praticam a tolerância.
Eu me surpreendi quando estive lá pela primeira vez e vi que, dentro do Congresso Nacional de Israel, o Knesset, tem, inclusive, Deputados eleitos que defendem o fim do Estado de Israel. Olhem o espaço que se dá para vozes que se colocam contra o próprio Estado! Podemos entrar no mérito se isso é bom, se isso é ruim, se é ilegal ou não, mas o fato é que eles estão lá com o mandato, pessoas eleitas. Mesmo defendendo algo, no meu ponto de vista, tão surreal, estão lá respeitados nos seus mandatos.
Um dos principais pontos turísticos da cidade de Jerusalém é aquela cúpula dourada, uma mesquita muçulmana, que está ali também em mais um gesto de convivência pacífica entre esses povos.
Eu fico, de verdade, indignado, Presidente Davi, porque eu achava que o Presidente Lula tinha combinado com V. Exa. de não sancionar essa lei para que V. Exa., inclusive na qualidade de uma pessoa judia, pudesse ter a honra de promulgar essa lei como Presidente do Congresso Nacional. Mas V. Exa. me diz que não.
E aí Deus sabe o que faz, porque, passados 12 anos de tramitação dessa matéria aqui no Congresso Nacional, agora, neste momento em que está conflagrada uma guerra, se Deus quiser, na iminência de terminar de fato, entre Israel e grupos terroristas daquela região, justamente no momento em que o Presidente é Lula, mais uma vez o povo tem a oportunidade de saber de que lado ele está. Se, deliberadamente, ele não sanciona uma lei simples como essa, um gesto diplomático, um gesto humanitário, inclusive neste momento, é porque ele escolheu o lado errado. Aí, passados 12 anos, coube a V. Exa., na qualidade de primeiro judeu Presidente do Congresso Nacional, Presidente do nosso Senado, fazer essa promulgação.
Eu não consigo entender como é que passa na cabeça de alguém defender as atrocidades que esses terroristas fizeram há três anos. Vou pegar só os fatos mais recentes. Os terroristas, Senadora Damares, invadiram o Estado de Israel para, deliberadamente, assassinar as pessoas pelo simples fato de serem judias, de serem israelenses, jovens, mulheres, pessoas inocentes. Buscavam dentro de suas casas as pessoas para assassiná-las, filmando, para transmitir as imagens ao mundo, para chocar o mundo. Tiveram a capacidade de degolar bebês! Como é que pode um ser humano que diz defender direitos humanos ainda ter alguma dúvida de que lado ficar?
E essas cenas de cortar o coração, Senadora Damares: já assisti a muitas mulheres que foram sequestradas por esses terroristas quando são livres do cativeiro. As imagens mostram, Senador Davi, que as mulheres mal conseguem andar de tanto tempo que foram estupradas.
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – Imagina quantas dezenas de vagabundos terroristas não passaram maltratando essas mulheres, pessoas inocentes, pessoas de bem, pessoas decentes.
Cadê a humanidade desse Governo? É de revoltar. Como é que pode?
Isso, mais uma vez, é Deus mostrando quem é Lula. Não dá para compactuar, não dá para ter uma política de boa convivência com uma pessoa que se comporta dessa forma. É muito, mas muito revoltante.
E, mais uma vez, as pessoas tinham que ter oportunidade de conhecer como é Israel, conhecer Jerusalém, como funciona aquela política, não apenas a única nação de democracia naquela região do Oriente Médio, mas para poderem ser testemunhas oculares de como, na prática, é o convívio pacífico entre pessoas que pensam diferente...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. FLÁVIO BOLSONARO (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - RJ) – ... muitas vezes diferente do que acontece aqui no Brasil, em que o discurso é da boca para fora.
E nós devemos medir o homem não só pelas suas palavras, mas principalmente pelos seus gestos, pelo que ele faz. E agora o Presidente Lula perdeu uma grande oportunidade de mostrar que estaria pensando em voltar para o lado certo, em defender o direito do Estado de Israel de existir, em defender direitos humanos para os judeus. Mas não; prefere o ódio, prefere a causa ideológica que coloca acima de tudo, inclusive dos direitos humanos, quando se posiciona ao lado de terroristas.
Mais uma vez, Presidente Davi, parabéns pela promulgação dessa lei.