Discurso durante a 107ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apresentação do Projeto de Lei nº 4397/2025, que institui o dia 2 de setembro como o “Dia Nacional da Vergonha”.

Defesa da trajetória e da atuação política do ex-Presidente Jair Bolsonaro, bem como alegações de conluio político e midiático no processo contra Bolsonaro, no âmbito do STF, por tentativa de golpe de Estado. Compromisso de denúncia de tais irregularidades às instâncias nacionais e internacionais. Apelo à atuação desta Casa para anular o julgamento e preservar a democracia.

Autor
Magno Malta (PL - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Data Comemorativa, Defesa do Estado e das Instituições Democráticas:
  • Apresentação do Projeto de Lei nº 4397/2025, que institui o dia 2 de setembro como o “Dia Nacional da Vergonha”.
Atuação do Judiciário, Relações Internacionais:
  • Defesa da trajetória e da atuação política do ex-Presidente Jair Bolsonaro, bem como alegações de conluio político e midiático no processo contra Bolsonaro, no âmbito do STF, por tentativa de golpe de Estado. Compromisso de denúncia de tais irregularidades às instâncias nacionais e internacionais. Apelo à atuação desta Casa para anular o julgamento e preservar a democracia.
Publicação
Publicação no DSF de 04/09/2025 - Página 47
Assuntos
Honorífico > Data Comemorativa
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas
Outros > Atuação do Estado > Atuação do Judiciário
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Relações Internacionais
Matérias referenciadas
Indexação
  • DISCURSO, APRESENTAÇÃO, PROJETO DE LEI, CRIAÇÃO, LEI FEDERAL, DIA NACIONAL, CONSCIENTIZAÇÃO, RISCOS, DEMOCRACIA, INTEGRIDADE, REPUBLICA, MANIPULAÇÃO, INFORMAÇÃO, INSTRUMENTO, NOTICIA FALSA, MES, SETEMBRO.
  • DEFESA, HISTORIA, EX-PRESIDENTE DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO, CRITICA, MINISTRO, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), ALEXANDRE DE MORAES, AUSENCIA, IMPARCIALIDADE, ABUSO DE PODER, PERSEGUIÇÃO, NATUREZA POLITICA, REPUDIO, PROCURADOR GERAL DA REPUBLICA, PAULO GUSTAVO GONET BRANCO, CONLUIO, PROCURADORIA GERAL DA REPUBLICA, POLICIA FEDERAL, IMPRENSA, CONDENAÇÃO CRIMINAL, JAIR MESSIAS BOLSONARO, COMENTARIO, DENUNCIA, EDUARDO TAGLIAFERRO, EX-SERVIDOR, ASSESSOR ESPECIAL, TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE), SOLICITAÇÃO, ATUAÇÃO, SENADO, REGISTRO, REMESSA, DOCUMENTAÇÃO, ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA), PARLAMENTO EUROPEU, DITADURA, BRASIL.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Para discursar.) – Graças a Deus o painel apagou, não está marcando nada, e é para fazer justiça a essas três horas em que o Wellington falou, inclusive gastando dez minutos elogiando V. Exa.

    E V. Exa., de uma certa forma, retribuiu. Aqui no meu imaginário, ele está querendo alguma aliança com V. Exa., não é? Estava se aproximando, nos momentos das conversas mais... Para o comando dos estados, para a Câmara Federal, para o Senado. E ele, vestido garbosamente de verde, teceu a V. Exa. todos os melhores elogios. Não fez nada... Não fez nada de novo. V. Exa. realmente é o que disse o Senador Wellington.

    E eu espero que ele reconheça... V. Exa.... Eu não sabia disso, que foi no seu Governo que ele virou Deputado Federal e esse reconhecimento público é muito importante. Dificilmente isso acontece, porque a pessoa, quando você está numa posição e ela percebe que você pode dar uma posição para ela, ela estabelece com você uma relação religiosa. Você é um deus para ela. Fala para todo mundo, te elogia em todo lugar. Quando ela chega naquela posição que queria, você não é mais um deus. Você passa a ser só um anjo. A relação continua religiosa. Quando alguém toca no seu nome, ela fala: "Não, Fulano foi um anjo na minha vida e tal, mas eu também já tinha...", "Eu também...", "Eu também...", e aí é só um anjo. E a relação continua religiosa. Se algum dia você encontra essa pessoa e diz: "Olha, como é que vai você? Lembra do que eu te falei lá no começo?" e tal. "Continua como foi no começo, agora, essas companhias..." e tal. Você tenta ajudar, a relação continua religiosa, mas você não é mais deus, você não é mais anjo e você passa a ser o diabo.

    Então, essa é a relação que o ingrato tem com alguém que lhe fez o bem. Eu tenho um amigo que diz que nem todo vagabundo é ingrato, mas todo ingrato é vagabundo.

    Parabéns, Senador Wellington, por ter publicamente feito esses elogios ao nosso Senador Jayme, e ao Senador Jayme, por ter trazido à baila esse conhecimento, porque isso é muito importante! É muito importante.

    Eu, como sou uma pessoa absolutamente grata... A Bíblia diz que nós não devemos desprezar os dias dos pequenos começos e eu tenho isso na minha alma e no meu coração desde a minha infância. Se alguém me der um copo d'água, eu sei disso e serei grato, de forma eterna, a essa pessoa.

    Sr. Presidente, ontem, dia 2 de setembro, o Brasil experimentou e viu o dia da vergonha e eu protocolei nesta Casa um projeto de lei, o PL 4.397, de 2025, que institui o dia 2 de setembro como o dia da vergonha. É um projeto de lei para que a história registre o dia em que o réu, linchado publicamente e dentro do Plenário de uma Suprema Corte, era um inocente.

    Os crimes a ele imputados, a Jair Messias Bolsonaro, são todos fictícios, fruto de uma invencionice diabólica, que nasceu de um conluio, muito antes – a mim me parece hoje – de que ele se tornasse Presidente da República, que não o deixou governar, embora tenha feito um grande governo.

    No seu Governo, aconteceu uma pandemia; no seu Governo, aconteceu uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Jair Messias Bolsonaro não permitiu, com o auxílio emergencial, que o seu povo pagasse e morresse de fome. Nenhuma prefeitura, ao longo do mandato de Jair Messias Bolsonaro, atravessou o ano no vermelho. Nenhum governo atravessou o ano, no Governo... Ao Estado do Espírito Santo, o meu estado, o Presidente Jair Bolsonaro mandou R$17 bilhões; para o Estado do Espírito Santo, R$17 bilhões! O povo do Espírito Santo e do Brasil é testemunha.

    O Brasil se vacinou. Quem comprou vacina? Jair Bolsonaro. Qual era a crítica trazida pela grande mídia, que a gente sabe que era um consórcio do conluio das grandes empresas de comunicação, conjuntamente com a Usaid, ou seja, um órgão americano que sustentou, com dinheiro, George Soros, Fundação Gates, família Rockefeller, o establishment? Do mundo em que são amantes da ditadura, sobra-lhe, sobeja dinheiro para que eles possam sorrir da desgraça alheia. São financiadores de aborto, são financiadores de legalização de drogas, e com o Brasil não foi diferente! O Sr. George Soros está infiltrado aqui, juntamente com todos eles!

    Organização Mundial da Saúde nunca foi Organização Mundial da Saúde, mas "organização mundial do comunismo": ideológicos, prenderam por quatro meses a população do mundo e do Brasil. Ora, se a pessoa espirra, é claro que o vírus vai se incubar, e as pessoas esqueceram que elas tinham rinite, elas se esqueceram de gripe, elas se esqueceram até de bala perdida, porque tudo virou covid!

    O réu Jair Messias Bolsonaro está sendo condenado por ter se reunido com embaixadores. O réu Jair Bolsonaro está sendo condenado porque ele mostrou numa live uma investigação da Polícia Federal, que foi pedida pela Ministra Presidente do STF, Rosa Weber, e ali mostrava que o hacker tinha ficado dentro do sistema por nove meses, exatamente dentro do período eleitoral. Imediatamente, quando isso foi mostrado por Jair Bolsonaro, colocaram sob segredo de justiça.

    Da Usaid, eles receberam ordens do Governo Biden, para que o Governo do Brasil, a exemplo dos outros... os embaixadores tinham que reconhecer o resultado das eleições imediatamente.

    Jair Bolsonaro não cometeu um crime contra esta nação, defendeu seus valores e seus princípios. Um indivíduo que, ao longo da sua vida pública, Senador Jaime Bagattoli, defendeu a vida, como eu e como o senhor. Nós somos fruto do nascituro, eu só estou nesta tribuna porque nasci; se abortado fosse, quem sabe...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... de fato aqui eu não estaria.

    O que aconteceu, Senador Jaime Bagattoli? Jair Bolsonaro defendeu escola sem partido; Jair Bolsonaro defendeu o ativismo, o ativismo gay no Brasil – eu não tenho nada contra ninguém, quanto à vida pessoal de cada um, cada um responda por si. Nós precisamos respeitar essas pessoas à medida que elas nos respeitam, porque respeito produz respeito.

    Qual foi o crime de Jair Bolsonaro quando se reuniu com os embaixadores, a mesma coisa que o Fachin fez como Presidente da Suprema Corte? Nenhum.

    No dia 2, o mundo assiste a um linchamento, o linchamento de um crime cometido por um homem, mas não sozinho. Uma corte...

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... que deu a esse homem poderes para falar no nome de quase todos eles. Eu acabei de ler e quero que fique gravado... (Fora do microfone.) ... eu protocolei o PL 4.397, que institui o dia da vergonha, que foi ontem.

    Jair Bolsonaro está em casa de tornozeleira.

    Eu sou amigo de Bolsonaro há muitos anos. Eu sou o amigo que entrou no corredor do hospital, em Juiz de Fora. Ele ainda estava na cirurgia e, ao terminar a cirurgia, eles o tiraram do centro cirúrgico, e eu pedi a um médico que, por favor, me deixasse entrar, porque eu precisava fazer uma oração.

    O Brasil e o mundo viram as imagens, eu vi Jair Bolsonaro nos braços da morte, juntamente com os quatro filhos dele – aliás, os três filhos –, o Flávio, o Eduardo e o Carlos dentro da UTI.

    E o médico disse: "Dificilmente ele sai dessa, porque uma infecção e ele vai morrer". E eu olhei para o médico, Senadora Leila, e disse: "Doutor, por favor, deixe-me entrar". "Mas não pode entrar". Eu lhe disse: Doutor, eu quero orar, porque eu oro com esse cidadão que aí está, esfaqueado por Adélio, um ex-filiado do Psol, a pessoa mais glamourizada, o homem mais importante do Brasil, tanto que ninguém pode mexer no telefone de Adélio, não tem uma mensagem publicada do Adélio, ninguém pode falar e tocar nos advogados de Adélio, no telefone dos advogados de Adélio. Adélio é a pessoa mais importante do Brasil, esfaqueou Jair Bolsonaro! E ainda tem cretinos, canalhas, que dizem que não houve facada "porque eu não vi sangue".

    Eu também não vi as cirurgias que alguém fez, mas, muito pelo contrário, eu orei por elas e por essas autoridades. Eu estava lá, Senador Jayme, e eu disse a dois médicos: "Me deixem entrar." E ele falou: "O senhor pode fazer em trinta segundos? É porque ele não pode pegar infecção". Eu disse: "Posso." Eu entrei e disse: "Deus, eu vim aqui impor as mãos sobre ele e mandar embora o espírito da morte".

    No dia 1º, Senador, eu cheguei do meu estado, desci no aeroporto e fui para a frente do condomínio de Jair Bolsonaro. Eu fiquei três horas lá, sozinho, porque eu não posso visitá-lo, porque, para visitá-lo, o dono do mundo, esse demônio chamado Alexandre de Moraes...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... esse ditador, esse indivíduo sem empatia, que não tem respeito pela vida humana, tenho que pedir a ele, e ele não me deu o direito. E eu orei a Deus ali. Fiquei três horas pedindo a Deus que desse a Jair Bolsonaro um sono tranquilo. Como alguém dorme com uma tempestade dessa, em cima da sua cabeça? Mas foi isso que eu pedi a Deus. Quando eu desci do avião, Senadora Leila... E eu sei que V. Exa. é empática. E por que eu sei disso? Porque eu sou empático a V. Exa. desde o seu sucesso, como a Leila do Vôlei, que é até hoje, e aprouve a Deus que a gente ia se encontrar aqui, neste lugar, para que V. Exa. conheça um pouco a minha história.

(Interrupção do som.)

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Senador Magno, mais quatro minutos para V. Exa. Tem mais três oradores inscritos aqui.

    Mais quatro minutos para V. Exa.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Eu peço aos oradores que cada um me dê um minuto, aí eu passo para seis.

    E V. Exa. não sabia que eu, de madrugada, assistia a jogo de vôlei feminino quando o vôlei foi tomando conta do mundo. O vôlei do Brasil entrou numa crescente que nunca mais parou. E a geração Leila foi aquela geração que acendeu o sol para que todas elas brilhassem. E vocês já brilhavam naquele momento.

    Então, eu não sou um homem de direita. E me chamam de extremista, com o que eu não tenho problema nenhum. Eu não queria ser extremista do Hamas, eu não queria ser matador do Hezbollah. Isso aí eu não quero! Mas o cara me chamar de extremista porque eu defendo a vida, porque eu sou da cultura da vida, porque eu sou contra ideologia de gênero, porque eu defendo valores, princípios, direito à terra. V. Exa. é um homem que produz, V. Exa. gera honra para o Brasil, Senador Jayme, porque a honra de um homem é seu trabalho. E nós temos um grupo terrorista. E V. Exa. que é agricultor, Senador Jaime Bagattoli... Vivem ameaçados todos os dias, mas não podem me chamar... Eu sou um homem de direita.

    No dia 1º eu estava na frente do condomínio com a mão para casa dele. Eu não sei para que lado fica, porque nunca entrei naquele condomínio, mas eu estava na frente e eu dizia: "Deus, alguma coisa tem que acontecer!" No dia 2, na Comissão de Segurança Pública, a gente sabia de dois áudios do Tagliaferro, que haviam vazado. O Tagliaferro era do Sr. Alexandre de Moraes...

    Aqui, são áudios cabulosos dos assessores de Moraes com ele.

    Ele era da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), um órgão dentro do TSE criado para poder monitorar a desinformação.

    Se V. Exa., Senadora Leila, ler os grupos do TSE, os grupos de empresários, os grupos de influencers, os grupos dos próprios funcionários, dos dedos-duros, aliás, grupos dos funcionários e grupo de pessoas que agiam clandestinamente em nome do TSE e com autorização...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Quero resumir o que eu pedi a Deus que acontecesse ontem e que a CNN Nacional não quis dar, depois de ter visto tudo e ter provado, de ter feito perícia de tudo e da legalidade da documentação do Tagliaferro.

    Nós concluímos, porque esta documentação que aqui está, o espelho de toda essa documentação, aqui eu tenho o espelho de tudo, da falcatrua...

    Esse julgamento tem que ser parado imediatamente mediante essa falcatrua!

    O Tagliaferro guardou tudo. E nós estamos preparando uma documentação.

    Eu gostaria muito e quero fazer no dia de amanhã: entregar a documentação pronta na mão do Presidente do Senado. Com isto aqui, se ele não agir, estará cometendo crime de responsabilidade.

    A Comissão de Segurança Pública vai levar isso ao Barroso, Presidente da Corte...

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Vamos levar ao próprio Alexandre de Moraes para ele ver (Fora do microfone.) que nós sabemos da safadeza, da molecagem fora do contexto legal, fora de amparo constitucional, Senador Jayme.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Dois minutos.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Vamos levar à OEA novamente. Vamos levar às autoridades americanas. Vamos levar ao Parlamento Europeu. Vamos levar aonde for, porque não tem o menor sentido que um ex-Presidente da República seja julgado por uma turma, e turma de inimigos, que o tirou para inimizade pessoal: o Sr. Zanin, advogado do Lula; o Sr. Flávio Dino, que passou a vida atacando Jair Bolsonaro.

    Ele disse que Bolsonaro está mais próximo de satanás do que de Deus. Eu nem sabia que comunista acredita em Deus. Bom, se não tem Deus, não tem Diabo. Quem é seguidor e discípulo de Lenin é ele, e ele diz que segue o decálogo de Lenin. Lenin fez uma coisa no mundo: matou, matou, matou e matou.

    Eles, Alexandre de Moraes, a vítima, o Ministério Público... Ele é o juiz e relator.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Quero ler os pontos para ir para o encerramento, porque V. Exa. diz que o Wellington tentou ultrapassar Leonel Brizola no discurso. Não, eu não vou ultrapassar nem o Wellington.

    Primeiro, monitoramento ilegal das comunicações privadas sem ordem judicial; produção retroativa de documentos para simular fundamentos jurídicos; uso de laudos inconclusivos para embasar medidas invasivas; usurpação da função pública; manipulação de processos físicos fora do sistema judicial eletrônico; desvio de finalidade administrativa; assédio institucional a servidores públicos; perseguição política seletiva e penal; conluio com o Ministério Público. 

    Sabe... (Fora do microfone.) O senhor se lembra por que acabou a Lava Jato?

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Senador Magno Malta, mais dois minutos para V. Exa. Temos oradores inscritos também ainda.

    Obrigado.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – V. Exa., além de ter me dado dois minutos...

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT. Fora do microfone.) – A mais.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... já me deu trezentas horas, que, certamente, quem sabe, um dia na vida eu vou usar.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Está bem, amigo.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Para o Brasil saber, quando a Lava Jato encerrou – e eles fizeram o vazamento da fala de Moro trocando mensagens com Dallagnol –, foi o fim do mundo. Gilmar Mendes se insurgiu assim... O mesmo Gilmar Mendes, que tinha dito que o Brasil era governado por uma cleptocracia. Aí ele ficou nervoso: "Isso é imoralidade, uma prostituição jurídica o juiz falando com o Ministério Público!". Por isso, eles começaram a destruir a Lava Jato. Só que Deltan Dallagnol e Moro estavam tratando de questões que envolviam bandidos, ladrões, surrupiadores, corruptos, o que levou o Lula à cadeia.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – E aqui o Alexandre, o PGR, o Sr. Gonet... Cara de pau! Cara de pau! Sabia que eu recebi esse sujeito no meu gabinete a pedido de Marcos Rogério? Não vou chamá-lo de excelência, não tem como chamar um cara de pau desse de excelência. O Sr. Gonet trocando mensagens para criar narrativa e fazer inocente de bandido.

    Entenda, Senador Jayme: tinha pessoas do seu estado presas sem saber por que estavam presas. Agora eu vou explicar para você por que as pessoas que estão presas e as de tornozeleira, a maioria, não sabem o porquê. Sabe por quê? Porque era assim, ó: entrava na rede social da pessoa e, se tivesse uma bandeira e a pessoa com a camisa amarela fazendo assim, eles já mandavam para esse grupo, que criava a narrativa, e a pessoa já entrava na lista da prisão.

    Ora...

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Fora do microfone.) – Gente, nós estamos numa Casa, nós estamos no Senado da República, que, dos três Poderes, é o que mais poder tem. Se Davi Alcolumbre não tomar uma medida, você que estiver me ouvindo...

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Senador Magno...

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES. Fora do microfone.) – Eu encerro, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Dois minutos para encerrar. Tem a Senadora Leila inscrita aqui.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – V. Exa. me deu dois minutos.

    O SR. PRESIDENTE (Jayme Campos. Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - MT) – Foram 15 minutos, mais ou menos.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Ah, é? Está bem.

    Quanto é um set? Não, um set não se marca, é na hora em que acaba mesmo, né? É verdade. São 15 pontos, né?

    A SRA. LEILA BARROS (Bloco Parlamentar Pelo Brasil/PDT - DF. Fora do microfone.) – Não, 25.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – São 25, acho que eu já fiz uns 17.

    Se o Senador Davi Alcolumbre – agora com fala ao Presidente da Casa, não à pessoa, nada contra a pessoa – não tomar uma atitude com isto aqui, com esta documentação que ele vai receber do Presidente da Comissão e da Comissão inteira, ele estará cometendo o crime de responsabilidade. Até para o Alexandre de Moraes nós vamos entregar a falcatrua dele – até ele vai receber a safadeza dele –, e todos os órgãos internacionais vão receber.

    Esse julgamento, esse linchamento tem que ser anulado, porque é linchamento de um inocente.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – Nós não estamos falando de inocência de infância; nós estamos falando de um Presidente, que não cometeu nenhum crime e que deveria estar sendo julgado na primeira instância, na primeira instância.

    Jair Bolsonaro perdeu o direito nas suas redes sociais e até de dar entrevista, coisa que eles não fizeram com o Lula. É um conluio velho.

    O Brasil, hoje, vive uma ditadura. Nós somos, hoje, um país vivendo ditatorialmente num regime totalitário. É um conluio sujo de um consórcio malvado, perverso e criminoso, que une Supremo Tribunal Federal e este Governo que aí está, e pelo qual o Brasil agora paga.

    V. Exa., de novo, que é do agronegócio... O fato de esse cidadão ter colocado o Brasil no eixo do mal, junto ao Irã, à China e à Rússia... Esse tarifaço do Trump é pequeno, perto do...

(Interrupção do som.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... tarifaço de Haddad, ao longo de dois anos. Esqueceram? (Fora do microfone.)

    Eu quero encerrar o meu discurso, dizendo a V. Exa.: muito obrigado pelo tempo...

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - ES) – ... que me deu, fazendo o registro de que o dia da vergonha está registrado e será votado nesta Casa, para que a história e para que os nossos filhos e netos saibam deste dia infame feito no Brasil, por aqueles que foram sabatinados nesta Casa e, aqui, foram mandados para o Supremo, para serem guardiões da Constituição, e não para criarem uma nova Constituição deletéria e imoral. E, hoje, eles fazem striptease moral em praça pública.

    De mim... Não arredarei um passo, porque medo eu conheço de ouvir falar; nunca lhe fui apresentado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/09/2025 - Página 47