Discurso durante a 141ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Professor. Reconhecimento da relevância da educação como base da sociedade e da atuação dos docentes na formação de cidadãos. Referência ao assassinato da professora Elisabeth Tenreiro. Defesa da criação de política nacional de proteção ao ambiente escolar. Defesa da aprovação Projeto de Lei (PL) n° 5671, de 2023, que "Institui diretrizes para a implementação de medidas de segurança destinadas à prevenção e ao combate à violência em âmbito escolar; e altera a Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018".

Autor
Efraim Filho (UNIÃO - União Brasil/PB)
Nome completo: Efraim de Araújo Morais Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Educação, Homenagem, Segurança Pública:
  • Sessão Especial destinada a comemorar o Dia do Professor. Reconhecimento da relevância da educação como base da sociedade e da atuação dos docentes na formação de cidadãos. Referência ao assassinato da professora Elisabeth Tenreiro. Defesa da criação de política nacional de proteção ao ambiente escolar. Defesa da aprovação Projeto de Lei (PL) n° 5671, de 2023, que "Institui diretrizes para a implementação de medidas de segurança destinadas à prevenção e ao combate à violência em âmbito escolar; e altera a Lei nº 13.756, de 12 de dezembro de 2018".
Publicação
Publicação no DSF de 15/10/2025 - Página 24
Assuntos
Política Social > Educação
Honorífico > Homenagem
Soberania, Defesa Nacional e Ordem Pública > Defesa do Estado e das Instituições Democráticas > Segurança Pública
Matérias referenciadas
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, DIA NACIONAL, Dia do Professor, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, CORPO DOCENTE, FORMAÇÃO, CIDADÃO, COMENTARIO, HOMICIDIO, DEFESA, CRIAÇÃO, POLITICA NACIONAL, PROTEÇÃO, ESCOLA.
  • DEFESA, APROVAÇÃO, PROJETO DE LEI, CRIAÇÃO, LEI FEDERAL, DIRETRIZ, IMPLEMENTAÇÃO, MEDIDA DE SEGURANÇA, PREVENÇÃO, COMBATE, VIOLENCIA, AMBITO, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, ALTERAÇÃO, DESTINAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), PROVIDENCIA, PROTEÇÃO, SEGURANÇA.

    O SR. EFRAIM FILHO (Bloco Parlamentar Democracia/UNIÃO - PB. Para discursar.) – Saudação aos senhores, saudação às senhoras, Parlamentares, audiência que nos acompanha também pela TV Senado e por todas as plataformas.

    Ser presidido nesta sessão pela Professora Dorinha Seabra é muito simbólico para mim, que tenho a alegria de compartilhar as bancadas com ela desde a Câmara dos Deputados, fizemos mandatos juntos lá, tivemos a coragem de juntos disputar o Senado e a felicidade de juntos recebermos o acolhimento, o carinho e a confiança do povo dos nossos estados para chegar ao Senado. E, como Líder da bancada, eu lhes digo que, quando o tema é educação, há sempre uma voz a ser escutada para decidir a nossa posição, e é a voz da Professora Senadora Dorinha Seabra, porque Dorinha consegue trazer consigo os dois pilares do conhecimento em educação: o pilar técnico do exercício da profissão de ser professora e o exercício da gestão da educação, Dorinha, que a gente sabe que é um outro grande desafio. Quando se consegue conciliar essas duas visões, escolher o caminho certo, nortear a trilha correta, balizar esses caminhos, faz toda a diferença.

    Então, para abrir aqui o nosso pronunciamento – espero que seja descontado do meu tempo –, faço a declaração de que estar ao lado da Senadora Dorinha é sempre um porto seguro na hora de a bancada se posicionar sobre temas da educação.

    Quero saudar aqui a mesa, que foi composta desde o início pelo Senador Wellington Fagundes, o Deputado Federal Rafael Brito, o Gregório Grisa, o Marcelo Bregagnoli e o Idilvan Alencar, além de todos que me antecederam aqui na tribuna.

    É uma honra, Professora, subir a esta tribuna para celebrar a profissão que é a base de todas as outras. Falamos aqui dos nossos professores. O médico que salva uma vida, o engenheiro que constrói uma ponte, o cientista que descobre uma cura, todos, sem exceção, começaram a sua jornada na sala de aula, guiados por um mestre.

    Professor é alicerce, a fundação sobre a qual erguemos não apenas profissionais, mas cidadãos. E uma nação que deseja um futuro sólido precisa, antes de tudo, garantir que esta fundição seja sobre concreto armado e não sobre um banco de areia.

    E eu sei, porque também tive essa vivência, essa experiência, que a jornada de um professor no Brasil é uma batalha diária, uma luta, muitas vezes, silenciosa, contra uma sobrecarga de um trabalho que não acaba quando o sino toca. Ser professor não é ser apenas professor; é ser psicólogo, é curar a briga de família, muitas vezes é atuar para a relação pais e filhos que interfere dentro da sala de aula. Antigamente se dizia que professor bom era aquele que transmitia conhecimento. Hoje se vai além: professor bom é aquele que gera oportunidade para que o aluno construa o seu próprio saber; não é uma questão de meramente transmitir e decorar, mas saber evoluir.

    Muito já se falou sobre isso. Então, Professora Dorinha, deixe-me focar e afunilar minha fala em um tema que eu acredito que merece ter uma luz jogada sobre esse ele. No cenário mais extremo, essa batalha à qual me reportei, muitas vezes é uma luta também pela própria vida. O santuário do saber, por vezes, transforma-se num lugar de medo. E essa não é uma ameaça abstrata, tem nome, rosto e história.

    Lembro aqui, com profundo respeito, a Profa. Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, assassinada em São Paulo enquanto fazia a chamada. A sua memória, e a de tantos outros que tombaram no exercício da sua vocação, exige deste Senado uma resposta. Não podemos normalizar este cenário como se fizesse parte da paisagem. Isso não é um mero problema de disciplina; é uma afronta ao futuro do nosso país.

    Nesse sentido, assumi, na Comissão de Segurança Pública, a relatoria de um projeto fundamental, o PL 5.671, de 2023, e o objetivo é, claro: criar uma política nacional para proteger o ambiente escolar. Não se trata apenas de instalar equipamentos, é sobre criar uma cultura de prevenção e preparo, uma ação coordenada que integre alerta rápido à polícia, monitoramento e, o mais importante, o treinamento contínuo dos nossos professores e funcionários. Proteger as escolas que educam o Brasil é proteger o próprio Brasil.

    Para concluir, recorro a um grande paraibano, o mestre Ariano Suassuna, que nos ensinou a sermos realistas esperançosos. Dizia ele que o otimista é um sonhador, que o pessimista é um tolo chato e que o bom é ser realista esperançoso. Realista para encarar de frente os desafios da segurança em nossa escola, mas esperançosos em construir a solução com pragmatismo e coragem.

    Esse futuro seguro e próspero é o que queremos para o Brasil. E ele não virá por acaso, será fruto de uma parceria sólida de um poder público que cria fundações de segurança e de professores que, com a sua vocação, tenham a energia para construir o conhecimento, e o Congresso fará a sua parte através desse projeto de que nos cabe a relatoria.

    Contamos, Professora Dorinha, com os nossos mestres para, juntos, erguermos um futuro em que cada sala de aula seja, acima de tudo, um lugar de paz e de oportunidade para cada brasileiro.

    Essa é a minha mensagem e a homenagem que deixo ao dia dos nossos mestres, ao dia dos nossos professores, em nome da Liderança do nosso União Brasil.

    Meu muito obrigado. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/10/2025 - Página 24