Pronunciamento de Wellington Fagundes em 14/11/2025
Discurso durante a 169ª Sessão Especial, no Senado Federal
- Autor
- Wellington Fagundes (PL - Partido Liberal/MT)
- Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Matérias referenciadas
O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - MT. Para discursar. Por videoconferência.) – Perfeito!
Senador Marcos Pontes, eu quero aqui cumprimentá-lo, como a todos que estão à mesa, a todos que estão presentes nesta sessão.
Eu estou aqui no meu Mato Grosso, no interior do Mato Grosso, e eu quero agradecê-lo pela companhia, pelo trabalho que fazemos juntos na Liderança do Bloco Vanguarda, em que eu tenho a honra de tê-lo como meu Vice-Líder, mas também pela experiência de V. Exa. de ter sido o Ministro da Ciência e Tecnologia e ter implantado aqui o nosso Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal.
Eu hoje posso festejar com V. Exa., porque temos o Estatuto do Pantanal, já aprovado pelo Senado e pela Câmara, e também com a sanção presidencial. Portanto, hoje o nosso Pantanal tem lei, também graças a V. Exa. E vamos trabalhar para que a gente, através da ciência, da pesquisa, do desenvolvimento, possa também fazer com que o nosso Pantanal volte a ser uma região rica, onde o homem pantaneiro, que é o quilombola, o indígena, o ribeirinho, todos aqueles que acreditam na maior área alagada do mundo... Sem dúvida, a ciência é fundamental também para que a gente preserve e possa também fazer o desenvolvimento sustentável.
Hoje, Senador Marcos Pontes, celebramos os 80 anos do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da nossa Universidade Federal do Rio de Janeiro – falo nossa porque é do Brasil e é do mundo, né? –, essa universidade com toda a referência. O instituto, com certeza, é mais do que uma instituição acadêmica: é um gerador de vida, acima de tudo, e também de inovação e de esperança.
E, durante oito décadas, seus cientistas produziram descobertas que impactaram diretamente a medicina, bem como a biotecnologia, a fisiologia, a farmacologia e a formação de milhares de pesquisadores. A ciência, então, que nasce nos laboratórios, chega às mesas das famílias, aos hospitais, ao SUS – que é o maior programa de saúde público do mundo –, e também à prevenção do câncer, às vacinas, aos avanços. Celebramos, com certeza, hoje, ciência, e celebramos também vidas salvas.
Eu quero também dizer a todos que é impossível pensar o futuro do Brasil sem compreender o papel estratégico da pesquisa. Nenhum país se torna grande ignorando o seu capital intelectual. Nenhum país se torna competitivo sem ciência. Nenhum país se torna sustentável sem inovação. Nesse sentido, então, eu reitero: desenvolvimento econômico e preservação ambiental não são caminhos opostos. A ciência é exatamente a ponte que une os dois.
Essa visão tem, e muito, orientado também o meu trabalho agora, na COP 30 – eu estava em Belém, cheguei essa madrugada de Belém –, e lá com agenda sobre logística sustentável, bioeconomia e também a descarbonização.
E eu quero aqui também destacar algo essencial: a ciência não pode ser privilégio de regiões específicas; o Brasil só será potência quando crianças, jovens e pesquisadores do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste tiverem as mesmas oportunidades de conhecimento e infraestrutura. Levar pesquisa ao interior, às universidades estaduais, aos institutos federais e aos polos tecnológicos é uma missão nacional.
E eu quero ainda dizer que Carlos Chagas Filho compreendeu isso desde muito cedo: ciência é comunidade, ciência é país. Por isso, esta sessão homenageia não apenas uma biografia brilhante, mas um conjunto de valores, rigor científico, compromisso público, amor pelo Brasil e fé na educação como ferramenta de libertação social.
Ao parabenizar o Instituto de Biofísica pelos seus 80 anos, quero registrar aqui, também, o meu respeito e admiração a todos seus profissionais – docentes, pesquisadores, servidores, técnicos e estudantes também. Por isso, eu aqui quero repetir e dizer de forma enfática: a ciência brasileira resiste porque vocês resistem, a ciência brasileira avança porque vocês avançam. E deixo aqui uma homenagem que pode ecoar para as futuras gerações: quando um país decide investir na inteligência do seu povo, ele já decidiu vencer.
Por isso, Ministro e Senador Marcos Pontes – de mais de 10 milhões de votos –, a todos vocês que aqui estão, eu deixo, do interior do Mato Grosso – bem aqui, neste estado de três biomas, do Pantanal, do Cerrado, com a sua capacidade de produzir alimentos para a cesta básica do brasileiro e ainda para exportarmos, gerando divisa, e também da nossa Amazônia mato-grossense –, eu deixo aqui, então, um abraço a todos vocês. E tenho certeza de que esta sessão, Senador Marcos Pontes, é uma das sessões mais importantes que o país fez na minha vida política.
Grande abraço. (Palmas.)