Pronunciamento de Esperidião Amin em 29/08/2023
Discurso durante a 117ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal
Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a Reforma Tributária.
- Autor
- Esperidião Amin (PP - Progressistas/SC)
- Nome completo: Esperidião Amin Helou Filho
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Tributos:
- Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a Reforma Tributária.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/08/2023 - Página 27
- Assunto
- Economia e Desenvolvimento > Tributos
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, REFORMA TRIBUTARIA, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), ALTERAÇÃO, DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITORIAS, DESVINCULAÇÃO, RECEITA, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), MUNICIPIOS, EXTINÇÃO, IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, ALIQUOTA, DISTRIBUIÇÃO, ARRECADAÇÃO, APROVEITAMENTO, SALDO CREDOR, NORMAS, PERIODO, AUSENCIA, LEI COMPLEMENTAR, LEGISLAÇÃO, UNIÃO FEDERAL, CRITERIOS, COMPENSAÇÃO, VALOR, RECEITA TRIBUTARIA, CRIAÇÃO, CESTA DE ALIMENTOS BASICOS, DEFINIÇÃO, BENS, SERVIÇO, REDUÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PROCESSO LEGISLATIVO, COMPETENCIA, Conselho Federativo do Imposto sobre Bens e Serviços, INICIATIVA, PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR (PLP), Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), RESSALVA, PRINCIPIO JURIDICO, ANTERIORIDADE, EFEITO, AUMENTO, TRIBUTOS, MEDIDA PROVISORIA (MPV), INICIO, TRAMITAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), JULGAMENTO, CONFLITO, NORMAS GERAIS, SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL, COOPERATIVA, MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA, INCIDENCIA, FATO GERADOR, BASE DE CALCULO, ESPECIFICAÇÃO, REGIME JURIDICO, PRODUTO, COORDENAÇÃO, UNIFORMIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO, DIVISÃO, FUNDO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), FINANCIAMENTO, SEGURIDADE SOCIAL, COMPOSIÇÃO, FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BASICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB), GARANTIA, MEIO AMBIENTE, EQUILIBRIO ECOLOGICO, REGIME FISCAL, Biocombustível.
O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/PP - SC. Para discursar.) – Bom dia a todos.
Presidente, a minha primeira palavra é para cumprimentá-lo pela realização deste evento. Ele, por si só, engrandece a sua Presidência.
Cumprimento igualmente o Senador Eduardo Braga, que tem habilidade e competência para se desincumbir bem desta tarefa.
E não posso deixar de cumprimentar o proponente, o nosso querido Senador Kajuru Nasser, que, nas suas palavras, confirmou um aforismo político eleitoral: voto conquistado por médico, Senador Veneziano, só a terra pode apagar, em caso de falha do médico; porque, se ele acertar, é voto para toda a vida. E o médico Ronaldo Caiado parece que foi muito exitoso na sua pescaria eleitoral.
Tenho três comentários a fazer, todos eles já engrandecidos pelas primeiras intervenções. Primeiro: como eu fui eleito Governador pela primeira vez em 1982, há 40 anos que nós falamos em reforma tributária. Ela jamais será perfeita, o fato é que a Câmara nos entregou um texto que nos cabe aqui aperfeiçoar no possível.
Primeiro: ela simplifica? Sim. Se reduz o número de impostos, é uma simplificação, especialmente quando acompanhada por inovações tecnológicas, e eu não posso deixar de destacar a contribuição do catarinense Miguel Abuhab e do Hauly, que conduziu a reforma tributária aqui no Senado, ainda quando ela tinha só o número 100 – agora ela tem o número 100, 45 e 46, que são as três propostas. Portanto, até aí, todos podemos nos regozijar com o propósito.
O segundo já é um pouco diferente. Ela respeita completamente o pacto federativo? Acho que não. Por isso, uma das minhas emendas é para extinguir o Conselho Federativo. Quem mais se aproxima do Conselho Federativo é o Senado: delibera e é federativo. Talvez um comitê gestor para domesticar algoritmos, sintetizando, à semelhança do Super Simples, possa ser uma solução, mas aí não terá essa pompa e circunstância de Conselho Federativo, será um comitê gestor. Talvez a lei não esteja completamente bem escrita, e ela precisa de conselheiros – e isso é muito ruim –, porque, no fundo, nós estamos colocando mais poder em Brasília e menos no Brasil. Se houver uma solução conciliatória, eu estou ansioso para concordar; agora, como está, eu vou persistir na ideia de extinguir o Conselho Federativo.
Finalmente, as travas. Comenta-se hoje que a trava tributária seria em relação ao PIB – segundo a imprensa nos informa, como sendo ideia do querido amigo Eduardo Braga. Eu tenho me dedicado, Jaques Wagner, a procurar serralherias e marcenarias para saber qual a trava que funciona – trava, trava de porta, trava de janela. Ainda não cheguei a uma conclusão, mas nós precisamos de uma trava, que vai, inclusive, domesticar essa curiosíssima e inédita corrida para a exclusão.
As excepcionalidades são exclusão. Eu nunca tinha visto uma corrida assim: todos querem ser excluídos. Isso é exatamente o inverso do que a sociologia política ensina. Portanto, há alguma perversidade tanto na intenção quanto na possibilidade de todos concorrerem na busca da excepcionalidade sob a forma de exclusão do regime tributário que seria o normal. Mas acho que o Senado tem a responsabilidade e tem as condições de reduzir os danos e aperfeiçoar a reforma que é necessária.
Muito obrigado.