Pronunciamento de Wilder Morais em 29/08/2023
Discurso durante a 117ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal
Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a Reforma Tributária.
- Autor
- Wilder Morais (PL - Partido Liberal/GO)
- Nome completo: Wilder Pedro de Morais
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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Tributos:
- Sessão de Debates Temáticos destinada a debater a Reforma Tributária.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/08/2023 - Página 71
- Assunto
- Economia e Desenvolvimento > Tributos
- Matérias referenciadas
- Indexação
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- SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, REFORMA TRIBUTARIA, PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO (PEC), ALTERAÇÃO, DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITORIAS, DESVINCULAÇÃO, RECEITA, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL (DF), MUNICIPIOS, EXTINÇÃO, IMPOSTOS, CONTRIBUIÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, ALIQUOTA, DISTRIBUIÇÃO, ARRECADAÇÃO, APROVEITAMENTO, SALDO CREDOR, NORMAS, PERIODO, AUSENCIA, LEI COMPLEMENTAR, LEGISLAÇÃO, UNIÃO FEDERAL, CRITERIOS, COMPENSAÇÃO, VALOR, RECEITA TRIBUTARIA, CRIAÇÃO, CESTA DE ALIMENTOS BASICOS, DEFINIÇÃO, BENS, SERVIÇO, REDUÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PROCESSO LEGISLATIVO, COMPETENCIA, Conselho Federativo do Imposto sobre Bens e Serviços, INICIATIVA, PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR (PLP), Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), RESSALVA, PRINCIPIO JURIDICO, ANTERIORIDADE, EFEITO, AUMENTO, TRIBUTOS, MEDIDA PROVISORIA (MPV), INICIO, TRAMITAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), JULGAMENTO, CONFLITO, NORMAS GERAIS, SISTEMA TRIBUTARIO NACIONAL, COOPERATIVA, MICROEMPRESA, PEQUENA EMPRESA, INCIDENCIA, FATO GERADOR, BASE DE CALCULO, ESPECIFICAÇÃO, REGIME JURIDICO, PRODUTO, COORDENAÇÃO, UNIFORMIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO, DIVISÃO, FUNDO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL, Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), FINANCIAMENTO, SEGURIDADE SOCIAL, COMPOSIÇÃO, FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BASICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO (FUNDEB), GARANTIA, MEIO AMBIENTE, EQUILIBRIO ECOLOGICO, REGIME FISCAL, Biocombustível.
O SR. WILDER MORAIS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - GO. Para discursar.) – Presidente, Senadora Augusta Brito, Sras. Senadoras, Srs. Senadores, de início eu quero parabenizar o Presidente Rodrigo Pacheco pela iniciativa desta sessão de debates temáticos que veio em boa hora para trazer a transparência e a preocupação que a reforma tributária tem no nosso país.
Cumprimento o nosso corajoso Relator da reforma, Eduardo Braga. Cumprimento também todos os Governadores que estiveram aqui presentes, em especial cumprimento o Governador do nosso Estado de Goiás, que tem peregrinado pelo Brasil afora, falando dos efeitos dessa reforma tributária, e que fez aqui hoje um grande debate da sua preocupação com o que a reforma tributária pode trazer de consequência aos estados em desenvolvimento.
Sra. Presidente, venho aqui expressar a preocupação do povo goiano com a reforma tributária. Não há dúvida de que é imperativo para o progresso da nossa nação revisar o sistema tributário, mas é essencial que essa revisão seja cuidadosa, procedente de medidas igualmente importantes como a reforma administrativa.
Em primeiro lugar, é essencial ressaltar que qualquer governo comprometido com o bem-estar dos seus cidadãos deve buscar maneiras de aliviar a carga tributária sobre a população.
Caros Senadores, a redução dos impostos é um passo crucial para impulsionar o crescimento econômico, estimular investimentos e aliviar as pressões financeiras sobre as famílias e as empresas. Uma reforma tributária que preze pela saúde econômica do país não pode negligenciar a competição entre os estados. É fundamental que os Governadores eleitos continuem a ter a liberdade de oferecer incentivos e benefícios fiscais para promover o seu desenvolvimento regional.
Um Governador precisa ser gestor, e não somente um ordenador de despesa; preservar a concorrência dos pilares de um sistema tributário justo e equilibrado de um país com tamanho continental. Essa reforma está se baseando num princípio arcaico de que a competição entre os estados é ruim. E o termo pejorativo, que se chama guerra fiscal, nós deveríamos deixar para trás, porque isso é uma concorrência fiscal.
O modelo tributário norte-americano, que preserva a autonomia dos estados, merece nossa atenção e estudo, Sr. Relator. Como Parlamentar de um estado em franco desenvolvimento e munido de uma gestão eficiente, tenho medo dos efeitos danosos da reforma tributária sobre os investimentos e a atividade econômica do meu Estado de Goiás.
Por razão, Srs. Senadores, julgo inegociável a manutenção da autonomia dos estados e dos municípios. Nosso país é vasto e diverso. As necessidades regionais dependem da capacidade dos Governadores de adaptar as políticas fiscais para, só assim, garantir o desenvolvimento equilibrado do nosso estado.
Não posso deixar também de destacar a interligação entre a reforma tributária e o arcabouço fiscal. A combinação dessas duas propostas resultará em um aumento de carga tributária. Precisamos inserir cláusula no texto da reforma tributária que garanta que nosso povo não seja mais sobrecarregado.
A definição de uma alíquota máxima trará clareza e segurança para os contribuintes e evitará a imposição de ônus excessivos sobre nossa economia. A previsibilidade proporcionada por uma alíquota máxima é um elemento essencial para estimular os investimentos da nossa atividade econômica.
Por fim, Sras. e Srs. Senadores, é hora de garantirmos o papel do protagonista, de sermos o Senado Federal. Para assegurar o equilíbrio entre os estados, devemos garantir que as propostas das leis complementares, que são as principais, sejam iniciadas nesta Casa, ou seja, de competência exclusiva do Senado. Isso assegurará que a diversidade, as necessidades dos nossos estados sejam devidamente consideradas e que o pacto federativo seja genuinamente preservado.
Estou comprometido com esse objetivo. Acredito que, unidos, vamos...
(Soa a campainha.)
O SR. WILDER MORAIS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - GO) – ... fazer nosso esforço para alcançarmos uma reforma tributária verdadeiramente transformadora. E se somarmos a esse trabalho a discussão de uma reforma administrativa, aí, sim, vamos tirar aquele velho jargão: mais Brasil e menos Brasília.
Obrigado, Presidenta. Presidente.