4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
56ª LEGISLATURA
Em 24 de junho de 2022
(sexta-feira)
Às 10 horas
73ª SESSÃO
(Sessão Especial)

Oradores
Horário

Texto com revisão

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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE. Fala da Presidência.) - Declaro aberta esta sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.
Quero aqui fazer uma saudação especial a todos que estão conosco aqui, convidados e também as pessoas interessadas que vieram ao Senado Federal para participar desta sessão, que eu considero histórica, porque a presente sessão especial semipresencial foi convocada nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 8, de 2021, que regulamenta o funcionamento das sessões remotas e semipresenciais no Senado Federal e a utilização do Sistema de Deliberação Remota; e em atendimento ao Requerimento nº 193, de 2022, de minha autoria e de outros Senadores, aprovado pelo Plenário do Senado Federal.
Comunico que os cidadãos que estão nos assistindo pela TV Senado e pelas mídias desta Casa revisora da República podem participar também desta sessão através do endereço www.senado.leg.br/ecidadania - repito: www.senado.leg.br/ecidadania. É esse serviço que proporciona que as pessoas entrem aqui na audiência conosco, ou também pelo telefone gratuito 0800 0612211 - repito: 0800 0612211.
Então, se você quiser fazer algum comentário, alguma pergunta, eu não posso me comprometer que vou fazê-los a todos os convidados, porque a gente tem um tempo limitado aqui, dentro do planejado, mas vou tentar, junto com a equipe aqui do Senado Federal, a atenciosa equipe que nós temos aqui, selecionar algumas perguntas e colocá-las no final.
Esta sessão é destinada a comemorar os 75 anos do Dia Mundial da Ufologia.
Então, eu quero, neste momento, já formar aqui a nossa mesa. Infelizmente, a gente só tem a possibilidade de colocar quatro convidados aqui, na mesa, que vão ficar do início ao fim, mas nós vamos chamar também alguns palestrantes que vão usar da tribuna para fazer as suas explanações.
Então, para compor a mesa, eu gostaria de chamar o Sr. Ademar José Gevaerd, que é conferencista, diretor da revista UFO e Diretor emérito no Brasil da Mutual UFO Network.
Por favor. Muito obrigado. (Palmas.)
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Quero aproveitar também e chamar o Sr. Wilson Picler, que é sócio fundador e Presidente do Grupo Uninter, com sede no Paraná, mas com atuação em todo o País.
Muito obrigado pela presença. (Palmas.)
Eu gostaria de chamar também... Nós temos a presença de dois ilustres convidados internacionais, que conhecem bastante o assunto, estudiosos com muitas publicações e que vieram ao Brasil especialmente para esta solenidade, deixando muito claro a quem está nos assistindo que não houve um centavo de desembolso do Senado Federal com a presença deles. Então, eles estão aqui porque fizeram questão de participar, e eu fico muito feliz com essas presenças, que vão abrilhantar e agigantar esse evento solene.
Então, quero chamar aqui o Dr. Gary Heseltine. Por favor venha à nossa mesa, ele que é detetive aposentado da polícia inglesa.
Por favor, come here. (Palmas.)
Eu quero também chamar a esta Mesa, com muita honra - eu já acompanhava também o trabalho dele em alguns comentários que eu pude assistir -, o pesquisador americano de Ufologia, o Sr. Robert Lambert Salas.
Muito obrigado pela sua presença. Seja bem-vindo. (Palmas.)
Muito obrigado.
A Presidência informa que esta sessão terá a participação de outros convidados, que também estão conosco aqui, presencialmente.
O Sr. Geraldo Lemos Neto, que é escritor - eu agradeço demais - e está aqui na primeira fila.
O Sr. Jackson Luiz Camargo, que é especialista na análise de documentação oficial. Ele está aqui conosco também.
Muito obrigado.
O Sr. Thiago Ticchetti - é assim a pronúncia? -, que é conferencista, assessor governamental e Presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Muito obrigado pela presença.
O Sr. Rony Vernet, que é engenheiro eletrônico com especialização em automação industrial e telecomunicações.
Muito obrigado pela sua presença também.
O Sr. Inajar Antonio Kurowski, que é professor universitário de graduação e pós-graduação, policial e perito criminal do Instituto de Criminalística do Paraná. Eu tive a oportunidade de conhecê-lo em uma palestra no último congresso que nós tivemos em Curitiba, não é isso? Foi em Curitiba no mês de...
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - ... março deste ano, e foi muito boa a sua exposição também lá.
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Então, agradeço a todos.
Eu quero convidar a todos para que possamos, em posição de respeito, acompanhar o Hino Nacional brasileiro.
Então, de pé, agradeço a todos.
(Procede-se à execução do Hino Nacional.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE. Para discursar - Presidente.) - Tivemos até uma coisa especial que eu nunca tinha visto aqui no Senado Federal: tivemos de cantar um pedaço à capela. Isso é um bom sinal.
Olha, eu queria fazer aqui uma breve abertura porque, depois que a Nasa colocou em órbita o telescópio Hubble, na década de 90, a humanidade precisou rever totalmente a sua perspectiva a respeito do Universo. Já nos primeiros dez anos de funcionamento do telescópio, foram fotografadas 30 mil novas galáxias até então desconhecidas, sendo que algumas delas contêm mais de 1 trilhão de estrelas.
A nossa própria galáxia, a Via Láctea, teve o seu tamanho revisto, passando de 100 bilhões para mais de 200 bilhões de estrelas.
Depois de 30 anos de pesquisa espacial, em função do campo profundo do Hubble, os cientistas estimam que o universo observável tem mais de 200 bilhões de galáxias. Estamos falando de galáxias e estrelas, porque só planetas mais próximos da Terra podem ser observados com a nossa atual tecnologia. Mesmo com essa grande limitação ainda, é possível estimar que, apenas em nossa galáxia, existam pelo menos 2 trilhões de planetas.
Esses dados são suficientes para assegurar que, estatisticamente, é impossível a existência de vida inteligente apenas no planeta Terra, que não passa de um minúsculo grão de poeira diante da magnífica grandeza do universo visível.
Em suma, uma frase que sempre me vem muito desde a infância, quando este assunto despertou em mim vontade de conhecer mais: é muita pretensão do ser humano achar que nós estamos sozinhos no Universo de meu Deus.
Então, nós estamos muito honrados. É muito gratificante esta oportunidade de organizar este evento importante aqui no Senado Federal, destinado a celebrar os 75 anos do Dia Mundial da Ufologia, data escolhida em face de um avistamento massivo de objetos voadores não identificados, óvnis, no espaço aéreo dos Estados Unidos, no ano de 1947. Detalhe, exatamente, no dia 24 de junho de 1947, data de hoje.
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Dezenas de nações constituíram estruturas oficiais para o acompanhamento desses eventos, quase sempre subordinadas às Forças Armadas.
O Brasil foi o primeiro país no mundo a reconhecer, oficialmente, a existência dos objetos voadores não identificados com procedência extraterrestre, no ano de 1954. Somente 22 anos depois, a França torna-se o segundo país a fazê-lo, no ano de 1976.
Ao longo das últimas décadas, foram se acumulando muitos registros de observações no espaço aéreo brasileiro. Um dos casos mais significativos ocorreu em 1986, quando 21 óvnis esféricos, com 100m de diâmetro, foram seguidos, durante horas, por caças da Força Aérea Brasileira.
A Aeronáutica já disponibilizou para o Arquivo Nacional, em Brasília, mais de 20 mil páginas de documentos com registro de movimentações de naves que não se enquadram no nosso nível tecnológico. Mas existem muito mais informações que ainda precisam se tornar de domínio público. Por que não? Fica aquele velho questionamento: se existe esse tipo de avistamento, essa possibilidade, qual a colaboração que essas inteligências podem trazer para nós? Em que esferas isso pode acontecer? Isso tudo nós vamos ouvir aqui de pessoas que estudam.
Nós vivemos um momento, inclusive, delicado na humanidade, não apenas pela pandemia que nós tivemos, que nos fez repensar muito o dia a dia, o que é importante para a vida - estarmos próximos à família; a fraternidade; revermos nossos valores -, mas também pela guerra que está acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia. Neste momento difícil que a humanidade vive, em pleno século XXI, é muito importante a gente refletir sobre tudo isso.
A mesma situação ocorre nos Estados Unidos - falando aqui de avistamentos. O Pentágono liberou, em 2021, no ano passado, no meio da pandemia, um relatório pormenorizado sobre 144 casos de avistamentos, sendo que apenas 1 deles, dos 144 - apenas 1 -, recebeu explicação compatível com as condições do nosso planeta.
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No dia de hoje também, completa 21 anos de existência o primeiro museu de ufologia da América Latina, que está localizado aqui no Brasil, no Município de Itaara, no Rio Grande do Sul. Além de um grande acervo, esse museu dispõe também de um observatório bioastronômico.
Olha, eu espero, sinceramente, que esta sessão...
E eu quero fazer aqui um registro de agradecimento ao Presidente do Senado Rodrigo Pacheco, que abriu este espaço e fez a votação que aprovou, por unanimidade dos Senadores, a possibilidade de fazermos esta sessão de celebração dos 75 anos do Dia Mundial da Ufologia. Então, eu queria agradecer a ele, porque esta Casa é democrática. Nesta Casa, a gente não tem que ter, absolutamente, nenhum tipo de preconceito. É um assunto que merece, sim, uma reflexão, atenção, porque tem, de uma certa forma - a gente vai ver aqui - estudos científicos sobre o caso.
Então, nós esperamos muito que esta sessão seja esclarecedora e seja o primeiro passo para que possamos, de alguma forma, pesquisar mais e estar abertos para este tema aqui no Brasil. É esperado que esta homenagem favoreça também a ampla divulgação de informações por parte das organizações governamentais sobre o tema.
Eu quero agradecer a todos e dizer que o Senado americano... Olha que houve uma sincronicidade, porque o nosso requerimento foi aprovado no dia 17 de março de 2022, mas não tinha ainda, quando a gente o aprovou, a data definida, e o Congresso americano realizou, no dia 17 de maio - ou seja, exatamente dois meses depois de a gente ter aprovado aqui o nosso requerimento -, uma audiência pública para falar sobre o relatório divulgado pelo Pentágono em 2021. Veja você como é interessante isso. Eu, particularmente, não tinha a menor ideia, não sei se os estudiosos aqui sabiam que o Senado tinha aprovado o requerimento nesse sentido e já realizou. Eu não tinha essa compreensão.
Em 9 de junho de 2022 - olhem como o assunto está bem quente no momento -, em 9 de junho deste mês, a Nasa anunciou a criação de um grupo dedicado a estudar fenômenos aéreos não identificados, de um ponto de vista científico, o que inclui tanto óvnis quanto a observação de eventos naturais, no céu, ainda desconhecidos.
Então, eu já quero, imediatamente, começar, porque a gente veio para ouvir e o meu objetivo aqui também é aprender, sem nenhum julgamento. Eu acho que a gente tem que ter essa humildade de aprender com quem estuda, com quem se dedica com relação à ufologia.
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É bom sempre lembrar que ufologia é o conjunto de assuntos e atividades - está aqui no Wikipédia - associadas ao interesse em objetos voadores não identificados e fenômenos relacionados que sirvam de objeto de investigação a governos, grupos independentes de jornalistas e cientistas ou interesse da sociedade em geral. Os fenômenos referentes à ufologia podem ter caráter diverso, indo desde alegados contatos com extraterrestres, sequestros, comunicações, abduções até desastres teoricamente originados...
Então, nós vamos ouvir aqui, já que, no Brasil, existe essa cultura também... Eu acho que o nosso primeiro palestrante, conferencista, o Dr. Picler, vai falar sobre o que o brasileiro pensa sobre esse assunto. Ele tem diversas pesquisas nesse tema.
Então, já quero conceder, imediatamente, a palavra aqui, por 15 minutos... Vai ser esse o protocolo que a gente vai fazer, o rito. Cada conferencista vai ter 15 minutos, com uma tolerância de cinco, para concluir seu raciocínio.
No final, eu vou ler algumas perguntas do público, alguns questionamentos que vocês estão fazendo tanto pelo e-Cidadania, o portal do Senado de que eu já falei aqui no início, como pelo telefone e deixar também cinco minutos de considerações finais para cada palestrante.
Então, eu já vou chamar aqui. Concedo a palavra ao Sr. Wilson Picler - fique à vontade para usar qualquer das tribunas do Senado -, que é ex-Deputado Federal pelo Estado do Paraná, especialista em metodologia científica, sócio fundador e Presidente do Grupo Uninter.
Muito obrigado. Fique à vontade.
O SR. WILSON PICLER (Para discursar.) - Exmo. Senador Eduardo Girão, quero cumprimentá-lo e, na sua pessoa, cumprimentar os demais Senadores desta Casa, quero cumprimentar os colegas da Câmara, uma vez que fui Deputado em 2009 e 2010, cumprimentar o público presente, o povo brasileiro e - por que não? - saudar as inteligências cósmicas que possam estar nos assistindo neste momento, uma vez que, inclusive, estamos transmitindo esta conferência.
Eu preparei um eslaide - vou ser bem rápido porque tenho só 15 minutos para contextualizar - a respeito da vida na galáxia, da possibilidade de vida na galáxia, e, em seguida, vou apresentar uma pesquisa de opinião com 2 mil entrevistados, com um plano amostral semelhante a esses que são utilizados em pesquisas eleitorais, com amostragem de todo o Brasil, de todos os estados, sexos, bem equilibrado, como se fosse uma pesquisa de opinião eleitoral, só que foi aplicada com perguntas a respeito da ufologia.
Vou apresentar o primeiro eslaide.
Nós temos aí a Via Láctea.
Para onde eu aponto isto aqui? Para cá? (Pausa.)
Está passando?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE. Fora do microfone.) - Está.
O SR. WILSON PICLER - Qual o botão que aperta aqui? Você quer passar para mim?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Você pode ver no computador, Dr. Picler.
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O SR. WILSON PICLER - É o botão grande, não é? (Pausa.)
Ah, bom! Agora vai!
Bom, tinha um vídeo aqui, mas nós vamos pular, temos que pular esse eslaide.
Temos aqui a Via Láctea. Ali está apontado o Sol onde nós estamos. Vocês podem observar que nós estamos distantes do centro da galáxia e também estamos distantes da borda da galáxia, estamos bem no meio da galáxia. Isso é muito importante. Aqui, num corte vertical, vocês observem que nós habitamos o disco. Isso é muito importante do ponto de vista astrofísico, porque os cientistas definem essa região verde - olha, essa é uma visão moderada - como sendo a zona galáctica habitável, porque está distante do centro da galáxia o suficiente para escapar de explosões de nebulosas, eventos de grande energia que podem esterilizar toda a vida e toda uma região da galáxia. Também estamos distantes da borda porque precisa haver densidade material, metalicidade, como os astrofísicos chamam - metalicidade são elementos mais pesados que hidrogênio e hélio -, para poder formar planetas. Numa visão mais conservadora, essas seriam as regiões da nossa galáxia mais propícias para poder abrigar a vida como a nossa, seres de carbono.
Atualmente foi feita uma revisão, e os cientistas vivem debatendo isso, eles acham que é muito difícil delimitar - como, no eslaide anterior, aquele círculo -, uma região muito específica. Há quem diga que toda essa região verde é propícia para a vida.
Existe uma outra corrente de pensamento astrofísico que diz que a Terra é um evento muito raro. Ele é raro, mas, diante da grandiosidade da galáxia, podem ocorrer milhões de Terras como a nossa.
Recentemente os cientistas encontraram - eu vou ter que passar bem rápido esses eslaides senão não vou conseguir apresentar o que é mais importante, que é a nossa pesquisa de opinião - um planeta mais habitável do que a Terra, que está entre os chamados planetas super-habitáveis. Dizem que a vida lá seria mais agradável do que aqui na Terra.
Então, todas essas colocações de limitações, de que não tem isso, não tem aquilo, não é possível, estão sendo quebradas à medida que as tecnologias avançam. Baseados nisso, nós estamos aqui hoje discutindo o tema, e eu fiz questão de mostrar esses eslaides de astrofísica para o grande público perceber que nós não estamos aqui tratando de assuntos que são invenções ou elucubrações sem nenhum fundamento.
Eu quero agradecer também - e saudar - a todos os cientistas da astrofísica e da astrobiologia pela importante colaboração que eles dão, eles procuram vida no universo aí fora. A ufologia procura saber se, por acaso, esses objetos estranhos que o Pentágono agora está investigando, e já investiga há muito tempo... Agora eles estão abrindo essa agenda, mas vocês precisam saber que esses objetos desafiam as lideranças do planeta, todo o sistema de defesa, as nossas aeronaves são impotentes diante de tamanha tecnologia e, então, esse assunto fica guardado, na grande maioria dos casos, sob segredo de Estado. Agora estão liberando alguma coisa por força de pressões da sociedade, entre elas a dos ufólogos, que vêm lidando com essa agenda, incentivando e requerendo que se abra essa agenda e se divulguem os resultados.
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Muito bem, baseados nisso nós fizemos uma pesquisa de opinião com 2 mil brasileiros acima de 16 anos, de 16 anos em diante. Eu fiz um recorte aqui da religião para vocês verem que está equilibrado. Hoje o Brasil tem esse percentual de 53% de católicos, 23% de evangélicos, 9,7% não têm religião, espíritas são 7,4%, religiões afro são 1,8%, e assim vai. Tem aqui espiritualistas: religião judaica, 0,3%, budistas, 0,3%. Por que eu mostro esse eslaide? Porque a religião é importante, pois existem conceitos religiosos que forçam o cidadão a acreditar que somos únicos, então, de certa forma, isso tem um impacto muito grande, as respostas das pessoas, conforme as suas religiões, e nós vamos observar isso na pesquisa.
Então, a primeira pergunta que se fez ao povo brasileiro, equilibrado por sexo, equilibrado por idade, por renda, por escolaridade, um plano amostral muito bem elaborado, discutido com três estatísticos - esse instituto faz pesquisas de opinião eleitoral, já estamos com experiência consolidada -, a primeira pergunta que foi feita é: você acredita em vida extraterrestre, em ter óvnis? E 67% da população diz que não acreditam; 32,6% acreditam.
Então, Senador Girão, eu acho um número bastante expressivo. Diante de um país de duzentos e poucos milhões de habitantes, 33% da população têm interesse, acreditam nesse assunto. Então, eu quero parabenizá-lo pela iniciativa. A Casa, o Senado, o Congresso Nacional é o templo da democracia e acolhe todos os pensamentos. Eu estou mostrando com essa pesquisa que não são minoria, porque minoria é muito menos do que 33% da população. Obviamente que não é a maioria, mas é muito expressivo.
Aí estratificamos por idade. Nós observamos nesse eslaide que, dos jovens de 16 a 24 anos, 46% acreditam. À medida que a população está envelhecida, ela vai tendo um índice de resposta "sim" menor. Então, foi um dado revelador que os jovens são mais otimistas quanto a esse fato.
Do ponto de vista de gênero, está meio equilibrado: 31,9% para mulheres e 33,4% para o gênero masculino.
Outro dado relevante também é que, à medida que a renda aumenta, o nível de "sim" também aumenta. Vocês vejam aqui que, para mais de dez salários mínimos, 45,5%, 46%, quase a metade dos brasileiros com essa faixa de renda mais elevada acreditam.
Do ponto de vista de religião. Aquele primeiro eslaide de religião era o perfil da amostragem, aqui é o resultado. Nós podemos observar que, dos católicos, 30%; evangélicos, 27%; espíritas, 48%, os espíritas são mais proativos nesse aspecto; religião afro, 27%; e, curiosamente, o ateu e o agnóstico, 61% e 65% acreditam. O ateu acredita mais em ET do que em Deus, é o que a pesquisa revelou, Senador.
Muito bem. Você acredita em vida extraterrestre, ETs, óvnis? A pergunta é feita conforme o nível de escolaridade. Então, nós temos aqui: de analfabeto, ensino fundamental, que é a linha do meio, 30,6%; ensino médio completo, 31%; ensino superior completo ou incompleto, 40% dos brasileiros acreditam.
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Essa é uma outra pesquisa, Senador Eduardo Girão, que eu fiz, em 2017, com 700 amostragens - 691, 700, aproximadamente, em 2017. Veja que o resultado é o mesmo. É importante ir repetindo, isso vai dando um grau de confiança na pesquisa. O mesmo perfil: 36%, na época, responderam que sim; e 64%, não.
Agora, vocês observem nesses gráficos de barra que, à medida que o grau de escolaridade se eleva, o nível de sim sobe significativamente. Vocês observam ali no último gráfico da direita, o azul é o sim: com pós-graduação, 73% dos brasileiros pós-graduados acreditam nessa temática, acreditam em vida extraterrestre, acreditam que possamos estar sendo visitados, acreditam em óvnis.
Muito bem. Para os que responderam...
Tenho tempo, Senador? Quantos minutos eu tenho?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE. Fora do microfone.) - Você tem mais quatro minutos.
O SR. WILSON PICLER - Perfeito.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. WILSON PICLER - Perfeito.
Então, para aqueles que responderam sim, nós fizemos mais perguntas, porque, se ele não acredita, não adianta continuar com as perguntas. Para os que responderam sim, nós perguntamos outras coisas.
Na sua opinião, existe no universo vida extraterrestre inteligente desenvolvida tecnologicamente - no universo? Temos que 78% dizem que acreditam que no universo haja vida. Quando a gente fala em universo são as outras galáxias, são as bilhões de galáxias que o Senador Eduardo Girão citou. Nós somos uma das galáxias, há bilhões de galáxias; 78% dizem que sim, acreditam que haja no universo gente desenvolvida tecnologicamente. Quando a gente pergunta em nossa própria galáxia, a mesma pergunta, 64,9% dizem que sim, que acreditam que em nossa própria galáxia exista gente desenvolvida tecnologicamente. A galáxia é muito ampla, muito ampla. Eu acho que para gente tratar de extraterrestre não precisamos nem sair da nossa própria galáxia, ela é ampla o suficiente para dar sustentação a todas essas teorias.
O senhor acredita que existam extraterrestres desenvolvidos tecnologicamente que nos observam à distância? Responderam sim 68,7%. O senhor acredita que os extraterrestres nos visitam e nos observam de perto? Senador Eduardo Girão, 61,6% acreditam que eles estão nos visitando. Daqueles que responderam, dos 33% que responderam sim, mais da metade deles acham que os extraterrestres nos visitam.
Quero aqui dizer ao público que nos assiste que este é o povo respondendo. As entrevistadoras não interferem absolutamente em nada, como deve ser, simplesmente perguntam e tabulam a resposta. É o povo, não é o Prof. Picler falando, não é o Gevaerd, nem ninguém dos nossos apresentadores, é o povo aqui dizendo a sua opinião.
Muito bem. Foi perguntado: na hipótese de extraterrestres estarem nos visitando, o senhor ou a senhora acredita que eles estariam tecnologicamente mais avançados equivalente a quanto? Milhares de anos à nossa frente, ganhou com 21,6%; depois veio, centenas de anos à nossa frente, 19,8%; centenas de milhares de anos à nossa frente, 16%; milhões de anos à nossa frente, 15,5%; não sabe, 15,1%; bilhões de anos à nossa frente, 12%. Ficou meio distribuído, mas agora... Vocês sentiram o peso dessa pergunta? Eu acho que isso aqui arrepiou muita gente que está nos assistindo agora, inclusive cientistas. Isso quer dizer que o povo brasileiro acredita que, se estamos sendo visitados, essas tecnologias e esses seres estão a milhares de anos à nossa frente. Vocês podem imaginar o que será a nossa ciência daqui a cem anos? Nós já estamos querendo ir Marte, já tem planos para ir até Centauro - Alpha Centauri, Proxima Centauri -, uma constelação fora o Sistema Solar, bem próxima aí. Inclusive tem um planeta lá que tem possibilidade de abrigar vida. E isso tudo agora, nos próximos 20, 30, 50 anos, no máximo. Agora, vocês joguem aí mil anos à frente. E se eles estiverem a um milhão de anos à na nossa frente?
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Então, isso é a resposta, ao meu entender, de por que esse tema é tão delicado e de por que eles não interagem com a gente tão facilmente: isso daria um salto tecnológico para esta humanidade muito grande, e nós estamos, lamentavelmente, em guerra, e a ameaça nuclear está muito alta - muito! -, estão dizendo os especialistas. Nós temos aqui o Capitão Salas, que foi lançador de mísseis nucleares Minuteman em 1967. Ele vai fazer a abordagem dele. Ele mesmo está preocupado com o nível de ameaça de guerra nuclear. Obviamente, nós não estamos amadurecidos para obter tecnologia muito além do que nós já temos. Nós temos que nos aprimorar mais eticamente, espiritualmente e - por que não? - democraticamente, porque também estamos sofrendo uma crise de representação democrática.
Então, Senador Eduardo Girão, eu quero dizer a V. Exa. que, lamentavelmente, nós estamos atrasados como humanidade para dominar tecnologias que possam estar a um milhão de anos à nossa frente. É isso que impede. E é muito importante... No meu entender - estou aqui expressando a minha opinião -, eu acho que isso é um impeditivo. Nós temos que melhorar, e melhorar muito, para podermos avançar nessa agenda. Mas V. Exa. está de parabéns, porque estamos fazendo o nosso trabalho: nós estamos pondo isso em discussão hoje no Senado da República - isso é muito importante. E é um tema de interesse de 33% da população brasileira.
Eu quero aqui agradecer - acho que o meu tempo encerrou. Muito obrigado pela oportunidade. Ainda bem que fiquei dentro do tempo, então dei exemplo para os demais.
Quero dizer assim: "Eu tudo posso naquele que me fortalece". Nós estamos lidando com coisas diferentes, com o desconhecido. Isso gera medo em algumas pessoas. Mas não tenham medo, tenham fé: tudo podemos naquele que nos fortalece. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito bem.
Eu quero agradecer muito a participação do Sr. Wilson Picler, que veio aqui, diretamente do Estado do Paraná, prestigiar esta sessão.
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Eu queria também, neste momento, agradecer. Estamos com o auditório aqui quase lotado, praticamente lotado, aqui no Plenário do Senado Federal. Agradeço a presença de cada um de vocês aqui que veio prestigiar. Nós vamos passar uma lista para, se possível, vocês colocarem o nome e por qual entidade estão aqui, representando ou não, para podermos citar até o final do evento, tá?
Quero agradecer também aos visitantes que estão aqui na galeria do Senado Federal. Eu fico muito feliz. A cada dia a gente recebe, de manhã, de tarde e de noite aqui, cada vez mais brasileiros, especialmente brasileiros que estão gostando de política, que estão acompanhando, vamos dizer assim, este momento vigoroso do país, de despertar da cidadania, cobrando os seus Parlamentares. E é muito importante a sua visita aqui, porque esta Casa é de vocês; a gente está aqui para servir. Então sejam muito bem-vindos!
Daqui a pouco, eu quero citar o grupo que está aqui. Eu estou vendo todo mundo com... Eu não sei se fazem parte de um grupo. (Pausa.)
São visitantes espontâneos, que estão vindo aqui de forma avulsa. Sejam muito bem-vindos!
Eu gostaria também de agradecer a presença dos Srs. Caio Mário Pereira Brasil, que é Tenente-Coronel da Assessoria Parlamentar da Aeronáutica brasileira, e o Tenente-Coronel Rodrigo Fernandes Nascimento, que é Assessor de Relacionamento Institucional da Aeronáutica do Brasil. É isso? Eu agradeço muito a presença de vocês aqui neste evento dos 75 anos do Dia Mundial de Ufologia.
Já quero passar imediatamente a palavra agora para o nosso querido irmão Ademar José Gevaerd, que nos ajudou muito a organizar... Ele realiza congressos no Brasil há muitos anos, é um dos pioneiros nesse assunto aqui. Ele é jornalista, ufólogo, conferencista e editor da revista UFO, a mais antiga publicação sobre ufologia do mundo, ou seja, a partir do Brasil. É Diretor Emérito no Brasil da Mutual UFO Network, Coordenador na América do Sul e Central do International Coalition for Extraterrestrial Research e autor de obra Agroglifos no Brasil - tema: a história dos óvnis no país.
Então, por favor, fique à vontade. Se quiser ir à tribuna, se quiser falar daqui também, fique à vontade, Dr. Ademar. O senhor tem 15 minutos e mais 5 de tolerância aqui da nossa Mesa.
O SR. ADEMAR JOSÉ GEVAERD (Para discursar.) - (Falha no áudio.) ... por questões fisionômicas. Eu andei quebrando os pés, e isso me causa certo desconforto.
Eu quero agradecer a V. Exas., Senador Eduardo Girão e demais Senadores que assinaram o protocolo, o pedido, o requerimento, aprovando a realização deste evento, que são: a Senadora Eliziane Gama e os Senadores Alessandro Vieira, Izalci Lucas, Jorge Kajuru, Marcos do Val, Paulo Rocha e José Antônio Reguffe.
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Estamos fazendo história na ufologia brasileira e mundial. Essa é a primeira vez que um Senado se prontifica a tratar da questão ufológica.
Eu queria pedir para colocarem já o eslaide. O título da minha palestra é "Documentos da Aeronáutica sobre UFOs".
Para quem não sabe - e o Senador bem lembrou - já foram liberadas pelo Governo brasileiro, pela Força Aérea Brasileira, 20 mil páginas de documentos, que estão à disposição dos senhores no Arquivo Nacional, aqui, em Brasília. Agora, tem de marcar hora para ir vê-los, porque, segundo os funcionários do Arquivo Nacional, é a seção de documentos mais procurada de todas.
Bem, a história dos ufos no Brasil tem início em 1500, com a chegada de Pedro Álvares Cabral. Ele já encontrou índios que descreviam bolas de luzes anômalas que os perseguiam, que eles chamavam de curupiras ou de boitatá.
Depois, nós tivemos... Como bem lembrou o Senador, a ufologia teve início no dia 24 de junho de 1957. Um mês depois, nós tivemos o primeiro contato imediato com um ser extraterrestre, que aconteceu em Pitanga, no Paraná. Isso é uma coisa de grande importância.
E a primeira abdução, que é a condução de pessoas para dentro de naves - e vocês vão assistir a uma palestra de um colega meu, o Tony Najar, sobre esse assunto -, aconteceu no Brasil. Então, o Brasil é pioneiro em tudo.
Inclusive, nós, em virtude desse pioneirismo, iniciamos, em 2004, na Comissão Brasileira de Ufólogos e na revista UFO, a campanha "Ufos: liberdade de informação já". Foi ela que levou à abertura de 20 mil páginas de documentos, antes secretos, da Aeronáutica, que já não o são mais. Nós nos aproveitamos, para isso, da Lei de Acesso à Informação (LAI), de 2011, que permitiu que a gente pudesse ter acesso a essa material. E nós não queríamos o acesso a esse material para nós ufólogos, nós queríamos o acesso a esse material para a sociedade. Foi a sociedade que se beneficiou. E os ufólogos são sociedade. Então, nós nos beneficiamos igualmente. Daí aconteceu que, gradualmente, foram surgindo documentos, década após década. Desde a década de 50 até a década de 2020, nós temos documentos inúmeros, incontáveis, que podem ser escrutinados por qualquer pessoa no Arquivo Nacional.
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Essa história toda teve início em 1954, como bem tratou o Senador Eduardo Girão, quando o Coronel João Adil de Oliveira foi aos Estados Unidos para se informar sobre discos voadores e recebeu dos americanos a forte indicação de não deixar este assunto se proliferar no Brasil, como eles não queriam que se proliferasse nos Estados Unidos. Mas, como bom brasileiro, o Capitão da Aeronáutica veio ao Brasil e declarou que o fenômeno ufo é real, exige atenção e será conduzido com seriedade pelas autoridades brasileiras. Fomos o primeiro país a ter essa responsabilidade.
Depois, dois órgãos foram criados para pesquisar sobre discos voadores. Um é o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados, que funciona no 4º Comando Aéreo Regional em São Paulo, e o outro, no 1º Comando Regional de Belém, com a Operação Prato, que são importantíssimos e vão ser tratados aqui com alguma propriedade neste evento.
Nós também temos algo que nenhum outro país do mundo teve, que é a Portaria nº 551/GC3, assinada por ninguém menos que o Brigadeiro Juniti Saito, que, naquela ocasião, era Comandante da Força Aérea Brasileira, em que ele determina que todos os documentos ufológicos existentes, espalhados pelas unidades da Aeronáutica pelo Brasil afora, fossem concentrados no Arquivo Nacional; fossem enviados para o Comdabra, aqui em Brasília, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro e, dali, fossem enviados para o Arquivo Nacional. Isso está em vigor até agora. Não só militares, mas também civis se relatarem a militares algum avistamento, esse avistamento vai ser conduzido ao Comdabra e, do Comdabra, vai para o Arquivo Nacional. Então, imaginem, o número de páginas já deve estar superior a 20 mil, porque toda hora surgem relatos de observações de objetos voadores não identificados no país.
Nós da Comissão Brasileira de Ufólogos fomos recebidos, ineditamente, em 2005, no Cindacta e no Comdabra, onde pudemos entregar o Manifesto da Ufologia Brasileira para apreciação pelos nossos militares. E não só isso, mas, também, em 2013, nós fomos convidados pelo então Ministro da Defesa Celso Amorim para comparecermos em Brasília para uma reunião no Ministério de Defesa brasileiro para tratar deste assunto. Isso nunca aconteceu em lugar nenhum do mundo, mas aconteceu no Brasil: militares convidando ufólogos para visitarem as instalações onde são guardados os documentos e poderem escrutinar esses documentos, que foram liberados a partir de 2007. Isso, graças ao esforço, entre outros, do ufólogo Fernando de Aragão Ramalho, que está aqui presente, é funcionário público da Casa. E esses documentos foram parar no Comdabra e no Arquivo Nacional, como já havia falado.
Em São Paulo, funcionou, desde 1969 até 1972, no 4º Comando Aéreo Regional, o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani).
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Observação: nesse mesmo período, nos Estados Unidos, havia o projeto Livro Azul, que tinha o objetivo de ridicularizar testemunhas, de desacreditar ufólogos, de perseguir a ufologia; enquanto, no Brasil, os nossos militares não só aceitavam a colaboração dos ufólogos, como enalteciam as testemunhas, respeitando-as na sua integridade. Isso é raro! E alguns desses procedimentos foram determinados pelo Coronel Gilberto Zani de Mello, que foi o comandante do Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani).
O Sioani tinha uma estrutura que não era exatamente pública e anunciada, mas era uma estrutura que tinha uma transparência. A sociedade podia ter acesso aos documentos, ao organograma, à identificação dos pesquisadores, e publicou dois boletins que têm informações cruciais sobre o fenômeno UFO em todo o Brasil, inclusive estatísticas e casos pesquisados pelos nossos militares, da mesma maneira como os ufólogos civis fazem. São documentos inúmeros...
O SR. WILSON PICLER (Fora do microfone.) - Ali tem "confidencial". Isso é importante para a sociedade observar. Isso ficou em sigilo por quantos anos?
O SR. ADEMAR JOSÉ GEVAERD - Isso ficou em sigilo durante anos, durante décadas, até que foi liberado. Esse "confidencial" aí, aquele carimbinho é porque esta palestra já foi apresentada em outros lugares também.
Agora, vejam, dentro dos desenhos dos objetos voadores não identificados, nós temos, inclusive, casos de UFOs pousados, com tripulantes do lado de fora. Isso é absolutamente inédito no mundo! Nenhum outro governo disponibilizou documentos dessa maneira. Inclusive, naquela ocasião, não havia câmera fotográfica, 1969 - era raro alguém ter -, então, os pesquisadores do Sioani registravam as ocorrências relatadas pela população em desenhos, e são desenhos relativamente reveladores, porque eles têm, inclusive, casos de UFOs pousados, casos de UFOs encostados no chão, tripulantes do lado de fora, fazendo contato com seres humanos.
Também tivemos a Diretriz Específica n° 4, de 1989, que determinava como registrar discos voadores no Brasil por parte de militares. E isso resultou em um dossiê com milhares de páginas, que o Brigadeiro José Carlos Pereira, já falecido há dois anos, colocou em sistema digital e determinou a criação de outros documentos que liberem informações sobre o UFOs, inclusive esse aí, que é o documento de registro de tráfego hotel. Tráfego hotel é como os militares chamam o fenômeno UFO - tráfego hotel. E esses casos podem ser encontrados em quase todas as instalações da Aeronáutica, que ainda não mandaram para o Comdabra e que ainda não foram endereçados, posteriormente, para o Arquivo Nacional.
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Aí nós tivemos dois fatos muito importantes: a Noite Oficial dos UFOs, que vai ser tratada por um dos meus colegas aqui presentes - se não me engano o Jackson -, e a Operação Prato, que vai ser tratada junto com a história de índios tendo contato com seres extraterrestres no Acre, com documentos do Ibama, da Polícia Federal e de outros órgãos federais.
Enfim, os documentos são milhares, e eles estão, aos poucos, vindo à tona. A abertura da Ufologia brasileira ainda não está totalmente esclarecida, não é completa, é parcial, mas já teve início e teve um início muito profícuo.
E o que nós estamos fazendo aqui hoje é parte desse início profícuo. Aliás, é parte já do meio do processo. Estamos reunidos para tratar do assunto no Senado Federal, coisa absolutamente rara. Os nossos amigos, o americano e o inglês, praticamente não acreditaram, quando eu os convidei para virem, que nós iríamos fazer esse trabalho no Senado Federal da República do Brasil.
Enfim, os documentos já começam a aparecer. Eles são inúmeros, eles são reveladores, eles mostram a ação de seres extraterrestres em nosso planeta, em especial em nosso país, que tem hoje, reconhecidamente, com uma das maiores quantidades de ocorrências ufológicas no mundo, perdendo para os Estados Unidos, evidentemente - lá tudo que se vê é UFO -, mas nós temos aqui casos concretos, registrados por pilotos militares, por pilotos civis.
Não passa uma semana sequer em Curitiba, onde eu resido, no meu escritório, sem que eu receba uma ligação ou um contato de um piloto civil que teve sua aeronave perseguida ou seguida por objetos voadores não identificados.
Enfim, o sigilo ainda continua? Continua. O segredo continua, mas muitas nações já fizeram aberturas parciais sobre o assunto. Inclusive - não sei se vocês conseguem enxergar na última linha -, o Vaticano é a instituição que tem a maior quantidade de informações sobre discos voadores, porque está há séculos em todo mundo com seus missionários. Se alguém na África visse um objeto voador não identificado iria relatar a quem? Ao pároco local. Se alguém em 1820, no México, visse um objeto voador, visse um ser extraterrestre descer de um objeto voador iria relatar quem? Ao pároco o local, e é a mesma coisa em todo mundo, na Oceania, na Ásia, na América do Sul. Assim, isso chamou, tocou um sino no Vaticano, e o Vaticano passou a registrar ocorrências ufológicas, que hoje se estimam em milhares.
É isso aí. Eu agradeço muito a oportunidade de V. Exa., Senador Eduardo Girão, e dos demais Senadores que eu citei no início. Nós temos, ao final, que entregar aos senhores uma carta, a Carta de Brasília, em que a gente expõe o que a gente crê sobre os discos voadores, o que a gente já descobriu sobre os discos voadores em nosso país e o que nós recomendamos que seja feito a respeito disso, sendo o principal item a criação de uma comissão permanente mista - civil e militar -, para pesquisa organizada dos discos voadores.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado.
Quantas informações trazidas aqui, com documentos oficiais, pelo nosso querido Ademar José Gevaerd.
Mais uma vez, eu fico feliz em ver que o Brasil tem um histórico com arquivos já liberados, com documentos registrados. Ouvi falar que as nossas Forças Armadas têm o respeito sobre o assunto. Isso é importante, porque a regra da boa convivência é o respeito.
Então, o próprio Senado americano, repetimos aqui, fez uma audiência pública recentemente, em maio, neste mês passado, sobre o tema, lá nos Estados Unidos. Então, é muito importante perceber essa sincronicidade.
Eu quero dizer que nós estamos com audiência muito boa para sessões do Senado. Estamos aqui com audiência de 1,3 mil pessoas somente no YouTube. Há também a transmissão da TV Senado, e a gente não tem como calcular, mas as pessoas têm realmente interesse nesse assunto, e a gente tem que ouvir. É obrigação a gente abrir o espaço daqui, desta Casa, de forma democrática, de forma inclusiva, para todas as visões sobre temas de interesse também da nossa população.
Quero saudar aqui mais visitantes que estão chegando ao Senado Federal, que estão visitando aqui, conhecendo as nossas instalações. Sejam muito bem-vindos! Muito obrigado pela presença de vocês!
Eu já chamo aqui imediatamente, para a próxima fala, o Sr. Jackson Luiz Camargo, que é especialista em análise documental oficial. Ele tem livros publicados também sobre o tema. Eu tive a oportunidade de assistir à palestra dele no congresso que houve em março, lá em Curitiba.
O próximo vai ser em São Paulo. É isso, Ademar?
O SR. ADEMAR JOSÉ GEVAERD - Vai ser em São Paulo, em setembro.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Em setembro vai ter um em São Paulo, também com presença, inclusive, de nomes internacionais.
Eu já passo a palavra aqui ao Sr. Jackson Luiz Camargo, para a sua exposição, em 15 minutos, com a tolerância de mais cinco da Presidência da Casa.
Muito obrigado.
O SR. JACKSON LUIZ CAMARGO (Para discursar.) - Exmo. Senador, todos aqui presentes, senhoras e senhores, bom dia!
Eu venho apresentar para todos, para a audiência que está nos assistindo, um dos eventos ufológicos mais importantes ocorridos aqui no Brasil - e eu diria também no mundo -, que é um evento que durou 13 horas, foram 13 horas de manifestações, com milhares de testemunhas. É o caso ufológico mais testemunhado da história da ufologia mundial, sendo testemunhado por pessoas de todas as raças, de todos os credos, de todas as religiões, formações, idades, por civis, por militares, por pilotos, por pessoas muito gabaritadas.
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Isso foi registrado oficialmente em documentos da Força Aérea Brasileira - foi confirmado em coletiva de imprensa pelos militares - e ocorreu na noite de 19 de maio de 1986. Eu vou resumir 13 horas de manifestações em alguns eslaides, para a gente ter uma ideia geral do que aconteceu.
Eu pediria que colocassem a apresentação, por favor.
Esses eventos começaram por volta das 17h de 19 de maio de 1986. Os primeiros avistamentos ocorreram na zona rural de Santa Isabel, um único objeto sendo observado por aproximadamente uma hora, onde nós temos a indicação com aquela flechinha amarela no canto inferior esquerdo. Isso indica o movimento que o objeto fez às 18h de 19 de maio de 1986. Nesse momento, ele se posicionou a noroeste da torre do aeroporto de São José dos Campos e, a partir desse momento, começou a ser observado a partir da torre de controle do aeroporto local. Na torre de controle, nós tínhamos o operador de plantão, o Sargento Sérgio Mota da Silva. Como a gente vê nessa imagem, ele observou esse objeto e entrou em contato com outros centros de controle, mas, primeiramente, com a torre de Guarulhos para confirmar se era uma aeronave. Sendo um operador extremamente competente e experiente na função, ele já percebeu que não era algo normal que estava sendo observado, porque o objeto ficou por longo tempo parado em determinada posição.
Como eu indiquei na imagem, à esquerda nós temos um objetinho vermelho - eu só intensifiquei o objeto na reprodução para que a gente tenha uma noção. O que ele via era como um farol de aeronave e estava parado no céu. Após ele entrar em contato com os primeiros centros de controle, o controle de São Paulo, que gerencia o tráfego aéreo se aproximando da cidade de São Paulo, telefonou para a torre questionando a presença de um objeto a leste do aeroporto. O Sargento Sérgio Mota observava um objeto a noroeste, e o APP São Paulo, que é o controle de São Paulo, captava outro objeto a leste. Então, nós já tínhamos dois objetos. Isso era apenas o início das manifestações. Depois, nós tivemos a presença de outros objetos que foram surgindo. (Pausa.)
E outros objetos foram surgindo.
Aqui, na esquerda, nós temos um mapa da manifestação dos objetos entre 19h e 20h. Então, percebam que continuamente foram surgindo novos objetos. Surgiram sobre a região de Guaratinguetá, Caçapava, todo Vale do Paraíba, sobre a cidade de São Paulo, na orla da cidade do Rio de Janeiro, sendo observados por vários moradores da cidade também e, inclusive, pelo Brigadeiro Sócrates Monteiro, que observou, da janela do apartamento dele, na praia de Copacabana.
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Tivemos avistamentos a partir da escola situada lá em Resende, a Academia Militar das Agulhas Negras. Alunos da instituição observaram esses objetos. Em Guaratinguetá, 2 mil militares ali presentes observaram a passagem desses objetos no mesmo momento em que ocorria um blackout gerado pela interferência desses objetos. E várias outras cidades de São Paulo foram reportando também avistamentos, inclusive de outros estados. Na região de Uberlândia, na zona rural da cidade, também surgiram relatos. Em São José do Rio Preto, uma família trafegando pela zona rural observou a aparição de um objeto em forma de arraia, que sobrevoou o veículo e causou pane elétrica no automóvel.
E as manifestações não pararam por aí. Por volta das 20h, surgiram outros objetos na região de São José dos Campos. Nós temos, na representação, o alinhamento da pista com dois objetos, objetos cintilantes, mudando de cor. E a gente tem as gravações atualmente das conversas feitas na torre de controle com outros centros de controle, em que o sargento que operava a torre de controle relatava a aparição desses objetos e a presença desses dois objetos à noroeste da cidade, como a gente observa na imagem.
Ao centro da imagem, nós temos um outro objeto, que ele descreveu como um ponto branco que estava mais ao norte da cidade. Enquanto ele relatava para a defesa aérea o que ele estava vendo, ele observou um objeto triangular, com luzes nas extremidades, que fez um voo rasante e o deixou extremamente impressionado. Esse objeto era extremamente escuro. Ele observou esse objeto voando, passando contra as luzes da refinaria da Petrobras. Então, o objeto estava muito próximo da refinaria, entre a refinaria e o aeroporto, praticamente na zona urbana da cidade, à baixa altura. Esse avistamento o deixou bastante impressionado.
Além da torre de controle do aeroporto e além dos avistamentos na cidade do Rio de Janeiro, aeronaves em trânsito do Rio de Janeiro para São Paulo relataram avistamentos. Eu encontrei relatos de passageiros de aeronaves relatando a presença desses objetos acompanhando o voo.
Tem relatos de outras pessoas na cidade de São Paulo, principalmente na altura da Av. Dr. Ricardo Jafet, observando um objeto muito grande sobre a cidade, por volta das 20h. Esse objeto foi relatado à Força Aérea, e nós temos o áudio também de uma das comunicações da Força Aérea questionando se havia alguma aeronave militar sobre aquela cidade, naquele momento, porque havia o relato de um objeto que estava pairando sobre a cidade.
E também temos situações um pouco mais dramáticas em que pilotos se assustaram com objetos em tráfego essencial, ou seja, um objeto que se aproximava em sentido contrário da aeronave, em aparente rota de colisão. Isso gerou uma certa tensão nos militares, que solicitaram apoio da defesa aérea no sentido de identificar qual era esse fenômeno, confirmação de radar e tudo o mais.
Por volta das 21h, o Coronel Ozires Silva, que foi Ministro, voltava de Brasília para São José dos Campos, junto com o Comandante Alcir, a bordo desta aeronave que a gente observa no canto esquerdo, uma aeronave Xingu, e eles foram questionados sobre se tinham avistado alguns objetos. E eles entraram em perseguição a esses objetos. Por quatro momentos, eles observaram esses objetos e tentaram se aproximar. Um desses objetos era especialmente grande, e ele observou à razoável distância. Então, o Coronel Ozires não tinha a noção de tamanho, mas testemunhas em terra, testemunhas que eu descobri depois, conseguiram calcular o tamanho desse objeto, que seria uma nave-mãe, relatada nos áudios da Força Aérea, gravados na ocasião. Esse objeto teria em torno de 1,5 mil metros de comprimento, e teria objetos menores acompanhando o voo desse objeto maior.
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Em Brasília, aqui nos arredores da cidade, na região do Gama, nós temos um centro de instrução da Marinha, na época com a denominação Cadest, hoje já tem um outro nome. Em certa ocasião, havia 120 militares presentes lá que observaram a passagem de objetos sobre a unidade, e muitos deles tiveram que ser amparados devido ao impacto emocional do avistamento.
Ainda, à direita, nós temos três fotografias dos objetos, que foram publicadas no jornal Vale Paraibano, dias depois, e que foram feitas naquela noite pelo repórter Adenir Britto. Ele foi alertado de que havia objeto sobre a cidade e ele fez essas fotografias. Depois, os negativos foram levados por um cientista para análise, nunca foram devolvidos e a análise em si também nunca foi revelada.
Aqui nós temos outro mapa indicando as manifestações, por volta das 21h. Essas manifestações, muito provavelmente, excediam a quantidade de 21 objetos relatados pela Força Aérea.
Dada a quantidade de cidades e de testemunhas, existe um número muito superior a 21 objetos. Conversando com militares, eles confirmaram que esse número de 21 objetos é apenas o que foi registrado nos radares e confirmado visualmente pelos militares. Se algum civil observou objetos em outras regiões, que não foram de alguma forma captados nos radares, isso não entrou na contagem da Força Aérea. Então, é um evento muito mais grandioso do que a gente imaginava.
No mesmo momento em que ocorriam essas observações aqui no Brasil, começaram observações semelhantes, com o mesmo tipo de comportamento, com o mesmo tipo de objeto, relatadas no nosso vizinho Uruguai.
Diante de tanta manifestação, diante do sobrevoo desses objetos em bases aéreas e unidades estratégicas do Governo brasileiro, foram acionados vários caças para fazerem a interceptação.
À esquerda, nós temos o Tenente Cleber, primeiro piloto a decolar para a interceptação. Ele decolou às 10h34, avistou um objeto luminoso e, por aproximadamente 20 minutos, perseguiu esse objeto que ele havia visto e que também apareceu no radar de bordo dele e nos radares da Força Aérea. Durante essa perseguição, ocorreram interferências em equipamentos de bordo, que colocaram em risco a segurança da aeronave, inclusive, em função da desorientação que essa interferência produzia. Mas, com a extrema competência do piloto e dos operadores, ele foi orientado a voltar para a base.
Aqui, à direita, nós temos o Capitão Jordão, que decolou às 10h50. Ele avistou luzes, e, em determinado momento, 13 objetos se colocaram à cauda da aeronave voando em formação, sendo 6 de um lado e 7 do outro, demonstrando completa inteligência, o comportamento desses objetos, o que exclui qualquer possibilidade de fenômeno natural, como alguns céticos tentaram colocar nesse caso.
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O piloto, após ser seguido por esses objetos, tentou fazer uma manobra para observar o que estava seguindo a aeronave e não viu nenhum objeto. Esses objetos já estavam se afastando.
Outros três pilotos foram acionados pela perseguição. Na parte superior, nós temos o Capitão Viriato. O Capitão Viriato conseguiu, em cinco ocasiões, travar o radar de bordo dele nesses objetos e, pelo radar de bordo, ele viu uma aceleração gigantesca de um desses objetos que atingiu, aproximadamente, Mach 15, entre 15 mil km/h e 18 mil km/h, uma velocidade que, até hoje, nossas aeronaves não conseguiram igualar. Além desse objeto acelerar numa velocidade muito alta, ele fez isso voando em zigue-zague. Qualquer aeronave terrestre que atinge essa velocidade, se tentar fazer uma curva fechada, nessa velocidade, vai ser destruída, porque a resistência, a pressão gerada, na aeronave, é muito grande e coloca a aeronave em perda total.
O Capitão Rodolfo foi acompanhado por um objeto que se manifestou de forma inteligente à aeronave dele. Inclusive, quando ele fazia manobras, o objeto se antecipava, colocava-se à frente da aeronave ou atrás da aeronave, antecipando-se à manobra que ele realizava. Não foi captado no radar de bordo dele, apenas nos radares de solo, e ele também não avistou nada.
Embaixo, nós temos o Capitão Rozemberg, que não viu e também não registrou nada em seu radar de bordo.
Isso tudo teve ampla cobertura da imprensa e foi confirmado em duas coletivas à imprensa da Força Aérea Brasileira, nos dias 21 e 23 de maio. Foi prometido, então, um relatório para 30 dias depois, que só saiu, aproximadamente, 30 anos depois, mas o relatório, em si, é bastante revelador.
Aqui, nós temos algumas páginas de documentos sobre o caso. À esquerda, nós temos documentos brasileiros; à direita, nós temos documentos americanos falando sobre essa noite cheia de avistamentos aqui no Brasil.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Jackson, se você me permite, por favor, só para registrar aqui a presença. Você vai ter o seu tempo, não se preocupe, a gente repõe.
Eu gostaria de saudar aqui os alunos do ensino fundamental do Colégio Indi (Instituto Natural de Desenvolvimento Infantil) aqui de Brasília.
Sejam muito bem-vindos ao Senado Federal. Fico muito feliz. Cada vez mais, a juventude, crianças, adolescentes, pessoas, como a gente viu há pouco aqui também, já adultas, idosas, vindo visitar o Senado Federal, que está aberto para visita, depois desse período de pandemia, está aberto, e as pessoas estão vindo mesmo conhecer o que é seu, onde se tomam decisões importantes para o país. Muito obrigado aos professores pela iniciativa - parabéns! - e aos alunos. Deus abençoe vocês! (Palmas.)
Muito bem. Restituído o seu tempo, fique tranquilo. Desculpe-me interromper.
O SR. JACKSON LUIZ CAMARGO - Obrigado, Senador.
Então, aqui nós temos três trechos interessantes do relatório final, que saiu quase 30 anos depois. São conclusões da Força Aérea Brasileira: esses objetos, registrados, naquela noite, variam suas velocidades da gama subsônica até a supersônica, bem como mantêm-se em voo pairado, ou seja, os objetos, em dado momento, estavam estáticos no céu e, em dado momento, estavam acelerando até Mach 15.
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Capacidade de acelerar e desacelerar de modo brusco. Essa é uma característica bastante interessante, porque era algo praticamente instantâneo, aceleração e desaceleração. Se fosse uma aeronave convencional nossa, por exemplo, qualquer piloto a bordo sofreria as consequências. Seriam consequências fatais para quem estivesse a bordo.
O item 3 é mais interessante. Conclusão da Força Aérea: "Como conclusão dos fatos constantes observados em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os objetos são sólidos e refletem, de certa forma, inteligência pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também de voar em formação, não forçosamente tripulados". A conclusão da Força Aérea possivelmente exclui a possibilidade de haver algum tripulante dentro desses objetos.
Alguns objetos relatados naquela noite tinham 30m de diâmetro ou comprimento; outros tinham 1,5 mil metros de comprimento, conforme relatos; a maioria deles, em torno de 100m. Um objeto com esse tamanho eu presumo que, obrigatoriamente, deve ser tripulado. Por quem ainda não sabemos.
Isso ocorreu em 19 de maio de 1986, numa época em que não havia celulares, as pessoas praticamente não tinham câmeras a postos em casa para uma fotografia, filmadoras, etc., não havia internet. Eu pergunto a cada um de nós aqui hoje: se esse evento se repetisse hoje, quem estaria preparado para isso? Seria um evento que seria amplamente divulgado e filmado por milhares de pessoas, seria noticiado em tempo real, as pessoas seriam alertadas pelo WhatsApp e iriam lá para fora ver toda essa manifestação. Haveria como negar a realidade desses fatos diante de um evento dessa magnitude?
Nós, ufólogos interessados no tema, estudantes desses mistérios, temos a preparação para encarar esse fato. Mas e quem não tem conhecimento sobre isso? Qual seria o impacto gerado nessas pessoas? Possivelmente, o impacto não seria bom. Muitos iriam questionar as próprias crenças, sentiriam inseguranças...
Então, é extremamente importante que autoridades da Força Aérea, principalmente, e chamo aqui, Marinha e Exército, que nunca liberaram suas documentações, que forneçam essas documentações para que a gente possa conduzir um estudo mais aprofundado sobre eventos como esse, para que a gente possa conscientizar a população, mostrar que é um fato real, que isso ocorre, que é verdadeiro, e, principalmente, que seja formada uma comissão, como já foi dito aqui, formada por militares, cientistas e ufólogos para estudar isso, entender esse fenômeno e conscientizar a população, porque, se eles são inteligências não humanas, não originadas em qualquer nação da Terra, um dia eles podem resolver fazer um contato, e a gente precisa estar pronto para isso.
Essa é a minha mensagem.
Obrigado a todos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muitíssimo grato, Sr. Jackson Luiz Camargo, gestor em Tecnologia de Informação, especialista na análise de documentação oficial. Ele é membro do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (Cipex), consultor da revista UFO, editor do site Portal Fenomenum e autor dos livros UFOs no Espaço e na Lua e A Noite Oficial dos UFOs no Brasil.
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Fico muito feliz com a sua participação. Muito obrigado por ter vindo aqui ao Senado Federal e pela excelente exposição.
Eu já parto logo, primeiro, para avisar que dei aqui uma informação equivocada de que estava sendo transmitida ao vivo a nossa sessão pela TV Senado. O YouTube, sim, desde o início está transmitindo, mas, como está acontecendo uma sessão na Comissão de Direitos Humanos agora também, a nossa sessão aqui no Senado - foi confirmado - vai ser reprisada às 14h na TV Senado. Então, é para já dar essa informação aqui.
Vamos lá!
Eu queria chamar para assumir a tribuna, no lado que preferir, mais um convidado que vai aqui fazer uma explanação, que é o Sr. Rony Vernet, engenheiro eletrônico e de computação com especialização em automação industrial e telecomunicações, mestrando em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, funcionário de carreira do sistema Petrobras e professor do ensino técnico da rede estadual do Rio de Janeiro.
Muito obrigado por sua participação. Fique à vontade para fazer a sua exposição.
O SR. RONY VERNET (Para discursar.) - Exmo. Sr. Senador Eduardo Girão, demais autoridades presentes, povo brasileiro, os casos que serão mostrados a seguir são impressionantes não apenas porque revelam que existem fenômenos ainda não compreendidos e que estão interessados em nossos povos indígenas e ribeirinhos da Amazônia, mas também porque esses incidentes foram comprovadamente investigados pelo Governo brasileiro, e os documentos estão disponíveis pela Lei de Acesso à Informação e também pelo Arquivo Nacional. Alguns desses casos são sensíveis, pois envolvem sequelas permanentes e mortes de pessoas. Entretanto, apenas fechar os olhos e ignorar esses fatos não irá nos ajudar a entender a origem desse problema.
Façamos uma reflexão: quando nós, pesquisadores, pegamos um helicóptero e descemos na Floresta Amazônica, dopamos uma onça, colocamos GPS, fazemos procedimentos invasivos nessa onça para estudá-la e preservar a sua espécie é uma agressão? E se essa onça vem a morrer por uma reação natural de seu organismo ao dardo tranquilizante que foi colocado nesse animal, é um assassinato? Na visão do animal, provavelmente sim, mas, na visão do pesquisador, ele estava apenas tentando proteger aquela espécie.
Para nos permitir interpretar essas questões, precisamos fazer avançar a ciência no sentido da fronteira do desconhecido e entender a origem e as intenções desses fenômenos.
Gostaria que fossem colocados os eslaides por favor. (Pausa.)
Os documentos de que vamos falar são documentos oficiais sobre casos no Maranhão, no Pará e também no Acre, tanto da Força Aérea Brasileira quanto da Polícia Federal, Funai e Ministério Público. (Pausa.)
O primeiro caso que vamos comentar é um caso de 29 de abril de 1977, ocorrido na Ilha dos Caranguejos: numa embarcação, pessoas retirando madeira de uma ilha foram atingidas por uma luz; uma pessoa foi a óbito, duas ficaram feridas. A partir desse incidente que foi amplamente noticiado por um jornal do Estado do Maranhão, esses fenômenos começaram a pipocar por cidades dos Estados do Maranhão e também do Pará, na divisa ali com o Maranhão. Eram as chamadas bolas de fogo que sobrevoavam as casas dos ribeirinhos e disparavam feixes de luz, causando efeitos fisiológicos como fraqueza, vermelhidão, paralisia, amortecimento, dor de cabeça, desequilíbrio, confusão mental e desmaio. A maioria das vítimas eram pessoas simples, ribeirinhos e pescadores, que eram atacados, na maior parte das vezes, quando estavam sozinhos, à noite e também durante o dia. Esses casos não pouparam nem a capital, São Luís, que também passou a ser sobrevoada pelos tais aparelhos, nome popular que os visitantes da região deram quando começaram a observar não somente luzes mas também formas desses veículos aéreos.
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A população em diversas localidades maranhenses encontrava-se em pânico com os feixes de luz. O Prefeito da cidade de Pinheiro, Manoel Paiva, chegou a confirmar que o fenômeno do óvni era real e que iria comunicar ao Ministério da Aeronáutica, após um dos veículos descer e sobrevoar a cidade a baixa altitude.
A partir de uma onda iniciada no mês de julho de 1977, na cidade de Viseu, fronteira com o Maranhão, o foco da atuação do fenômeno passou a ser o Estado do Pará, fazendo vítimas até mesmo na capital Belém. As pessoas pararam de sair de suas casas após 18h, passaram a se reunir nas mesmas casas e a orar para tentar afugentar o fenômeno dos feixes luminosos, e respondiam, quando esses objetos desciam, a tiros de espingarda. Os homens eram atingidos principalmente na região do pescoço, enquanto as mulheres eram atingidas na região do tórax, próximo aos seios. Enquanto isso, as autoridades tentavam descredibilizar as testemunhas. O Secretário de Segurança Pública do Estado do Pará na época, Flarys Guedes de Araújo, chegou a declarar: "Essas pessoas deviam tomar um calmante ou procurar um médico. Não há nenhuma luz, na realidade, é só imaginação".
Na cidade de Vigia de Nazaré, o pânico foi tamanho que o Prefeito José Ildone Favacho Soeiro enviou um ofício à Força Aérea Brasileira pedindo ajuda, o que também foi seguido pelo Prefeito do Município de Colares, Alfredo Bastos. A única médica da região, Dra. Wellaide Cecim, tentava atender a grande quantidade de pessoas que lotavam os postos médicos alegando terem sido atingidas pelos tais feixes luminosos. Segundo palavras da própria Dra. Wellaide, "Eles eram recebidos por um feixe de luz que impedia que eles movimentassem qualquer parte do músculo, até para pedir socorro. A partir daí a dor se tornava insuportável e eles eram tomados de profunda fraqueza como se estivessem sendo dopados". A população começou a abandonar a cidade, que entrou em um processo de esvaziamento e a ausência de pescadores trouxe também a fome e a falta de alimentos. Até mesmo o único delegado do município havia fugido com medo, porém a médica, a valente Dra. Wellaide, continuou atendendo a população. A partir desse momento, uma equipe da Aeronáutica foi destacada ao local para verificar o que estava ocorrendo e tentar restaurar a ordem.
Em outubro de 1977, com o apoio do Prefeito de Colares, Alfredo Bastos, e do Vereador Manoel Costa, militares da 2ª Seção, a Seção de inteligência da Aeronáutica, foram até o local comandados pelo Coronel Camillo Ferraz de Barros e estabeleceram-se na região. Um mês depois, a partir de novembro de 1977, o comandante, na época Capitão Uyrangê Hollanda, foi designado pelo comandante do I Comar, Brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, para comandar o que ele batizou de Operação Prato, uma clara referência aos discos voadores, embora ele achasse que o que estava acontecendo na região não tinha nada de misterioso, ele achava que tinha uma explicação trivial para tudo aquilo.
A Marinha também se interessou pelo assunto. O Informe nº 45, de 23 de novembro de 1977, emitido pelo Comando do IV Distrito Naval, relatou que, a partir de abril de 1977, os jornais de Belém passaram a publicar várias notícias sobre esses óvnis que estavam aterrorizando os Estados do Pará e do Maranhão.
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Esse informe incluiu o mapa de localidades mais afetadas, um desenho do veículo aéreo mais avistado - que pode ser visto no eslaide - e um documento assinado pelo Capitão de Mar e Guerra Paulo Fernando da Silva Souza, que possui, como anexo, o Requerimento nº 71, de 1977, assinado por uma Vereadora da Câmara Municipal de Maracanã, solicitando ao Estado-maior das Forças Armadas em Brasília ajuda para investigar o fenômeno e que fossem tomadas providências.
O comando da Operação Prato achava que aquilo tudo se tratava de loucura da população, fenômenos naturais e coisas do tipo, entretanto, um evento envolvendo o Comandante Uyrangê Hollanda, sua equipe e membros do antigo serviço de inteligência, o SNI, mudou totalmente os rumos da operação. Um veículo aéreo de formato discoide, totalmente preto, com uma luz na parte de baixo, de tamanho estimado em 30m de diâmetro, ficou parado sobre a cabeça dos militares. A partir daquele momento, o capitão não tinha dúvidas de que se tratava de algo misterioso e desconhecido.
Uma outra testemunha crível é a própria Dra. Wellaide Cecim. Ela viu uma dessas aeronaves de perto. Segundo palavras da Dra. Wellaide: "Até aquele momento, mesmo tendo atendido toda uma enormidade de habitantes atacados, eu ainda duvidava que poderia ser alguma coisa que eu pudesse ver". A Dra. Wellaide viu, no final de tarde, ainda em plena luz do dia, um objeto voador cilíndrico, com uma janela panorâmica, na qual haviam dois seres de pele escura e cabelos loiros.
Nos relatórios elaborados pela operação da FAB havia desenhos das aeronaves avistadas, nove diferentes formas, dos mais variados tamanhos. Segundo o comandante da operação, foram feitas mais de 500 fotografias e 16 horas de filmagens em super-8 e super-16, incluindo três filmagens particulares de Hollanda que ficaram em posse da Aeronáutica.
Segundo Hollanda, em algumas dessas fotos tiradas por ele e por sua equipe haviam naves-mães com saída e reentrada de objetos menores. O comandante disse que deu de frente com uma aeronave no formato de uma bola de futebol americano, no comprimento de 100m à uma distância de apenas 60m de distância, eles estavam diante de um prédio. Essa aeronave ficou parada na frente dos militares, e eles fizeram filmagens e fotos desse fenômeno. Após comentar sobre essa filmagem e mostrá-la aos militares em uma sessão especial, a Operação Prato foi finalmente encerrada, oficialmente encerrada.
Em agosto de 1997, após mais de 20 anos de silêncio, o Comandante Hollanda foi entrevistado pelos ufólogos Gevaerd e Petit, revelando vários detalhes da operação.
Em abril de 2009, a campanha da Comissão Brasileira de Ufólogos conseguiu liberar alguns documentos da Operação Prato. Entretanto, segundo o Comandante da operação Uyrangê Hollanda, o relatório final foi enviado ao Estado-maior da aeronáutica, em Brasília, o qual ainda não foi integralmente liberado.
Faço aqui um apelo à Força Aérea para que haja liberação integral ao povo brasileiro de todos os documentos da Operação Prato, incluindo fotografias e filmagem realizadas que nunca vieram à público.
Durante as entrevistas concedidas em 1997, Uyrangê Hollanda já declarou possuir informação de que a atuação desses veículos na Amazônia se estendia em faixas de leste à oeste de Fortaleza até Manaus. De fato, quase 40 anos depois dos casos investigados no Pará, uma nova onda de fenômenos veio a acontecer na Amazônia e também seria investigado pelo Governo. Tratam-se de casos no Estado do Acre, onde houve contatos próximos de indígenas da etnia ashaninka com fenômenos não identificados. Segundo relatos de indígenas, essas aeronaves começaram a sobrevoá-los a partir do ano de 2013.
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E as primeiras interações dos ashaninkas com fenômenos luminosos nos rios e florestas da região começaram a acontecer de forma mais contundente a partir do dia 24 de julho de 2014, após a Copa do Mundo no Brasil, quando uma aeronave desceu na aldeia Apiwtxa, no Acre, na fronteira com o Peru, e disparou feixes luminosos nos índios que entraram em pânico, e uma índia veio a abortar por conta de uma queda.
Esses índios, a liderança indígena enviou uma carta à Funai. A partir dessa carta à Funai, comentando sobre esse relato dessa aeronave que teria descido na aldeia, uma aeronave cilíndrica e luminosa, a Funai começou o envolvimento com as Forças Armadas e também com o Governo do Estado do Acre. A aeronave desceu exatamente nesse terreiro dessa aldeia que está na foto. Os órgãos envolvidos numa investigação, que começou a partir daí, foram a Funai, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Acre.
O Delegado Marcel Antonio Neme abriu um inquérito então, o chamado Inquérito 184/2014-4, para investigar se, criminalmente, havia algum crime sendo cometido contra aquela sociedade, contra aquela comunidade indígena. Então, os policiais federais realizaram uma missão naquela aldeia com base nesse inquérito, e também, no dia 20 de agosto, a Funai emitiu um relatório compilando as informações e distribuindo-as a diversos órgãos, incluindo as Forças Armadas e a Abin.
As lideranças das tribos indígenas relataram que esses objetos estavam visitando a aldeia a todo tempo, de 18h até às 22h, o que acabou interrompendo a atividade de pesca. A Polícia Federal, então, realizou uma primeira missão. Um desses depoimentos dessa missão é de Paula Colares, Doutora em Antropologia, que filmou junto com indígenas um objeto descendo na aldeia, de cores branca, verde e vermelha. Os índios, nesse vídeo, começam a atirar de espingarda contra esse objeto, que, então, desiste de fazer a sua investida e sobe na direção do horizonte. Esse vídeo está disponível e anexado nesse inquérito da Polícia Federal.
O inquérito da Polícia Federal, então, foi finalizado e foi arquivado, por falta de indícios de que estaria sendo cometido um crime ali contra aquela população. Então, quem se manifestou foi o Ministério Público. O Ministério Público, então, se manifesta a partir de palavras da Antropóloga Dra. Carolina Comandulli, que estava na aldeia, em janeiro de 2015, para participar de um encontro entre povos indígenas do Brasil e do Peru. Por volta das 21h, após o jantar, ela viu flashes luminosos sendo disparados no terreiro da aldeia. Ela achou estranho porque não havia nuvens, o céu estava limpo. Ela, então, se preparou para dormir na casa do hoje atual Prefeito da cidade de Marechal Thaumaturgo, que é a cidade mais próxima da aldeia, Isaac Piyãko, hoje Prefeito em segundo mandato. Na casa de Isaac, ela observou, quando estava se preparando para dormir, uma luz esférica entrando dentro da casa a cerca de meio metro do piso. Quando Paula achou que não era uma pessoa e viu de perto aquele fenômeno, ela ficou aterrorizada, só se virou para o lado e tentou dormir, coisa que não conseguiu. Sem equipe e sem recurso para fazer uma missão na aldeia, a investigação do Ministério Público foi encerrada.
Achando que o fenômeno tinha acabado, no ano de 2016, já numa tribo mais a sudeste, na Kampa e Isolados do Rio Envira, um objeto desceu. Havia um grupo de indígenas. Esse objeto queimou todos os bicos das lanternas desses indígenas. Um indígena atirou de espingarda, e esse objeto desferiu um feixe de luz que o deixou hospitalizado. E ele foi socorrido pelo indígena Airton, que está na foto, que é um professor da aldeia.
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Uma investigação minha liberou recentemente, em 2020, mais de 120 páginas de documentos oficiais dessas investigações e mais de 20 minutos de vídeos colhidos pela Polícia Federal, que estão disponíveis ao povo brasileiro.
Esses fenômenos começaram no Peru, em Chulucanas, em 2001, fenômenos que saíam e entravam no mar, saíam e entravam nos rios. Começaram a vir em direção a Pucallpa em 2008, também no Peru, e vieram a chegar ao Acre a partir de 2013, em duas tribos, pelo que sabemos. Mas sabemos também que, pela tendência dessa linha, pode ser que outras comunidades indígenas que estejam desamparadas pelos órgãos de proteção estejam sendo afetadas também. E respondendo com tiros de espingarda e tomando esses feixes luminosos e não sabendo o que está acontecendo.
Por isso que o que o Jackson falou aqui é muito importante: precisamos falar desse assunto e conscientizar a população, conscientizar as pessoas que estão mais isoladas e necessitadas, os nossos povos isolados, ribeirinhos, indígenas, pescadores.
Esses fenômenos ainda acontecem nos dias de hoje, e há locais em que esses fenômenos acontecem há décadas. A região da Serra da Beleza, em Valença, no Rio de Janeiro, é uma região pesquisada há décadas por pesquisadores. Lá, nessas regiões, acontecem fenômenos luminosos presenciados pela família de Arnaldo, cuja presença hoje agradeço. Pai de dois filhos, empresário, ele tem um respeito muito grande por esses fenômenos, porque convive desde criança com eles.
A partir deste momento, eu faço aqui um juramento perante o Congresso Nacional e o povo brasileiro, prometendo relatar, com toda a verdade, um evento observado por mim, por mais de quatro anos de visita a essa região, pois creio que na qualidade de engenheiro, mestrando em Física, professor e funcionário público federal, a credibilidade de minha pessoa e meu testemunho contribuirão para despertar o interesse de nossos Congressistas e de instituições de pesquisa sobre o assunto.
No dia 10 de junho de 2021, às 18h47min, uma enorme luz com cerca de 5m de diâmetro, cor e luminosidade parecida com ferro fundido, apareceu no topo do morro conhecido como Cruzeiro, onde Arnaldo construiu uma cruz de 13m em homenagem ao seu pai, já falecido. Neste momento, parafraseio o Comandante Hollanda para descrever o que eu estava vendo: era um sol na minha frente, um brilho muito grande, mas que você podia ficar fitando. Ele não te machucava a vista.
Quando a luz diminuiu, peguei meu binóculo, que possuía zoom ótico suficiente para me permitir observar detalhes do fenômeno a uma distância aproximada de 18m, ou seja, a mesma clareza e distância com que eu observo muitos de vocês aqui hoje. No lugar daquela luz, havia seres humanoides de altura estimada entre 3m e 5m de altura, de cor preta, opaca, cujos corpos eram fluidos como líquido contido e capazes de flutuar. Luzes menores, na mesma cor da luz original, acompanhavam esses seres. Era possível ver que olhavam na minha direção, parecendo estar cientes da minha presença.
Impactado diante do desconhecido, deixei cair no chão o binóculo, que estava preparado para filmar com acessórios de acoplamento. Então passei a filmar o fenômeno somente através de uma câmera semiprofissional sem recurso de zoom. Gravação histórica, com duração de vários minutos, mas de pouca qualidade, devido à distância, estimada em 400m.
Esse caso comprova a dificuldade de realizar um bom registro desses fenômenos, devido à falha humana. E impõe a necessidade de uso de estações de registro automático. Por isso, neste histórico dia de hoje, estamos inaugurando, nas terras do Arnaldo, que tem contribuído muito para esse assunto, cientificamente, deixando pesquisadores irem até o seu local. E hoje ele veio aqui colocar-se disponível para o Governo, para instituições de pesquisa federais, para as Forças Armadas irem investigar os fenômenos na região.
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Agradeço muito ao Arnaldo. Peço uma salva de palmas, se puderem, pela contribuição que ele vem dando a esse assunto. (Palmas.)
E disponível para o povo brasileiro, para as pessoas que quiserem visitar, também, a região.
Finalizando já o discurso, hoje estamos inaugurando, na propriedade, o projeto de expansão da primeira estação de monitoramento desses fenômenos. Essa estação é composta por câmeras de última geração, motorizadas, com auto zoom ótico, antenas de comunicação, painéis solares, capazes de detectar e gravar, de forma automática, fenômenos que apareçam na região. Em breve, serão instalados diversos sensores para a coleta de dados dessas ocorrências, bem como softwares de rastreamento e inteligência artificial.
Essa mesma metodologia...
(Soa a campainha.)
O SR. RONY VERNET - Um minuto?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Só um minuto para concluir, por favor, Rony.
O SR. RONY VERNET - Obrigado, Senador.
Essa mesma metodologia já está sendo executada com maior verba de investimento na Universidade de Würzburg, na Alemanha, e pelo projeto Galileo, em Harvard, nos Estados Unidos. É possível que, em breve, tenhamos a primeira imagem em alta resolução desses desconhecidos fenômenos obtida por uma instituição de pesquisa civil.
O fato de esse caso relatado por mim, assim como outros menos impressionantes que pude observar, não descreverem luzes que vão e vem em direção ao espaço, abre um leque de hipóteses para uma explicação ao fenômeno. Serão fenômenos provenientes da própria Terra, em uma realidade ou dimensão alternativa ainda a serem desbravados pela Física moderna? Seríamos nós mesmos vindos do futuro? Ou seriam fenômenos que operam a partir de nossos mares e rios, conforme observado nos casos da Amazônia e também por casos revelados pela Marinha americana e pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos? São perguntas cuja resposta depende da coleta e análise de dados por instituições científicas.
Encerro a minha apresentação pedindo aos Senadores que façam esforços...
(Interrupção do som.)
(Soa a campainha.)
O SR. RONY VERNET - ... para que a abordagem de inteligência e segurança nacional, já utilizada há décadas no Brasil, sem resultados aparentes, seja complementada por uma abordagem de fomento científico para estudo desses fenômenos que despertam a curiosidade de todos nós e têm potencial para transformar o mundo como o conhecemos, em termos culturais, antropológicos, sociológicos e tecnológicos.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado pela sua apresentação, Sr. Rony Vernet, que é engenheiro eletrônico com especialização em automação industrial e telecomunicações.
Eu, imediatamente, já passo a palavra - para a gente cumprir o nosso cronograma direitinho - para o Sr. Geraldo Lemos Neto.
Esteja convidado, escolha a tribuna em que o senhor gostaria de falar.
Ele é empresário do setor de investimentos imobiliários, corporativos e industriais, idealizador e dirigente da Casa de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo, próximo ali a Belo Horizonte. É escritor, palestrante e editor da Vinha de Luz Editora, espírita.
Muito obrigado por sua presença, Sr. Geraldo Lemos Neto.
O SR. GERALDO LEMOS NETO (Para discursar.) - Muito obrigado. Boa tarde a todos.
Em nome de Deus, cumprimento esta Casa parlamentar, o Senado Federal do Brasil, na pessoa do nosso querido Senador Eduardo Girão; cumprimento as senhoras e os senhores presentes.
Nossa participação será sobre a relação da espiritualidade e da ufologia.
Eu peço licença para pedir à área técnica que nos coloque aqui a apresentação.
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Na verdade, a ufologia, que diz respeito a um tema específico, que é a pluralidade dos mundos habitados, está na história da humanidade há milhares de anos. Vamos ver que a busca para entender a nossa presença aqui na Terra, já desde a índica védica, na civilização indo-ariana, que floresceu por volta de 3500 a.C., já tratava do tema.
O zoroastrismo, a religião que surgiu na civilização da Pérsia, também chamada de masdeísmo ou parsismo, investigava a pluralidade dos mundos habitados. Baseada no monoteísmo, teve florescência no século VI a.C. com o profeta Zaratustra, também chamado pelos gregos como Zoroastro.
Entre 460 a.C. e 360 a.C., Demócrito ensinava a seus alunos, por volta do ano 400 a.C., sobre a possibilidade de uma grande diversidade de outros mundos habitáveis e sobre a possibilidade de vida neles.
O filósofo Aristóteles, 384 a.C. a 322 a.C., foi outro que discutiu sobre a pluralidade dos mundos habitados, mantendo acirrados debates com escolas que negavam o fato. E, para os pitagóricos, todos os corpos celestes seriam habitados.
Nos séculos II e I a.C., os druidas foram os povos de origem indo-europeia que habitavam extensas regiões da Europa pré-romana, notadamente nas Gálias e na Bretanha, e cujos sacerdotes, principais representantes do povo celta, tinham entre os seus ensinamentos a pluralidade dos mundos habitados, e, por esta mesma razão, reverenciavam os céus.
Mas é em Jesus de Nazaré, na Galileia de dois mil anos atrás, pela palavra registrada pelo apóstolo João Evangelista, que não nos resta dúvida a respeito: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito".
Na Escola Neoplatônica, vamos ver Lucrécio, 99 a 55 a.C., bem como Cláudio Ptolomeu, entre os anos 83 d.C. e 161 d.C., afirmando que todo o universo visível não seria único.
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Outros estratos filosóficos posteriores tratavam também sobre a pluralidade dos mundos habitados, nos discursos de Plutarco, de Cyrano de Bergerac, de Fontenelle, de Huygens, de Voltaire, de Emanuel Swedenborg, na Suécia, de Charles Bonnet, de Lambert, de Sir Hunphry, de David Young, de Des Fontane e de Ponsard.
Mas é no mais celebrado astrônomo francês do século XIX, Camille Flammarion, que o conceito de pluralidade dos mundos habitados atinge culminâncias, e ele publica inumeráveis obras especulando sobre o assunto, entre elas La Pluralité des Mondes Habités e o livro conhecido como Urânia.
Também no século XIX, o Prof. Léon Denizard Rivail, conhecido por nós por Allan Kardec, codifica a doutrina dos espíritos, que tem entre os seus 14 princípios fundamentais a pluralidade dos mundos habitados.
No Livro dos Espíritos, publicado em 18 de abril de 1857, em Paris, ele pergunta aos espíritos superiores: "Todos os globos que circulam no espaço são habitados?" E a resposta: "Sim, e o homem da terra está longe de ser, como supões, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição".
Em seguida, ele comenta:
Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa alguma inútil. Certo, a esses mundos há de Ele ter dado uma destinação mais séria do que a de nos recrearem as vistas. Aliás, nada há, nem em posição, nem no volume, nem na constituição física da terra, que possa induzir à suposição de que ela goze de privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes.
Na pergunta seguinte, ele indaga: "A constituição física dos diferentes globos é a mesma?". E a resposta dos espíritos: "Não; eles não se assemelham de forma alguma". E, depois: "Não sendo a mesma para todos a constituição física dos mundos, deve-se concluir que tenham organizações diferentes os seres que os habitam?". E a resposta: "Sem dúvida, como entre vós os peixes são feitos para viver na água e os pássaros no ar".
Ele também aprofunda o assunto na Questão 181 do Livro dos Espíritos:
Os seres que habitam diferentes mundos têm corpos diferentes dos nossos e, de acordo com as condições dos mundos em que habitam. Este envoltório, porém, é mais ou menos material conforme o grau de pureza a que chegaram.
Mais tarde, em 1864, ele publica O Evangelho Segundo o Espiritismo, em Paris. E, no seu preâmbulo sobre o assunto, está dito:
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Do ensino dado pelos Espíritos, resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre os mundos há os em que os habitantes são ainda inferiores aos da Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros ainda que lhe são mais ou menos superiores a todos os respeitos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
Em outro livro dele, O Céu e o Inferno, ele vai comentar: "[...] a Terra não é mais que um ponto imperceptível e um dos planetas menos favorecidos quanto à habitabilidade".
Também vai dizer na página 40:
Ante este quadro grandioso que povoa o universo, que dá a todas a coisas da Criação um fim e uma razão de ser, quanto é pequena e mesquinha a doutrina que circunscreve a humanidade a um ponto imperceptível do Espaço.
No século vinte tivemos, em Francisco Cândido Xavier, aqui no Brasil, o nosso abnegado médium, amigo e apóstolo do Cristo em tempos modernos, em diversas de suas obras, tais como as que estão mostradas, trechos que falam sobre civilizações extraterrestres.
No livro de 1935, Cartas de uma Morta, a mãe dele vem nos contar sobre visitas que fez à civilização de Marte e também as que fez à civilização de Saturno. E o guia espiritual dela esclareceu-a:
[...] há mundos de todas as espécies, diversificados em sua natureza, [...] Mundo de dor, de ventura, de aprendizado, de luta, de regeneração.
[...]
Os planetas, que rolam no infinito, constituem a família universal, por excelência. Cada um deles comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.
A respeito da civilização de Saturno, ela relatou:
Essas criaturas [...] são altamente dotadas de sabedoria, sensibilidade e inteligência. Seus sentidos e percepções são muito superiores [...] [aos dos] homens terrenos e a preocupação máxima de sua existência é a intensificação do poder intelectual.
Souberam [eles] dominar todos os elementos da Natureza e aplicar sabiamente as suas leis; com suas adaptações e continuados estudos fizeram [...] [de Saturno] uma das regiões privilegiadas do universo, onde as almas desejosas de perfeição e beleza estacionam, preparando-se para um glorioso [...] [futuro].
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Também a mãe de Chico Xavier relata a visita que faz a outro sistema estelar trino, vizinho ao nosso sistema solar. No livro Cartas e Crônicas, de 1937, é o literato maranhense Humberto de Campos quem vai escrever por Chico Xavier:
[...] há uma providência misericordiosa acompanhando surtos evolutivos da Terra [...].
O homem compreenderá então a necessidade de um imperativo de paz, solidário com o progresso espiritual dos outros mundos.
E outras obras surgem pelas mãos de Chico Xavier.
Em 1939, o livro de Emmanuel, A Caminho da Luz, onde Emmanuel nos relata:
Tomando o Sol e os mundos nossos vizinhos, como apartamentos de nosso edifício, reconheceremos que, em derredor, repontam edifícios em todas as direções.
[...] nossa casa não é a mais humilde, mas que inúmeras outras lhe superam as expressões de magnitude e beleza.
[...] além de nossa edificação, salientam-se palácios e arranha-céus, como Betelgeuze [...], Arcturus [...], Antares [...], e muitas outras residências senhoriais, imponentes e belas, exibindo uma glória perante a qual todos os nossos valores se apagariam.
[...] [Em nossa cidade interestelar] surpreenderemos [milhões de seres] milhões de lares, nas mais diversas dimensões e feitios, [...] nos quais a vida e a experiência enxameiam vitoriosas.
É nesse livro também que se relata o degredo de um dos planetas que circunda a estrela binária, o sistema estelar binário de Capela, e que começaram a vir para a terra 12 mil anos atrás - entre 12 mil anos e 7 mil anos atrás.
E Emmanuel escreveu:
Há muitos milênios, um dos [...] [planetas] da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira o ponto máximo de um dos seus extraordinários [surtos] [...] evolutivos.
[...]
Alguns milhões de [seres] [...] rebeldes lá existiam, [...] [e] uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade [...].
As grandes comunidades [...], diretoras do Cosmos, deliberaram, então, [...] [localizá-los] aqui na Terra [...].
E aí surgiram quatro grandes grupos étnicos exilados do sistema estelar de Capela aqui, na Terra, a começar pelos arianos, que começaram, há 12 mil anos, a habitar a região do Pamir; depois, os hindus. Eles se fundiram depois na civilização indo-védica, também conhecida como indo-europeia. Depois vieram os egípcios; e, por últimos, os hebreus, todos eles como vindos de Capela.
Também há visitas a Marte, relatadas pelo literato e membro da Academia Brasileira de Letras Humberto de Campos, no livro Novas Mensagens, de 1940, no qual ele vai dizer uma coisa muito importante:
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"Todos os [...] centros [...] [populacionais do Planeta Marte] sentem-se incomodados pelas influências nocivas da Terra, o único [...] [planeta] de aura infeliz dentre as suas vizinhanças mais próximas [...]".
No livro O Consolador, Emmanuel, por Chico Xavier, em 1941, responde à questão de nº 73 a pergunta, "A humanidade terrestre é idêntica à de outros orbes?" E a resposta foi a seguinte:
Nas expressões físicas, semelhantes à analogia é impossível, em face das leis substanciais que regem a cada plano evolutivo; mas, procuremos entender por humanidade a família espiritual de todas as criaturas [...] que povoam o Universo e, examinada a questão sobre esse prisma, veremos a comunidade terrestre perfeitamente integrada com a coletividade universal.
No livro Renúncia, de 1947, Emmanuel vai relatar o sistema estelar trino de Sírius, onde existe uma comunidade perfeitamente evoluída. Ele diz:
Seres alados iam e vinham obedecendo a objetivos santificados, num trabalho de natureza superior, inacessível à compreensão dos terrícolas.
[...] [penetramos] num templo de majestosas proporções, [...] [dominados] por pensamentos intraduzíveis. Muito acima da nave radiosa, elevava-se uma torre translúcida, trabalhada em substância sólida e transparente, semelhante ao cristal, de cujo interior jorravam melodias harmoniosas. O santuário augusto era uma vasta colmeia de trabalho e oração.
A partir de 1958, o espírito de André Luiz, que é o cientista brasileiro Carlos Chagas, vai escrever o livro Evolução em Dois Mundos, no qual se diz que no fluido cósmico universal operam as inteligências gloriosas que formam impérios estelares e, "no seio dessas formações assombrosas, [...] se estruturam [...] a matéria, o espaço e o tempo, oferecendo campos gigantescos ao progresso [...] [de todos os seres]".
Em 1964, no livro Justiça Divina, é também Emmanuel quem vai dizer na mensagem Ante os mundos superiores:
[...] não podemos alhear-nos do preço que a Terra pagará pela promoção [...].
[...]
Abrindo as estradas do espírito para essa era de luz, abracemos a [...] vitória do bem, seja qual seja o nosso setor de ação.
Obreiros da imortalidade contemplaremos os habitantes da Terra [...] elevando-se em direitura de outras plagas do Universo.
Esse é o nosso destino.
E Chico Xavier, no programa Pinga-Fogo, da TV Tupi de São Paulo, disse, gravado e até hoje disponível no YouTube: "E nós estamos no limiar de tempos novos, em que a ciência descortinará para nós todos um futuro imenso diante do Universo".
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(Soa a campainha.)
O SR. GERALDO LEMOS NETO - "[...] nós vamos compreender que fazemos parte de uma família universal, que não somos um único mundo criado por Deus".
Que Deus abençoe esta Casa parlamentar e inspire os nossos Senadores e toda a população brasileira para conhecer e buscar a verdade de que não estamos sozinhos no Universo e de que fazemos, sim, parte desta grande família universal.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado, Geraldo Lemos Neto, que veio do belíssimo Estado de Minas Gerais para prestigiar este evento histórico, emblemático que o Senado Federal está tendo a coragem de realizar.
Eu queria já, imediatamente, passar a palavra para o Sr. Thiago Ticchetti, que é conferencista, assessor governamental e Presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos.
Seja muito bem-vindo à Casa.
Enquanto ele toma a posição, eu quero também já agradecer a presença da Sra. Jane Turvey, que veio dos Estados Unidos para participar conosco deste evento. Ela é partner do Sr. Gary Heseltine.
Muito obrigado.
Sem bem-vinda ao Senado Federal.
Passo a palavra, agora, ao Sr. Thiago Ticchetti.
Por favor, o senhor tem 15 minutos, com a tolerância de cinco minutos.
O SR. THIAGO TICCHETTI (Para discursar.) - Gostaria, em nome do Senador Eduardo Girão, de saudar todas a autoridades aqui presentes e de agradecer a singela, mas histórica homenagem ao Dia Mundial da Ufologia.
Saúdo também a quem nos assiste pela TV Senado, pelas redes sociais e também os aqui presentes.
Pois bem. Eu vou apresentar, Senador, alguns casos dentro da ufologia brasileira, que merecem algum destaque importante. A ufologia brasileira é riquíssima. Eu pincei alguns casos, com imagens, até mais para ilustrar e mostrar para todos que estão nos assistindo que a ufologia é real e global.
O primeiro caso que eu trago é o de Ilha da Trindade. É um caso famoso, um dos mais importantes do Brasil e do mundo. Ele ocorreu no dia 16 de janeiro 1958, quando o navio Almirante Saldanha, da Marinha brasileira, estava próximo à Ilha da Trindade, no litoral brasileiro, e sua tripulação fazia pesquisas associadas ao Ano Geofísico Internacional.
O evento dessa data, na qual foram tiradas as fotos, está associado... Foram obtidas, na verdade, num período posterior a outros cinco avistamentos, que ocorreram de dezembro de 1957 até janeiro de 1958, quando foram feitas essas fotos.
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Essas fotos, esses avistamentos foram testemunhados por diversos militares de várias embarcações e também militares que ficam na ilha.
Dentro dessa embarcação havia também um fotógrafo profissional, chamado Almiro Baraúna, que, no dia 16 de janeiro, foi chamado ao convés do navio para que verificasse e registrasse um estranho objeto que estava aparecendo para toda aquela tripulação. O objeto tinha a forma do planeta Saturno. Ele chegou do oceano, sobrevoou a ilha, em cima do ponto mais alto da ilha, fez uma volta e desapareceu. Foram feitas quatro fotos, por Almiro Baraúna. Essas fotos hoje em dia estão disponíveis em muitos sites da internet, estão disponíveis no Arquivo Nacional de Brasília, que congrega vários documentos, e também em vários sites internacionais.
Essas fotos, já tentaram, de todas as formas, desqualificá-las, tentaram explicá-las, mas ninguém até o momento teve êxito, e não digo nem que é para o mal da ufologia, eu acho que a ufologia deve ser baseada em pesquisa, uma vez que qualquer caso, sendo clássico ou não, seja explicado, para o bem da ufologia, da pesquisa ufológica.
Aqui a gente defende a verdade, a pesquisa científica dos fatos. Essas fotos, inclusive, foram pesquisadas pelo Pentágono, que queria comparar ao que eles estavam tendo de avistamentos também nos Estados Unidos. Segundo os jornais da época, essas fotos foram enviadas aos Estados Unidos e foram analisadas também.
O inquérito aprovado pela Câmara dos Deputados, no dia 27 de fevereiro de 1958, de autoria do então Deputado Sérgio Magalhães, solicitava que a Marinha Brasileira explicasse os fatos relacionados ao incidente. Em resposta a essa solicitação, o Deputado teve acesso a um documento confidencial da Marinha, no qual era confirmado todo o episódio, inclusive acrescentando novos dados. O Deputado chegou a ir a um programa de tevê antigo, com o inquérito em mão. Ele apresentou, mostrou a capa do inquérito, mas não podia divulgá-lo. E esse inquérito até hoje permanece sem divulgação. É pedido da nossa campanha, "UFOs: Liberdade de Informação Já", que esse inquérito seja divulgado ao público.
Um outro caso muito interessante é o caso de Ubatuba, onde, em setembro de 1957, vários banhistas observaram um disco voador, literalmente, se aproximar da Praia de Toninhas, em Ubatuba. O objeto vinha numa velocidade incrível e, quando estava prestes a se chocar com a água, deu uma guinada subindo logo em seguida. Foi quando ele explodiu em chamas e fragmentos sobre o mar, próximo aos banhistas.
Algumas testemunhas recolheram os pedaços do objeto, constatando ser de um material metálico e muito leve. Uma dessas testemunhas encaminhou uma carta ao então jornalista Ibrahim Sued, do jornal O Globo, juntamente com uma parte desse material. Três amostras chegaram às mãos do ufólogo Olavo Fontes, que as encaminhou para as análises. As primeiras análises foram feitas no Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura, sob responsabilidade de Luiza Maria Barbosa.
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Os exames foram realizados através de espectrografia e indicaram alta concentração de magnésio e ausência de outros elementos. Outros exames realizados nas amostras indicaram também alta concentração de outros elementos desconhecidos no nosso planeta. Uma das amostras, há pouco tempo, foi entregue a Andrea Simondini, pesquisadora e ufóloga argentina, e está exposta no seu museu, em Entre Ríos, na Argentina.
O cientista e pesquisador também Jacques Vallée, em recente visita à Argentina, levou uma dessas amostras para análise. O resultado ainda não é definitivo, mas o que se tem, até agora, é que, para se ter a pureza de magnésio identificada na amostra, seria necessário uma temperatura comparável à da explosão de uma supernova. Então, é algo impossível de se criar, produzir e ter na nossa natureza.
O próximo caso eu trago até em homenagem ao Gevaerd e também ao Senador: o dia em que Curitiba foi, literalmente, invadida por discos voadores. Isso aconteceu no dia 14 de dezembro de 1954, quando três discos voadores - esta é a foto que está em destaque - sobrevoaram a cidade, por várias horas, chegando a se aproximar de prédios, no Centro da capital, assustando a população. Lojas da região fecharam suas portas, em pleno movimento natalino, porque os clientes saíram e todos queriam ver o espetáculo que estava acontecendo.
Tudo começou por volta das 11h da manhã, quando três pontos brilhantes surgiram no céu sobre Curitiba, por volta do meio-dia. Esses três objetos diminuíram a sua altitude, sendo observados em vários pontos da cidade. Por volta de 1h da tarde, havia pessoas, em toda a cidade, testemunhando o fato. De repente, dois desses três objetos desapareceram, ficando somente um terceiro, que se aproximou ainda mais. Foi quando foi tirada esta foto, em destaque, na apresentação.
Devido à grande movimentação de objetos e também apreensão da população, os jornais começaram a sair às ruas, tirando fotos, fazendo reportagens e entrevistando essas testemunhas. E dizem os jornais da época que a Força Aérea Brasileira mandou decolar aviões para interceptação. O que as testemunhas viram foi um avião bimotor que fazia imagens da cidade para cartografia, que afirmou, em relato, que não viu o objeto, mas esses objetos foram registrados pelas câmeras de fotógrafos em Curitiba.
Um outro caso muito interessante da nossa casuística brasileira ufológica ocorreu em Lins. Foi um contato entre uma senhora e um ser, supostamente, extraterrestre. Esse caso aconteceu na madrugada do dia 25 de agosto de 1968, no Sanatório Serafim Ferreira, em Lins, São Paulo. Ele foi investigado pelo Sioani, que o Gevaerd aqui já explicou que era o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados, na época, órgão da FAB destinado à pesquisa ufológica. A principal protagonista do caso, a D. Maria José Cintra, revelou que, por volta das 5h da manhã do dia 25, ela se levantou, como era de costume, ouviu estalos do lado de fora do sanatório e, nisso, viu o vulto de uma mulher. Ela foi até a porta e viu que a mulher lhe trouxe uma jarra, um recipiente, possivelmente para colocar água, diferente do que ela tinha visto. Era uma jarra, mas diferente do que ela tinha visto. Tinha 20cm, mais ou menos, de altura esse recipiente. E essa senhora começou a se comunicar com ela num dialeto, num idioma que era desconhecido. Ela, então, entendeu que era para pegar água. Pegou água e entregou para essa visitante e também encheu um copo d'água e entregou para essa visitante, que bebeu. Ao ir embora, essa visitante tomou um caminho que era de um muro do sanatório e não o caminho de saída. De repente, a D. Maria José viu uma luz muito grande surgir, e, de repente, um objeto em forma cilíndrica, semicilíndrica, apareceu. O ser foi em direção a esse objeto, entrou nele como se estivesse atravessando uma porta, uma parede, e desapareceu.
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Ficaram registradas marcas no local onde o objeto estava - essas são as marcas, em fotos oficiais do Sioani -, e o caso foi investigado. Não houve conclusão até hoje do que seria esse ser, que era um ser loiro, com vestimentas azuis, vestidos azuis, e uma touca, um véu azul na cabeça. Até hoje não houve explicação para o que ocorreu.
Outro caso muito interessante e com destaque é o caso Vasp. Foi quando o piloto Carlos Alberto Góes de Britto e o Engenheiro de Voo Francisco Cesarino observaram, a bordo do avião da Vasp que vinha de Fortaleza para Brasília, um objeto voador não identificado que perseguiu, acompanhou o avião, praticamente todo o trajeto. Era madrugada, e a todo momento o Comandante Britto entrava em contato com a torre de controle pedindo informações sobre se havia algum tráfego aéreo na região. Nenhuma vez, em nenhum desses contatos antes de se aproximar do pouso em Brasília, o radar detectou esse objeto, mas eles o estavam vendo.
Quando, ao se aproximar de Brasília para pouso, no procedimento de pouso, o Comandante Britto perguntou mais uma vez ao Cindacta se havia alguma aeronave na região que também estivesse vendo esse objeto, para sua surpresa, uma aeronave da Aerolineas Argentinas e uma da Transbrasil estavam vendo o objeto também, e dessa vez o radar do Cindacta também estava detectando o objeto.
Era um objeto com um brilho puro, um brilho forte, sólido, que acompanhou o objeto. Recentemente, há alguns anos, surgiram algumas fotos do que seria esse objeto. Eu apresento aqui. São fotos não muito nítidas, porque estamos falando de algo de 1989, então pouca gente tinha câmera, e eram câmeras de rolo. Raramente alguém levava uma câmera a bordo do avião. Mas seriam essas fotos que teriam sido feitas. Nesse detalhe, nessas três fotos, a gente vê a asa do avião com a luz de identificação e, acima, o que seria esse objeto, próximo às nuvens. Essas fotos ainda não puderam ser consideradas genuínas, mas foram feitas por uma das passageiras do voo.
Esse caso também é um caso interessante. Temos aqui companheiros da Aeronáutica, da qual eu tenho um grande orgulho, porque meu pai foi piloto da Aeronáutica, Tenente-Coronel Ticchetti, da Aeronáutica, e meu sogro foi Coronel da Aeronáutica também. Então, entre os militares, eu me sinto muito bem.
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Foi num pouso numa base aérea da FAB, ocorrido no dia 2 de dezembro de 1996. Um objeto luminoso foi avistado por várias pessoas que moravam nas proximidades da Escola de Especialistas da Aeronáutica em Guaratinguetá, em São Paulo, e, no dia seguinte, foi encontrada uma marca circular em um charco a 100m da Eear. Ele tinha aproximadamente 8m de diâmetro e tinha um formato circular. Dentro da marca havia o capim, que era do tipo taboa, amassado em sentido horário, seco, sem clorofila, e com indícios de exposição ao calor, pois apresentava-se chamuscado. Em quatro pontos nas bordas desse círculo, bem como no seu interior, havia pontos queimados, e, na parte de fora da marca, a vegetação estava intacta - isso é o que a gente chama normalmente de ninho, ninho de óvnis. Posteriormente, com a divulgação do caso, o local foi aterrado sob a alegação de se construir uma divisa entre o aeroclube local e a Escola de Especialistas.
Temos o caso da Barragem do Paranoá, e eu tenho aqui o Wilson Geraldo de Oliveira, que coordenou o grupo de pesquisa ufológica e paracientífica dentro da Universidade de Brasília - se não me engano, é o único grupo dentro de uma universidade federal que investigou o fenômeno ufológico. O Wilson participou desse caso também investigando em determinado momento.
Trata-se do avistamento de um objeto voador - e essa é uma das fotos que foram feitas - por três empresários que vinham de Tocantins. Eles foram perseguidos por esse objeto pelo Lago Sul, em Brasília, até chegarem à Barragem do Paranoá, onde esses empresários pararam e ligaram para o 190. Chegaram várias viaturas da Polícia Militar de Brasília, e o Cabo Galdino, na época, andava com uma câmera V8 para registrar as abordagens dele para evitar que fosse acusado de abuso de autoridade ou algo semelhante. Ele filmou esse objeto. Além disso, o filho de um desses empresários era fotógrafo profissional e estava no Lago Sul. O pai, então, ligou para o filho, que foi lá e tirou 36 fotos desse objeto. Além dessa foto, há, na internet, a filmagem desse objeto feita pelo Cabo Galdino, e até hoje não se explicou essa foto, que foi divulgada amplamente no Brasil pela revista UFO. Até hoje não se tem ainda uma explicação para o que foi visto pelos militares e pelas testemunhas.
A próxima imagem - eu já me encaminho para o fim da minha apresentação, Senador - é o caso de Capão Redondo, um caso muito famoso no Brasil que ocorreu em 1998, no dia 2 de janeiro, por volta de 9h30 da noite e que foi posteriormente pesquisado por um dos maiores ufólogos que o Brasil já teve, já falecido, Claudeir Covo, e também pelo Ricardo Varella, membro da Comissão Brasileira de Ufólogos. Várias pessoas testemunharam a evolução de um aparelho luminoso sobre as casas na região de Capão Redondo, na cidade de São Paulo.
Eu tenho um vídeo aqui, vamos ver se consigo exibi-lo. Esses são trechos do vídeo...
Como é que faço para passar aqui? (Pausa.)
Essas imagens foram feitas e veiculadas em vários locais, em várias redes, em várias emissoras. Era um objeto esférico com aproximadamente 20cm de diâmetro e era quase tão brilhante quanto uma lâmpada de iluminação pública.
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Esse objeto realizou movimentos rápidos de descida e subida sobre os telhados das casas da região, não havendo qualquer ruído vindo dele. Estamos falando de algo que foi visto em 1998. Nós não tínhamos drones, nós não tínhamos satélites Starlink, é um objeto que fez rasantes sobre casas, rasantes sobre automóveis, passou entre fios de postes de eletricidade, e ninguém até hoje conseguiu identificar. O Claudeir Covo e o Ricardo Varella tentaram de todas as formas reproduzir para tentar imitar esse objeto e não conseguiram, usaram pipas com lanternas, usaram aviões de aeromodelismo, e não conseguiram reproduzir. E até hoje essa é uma das melhores imagens, o que a gente da ufologia chama de sonda ufológica de pequeno tamanho, de 30mm a 1m de diâmetro, que serviria para investigar, analisar a área.
O último caso que eu trago para vocês foi um caso que eu recebi em 2015, que é uma sequência de fotos tiradas aqui em Brasília que mostram um objeto não identificado próximo ao início da noite do dia 27 de setembro de 2015. As imagens foram tiradas em Engenho das Lajes, aqui no Distrito Federal, às 18h14min, em intervalos de um minuto. De acordo com a testemunha, um engenheiro civil, o objeto era brilhante e mudou várias vezes de direção, girando como se fosse um satélite e tendo aquela aceleração e desaceleração instantânea, também algo muito difícil, impossível para qualquer avião, qualquer helicóptero convencional fazer. Não era um drone, segundo a testemunha, porque ele emitia outras luzes e raios direcionados ao solo.
Esse foi o último caso que nós tivemos...
(Soa a campainha.)
O SR. THIAGO TICCHETTI - ... registros, aqui em Brasília, com fotos e imagens, que nós podemos apresentar.
Com isso, eu encerro a minha apresentação, mais uma vez agradecendo o espaço aqui no Senado Federal, a nossa Casa, e levando em conta que este é um momento histórico para a ufologia nacional e internacional.
Senador, muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado, nós que agradecemos a sua presença aqui, Thiago Ticchetti, que é conferencista, assessor governamental e Presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Eu quero fazer uma retificação aqui. A Sra. Jane Turvey não veio dos Estados Unidos, veio da Inglaterra. Então, está aqui presente, acompanhando o nosso conferencista, daqui a pouco, que veio também do exterior, que é o Sr. Gary Heseltine, detetive aposentado da polícia inglesa. Vocês que são da terra do dramaturgo William Shakespeare, que tem uma frase que diz uma coisa muito interessante: "Há mais mistérios entre o céu e a terra do que imagina a nossa vã filosofia". E nós estamos aqui, numa data muito especial sob todos os aspectos - daqui a pouco eu falo outro dado que acabou de sair na mídia internacional, a questão da Corte Suprema - é outro assunto -, mas a Corte Suprema americana, depois de 49 anos, revogou a lei do aborto nos Estados Unidos. Era algo, assim, inimaginável há pouco tempo, mas a ciência foi evoluindo e teve essa reversão histórica. Eu quero dar os parabéns ao povo americano!
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Eu já estive lá nos Estados Unidos várias vezes com a minha família, a Márcia, minha esposa está aqui presente, e nós fomos à March for Life nos Estados Unidos, quase um milhão de pessoas embaixo de neve todos os anos. Há 49 anos acontece isso, desde que a Corte Suprema liberou o aborto e essa decisão é uma vitória dos pró-vidas, não apenas nos Estados Unidos, mas no mundo inteiro. Após dezenas de milhões de abortos que aconteceram, agora a legislação está junto com a ciência, avançando em favor da vida e da mulher também, porque são duas vidas que estão ali diretamente sendo ameaçadas.
Então, eu já quero passar a palavra agora para o Sr. Inajar Antonio Kurowski, que é graduado em Medicina Veterinária, professor universitário de graduação e pós-graduação, policial e perito criminal do Instituto de Criminalística do Paraná, coordenador do grupo de análises de imagens da revista UFO e também coeditor.
Eu convido o Sr. Dr. Inajar Antonio Kurowski para iniciar a sua exposição.
O senhor tem 15 minutos, com mais de cinco de tolerância aqui da Presidência.
Muito obrigado.
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI (Para discursar.) - Eu que agradeço.
Cumprimentando, então, o Exmo. Senador Eduardo Girão, a todos os componentes da mesa, a todos os presentes e a todos os que nos assistem.
Pode colocar a minha apresentação? (Pausa.)
Eu vou comentar sobre abduções, especialmente as efetuadas por UFOs no Brasil.
Logicamente, pelo tempo, eu vou fazer um condensado, não tenho como prolongar esse assunto que é bastante interessante e é um dos temas mais sensíveis, eu diria, dentro da ufologia.
Vamos lá.
Então, primeiro, a definição de abdução, se usa muito essa palavra: "é o ato ou efeito de abduzir, afastar". É o movimento pelo qual - em fisiologia - um membro se afasta da posição paralela do eixo médio do corpo humano, um dedo ou qualquer coisa assim. Então, quando se ergue o braço lateralmente, isso é uma abdução, é um afastamento, afastar.
Em termos jurídicos, significa, então, "rapto por fraude, violência ou sedução", ou seja, você afasta a pessoa do seu normal.
Definida, então, a abdução.
Para a ufologia é usada para:
Descrever, relatar, afirmar ou simplesmente levantar a hipótese de raptos, desaparecimentos temporários ou memórias supostamente reais de pessoas que teriam sido levadas secretamente, contra a própria vontade ou não, por entidades aparentemente não humanas ou de natureza e origem desconhecidas, e então submetidas a procedimentos físicos e psicológicos de complexidade não compreendida [por nós ainda].
Esses procedimentos podem ser bastante dolorosos ou assustadores.
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Na página do Governo, do Ministério da Justiça, estão registradas mais de 700 aparições de óvnis no Brasil, nesta página, que está à vista.
Bom, se passar, a gente vai em frente.
Feita essa breve apresentação, então, tenho que comentar que, desde que se passou a registrar por escrito a nossa história, desde as plaquetas sumérias feitas ainda em escrita cuneiforme, se tem registros de abduções. Mesmo nas comunidades em que há somente o registro oral, eram passadas essas histórias de abduções e de seres que vieram em naves, ou em canoas voadoras, ou em escudos voadores, tiveram contato com a humanidade e levaram alguns humanos para passear nessas naves; alguns não voltaram.
No Livro dos Reis, diz que os profetas Elias e Eliseu estavam andando, conversando, e surgiu o que eles expressaram, com a linguagem da época, como sendo um carro de fogo ou uma carruagem de fogo - daí vem a origem do primeiro livro do Erich von Däniken, Chariots of the Gods?, ou seja, carruagem de fogo, que, no Brasil, foi lançado como Eram os Deuses Astronautas? -, e diz que esse carro de fogo se aproximou e separou um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho.
O que vendo Eliseu, clamou: "Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros [assustando-se com aquela nave que estava ali]! E nunca mais o viu; e, pegando as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, parou à margem do Jordão.
Em algumas versões, diz que Elias lançou a sua capa para Eliseu para que ele prosseguisse.
Um outro, que é apócrifo, é o Livro de Enoque.
Enoque seria o bisavô do Noé - só para localizá-lo no espaço aqui -, já seria da sétima geração depois Adão, sendo filho de Jarede e pai de Matusalém. Nessa época, a gente vê nos relatos bíblicos que as pessoas viveriam mais de um século, dois, três séculos; Matusalém é um dos mais famosos pela sua longevidade.
Bom, no capítulo 13, desse Livro de Enoque, ele revela alguns detalhes de uma viagem espacial feita por ele:
Estava eu envolto em nuvens e névoa espessa, contemplando com inquietude o movimento dos astros e relâmpagos, enquanto ventos favoráveis elevavam minhas asas e aceleravam o meu curso...
Fui levado até o céu e rapidamente alcancei um muro construído com pedras de cristal. Chamas móveis envolviam seus contornos.
Comecei a ser tomado pelo medo... Entrando, lancei-me no meio das chamas [ele estava com medo daquele fogo]... E entrei numa vasta morada, cujo piso também tinha sido construído com cristal, tanto quanto seus fundamentos.
Imagine que ele tenha sido abduzido e ele se vê numa sala, onde tinha muitas lâmpadas. Não existia lâmpada naquele tempo, 3 mil anos antes de Cristo, talvez mais. Então, ele identificava aquelas lâmpadas coloridas como sendo chamas coloridas, fogo, só que era um fogo que não queimava. Ele entrou numa sala com paredes de cristal. Alguns abduzidos dizem que quando entraram na nave, as paredes ficavam transparentes. Eles conseguiam ver os astros e tudo mais. E o próprio chão, o piso ficava transparente. Essa transparência, Enoque interpretou como sendo cristal, que era o que ele tinha no seu vocabulário, na época, para poder se expressar.
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Enoque conta que visitou sete diferentes mundos, viu neles criaturas aladas, com cabeça de crocodilo, com cauda de leão. No sétimo mundo, encontrou pessoalmente o criador dos mundos, que explicou a formação da Terra e o sistema solar. Enoque afirma que a viagem, para ele, durou poucos dias, mas quando voltou à Terra, muitos anos haviam se passado, décadas, na verdade. Isso é típico efeito de viagem próxima à velocidade da luz.
No Gênesis, aí na Bíblia comum, capítulo 5, versículos 22 a 24, diz: "E andou Enoque com Deus, que depois gerou Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas [ainda com essa idade]. E foram todos os dias de Enoque 365 [...]. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, por quando Deus para si o tomou", ou seja, ele foi levado, voltou com grande sabedoria, passou os seus ensinamentos e foi novamente abduzido, mas dessa vez, não retornou. Então Enoque, para nós aqui, nunca morreu, ele foi levado.
Aqui. Opa!
Pulando bastante na história, porque há relatos de abdução por toda a história, tanto na Roma antiga, na Grécia, durante a Idade Média toda, enfim, até a modernidade, tem relatos de abdução. Um que eu acho curioso aconteceu no Brasil, no século XVI, em 1558. Tinha alguns índios da tribo temiminós, que ajudaram os portugueses a combater os franceses naquela época, e um deles era o índio Arariboia, um cacique. E ele tinha um irmão chamado Manemuaçu, que depois foi batizado, na cerimônia do seu casamento, e passou a se chamar Sebastião de Lemos.
E ele foi, pelo relato que ele disse, ele teria sido abduzido em fevereiro. Foi bastante maltratado durante essa abdução, foi abandonado num manguezal distante dezenas de quilômetros do ponto onde ele foi abduzido. Quando ele deu por si, ele estava muito aturdido, muito confuso e foi conversar lá com os padres. E os padres disseram que ele estava endemoniado, porque ele contava o relato de seres que, pela descrição que ele deu, seriam demônios, que o levaram e fizeram muito mal a ele, o maltrataram, ou seja, aquelas experiências que a gente já viu em diversos relatos de abdução.
Ele foi levado em fevereiro e faleceu em 2 de abril daquele ano. O Padre Antônio de Sá, numa carta de 13 de julho de 1559, faz um relato pormenorizado de todo esse desaparecimento e reaparecimento do Manemuaçu, que levou, se não me engano, 11 dias desaparecido. A tribo toda já o tinha dado por morto pelo seu desaparecimento. Mas enfim, disseram que ele era maluco e que os demônios teriam invadido o corpo dele.
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Esse caso, o caso Antônio VillasBoas, é considerado o primeiro caso oficial de abdução no mundo inteiro, ocorrido após a era moderna da ufologia, que se iniciou em 1947.
Antônio Villas-Boas morava com irmãos. Estava se preparando para dormir e viu uma forte luz branca no céu, mas não deu muita importância. Acordou os irmãos dizendo: "A luz está lá".
Os dias se passaram até que, um dia, estava trabalhando sozinho, com o trator, e percebeu que a luz retornou e pousou. Era uma nave, mais ou menos nesse formato que se apresenta ali. Dessa nave saíram três seres que o agarraram e o foram levando para o interior da nave, apesar dele ter lutado contra isso. Ele foi levado, então. Essa é a descrição de como seriam as vestimentas dos seres, parecendo uma roupa de mergulho ou coisa assim, o que é bastante comum nas descrições de seres.
Ele foi levado, à força, então, para o interior da nave. E dentro dessa nave o despiram, fizeram algumas experiências e coletaram sangue do queixo. Aqui embaixo do queixo, se a gente palpar, tem uma artéria bastante significativa. Ele ficou com essas marcas, com esses ferimentos, dias depois, apresentando isso. Em seguida, o teriam levado para uma sala onde havia uma alienígena nua. Deram a ele um líquido com o qual ele se sentiu atraído por ela, e eles tiveram uma relação sexual. Depois disso, o Villas-Boas foi levado, então, para fora da nave.
Não há muitas evidências de que tudo isso tenha ocorrido, mas havia as marcas no corpo, e os sintomas que o Antônio apresentava eram sinais de radiação. E, lá no meio do campo, não teria como ele ter tido esse tipo de contaminação.
Um outro caso, no ano seguinte, foi o de Artur Berlet, em Sarandi. Tem Sarandi no Paraná, mas esse foi em Sarandi, no Rio Grande do Sul. Ele também foi levado e só voltou 11 dias depois. O caso dele também foi bastante divulgado. Também um tratorista.
Ele escreveu o relato de toda essa experiência dele em que ele teria sido levado para um planeta chamado Acart. Esse planeta estaria a 65 milhões de quilômetros da Terra. Essa distância é questionável, porque 65 milhões de quilômetros é muito próximo. Então, talvez, sejam 65 anos-luz, e ele não soube explicar isso. A viagem teria durado 38 horas. Ele conta que os acarteanos teriam tipo físico semelhante aos humanos e que se comunicavam com ele em alemão. Na verdade, quando eles o abordaram no campo e o convidaram para ir junto, ele tentou se comunicar em português, e os extraterrestres não compreenderam; ele tentou em italiano, e também não o compreenderam; aí ele tentou o alemão, e eles conseguiram se comunicar nessa língua. Então, a comunicação com ele foi nessa linguagem.
Ele descreve, na obra dele, como seria esse outro planeta, as cidades, a organização das cidades. As pessoas se deslocariam numa nave, vamos dizer, mais ou menos semelhante à dos Jetsons, porque elas se encaixavam... Tinha os prédios, e esse objeto voador se encaixava no andar em que a pessoa morava. Ela descia já dentro do seu apartamento. Enfim, ele explana com vários detalhes aí, mas, infelizmente, aqui não vai ser possível comentar tudo isso.
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E tem esse outro caso, que é o caso João Caiana, ocorrido em setembro de 2000.
Como disse, esses casos vêm ocorrendo. Ano a ano, estão ocorrendo abduções. Quem já assistiu ao filme Área Q, que se passa em Quixadá, lá também vários casos de abdução são comentados. No Brasil inteiro tem esses casos. No litoral do Paraná, nós temos casos de abdução também.
Esse caso eu acho bastante pitoresco, bastante curioso em relação aos demais, porque ele estava num carro, num fusca, o João Caiana, junto com a sua esposa e a filha. A filha tinha 12 anos na época. Ele estava trafegando, foram até um sítio buscar jabuticaba e, quando eles estavam voltando... A filha viu primeiro, ela que falou: "Olha, tem umas luzes se aproximando do carro", uma à direita e outra, à esquerda do carro. E eles até pensavam que era um avião tentando pousar na estrada. Aí, de repente, viram que aquilo não era um avião e que estava, na verdade, acompanhando o carro. E, quando eles perceberam - eles estavam ali com esse fusca -, quando ele percebeu esse objeto, ele piscou a luz, sinalizou para esse objeto. Ele não tinha noção de que iriam responder ou não, e ainda a filha brincou: "Vem, bebê! Vem, bebê!", chamando o objeto. Ele ficou assustado. Disse: "Olha, acho que a coisa está ficando séria". E, realmente, foi ficando mais séria.
Bom, essa luz ficou muito grande, se aproximou do carro, e ele começou a perceber até detalhes dessa nave. A esposa dele se assustou, gritou. Ele também se assustou. Eles ergueram as janelas do carro. E, quando ele viu, começou a sentir um cheiro estranho e se sentiu enfraquecido. A filha dele desmaiou. O carro ainda estava em deslocamento quando ele viu que tinha na estrada uma coisa chamada mata-burro, que é para evitar que os animais passem. É um espaço com grade no chão; o animal vê aquele buraco e tem medo de pôr a pata, então não passa. Isso se chama mata-burro. Então, ele firmou o volante para passar por aquilo, porque ia dar um solavanco, e, quando ele percebeu, o carro estava flutuando. Ele começou a perceber as árvores abaixo. Era uma plantação de eucaliptos, e ele começou a ver a copa dos eucaliptos ali embaixo. E viu que, em torno do carro, havia uma luz, um facho de luz que estaria erguendo o carro com a família e tudo.
Quando eles deram por si, o carro já estava dentro da espaçonave, dentro de uma sala na espaçonave. Ele ficou em pânico - é lógico, um susto desses! Eles desmaiaram todos dentro do carro. Ele não sabe em quanto tempo isso se passou. Ele estava muito assustado e só percebeu depois que o carro foi descendo e pousou no chão. Quando pousou no chão, o carro estava funcionando, tudo normal.
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Foi feita a hipnose regressiva, e eles descrevem, daí, o contato, as conversas que eles tiveram com os seres e tudo mais.
No que pousou, eles estavam tão assustados que ele foi direto para o hospital para ver se alguém teria algum problema maior. E todos os três, inclusive a menina de 12 anos, estavam com a pressão de 14 por 9.
Em outros relatos, como o de Antônio Tasca e outros, eles também tiveram a pressão elevada quando foram examinados posteriormente.
Acho que seria isso. Falei em pouco tempo.
Era o que continha.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito bem! Muito obrigado.
Agradeço ao Sr. Inajar Antonio Kurowski pela sua participação. Inclusive, eu estava anotando aqui quando o senhor falou sobre esse caso, o caso do senhor... Esse último que o senhor falou, lá de Minas Gerais...
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI (Fora do microfone.) - João Caiana.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - João...
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI (Fora do microfone.) - Caiana.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - João Caiana.
Inclusive, coincidentemente, eu vi uma matéria esses dias - não sei se é uma matéria antiga, está no YouTube -, que, se não me engano, foi feita pelo SBT; uma matéria em que voltaram à cidade, em uma data fechada, não sei se...
Foi quando o caso?
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI (Fora do microfone.) - Em 2000.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Foi em 2000. Então, acho que foi em 2010, dez anos depois, a equipe de reportagens, o jornalista investigativo voltou lá, entrevistou a família toda, e foi assim bem interessante a reação da esposa. O Sr. João, muito tranquilo, muito sereno, sem receio, mas a esposa estava ainda um pouco... Eles voltaram lá ao local e tudo e relataram que foram ao hospital depois. E o médico é entrevistado, o que atendeu a família naquela noite. É uma matéria que está no YouTube, bem interessante, sobre esse caso João...
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI (Fora do microfone.) - Caiana.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - ... Caiana.
O Área Q, que é o filme que o senhor citou... Tem vários documentários também da National Geographic, vários documentários que estão aí, filmes produzidos... Esse assunto desperta realmente o interesse de muita gente. Até presidente americano já foi entrevistado sobre esse assunto. E esse filme Área Q foi uma produção Brasil-Estados Unidos, se eu não me engano, do ano de 2011, e eu pude participar da produção também. Então, é um filme que, realmente, de uma certa forma, relata aquela região do Ceará, Quixadá, Quixeramobim. A população de lá, muita gente tem atenção a isso, porque já vivenciou, segundo a fala deles... Inclusive, gente de fora do Brasil foi lá investigar isso.
Então, eu já quero aqui, imediatamente, chamar, para que a gente possa ouvi-los, os dois convidados internacionais.
Primeiro, o Sr. Gary Heseltine.
Desculpa! Sorry, my english is not good, but my portuguese is worst.
[Tradução simultânea: Desculpe, meu inglês não é muito bom, nem meu português.] (Risos.)
Eu quero agradecer muito a presença dele.
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Detetive inglês aposentado, editor da revista UFO Truth e conferencista internacional, é Vice-Presidente da International Coalition for Extraterrestrial Research, a mais recente iniciativa para lutar pela liberdade de informações ufológicas governamentais, e correspondente internacional da revista UFO.
Eu o convido para fazer a sua exposição por 15 minutos, com tolerância de 5 minutos, da tribuna, se o senhor quiser, ou daí mesmo do local. Fique inteiramente à vontade.
Muito obrigado por ter vindo. (Palmas.)
O SR. GARY HESELTINE (Para discursar. Tradução simultânea.) - Olá, sejam bem-vindos. Vamos interagir agora.
Prestem atenção, essa será uma apresentação de 30 minutos que será feita em 20 minutos. Então, vou precisar de seus olhos e ouvidos para ouvir comigo. Coloquem os seus fones e ouçam, essas informações são importantes.
Primeiro de tudo, eu gostaria de agradecer ao Senador Girão. Este é um momento realmente histórico. Pode não parecer porque as pessoas não estão aqui para ver, não está cheio, não tem uma multidão aqui - deveria estar -, mas este é um momento histórico, e ele merece crédito. Então, uma salva de palmas para ele. (Palmas.)
O meu histórico. Eu passei 30 anos como policial na Polícia Militar. Eu só posso olhar para esse tema com olhos que buscam evidências. Eu fui detetive por 19 anos, trabalhei em várias investigações, inclusive de estrupo e assassinato. Eu sei o que é uma evidência e o que seria permissível em um tribunal. E temos tantas evidências para esse tema, que é um crime isso não ter sido divulgado para o povo até agora. E eventos como este tornarão isso cada vez mais possível. Mentiram para vocês por 75 anos, por muitos governos em todo o mundo.
Então, agora, vamos começar.
Eu também falo como Vice-Presidente da Coalizão Internacional de Pesquisa sobre Extraterrestres. Esse não é um grupo, é uma ONG internacional, é uma ONG registrada em Portugal. Agora, nós conseguimos juntar 30 países, representantes nacionais como cientistas, acadêmicos e pesquisadores de liderança na pesquisa sobre óvnis. Essa não é uma questão de um único país, é uma questão mundial, e nós temos que começar a abordar essa questão como uma questão mundial.
Podemos ficar em nossos telefones e dizer: "Nossa, que malucos! Óvnis!". Mas vocês estão errados, e eu vou explicar porquê. Mentiram para vocês por 75 anos ou mais, e agora eu vou explicar porquê. Eu vou revisar só alguns casos globais que mostram como isso é real.
O primeiro caso de que eu quero falar começa em 1942 - 1942! É sério?! Em 1942, há a Segunda Guerra Mundial. E alguns de vocês, nesse público, podem ter ouvido falar sobre coisas como os foo fighters: luzes que acompanhavam as aeronaves na guerra.
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Eu não estou interessado nisso. Eu quero o melhor. Eu quero estrutura, eu quero máquinas, e temos evidência de máquinas no nosso espaço aéreo. Esse primeiro caso enfatiza isso. Em 1942 - isso aconteceu durante um ataque a Turim, Itália -, foi visto de um bombeador Lancaster. Oito pessoas viram. Era um ataque de guerra em 1942. Eles viram esse caso aqui. Esse caso está disponível numa corte de Londres. Todo mundo pode ver e todo mundo já viu. A imprensa já revisou esse caso? Não; deveria, sim.
Esse parágrafo que eu vou ler aqui para vocês - se eu puder voltar - é o que eles relataram em 1942.
Eu vou ler, porque é importante:
O objeto referido foi visto por toda a equipe - oito tripulantes da aeronave. Eles dizem ter tido de 200 a 300 pés de extensão e quatro pares de luzes vermelhas estavam no lado desse objeto. Esse objeto estava em velocidade constante.
Eu vou pular um pouco, porque não tenho tempo.
Mas é dito que, quando foi visto na primeira vez, foi visto abaixo da aeronave na qual eles estavam. Era uma estrutura abaixo. E na segunda vez em que foi observado, estava voando do lado. Em 1942.
Eu vou perguntar desse objeto cilíndrico, a uma velocidade de 500 milhas por hora. Então, esse objeto gigantesco, cilíndrico, estruturado, mecânico, voando, em 1942, nós tínhamos essa tecnologia? Vocês conseguem achar isso em algum jornal de aviação? Não. Em 1942... Esse documento foi mantido confidencial por décadas, e está aqui. Então, o que nós tínhamos em 1942? A resposta é: nada desse tamanho e que atingisse essa velocidade.
Mas aqui está o aspecto mais maluco sobre isso: agora, 80 anos depois, ainda não temos uma máquina que chegue a 500 milhas por hora, que não tenha asas, não tenha cauda e não tenha sistema de propulsão. Vamos acordar! Imprensa, acorde! Isso é real. Vocês precisam começar a se atualizar sobre as histórias.
Dez anos depois, em 1952, um evento ocorreu, e foi tão importante que levou a que as pessoas começassem a esconder coisas sobre esse tema e a ridicularizar esse tema. Vocês cresceram em um mundo vivendo uma mentira, que foi criada artificialmente. Eu vou explicar por quê.
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Em dois fins de semanas sucessivos, em julho de 1952, formações de óvnis foram vistas na capital da nação, foram vistas por pilotos comerciais e militares. E, quando os objetos estavam no radar, os pilotos iam em direção aos objetos e, quando conseguiam chegar perto, os objetos desapareciam; quando os aviões se afastavam, eles voltavam. E as autoridades ficaram com tanto medo desse evento, que foi convocada a maior coletiva de imprensa, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando o General Samford mentiu para a imprensa. Ele disse: "Sim, tivemos alguns casos, mas, se tivermos mais informações, achamos que é possível explicar". Ele mentiu! Ele mentiu, e os livros de história vão mostrar que ele mentiu. A imprensa falou, então: "Tudo bem. Não tem nada demais". Mas ele mentiu.
Atrás das cenas, o que aconteceu foi a era de ridicularizar esse tema. Todo mundo devia estar consciente sobre isso, porque, em janeiro de 1953, a CIA (Agência Central de Inteligência) reuniu um painel de cientistas e disse: "Nós queremos acabar com a fascinação das pessoas que querem saber mais e não queremos que essas pessoas saibam mais. Como podemos nos livrar desse problema?". E eles disseram: "O.k. Vamos deliberar". E, depois de dois dias, disseram: "Bom, a forma de acabar com a fascinação do público é dizer que nós vamos acabar com essa história, de todas as formas, na mídia. Vamos ridicularizar isso na mídia". E foi uma ótima ideia, funcionou por décadas.
O Governo americano liderou essa onda e criou a confidencialidade que existe no mundo todo, porque todo mundo seguiu o Governo americano. A maioria das pessoas que nasceu depois de 1969 nasceu em um mundo de segredos que foram criados artificialmente. Vocês não sabiam disso porque ninguém contou para vocês. É por isso que ficou comum dizer: "Óvni é coisa de maluco". Isso foi deliberado. As autoridades, especialmente o Governo americano, não queriam que vocês soubessem, porque eles controlam esse tema no mundo todo. E agora vocês sabem! Neste ambiente aqui formal e histórico, vocês devem saber a verdade.
Esse cara aqui estava liderando o painel, o painel chamado Robertson - painel Robertson. E eles reforçaram essa ideia, trazendo uma regulação, uma norma de regulação da Marinha e do Exército, dizendo que, se qualquer pessoa nas forças militares falasse sobre isso, ela iria ser presa por dois anos e seria multada. É por isso que isso aconteceu. Vocês todos estão vivendo em um mundo de mentiras.
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E, para representar como as coisas acontecem no mundo inteiro - parece ficção científica -, em 1966, crianças estavam brincando na escola, na Austrália, perto de Melbourne, e crianças e professores viram um objeto pousar ao lado da escola. As crianças saíram correndo e pensaram: "O que é isso?". Em plena luz do dia.
Como vocês não sabem disso?
E não foi só uma vez.
Pelo menos cem casos desses aconteceram em escolas. Por quê, ninguém sabe, mas aconteceram
Se um piloto militar não souber o que ele está perseguindo, temos um problema. Se eles não sabem o que estão vendo no céu, isso é problema. Eles têm segundos para determinar se é um amigo ou um inimigo.
Este caso é incrível, no Irã, Ásia, em 1976: luzes foram vistas em Teerã, jatos começaram a persegui-las. E o piloto, na época, acabou virando general. Quando ele perseguiu o objeto que ele descreveu como tendo uma forma de diamante, com luzes piscando, que se repetiam, o objeto fez algo muito incrível: ele disparou uma luz, um objeto vermelho. O sistema de armas do piloto militar estava emperrado, e ele não conseguia se defender. E o objeto estava chegando cada vez mais perto da aeronave. Ele pensou: "Não posso fazer nada". Mas, de repente, o objeto desviou, fez um círculo e voltou para o objeto não identificado. E o objeto, depois, continuou. Aí um segundo objeto saiu dele verticalmente, como se fosse pousar. E o piloto continuou a seguir até que, de repente, o objeto fez isto e só foi embora. Em um minuto, estava lá; no outro, não estava mais. E é rápido assim que essas coisas se movem. Depois, ele voltou, no próximo dia, para ver se alguma coisa havia pousado. Nada foi encontrado.
Temos muito sobre esse caso. Estou indo rápido por causa do tempo.
Agora, vamos olhar para outro caso de piloto. Dessa vez, ele tentou atirar em um óvni. Como você vai saber se um óvni é real ou imaginário? Deram uma ordem para ele atirar em um. Então, deve ser muito sério. Este, agora, foi na América do Sul, no Peru: ele viu um alvo no radar, que foi confirmado, e parecia um navio. Ele dispara o seu armamento, e a bala não faz nada. E, aí, ele faz assim: ele sobe e não vai embora, como fazemos em aviões. Ele sobe 10 mil pés e para de repente. Então, ele começa a perseguir, quer tentar atirar novamente, mas ele sobe de novo 10 mil pés e para a aceleração instantaneamente. Ele faz isso até chegar no teto de onde ele poderia ir. Aí ele teve que desistir, porque foi alto demais.
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Eu conheci esse senhor, o Coronel Oscar Santa Maria, da Força Aérea do Peru. E ele deu esse testemunho ao vivo, em Washington, D.C., um evento onde eu também estava falando sobre oficiais da polícia no mundo inteiro. E quando as pessoas ouviram esse testemunho eles estavam assim...
E é assim que reagimos ao ouvir um testemunho de um piloto, quando milhões de dólares foram gastos na formação dele. E ele não é o único. Quantos pilotos estão registrados, no mundo todo, falando coisas parecidas? Quinhentos pilotos militares já fizeram testemunhos parecidos. E vocês acham que eles estão perseguindo o quê? Eles estão perseguindo estruturas. Vocês não sabem disso. Vocês só sabem do que a mídia ou as autoridades querem que vocês saibam.
E agora, no Reino Unido, um caso, que é o segundo caso mais importante de óvnis na história, na Floresta de Rendlesham. É um caso que eu investiguei, pessoalmente, pelos últimos cinco anos, e teremos informações novas, que serão publicadas.
Bem, o caso, que já foi estabelecido, é que temos vários incidentes, não em um dia só, as coisas ocorreram em noites repetidas, em que oficiais da Força Aérea viram objetos na base... Fora da base. Era uma base nuclear. Eu já visitei duas bases nucleares, durante o meu tempo na Força Aérea e eu sei exatamente o que é feito lá, eu fazia a mesma coisa. E era uma base nuclear. Muitos já confirmaram que era uma base nuclear. Era essa base no Reino Unido que se preparava para ataques soviéticos. E, pelo menos quinze dos incidentes que eu cataloguei, de objetos de tamanhos diferentes, em noites repetidas, pelo menos em três noites, eu acho que agora quatro noites, atividades repetidas, as estruturas pousaram, uma nave triangular foi achada, e ninguém sabia o que que era, não tinha calda, não tinha sistema de produção...
Nós temos um documento oficial da Força Aérea - está aqui na tela - que diz, para o Ministério da Defesa, que aconteceu entre duas bases, e esse incidente, foi o primeiro, ocorreu na floresta, chamada Floresta de Rendlesham, que é o caso... E acharam uma depressão triangular com a mesma profundidade, mesma dimensão, em lugares diferentes. Temos muitas amostras e fotos, e eu acredito que temos referências suficientes para saber que esses documentos que registram isso foram escondidos.
Também temos a Operação Prato, que foi mencionada pelo Senador, e eu espero que o Senador, pessoalmente, busque essas 60 horas de vídeo registradas pelo Exército. Sessenta horas de vídeo registradas pelo Exército, é uma quantidade muito grande de tempo.
E agora vocês têm um precedente para perseguir isso, porque eu quero ver esse vídeo. Ele não pode ser mantido confidencial. Você deveria exigir.
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Então, de volta à Bélgica, onde a estrutura é a mesma. Os objetos... Em 31 de março de 1990, numa luta de 75 minutos, e foi de noite, eles não viram... Sete radares, em sete diferentes aeroportos... E, como foi visualmente, estava no começo do incidente, pelo início, ele disse: "O que é aquele objeto?". E, assim, a mensagem se perdeu, e esse oficial, o General Wilson, chamou uma conferência de imprensa, o que é uma coisa rara para um militar, e disse: "Algo está nesse aspecto. Não sabemos o quê. Não se trata de um avião normal, algo voador normal". Foi em 1990. O mundo viveu em estigma.
Como resultado do Painel Robertson, até 2017, quando houve uma ruptura, e essa ruptura adveio pelo New York Times, que publicou um artigo, uma matéria de página inteira que causou reverberações que ainda estamos sentindo, ondas mesmo, de grande potência.
Mas a melhor coisa central que veio disso está relacionada com três vídeos feitos por pilotos da Marinha dos Estados Unidos voando no avião Hornet, na Costa Leste, na Costa Oeste. Vocês devem ter visto os incidentes no vídeo do TikTok, que agora está bastante famoso, mas não é algo novo, é algo que foi descrito agora.
A maneira como esses objetos voam não é diferente da descrição dos anos 40, dos anos 60, é a mesma coisa. Os americanos, às vezes, podem querer dizer que é uma coisa nova, mas não é, é uma coisa que, por muito tempo, já se sabe. Mas esses vídeos mudaram o rumo dos eventos, porque você não pode voltar o gênio para dentro da lâmpada. As pessoas viram o vídeo.
Então, passando sobre a água - foi autenticado pelos militares - foi uma filmagem clara de aeronaves. O Comandante... disse: "O que é isso? Não tem asas, não tem rabo...". Esse objeto, voando, de um lado para o outro, era real. Eles tiveram que reconhecer que era algo real.
E teve uma audiência, no Congresso, em maio deste ano, e foi dito que existem tantos incidentes que nós não podemos explicar e a tecnologia está nos permitindo perceber. Nós não podíamos fazer isso antes, e essas coisas, agora, estão por toda parte, com as tecnologias, e nós podemos, simplesmente, pegar e filmar.
E tem uma questão de segurança aqui. Reuniram, no relatório de 2021, de junho, ou seja, 11 quase acertos com pilotos americanos que voavam em aviões milionários e não poderiam... A forma de voar era tão diferente! Então, o que eles concluíram? Como você quiser chamar, óvnis ou qualquer outro nome, todo mundo sabe o que um óvni ou um UFO é. Nós vamos falar o que eles podem ser, mas alguns óvnis são semelhantes, fisicamente, como alguns pilotos explicaram. Não são adversários, não são outra coisa.
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São muitas gerações à frente da nossa tecnologia, são coisas que não podemos explicar. O relatório de junho diz "temos esses casos que não podemos explicar". E temos o relatório do Passports. Eu gosto de ser dramático e vou fazer isso para vocês. Isso é o que nós sabemos. Vou mostrar para vocês.
Aceleração instantânea, e para ali na frente, e sobe rapidinho, e rapidinho para baixo. Mudança de ângulo, 90 graus, com grande velocidade, acelera e para, voos reversos, para frente e para trás, no mesmo padrão... Nós não podemos fazer isso! Nós estamos ainda muito distantes disso em termos de tecnologia. E eles também podem ser visíveis aqui e ali se tornarem invisíveis, e agora visíveis. Eles podem ser visíveis quando querem. Parece ficção científica, mas isso tem sido visto e relatado em todo o mundo. Eles aparecem e desaparecem. Nós não podemos fazer isso. Não podemos, nem de perto, fazer isso. Não sabemos como pode ser feito. Nossas características são tão diferentes de qualquer coisa... Nós não estamos nem perto disso, nem longe disso. Isso é o motivo do segredo, porque já se sabia disso há muito tempo, mas as pessoas não poderiam ficar sabendo, porque, se não, o público vai entrar em pânico. Então, não podemos deixar que saibam.
O Walter G. Wells e os milhares de pessoas pensaram que era uma guerra dos mundos, de Orson Welles, que foi veiculado, e as pessoas pensavam que estava acontecendo uma coisa, mas, depois de tantos anos, não existe um sinal real de que essa é uma intenção. É verdade que algumas pessoas ficaram feridas, mas, se você tivesse aquele nível de tecnologia em 1942, poderia fazer qualquer coisa que quisesse, poderia ir para qualquer lado em um instante. E, claramente, Robert Salas, o nobre colega, falará a respeito dos aspectos das armas e também dos aspectos... As armas nucleares, eles não gostam disso. Eles já passaram em áreas de armazenamento de armamentos, em usinas nucleares. Eles já foram vistos em todo o mundo em lugares onde tem armas nucleares e dizendo "fiquem longe disso!".
Então, quais são as evidências circunstanciais que nos fazem ter tanta certeza de que isso é algo tangível e tão real? Há alguns rostinhos talvez um pouco sonolentos olhando para mim, mas vocês deveriam estar interessados nisso, porque estamos, neste momento, perdendo esse estigma, e este evento em que estamos é histórico; ele deixará essa memória. Eu garanto a vocês que, em cinco anos, este será um lugar do qual todos se lembrarão e para o qual olharão. Por que estivemos aqui? No que nos baseamos? Baseamo-nos no fato de que tantos pilotos militares, em todo o mundo, centenas de operadores de radar, pessoas que controlam os céus e têm o controle das informações, e não acreditamos em um relatório? E por que isso é assim? Por conta do estigma que foi criado. Milhares de militares em todo o mundo já deram suas declarações, viram sobre a água o que aconteceu. Tem muitos casos vistos de óvnis entrando e saindo da água - isso foi visto -, indo para lugares... Nós sabemos mais a respeito da superfície da Lua e de Marte do que sabemos sobre os nossos oceanos - só conhecemos 5% dos oceanos hoje! Queremos ir à Lua? Por que não queremos ir a esses lugares? Vemos entrando e saindo da água...
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Eu já examinei as melhores evidências do mundo e, como Vice-Presidente da Coalizão Internacional, já disse publicamente, como fiz no ano passado, que nós devemos nos preparar para essa nova mudança de paradigma. Estamos às vésperas de um grande momento de contato. Reconheçam! Vocês não viram, não temos ainda grandes públicos, mas é bom acordar, porque é algo que está acontecendo, e tem governos adotando ações, dizendo "bem, vamos olhar esse assunto". Mas não devemos permitir um país como os Estados Unidos, sozinho, dominar o tema e gerar todo um sigilo.
Nós precisamos perceber que nós estamos em uma tela, somos apenas uma raça humana. Devemos nos unir, todos os governos do mundo precisam se unir, e dizer "bem, temos uma questão séria que está comprovada, vamos encontrar maneiras de lidar com isso, vamos cooperar uns com os outros". Essa é uma questão para o mundo, pois é um mundo só e uma raça humana só.
Muito obrigado por seu tempo. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - É uma honra muito grande termos aqui no Senado Federal do Brasil o Sr. Gary Heseltine, que veio aqui nos brindar com a sua palestra. E é detetive inglês aposentado e nos trouxe aqui muitas informações internacionais sobre esse tema, fazendo uma cronologia até os dias atuais.
Eu quero aqui, neste momento, agradecer à equipe que está fazendo a tradução simultânea de nossos convidados internacionais, que é o Dermeval de Sena Aires Júnior e a Tatiana Abreu, equipe aqui do Senado Federal: muito obrigado!
E deixo muito claro para quem está nos assistindo - já disse aqui no início - que o Senado não pagou um centavo, obviamente, por essa vinda ao Brasil, para participarem desta sessão, dos convidados internacionais. Não tem dinheiro público envolvido nisso.
Eu queria, imediatamente, já chamar o nosso outro convidado, que veio dos Estados Unidos. Nós tivemos aqui um representante da Inglaterra, da Europa, e, agora, dos Estados Unidos, para fechar - é o último palestrante que vamos ter. Ele fará a exposição, e, logo depois, a gente vai... Estão chegando aqui muitas perguntas, muitas perguntas, tanto pelo telefone gratuito do Senado Federal como pelo e-Cidadania, que a gente divulgou aqui. Então, as pessoas que queriam participar desta sessão, de forma democrática, aberta, com comentário ou pergunta, elas o fizeram.
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Nós temos muitas, e não vai dar, infelizmente, para lermos todas, mas estamos selecionando algumas para fazerem os questionamentos. Cada um vai ter cinco minutos para fazer suas considerações finais, após a participação, a conferência do Sr. Bob Salas.
O Sr. Bob Salas é formado pela Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, foi Oficial de Controle de Lançamento de Mísseis Minuteman no Esquadrão de Mísseis Estratégicos da Base Aérea de Malmstrom, em Montana, nos Estados Unidos. Ele testemunhou a presença de UFO que desativou dez armas nucleares da instalação de controle de lançamento, em cujo comando ele estava. Ele vai fazer a palestra, e desde já agradeço muito por ter vindo ao Brasil nos brindar com a sua participação. Eu já tinha visto o senhor em alguns documentários.
Muito obrigado, em nome do Senado Federal!
O SR. ROBERT LAMBERT SALAS (Para discursar. Tradução simultânea.) - Muito obrigado, Senador Girão, a quem quero agradecer especialmente. É uma honra estar aqui.
Quero também expressar a minha sincera gratidão a este órgão, que é o Senado do Brasil. Eu esperei 55 anos para ter uma oportunidade como esta, porque, quando o incidente que vou descrever aqui começou, eu sempre quis falar diante de um órgão governamental, e esta é a minha oportunidade. Muito obrigado.
Esse rápido clipe que eu trouxe de um UFO foi filmado numa cidade do Peru, no ano 2000. É típico, em muitos UFOs, em muitos óvnis, pode-se ver uma parte mais obscura, que parece uma espécie de gás em volta dele se comportando em movimento ondulatório. Então, tem muitas histórias de pessoas que falam desse tipo de movimentação pelos óvnis.
Quando se fala em incidentes com óvnis em bases nucleares, parece ser um tema recorrente. Na Base de Malmstrom, em 1967, foi um fenômeno que a força aérea encobriu e também mensagens cósmicas que nos foram reveladas. Em 1967, os óvnis desativaram uma série de armamentos, e eu vou apresentar evidências que mostram isso. Vou começar com a descrição das instalações da base de mísseis.
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A foto que vocês veem aqui parece um celeiro de fazenda comum, mas há o pessoal da segurança abaixo, que está numa instalação de controle de lançamento de mísseis localizada a cerca de uma milha de distância. Essa imagem à direita mostra a localização dos mísseis que nós chamamos de instalações de lançamento. Cada míssil tem a sua instalação.
Em 16 de março de 1966, o Coronel Walter Figel estava no comando do que nós chamamos de um Echo Flight, um eco voo, cerca de 100 milhas a leste de Great Falls, Montana. Esses círculos vermelhos aqui mostram onde fica o Echo Flight. Os pontos grandes são as instalações de controle de lançamentos que nós temos nessas áreas e os outros pontinhos são as instalações de lançamento em si.
Eu iria colocar aqui um áudio.
Em 1996, eu contactei o Coronel Figel e pedi a ele para descrever os eventos que ele... Duas das instalações tinham guardas e pessoas de segurança que estavam trabalhando naquela instalação de lançamento e, por volta de 8h da manhã, os dois mísseis parecem ter desativado. Ele pergunta o que aconteceu, e eles dizem a ele que os óvnis estavam acima. Muito logo depois disso os seus mísseis estavam desativados. O Coronel ainda está vivo e tenho certeza de que ele poderia testemunhar perante o Congresso dos Estados Unidos. Depois que eu falei com ele, eu pedi para falar com o comandante dele e o nome dele era Eric Carlson, ele era o Comandante do Echo Flight na época. Algumas cartas foram escritas para mim confirmando o que o Coronel Figel havia dito, e o Echo Flight foi encerrado, foi desativado e todos os mísseis foram perdidos, mas eles não foram danificados, o que aconteceu foi que o sistema de guia e controle não conseguiu...
Algumas possibilidades eu vou discutir, mas os equipamentos não foram danificados, eles voltaram para o estado de alerta dentro de um dia. Também foi confirmado que havia entrevistas gravadas e também foi dito que os óvnis eram observados frequentemente em outras bases.
Eu recebi documentos sobre o Information Act depois de ter pedido e a Força Aérea tirou a confidencialidade desse incidente, apesar deles não saberem que era um incidente de óvnis, porque, quando fizemos o pedido, não dissemos nada sobre óvnis.
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E aí nós recebemos um dos documentos, que é este telegrama aqui, dizendo que todos os dez mísseis do Echo Flight foram desativados em dez segundos. O fato é que não tinha razão aparente para a perda de dez mísseis, e o que foi identificado foi algo que causou muita preocupação ao comando. Esse documento foi enviado dos quarteis para outras bases, dizendo que tinha que ser feita uma análise aprofundada o mais rápido possível. Então, foi uma preocupação muito grave termos perdido dez mísseis sem nenhum motivo racional que explicasse essa ocorrência. Em um sistema que se tornou operacional em 1962, durante a crise cubana de mísseis, a perda de dez mísseis em poucos segundos nunca havia acontecido antes dessa ocasião.
Surpreendentemente, um dos documentos que nós recebemos foi esse relatório trimestral, que é publicado pela base, falando sobre o status das operações, e aqui é dito que existem rumores de óvnis em volta da área do Echo Flight e que esses boatos foram desacreditados.
Bom, por que dizer isso, a menos que isso tenha sido relatado anteriormente? E como é possível provar que algo não aconteceu? É uma afirmação meio boba - e eu fiquei muito surpreso de ver -, mas é uma menção a óvnis em um documento oficial. Arm Guimel escreveu esse relatório e disse que não se lembra de entrevistar ninguém sobre isso, lembra-se da relutância em discutir esse tema por parte de todos com que ele entrou em contato e também disse que mudanças editoriais foram feitas e que informações falsas foram inseridas, e foi devido ao histórico de observações de óvnis. Aparentemente, existiu um histórico desses casos.
De todos esses documentos que eu estou mostrando, eu dei cópias ao Senador Girão para serem afixados aos arquivos desta sessão.
Duas possibilidades existem para essa pane nos mísseis. Uma é que, no loud coppler, que é parte do sistema do míssil Minuteman e é basicamente um computador que calcula a velocidade, a direção e coisas assim, pode ter tido uma pane, mas aí todos os dez computadores teriam que ter tido pane ao mesmo tempo. Esses sistemas eram independentes e não estavam interconectados. Então, não era assim que acontecia, pois todos os mísseis eram sistemas separados. Então, a pane teria que ocorrer em todos os mísseis ao mesmo tempo ou eles teriam que passar por um reset automático, mas novamente teria que acontecer ao mesmo tempo. Então, a probabilidade foi determinada e ambas essas possibilidades eram muito remotas.
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E, além disso, foi dito que sinais externos causaram essa pane geral dos mísseis. Uma das equipes trabalhando na investigação do Echo Flight foi a equipe Boeing, liderada pelo Robert Kaminski. E o senhor Kaminski me contatou, um pouco depois de eu ter dado uma entrevista na rádio para falar sobre isso, e ele disse que era o engenheiro líder. Escreveu uma longa carta dizendo que não havia dados ou constatações que explicassem como dez mísseis sofreram pane ao mesmo tempo e foram derrubados ao mesmo tempo. E o chefe dele falou para ele que esse era um evento de óvnis.
E antes de escrever o relatório final, eles foram informados de que não deveriam escrever esse relatório. Foi um pedido da Força Aérea. A Força Aérea havia declarado, no telegrama, que era uma séria preocupação essa ocasião e que uma análise aprofundada tinha que ocorrer. A organização que sabia mais sobre os sistemas era a equipe desse engenheiro, porque essa equipe, foi pedido que essa equipe parasse e não escrevesse o relatório. Eu vou falar sobre isso também.
Em 1977, um caminhoneiro estava dirigindo em direção a Montana, no norte dos Estados Unidos, e ele vê essa luz branca à sua esquerda ao dirigir seu caminhão. E a luz pisca. Era uma luz muito forte e pisca novamente. Ele para o caminhão e olha com mais atenção e vê uma luz branca grande piscando e que aterrissa em uma área chamada Frenchman Coulee. Aqui dá para ver, é uma foto aqui. Aterrissa nessa área, e o caminhoneiro chama a polícia rodoviária, que vai, olha para esse objeto que havia pousado. Eles ligam para o escritório do xerife, eles ligam para o exército, e todo mundo viu que, nesse episódio, havia pousado. E a Força Aérea mandou dois helicópteros, mas quando eles chegaram, estava muito escuro para que eles pudessem pousar nessa área perigosa, então eles tiveram que esperar até de manhã. Mas pela manhã, esse objeto havia partido.
E dá para ver uma foto do Tenente Coronel Lewis Chase, que é o oficial da base de óvnis. E a Força Aérea havia designado certos oficiais para que se coordenassem com a investigação Condon, sobre que eu vou falar em breve. Mas o Coronel Chase, durante esse incidente, escreveu um relatório muito extenso e muito bem documentado, em 24 de março de 1967. Uma das testemunhas que se apresentou foi o Tenente Robert Jamieson. O Tenente Jamieson era o chefe de manutenção que cuidava de muitos dos mísseis de forma cotidiana. E em 24 de março, nessa ocasião, ele recebeu uma ligação, às 10h da noite.
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Eu tenho o vídeo e o áudio, mas, para poupar tempo, eu vou repetir o que ele disse. Ele disse que disseram a ele que todos os mísseis haviam sido desativados durante um evento de óvnis. Não era possível constatar isso... Não voltaram a funcionar até o óvni ir embora. Isso aconteceu a cerca de 20 milhas do lugar onde ficava a Echo Flight, mas foi em um dia diferente, foi antes dos mísseis da Echo Flight haverem caído. Então, em oito dias, nós perdemos vinte mísseis nucleares durante eventos de óvnis.
Eu estava comandando o Oscar Flight, em 1967. O meu comandante estava descansando e um de nós tinha de ficar acordado porque nós estávamos em um plantão de 24 horas. Eu recebi duas ligações. A primeira que eu recebi foi do meu guarda. Eles estavam vendo luzes estranhas, voando acima da base, que estavam parando e revertendo o curso, fazendo manobras de 90 graus. O guarda disse: "Não são aviões, senhor." Eu não levei muito em consideração. Eu sabia que havia relatos de óvnis no jornal local, mas eu não acreditava muito. Eu desliguei o telefone. Ele estava muito sério. Dentro de cinco minutos, ele liga novamente. Dessa vez, ele estava muito assustado. Todos os outros guardas estavam com as armas sacadas e apontadas para uma luz vermelho alaranjada que estava pulsando na frente do portão principal. Ele estava muito assustado. Ele queria que eu dissesse a ele o que fazer. Finalmente, eu percebi que esse homem estava falando muito sério e achei que nós estávamos sendo atacados. Então, eu disse a ele tomar qualquer medida necessária para manter tudo protegido. Ele desligou o telefone e fui falar com o meu comandante sobre essas ligações. De repente, os mísseis começaram a cair. Nós perdemos dez mísseis enquanto esse objeto estava sendo observado.
No relatório de pane que nós fizemos relatando qual era o problema foi a mesma coisa do Echo Flight: problemas no sistema de controle. Nós também tínhamos duas unidades de lançamento nas quais haviam sido observadas luzes. Eu pedi que guardas fossem verificar se nada havia entrado na unidade de lançamento, e eles me disseram que estavam vendo óvnis acima dessas unidades e estavam muito assustados. Eles voltaram bem assustados.
E o que a Força Aérea fez sobre isso? Eles não relataram a nenhuma equipe. Eu nunca ouvi sobre a Echo Flight enquanto estava trabalhando lá. Ninguém sabia do Oscar Flight. Nós nunca recebemos nenhum briefing sobre esses acontecimentos nos dois anos em que eu trabalhei lá depois disso, e o motivo é: por causa desse, entre aspas, "estudo científico", chamado Investigação Condon.
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O Edward Condon era um professor de física na Universidade do Colorado em 1966. Em 1946, ele havia sido acusado pelo diretor do FBI J. Edgar Hoover de ser um espião comunista, um espião soviético. E, se isso era ou não verdade, ele perdeu seu acesso de segurança às informações em 1949. Em 1966, o FBI o contata novamente e pergunta: "Você quer ser recebido novamente no FBI?". Ele disse que sim. Então, pediram que ele fizesse, criasse esse estudo, mas pediram que ele não o levasse muito a sério. E o estudo não era sério.
Eu vou entrar só nesse aspecto que tem a ver com os meus incidentes.
Então, o estudo foi iniciado em novembro de 1966 e, em 1967, o Ray Fowler, que era chefe do grupo elétrico na Força Aérea, havia sido informado sobre esses eventos óvnis que causaram a falha desses mísseis. Aí falou Roy Craig, que era o investigador chefe, e contou a ele sobre os detalhes, contou os nomes das pessoas que haviam visto esses objetos, com números de telefones, endereços etc., e as datas nas quais os mísseis caíram.
Tudo isso está nas anotações do Craig, e eu consegui essas anotações. Elas estavam em uma universidade nos Estados Unidos - esses documentos podem ser vistos aqui na parte de baixo, à esquerda. E aí o Craig escreveu, fazendo um pedido para a Força Aérea... Na verdade, ele vai ver o Coronel Chase, que fala que não sabe de nada sobre óvnis causando pane em mísseis. E a credibilidade dele, já que ele era o chefe de operações da base...
Cada equipe de manutenção sabia que o Oscar Flight foi derrubado e que o Echo Flight foi derrubado por causa de óvnis. E o Robert Jamieson havia confirmado isso. E em todo caso, ele disse: "Se você quiser conseguir o relatório, você tem que voltar ao quartel, mas vai ser muito confidencial, e a maior probabilidade é de que você não consiga acesso a esse relatório". Então, esses investigadores pararam a investigação nesse momento.
Em junho de 1967, a divisão de tecnologia da Força Aérea, que era o local onde era desenvolvido o projeto Blue Book, escreveu ao Coronel Chase, dizendo: "Nós ouvimos que houve panes em equipamentos durante o momento em que óvnis foram observados e gostaríamos de saber se isso é verdade". E a resposta que eles receberam foi: "Nós não sabemos nada sobre isso". E, novamente, o Coronel Chase mentiu, porque é uma mentira muito séria.
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E a divisão de tecnologia, onde é desenvolvido o Projeto Blue Book, recebeu essa resposta. E, como resultado, a Força Aérea usou os resultados da Investigação Condon para parar suas investigações e os seus relatos sobre óvnis em 1969. Esse é o documento que vocês veem aqui na tela. E disseram que não há motivos para a Força Aérea estar envolvida nisso, que não existe nenhum problema de segurança nacional, mesmo que, na verdade, 20 mísseis nucleares tenham sido derrubados por óvnis.
Outros casos, eu vou passar muito brevemente por eles. Esses são descritos por relatórios dos quais dei cópias para o Senador.
Um capitão, que era chefe da equipe de mísseis Atlas, em 1967, diz em seu relatório que, por três vezes pelo menos, óvnis haviam sido vistos sobrevoando a base dele.
E o Dr. Jacobs, que era um repórter cinematográfico, tinha uma câmera muito avançada em 1964, e, durante um lançamento de teste do míssil Atlas, ele fez um vídeo de um óvni que estava voando em círculos em volta de um míssil. Não era um míssil real, mas o óvni é visto no vídeo voando em volta desse míssil de teste, apontando lasers para esse veículo de reentrada e tirando-o do curso. Isso está bem documentado, e essa declaração foi apoiada pelo comandante dele.
O Chief Pat McDonough, em 1966, estava em uma equipe de pesquisa geográfica, procurando bons locais para instalar mísseis, quando um objeto não identificado voou acima deles, ficou lá por cerca de 30 segundos e assustou a equipe inteira dele.
Em 1966, o Capitão Schindele estava liderando uma equipe em uma base aérea, e todos os mísseis haviam sido desativados, novamente com envolvimento de óvnis.
O Sargento Dave Scott, em 1974, era um segurança que viu óvnis nas bases de mísseis.
Um capitão da Força Aérea em Wyoming também recebeu informações de seus guardas de segurança que estavam em campo de que haviam visto óvnis sobrevoando o local de controle de lançamento dos mísseis.
Josie Zwinenberg era um adolescente que, em 1979, estava andando a cavalo na Holanda, perto de uma base holandesa que tinha um departamento americano, era uma base da Otan que tinha armas nucleares. No dia seguinte, pelo menos 12 aeronaves Royal Dutch viram um óvni voando e apontando feixes de luz para diferentes locais e procurando armazenamento de armas nucleares.
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E também ocorreu em uma torre de uma base nuclear: foram vistos três óvnis que estavam emitindo novamente um feche de luz.
Então, os óvnis vêm avisando sobre a ameaça da guerra nuclear desde 1944. Óvnis foram vistos por pilotos das Forças Aéreas, em bases nucleares que desenvolviam plutônio para as primeiras bombas nucleares e também no local do primeiro teste da bomba atômica.
A questão nuclear é uma questão muito séria. Temos cerca de 20 mil armas nucleares disponíveis hoje em dia. O tratado que nós tínhamos com o Irã para parar o seu avanço nuclear já foi dissolvido. Então, eles podem desenvolver armas nucleares e - quem sabe? -, se eles fizerem isso, a Arábia vai fazer isso também. Nós temos duas potências em guerra, o Paquistão, e também temos a Rússia, que ameaçou o uso de armas nucleares no conflito com a Ucrânia. Então, a questão das armas nucleares é muito séria hoje em dia, eu acho, e não acredito na ideia de que a guerra nuclear não é possível. Tudo que é preciso é o uso de uma arma nuclear tática - que pode acontecer em qualquer lugar no mundo - ou algum acidente, que pode acontecer em qualquer lugar do mundo, que pode desencadear uma guerra nuclear.
E, sem a disseminação de governos como do Brasil, que está tomando essa iniciativa - e novamente eu lhe agradeço pelos seus esforços, Senador Girão -, essa tradição de confidencialidade continuaria. E essa confidencialidade diminui a confiança do público em seus governos durante as crises, como a crise nuclear e o aquecimento global. Com a disseminação de informações, se os governantes levarem a sério a disseminação dos segredos, teremos um grande impacto positivo na civilização humana, incluindo a urgência de trabalharmos juntos para enfrentar uma coisa em comum, que não conhecemos, que é desconhecida e confrontar os desafios da humanidade juntos.
Então, para resumir, eu acho que nós temos mensagens cósmicas aqui. Nós sabemos agora que não estamos sozinhos. Já tivemos muitos relatos credíveis sobre a existência de óvnis. Outros seres vivem no mesmo cosmos, e nunca devemos parar de tentar abolir as nossas armas nucleares ou outros meios de autodestruição. E nós somos responsáveis por aumentar o nosso nível de entendimento e de preocupação uns com os outros e com todas as formas de vida no planeta. Obrigado.
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(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Somos muito gratos ao Sr. Robert Lambert Salas, Comandante do Exército Americano e pesquisador da ufologia.
Thank you very much! Muito obrigado, em nome do Senado brasileiro.
Olha, a gente aqui tem recebido muitas perguntas e também comentários.
São muito importantes essas informações que estão sendo trazidas aqui e essa reflexão agora trazida por Bob Salas - permita-me chamá-lo assim -, porque, de alguma forma, nós estamos vivendo uma guerra. Estamos vivendo uma guerra com proporções já de muitas vidas perdidas na Ucrânia, na Guerra da Rússia com a Ucrânia. São muitas vidas perdidas, muita gente fugindo, com um nível terrível de destruição. Há também a questão da repercussão da miséria. Isso impacta no planeta inteiro.
E, como colocou aqui o Bob Salas, há a preocupação dessas inteligências - de quem não se tem muita informação, mas ele deu o testemunho dele aqui -, eventualmente, com uma guerra nuclear. Então, isso é realmente para a humanidade. Se a gente sabe que uma borboleta que bate as asas próxima da gente tem repercussão, em termos cósmicos, do outro lado, lá no Japão, pela questão aí da física quântica e de uma série de outras situações, a gente imagina aí o que pode acontecer com a guerra nuclear. Então é bom saber e é até alentador ter uma informação como essa, que ele nos passa, para sabermos que, de alguma forma, existe uma preocupação não apenas nossa aqui com o que pode acontecer, porque a repercussão é planetária, na verdade.
Então, quero agradecer.
Eu vou aqui, como prometi, citar as dezenas de pessoas que estão acompanhando aqui, presencialmente, no Senado Federal. A maioria é de Brasília: Hudson Raniere; José Maldonado, que veio de São Paulo; Elton Brasil, daqui; Idélcio Bento dos Santos, de Salvador, Bahia, presente conosco aqui no Plenário; Leane, de Brazlândia; Maroly Cristina Vieira, de Brasília; Matheus Martins Carmo, Brasília; Juan Robert, de Brasília; Solange Carletti, também daqui; Joanã Moreira, Gustavo Oliveira, aqui de Brasília; a Maria Ivone Ribeiro, também de Brasília, da Dakila Pesquisas, muita gente aqui também da Dakila Pesquisas; Ana Cristina de Castro Moura, de Brasília; Wanderly Bastos de Camargo, daqui, de Brasília; Joaquim Vieira de Melo, também daqui; Maria da Silva, de Brasília; Emanuel Silva, Brasília; Camila Cortez, de Brasília, Dakila Pesquisas, muita gente aqui; Eduardo Santos, Brasília; Maria Rodrigues, daqui, de Brasília; José Tadeu, de Brasília; Márcia Valéria Marques, minha esposa, aqui presente, de Fortaleza; Marcos Antonio de Sousa, Brasília; Fernando de Aragão Ramalho, Brasília; Maria Gonçalves Militão, não colocou o local, mas acho que deve ser daqui, de Brasília, a maioria; Braulio Carlos, da Associação Mato-grossense de Pesquisas Ufológicas e Psíquicas; Fernando Pedra, Goiânia; Muryel Oliveira, Goiânia.
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Eu quero também registrar a presença e o contato que foi feito com o nosso gabinete, agradecer, pedir também desculpa, porque está montada há muito tempo esta sessão, foi deliberada, os nomes escolhidos, mas esse assunto, eu acredito, que não vai ficar por aqui. Há solicitações e pedidos de alguma interface com o Ministério da Defesa, para que a gente possa ter acesso a arquivos. Eu acho que não vamos ter desdobramentos disso aqui.
Eu quero pedir desculpas ao Élcio Geremias, ao Saga Susseliton Souza, de Peruíbe, que está aqui conosco também; ao Sr. José Batista Moreira, que são pessoas que também solicitaram para falar aqui, mas, neste momento, não tem como a gente abrir, por causa da questão do cronograma que foi feito, que está todo programado, planejado, mas, em outros momentos, nós teremos essa oportunidade.
Eu vou ler aqui algumas perguntas, na fase final. Estamos chegando aqui nos minutos finais desta sessão, cada um vai ter... cada palestrante vai ter cinco minutos para fazer as suas considerações, e eu vou ler algumas perguntas que chegaram aqui - uma seleção. Peço desculpas a você que se manifestou. Todas as perguntas nós vamos encaminhar - não é, Iago - para os palestrantes aqui. Depois, quem sabe, se puderem eles colocarem os seus contatos durante os seus cinco minutos, para que as pessoas possam contactar, e-mail, enfim, rede social. Eu vou fazer as perguntas aqui, algumas apenas:
Júlia Alves, de Minas Gerais: "Quais as [...] novas descobertas [da Ufologia]?". Quem se identificar, algum de vocês que se identificar ou quiser responder essa pergunta diretamente da Júlia pode anotar e faz a resposta.
O Juliano Silveira, de São Paulo: "Como a Ufologia [...] [pode] abrir caminhos [...] [nas] universidades e [na] opinião pública, para que o tema [...] [seja] levado a sério como merece?" Pergunta dele.
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João Marcelo, de Minas Gerais: "Como a ufologia [...] [será reconhecida no meio acadêmico] se não usa, [na opinião dele], a metodologia correta, [...] [tornando-se uma] crença cega?". Essa foi a pergunta.
Cada um pode, de alguma forma, fazer a colocação. E a gente é democrático. Estou fazendo aqui as perguntas, de uma certa forma, com críticas e também com comentários. Isto daqui faz parte do processo, e gente tem que, de alguma forma, manifestar a opinião das pessoas.
Pedro Ferreira, do Distrito Federal: "[...] [Quando] serão liberadas as filmagens realizadas durante a Operação Prato?". Pergunta dele.
Fernando Allen, de São Paulo: "[...] os dados históricos de aparição de óvnis são de ao menos 75 anos atrás; [vocês] concordam que não [...] [podem] ter sido feitas por humanos?". É o questionamento dele.
Newton Rampasso, de São Paulo: "[...] [há] projetos educacionais para introduzir a agora confirmada realidade da ufologia, em escolas, colégios e universidades do Brasil?".
Victor Guerra, de São Paulo: "Por que esses arquivos que se dizem 'secretos' não podem ser divulgados?".
Ruth Oskman, de São Paulo: "O que vocês pensam da interferência americana em vários países no caso de quedas comprovadas de UFOs?".
Anderson de Souza, do Distrito Federal, pergunta: "O que os convidados acham sobre os acontecimentos em Magé, no Rio de Janeiro, e, nestes dias, em Caieiras, em São Paulo, abafados pela mídia?". Pergunta aqui.
Edu Bastiglia, de São Paulo: "É possível termos acesso à pesquisa completa apresentada pelo Sr. Wilson Picler?". Foi a pergunta aqui.
Falando no Wilson Picler, ele me passou uma pergunta aqui, na hora, que foi direcionada ao Sr. Geraldo Lemos Neto, quando da sua exposição: se vieram de Capela em espíritos? É a pergunta sobre a exposição que ele fez sobre os exilados de Capela. É isso? Pronto.
E há uma pergunta também do Fernando Pedra, de Goiânia. Ele pergunta: "O relatório do Pentágono, de 2021, colocou a questão de os UFOs serem humanos ou extraterrestres. Porém, uma vez que os avistamentos datam de 75 anos atrás, seria impossível serem feitos por humanos?".
É uma pergunta similar à que houve aqui. Ele aborda o relatório do Pentágono, de 2021, lembrando que o Senado dos Estados Unidos fez agora, no mês passado Congresso, uma sessão como esta. O Congresso americano - retificando - fez uma sessão como esta aqui, que nós estamos fazendo hoje, no Senado.
Vamos, pela ordem que a gente iniciou.
Vamos começar aqui, então. O primeiro que eu gostaria de que falasse é Wilson Picler, sócio fundador e Presidente do Grupo Uninter.
Eu peço que o senhor, se possível, faça as suas considerações finais e responda a alguma pergunta sobre a qual se sinta confortável.
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O SR. WILSON PICLER (Para discursar.) - Sobre os avanços da ufologia, eu vou falar aqui do Coronel Eshed. O Coronel Eshed do programa espacial, aposentado do Programa Espacial de Israel, é ele que está se pronunciando, eu vou ler aqui o que ele comunicou numa entrevista e que se tornou público no mundo todo.
O Professor Haim Eshed serviu de 91 a 2010, como Chefe do Programa de Segurança Espacial de Israel. É um General. Ele é um General aposentado, altamente reconhecido em Israel, por altos serviços prestados ao país. É um homem que gozava, e goza, de grande prestígio. Perdeu um pouco o prestígio porque resolveu falar o quê? Nada mais do que isto aqui: "Os alienígenas pediram para não anunciar que estão aqui. A humanidade ainda não está pronta", General que comandou a segurança do Programa Espacial de Israel falando.
Vou passar a palavra para o Gevaerd falar dos avanços da ufologia. Mas também quero dizer que a minha formação é em ciências exatas. Eu sou licenciado em Física, Mestre em Engenharia Elétrica, também estou me doutorando; então a gente tem familiaridade com a ciência.
O fato é que certos fenômenos desafiam o método científico. Por exemplo, em um laboratório, você pode reproduzir um experimento quantas vezes forem necessárias para você obter um alto nível de evidência que possa dar suporte a uma afirmação. Já não é o caso da ufologia, não é o caso desses fenômenos, que desafiam toda essa metodologia. Então, é por isso que eu gosto, eu particularmente, de classificar a ufologia como uma paraciência. Eu não tenho a pretensão de que a ufologia seja ciência, até mesmo porque nós estamos enfrentando esses problemas metodológicos e temos que respeitar a ciência.
Ciência é uma coisa que; se a gente consegue fazê-la nos modelos da metodologia aceita, a gente faz, só que a própria metodologia da ciência se modifica conforme o contexto. Para isso existe, no âmbito da ciência, uma coisa chamada epistemologia, que faz a reflexão sobre o método. E é no âmbito da epistemologia que nós encontramos o fundamento de que não dá para usar o método clássico científico. Mas não tem importância. Nós não vamos deixar de elaborar um outro método. Nós vamos trabalhar com aquilo que a nossa inteligência permite.
Esse fenômeno desafia a nossa inteligência. Quem quer trabalhar estritamente com ciência tem aí a astrofísica. Inclusive eu fiz aqui um agradecimento aos astrofísicos do mundo todo, pela grande colaboração, de um nível de profundidade fantástico.
A gente realmente se favorece muito com essas informações da astronomia, da astrofísica e da astrobiologia. No entanto, quanto à presença desses seres aqui, na Terra, é um desafio, porque, inclusive, há um acobertamento militar. Você viu a denúncia de que o Capitão Salas, que foi lançador de mísseis nucleares, Minuteman, capazes de atingir continentes na Ásia, com alto poder de destruição. Na ogiva dos mísseis do Capitão Salas, havia bombas 3.333 vezes mais potentes que a bomba de Hiroshima. Vocês têm noção do que causaria de estrago a detonação de uma ogiva dessa magnitude?
Ele era o homem... Inclusive, na entrevista que eu fiz ao Capitão Salas, eu perguntei: "O senhor era o homem que apertava o botão?". Ele falou: "Não. Não se aperta botão; a gente gira a chave, eu e o meu comandante".
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(Soa a campainha.)
O SR. WILSON PICLER - ... Ele falou: "Nós tiramos a chave simultaneamente". E inicia-se todo o processo de lançamento do míssil programado para o alvo estratégico.
É uma coisa, assim, que, realmente, é assustadora - assustadora. E o que é mais assustador - já vou encerrar - é que nós estamos, agora, diante de uma grande ameaça de guerra nuclear. Então, é muito oportuno.
Parabéns, Senador, mais uma vez, por trazer esse tema aqui e pelas palavras do General Eshed, de Israel. Eles estão por aí. Pergunte para o General, não pergunte para mim, foi ele que disse.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado, muito obrigado. (Palmas.)
Wilson Picler, que veio aqui, lá do Paraná. Eu peço desculpas que eu não o citei aqui. É físico, especialista em metodologia científica. Por relevantes serviços prestados à Aeronáutica do Brasil, quando era Deputado - porque ele foi Deputado Federal também -, ele recebeu a medalha Santos Dumont. Então, muito obrigado pela sua participação, por ter aqui ao Senado, aceitando o nosso convite.
Imediatamente, passo a palavra para este irmão, que nos ajudou na organização deste evento, pelo conhecimento que ele tem, pelo pioneirismo nesta área, que é o Ademar José Gevaerd, que é jornalista, ufólogo, conferencista, editor da revista UFO, a mais antiga publicação sobre ufologia no mundo. Então, eu lhe agradeço muito pela sua participação. O senhor tem cinco minutos para responder alguma pergunta e fazer as suas colocações finais.
O SR. ADEMAR JOSÉ GEVAERD (Para discursar.) - Eu vou responder a duas perguntas aqui, Sr. Senador.
Primeiro, do Juliano Silveira, de São Paulo: "Como a Ufologia [...] [pode] abrir caminhos [...] [nas] universidades e [na] opinião pública, para que o tema [...] [seja] levado a sério como merece?" Mas é o que nós fazemos todo dia. Todo dia, nós fazemos uma ufologia séria, consciente, pé-no-chão, colhendo depoimentos, checando depoimentos, colhendo fotografias, checando fotografias. Então, é o que nós estamos fazendo.
E a outra pergunta, do João Marcelo, de Minas Gerais: "Como a ufologia [...] [será reconhecida pelo meio acadêmico] se não usa a metodologia correta, [...] [tornando-se uma] crença cega?". Eu acho que este evento foi um exemplo de que não se trata de uma ciência cega. Nós tivemos aqui pessoas qualificadas, bem qualificadas, que trataram de diversos assuntos relativos à ufologia, mostrando que há possibilidade de se tratar cientificamente do tema. É um desafio. Nós não temos ainda os métodos, mas nós temos como obtê-los.
Em uma ocasião, depois de uma palestra que eu fiz no Campus Party, em São Paulo, eu fui quase apedrejado quando eu falei que ufologia é ciência pura; porque é, de uma certa maneira. Se um objeto é visto no céu, nós precisamos de conhecimento da ótica, da meteorologia, para poder distinguir o que é aquilo. Se um objeto pousa, nós vamos ter vestígios físicos; então, vamos precisar da geologia, da bioquímica, da química, para analisar. Se há um contato com uma entidade extraterrestre que saia da nave, por exemplo, nós vamos precisar de conhecimentos da sociologia, da psicologia. Não que um ufólogo tenha todos esses conhecimentos, mas o ufólogo tem que saber onde procurar.
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Nós, quando tivemos agroglifos no Paraná, que são aquelas formações lindas, em 2006, nós mandamos para análise na Universidade Federal de São Carlos, e o resultado da análise foi surpreendente, porque a área do agroglifo interna estava esterilizada, não tinha vida microbiana ali. Essa foi uma descoberta. E outro membro da nossa equipe, o Alcides Côres, descobriu, nos primeiros dias do agroglifo, um efeito eletromagnético como se fosse uma mensagem vinda de algum ponto do espaço do ar ali captada pelos instrumentos.
Então, isso que nós estamos fazendo é ciência, mas é ciência limitada para a questão ufológica, que é uma questão muito delicada, como disse o Prof. Picler, acertadamente. Então, nós estamos lutando por uma ufologia reconhecida. Inclusive, queremos que os documentos da Força Aérea Brasileira sejam abertos.
Alguém até perguntou aí quando serão liberadas as 16 horas de filme da Operação Prato. Meus amigos, eu nem sei mais se esses filmes ainda existem, se eles estão no Brasil, se eles estão fora do Brasil, se eles foram levados para os Estados Unidos, como tantas coisas que acontecem aqui são levadas para os Estados Unidos.
E eu quero aproveitar, encerrando minha fala e minhas considerações, e entregar ao Senador a Carta de Brasília, assinada por todos os membros da Comissão Brasileira de Ufólogos, em que nós fazemos as nossas ponderações a respeito do fenômeno e fazemos requerimentos, entre eles, o que diz respeito a nós termos uma entidade mista de pesquisas ufológicas entre cientistas, ufólogos, militares, pessoas civis... Tranquilo! O importante é que se faça algo nesse sentido, organizadamente, para que nós tenhamos mais êxito na nossa pesquisa.
Muito obrigado pela oportunidade, Senador. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Olha, se alguém tem que agradecer, sou eu, em nome do Senado Federal, por esta oportunidade desses esclarecimentos e trazer este assunto aqui, um assunto que, de certa forma, desperta a curiosidade e intriga muitos brasileiros também. Todo dia você vê aí a liberação de arquivos, o Governo americano fazendo isso, levando o assunto com seriedade, e o Brasil, que foi o primeiro a liberar arquivos, lá atrás, depois deu uma parada, mas a gente está aqui para servir, buscar a verdade...
Então, pode ter certeza de que eu recebo esta carta de vocês, da Comissão Brasileira de Ufólogos. Vou ler, analisar, ver o que pode ser feito, e a gente vai conversando. Eu me coloco à disposição para isso aqui a partir do nosso mandato no Senado Federal.
Eu já passo a palavra, imediatamente, ao nosso terceiro expositor, dentro da linha cronológica, o Sr. Jackson Luiz Camargo, especialista na análise de documentação oficial.
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Você pode falar daí mesmo, pode puxar o microfone aí.
O senhor tem cinco minutos, Jackson, para, de alguma forma, se quiser responder a alguma pergunta... Teve até uma da Operação Prato que eu acho que foi feita. O Gevaerd aqui já deu entrada, mas você fique à vontade também para fazer algum comentário e suas considerações finais.
Muito obrigado pela sua presença.
O SR. JACKSON LUIZ CAMARGO (Para discursar.) - Certo.
Primeiro eu gostaria de agradecer a oportunidade deste evento histórico.
Eu gostaria de responder àquela questão sobre a possibilidade de ser origem humana, terrestre, tecnológica terrestre, digamos assim.
Parte do fenômeno tem, sim, origem terrestre, mas a gente sabe que existe uma parcela que não é de origem terrestre, e os casos apresentados aqui hoje são exemplo disso.
Muitas pessoas tentam explicar, por exemplo, o caso da Noite Oficial, que eu apresentei, como sendo obra de espionagem do Governo americano, mas o Governo americano não tinha aeronaves suficientes para fazer uma operação de espionagem desse porte, porque, além da aeronave de espionagem, você precisa ter toda uma logística de gerenciamento de combustível, aeronaves de reabastecimento, aeronaves de escolta, precisa ter apoio de porta-aviões, e nada disso foi verificado naquela noite, por exemplo.
O próprio comportamento do fenômeno a gente vê que demonstra uma tecnologia que, hoje, 35 anos depois, ainda não foi alcançada. Um voo a Mach 15, 18 mil quilômetros por hora, voando em zigue-zague, uma aeronave supertecnológica de qualquer nação mais avançada do planeta, se atingisse a maior velocidade já alcançada, vamos dizer, uma Mach 5, por exemplo, se fosse fazer uma curva, iniciaria a curva sobre São Paulo e iria terminar a curva lá em Goiás, e a curva seria um arco; ela jamais conseguiria fazer um voo em zigue-zague com curva fechada a Mach 15 e sem sofrer qualquer dano estrutural. Essa é uma impossibilidade tecnológica que nós temos ainda, que não foi igualada em relação a esses objetos que testemunhamos.
Sem falar dos outros casos documentados, estudados, comprovados e evidenciados de alguma forma, em que nós temos seres humanoides relatados, seres baixinhos, cabeçudos, olhos grandes, sem pelos no corpo. Nós não temos nenhum país que tenha esse tipo de ser habitando. Então, se não são do nosso planeta, são de onde? Então, obviamente, uma parcela do fenômeno não é terrestre. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado, Sr. Jackson Luiz Camargo, Gestor em Tecnologia de Informação, Especialista na Análise de Documentação Oficial. Ele é membro do Centro de Investigação e Pesquisa Exobiológica (Cipex), é editor também do site Portal Fenômeno e é autor dos livros UFOs no Espaço e na Lua e A Noite Oficial dos UFOs no Brasil.
O Senador Izalci Lucas, aqui do Distrito Federal, está em trânsito por aqui, mas mandou um discurso, feito por ele. Já vou dá-lo como lido, vai ficar no Portal do Senado junto com todas as informações e apresentações que foram feitas aqui pelos convidados. Vai ficar tudo documentado nos Anais desta Casa.
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E o Senador Izalci Lucas fez esse discurso aqui, em que eu dei uma lida, é um pouco longo, mas muito interessante, com relação ao tema de hoje, aos 75 anos do Dia Mundial da Ufologia.
Já passo imediatamente aqui ao Sr. Rony Vernet, que é Engenheiro Eletrônico, com especialização em Automação Industrial e Telecomunicações. Eu peço ao senhor, em cinco minutos, se quiser responder a alguma pergunta, fazer suas considerações finais, de antemão lhe agradecendo pela presença.
O SR. RONY VERNET (Para discursar.) - Primeiro, quero agradecer a coragem pelo evento histórico, quero agradecer ao Senador por ter proporcionado a organização deste evento. É um evento histórico que vai mudar certamente a rota da discussão desse assunto no país, a partir daqui.
Eu queria focar dois temas principais. O primeiro deles é a abordagem científica. Eu vou citar um trecho de um artigo da revista Scientific American, que é uma das revistas mais respeitadas do mundo na área da ciência hoje, um artigo dela que fala sobre esse tema, o tema desses fenômenos.
A natureza transiente desses fenômenos e a imprevisibilidade de quando eles irão acontecer, de quando o próximo evento irá acontecer, é uma das razões por que esse assunto dos fenômenos não identificados ou fenômenos anômalos não tem sido levado a sério pelos círculos científicos. Mas como podemos identificar padrões sem sistematicamente coletar dados, em primeiro lugar? Na astronomia, as observações às rajadas de raios de gama, as supernovas e as ondas gravitacionais são similarmente imprevisíveis, e isso é ciência, isso é astrofísica, isso é astronomia. Nós estudamos esses eventos, que hoje são reconhecidos como fenômenos naturais decorrentes da evolução estelar.
Então, vocês veem, todos os presentes, pessoal de casa que está assistindo, que não quer dizer que, por não se conseguir reproduzir em laboratório, deixa de ser ciência. Simplesmente precisamos ter os equipamentos certos, apontá-los para o lugar correto e ficar esperando. Se vai aparecer hoje ou daqui a cinco anos, a ciência não tem tempo, a ciência é observação, e essa observação tem que ser feita de forma perene, de forma contínua, até a gente conseguir coletar dados. Aí sim é o grande problema da ufologia, coletar uma imensa quantidade de dados para conseguir chegar a uma conclusão, porque a gente hoje não sabe nem a origem nem a intenção desses fenômenos.
Em relação a como começar isso no Brasil, após a liberação do relatório do Pentágono, no ano passado, imediatamente a Universidade de Harvard criou o Projeto Galileu, pelo pesquisador e astrofísico Avi Loeb, e hoje no observatório, no terraço da Universidade de Harvard, no Observatório de Astronomia, temos equipamentos para observar esses fenômenos. É uma estação piloto que, com certeza, vai começar a dar resultados.
A Nasa, cerca de semanas atrás, também acaba de anunciar o estudo científico desses fenômenos. O estudo vai levar nove meses. Destacaram um premiado astrofísico para poder liderar uma equipe de cientistas, e, em breve, teremos também o resultado desse estudo.
E o Governo dos Estados Unidos criou ano passado, numa emenda à Lei Nacional de Defesa, a Emenda Gillibrand-Rubio-Gallego. Essa emenda justamente visa a dar fomento científico para esse assunto. Essa emenda cria um órgão permanente de investigação desse assunto, coordenando as Forças Armadas, comunidades de inteligência e outros órgãos do Governo para coletar dados e que esses dados sejam compartilhados com instituições científicas. A gente não tem ciência se a gente guardar os dados e engavetá-los; esses dados precisam ser compartilhados, e essa é a ideia.
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Se a gente tiver aqui, Senador, uma discussão futura, novas audiências nas Subcomissões, nas Comissões, que seja feita uma legislação para tratar o tema, que juntemos as Forças Armadas, as nossas instituições federais, as nossas academias, as nossas universidades para estudar o tema, eu tenho certeza de que a gente vai conseguir ter grandes êxitos.
Eu acho que o momento para a gente despontar nesse cenário é agora, porque, se o Brasil consegue fazer uma coisa organizada e descobre uma nova ciência, novas fronteiras, novas descobertas no campo da física, imagine a tecnologia que o nosso povo não vai usufruir?
(Soa a campainha.)
O SR. RONY VERNET - Concluindo... A gente passa por problemas hoje de preço de combustível, não é? Quem sabe, se descobrirmos novas tecnologias, não precisaremos mais usar isso, nem energia elétrica e nem combustíveis. Então, acho que passa por isso.
Em relação ao último caso - terminando. Magé foi um caso que suscitou muito burburinho do povo brasileiro. Esse caso ganhou a internet, e, hoje, na internet, a gente tem, para o mal e para o bem, boatos. O que eu posso dizer é que eu fiz pesquisas nesse assunto, eu estive em Magé e fiz requisições para o Exército. O Exército confirmou que houve uma operação militar na Serra dos Órgãos no mesmo período do caso Magé e confirmou também os helicópteros que sobrevoaram a região de Magé. Então, houve ali uma operação militar, e não sabemos o que aconteceu: falam de queda de óvnis, queda de discos voadores. Não sabemos o que aconteceu, mas, de fato, o povo mageense tem razão quando diz que houve algo porque houve uma movimentação militar do Exército para uma operação que ainda não sabemos, a princípio uma operação de instrução na Serra dos Órgãos, mas não sabemos realmente o que aconteceu.
(Soa a campainha.)
O SR. RONY VERNET - Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado pela sua vinda aqui, pela sua participação, Rony Vernet, que é engenheiro eletrônico com Especialização em Automação Industrial e Telecomunicações e que também atua, há quase dez anos, na área de óleo e gás. Então, eu agradeço muito.
Então, quero registrar aqui, antes de passar a palavra para o nosso próximo convidado, que será o Geraldo Lemos, fazer as suas considerações finais, a presença, desde o início da sessão, de visitantes no Senado Federal. Eu fico muito feliz! Vocês são muito bem-vindos aqui, ao Senado Federal. Esta Casa é de vocês.
São de Brasília? (Pausa.)
Não?
Vários estados aqui? Que coisa boa!
Diga uns três ou quatro aí!
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Paraná.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Santa Catarina.
(Intervenção fora do microfone.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco.
Que bacana, gente! Sejam muito bem-vindos aqui ao Senado Federal para conhecerem a Casa.
E fica o convite para você brasileiro que queira vir aqui ao Congresso. O Senado tem uma equipe fantástica aqui para guiar, tem a história do Brasil, tem museu. É muito interessante! Temos a Abolição da Escravatura aqui no túnel do tempo.
É importante você acompanhar a vida política do seu país. É cidadania. Quanto mais você gostar de política, mas se apontará para o futuro do verdadeiro coração do mundo e pátria do Evangelho, em que, o Brasil, não tenho a menor dúvida, vai ter um protagonismo internacional. Eu fico feliz demais com esse despertar do povo brasileiro para a política, para conhecer o que é seu e cobrar dos seus representantes, enfim.
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Então, eu vou, agora, já passar a palavra a Geraldo Lemos Neto, empresário do setor de investimentos imobiliários, corporativos e industriais; idealizador e dirigente da Casa Chico Xavier, de Pedro Leopoldo; e também participa do Grupo Espírita Saber Amar, de Belo Horizonte. Ele é escritor e editor da Vinha de Luz Editora.
Então, muito obrigado, mais uma vez, pela sua presença aqui, Geraldo; não é a primeira, já esteve em outros eventos.
O SR. GERALDO LEMOS NETO - Exato.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado por sempre estar disponível para que a gente possa enriquecer aqui o nosso debate, a nossa troca de ideias, o nosso diálogo, que é muito importante essa palavra-chave neste momento no Brasil.
O SR. GERALDO LEMOS NETO (Para discursar.) - Isso mesmo, Senador Girão. Agradeço-lhe o convite e sinto-me emocionado de participar desta atividade única, histórica.
A minha parte, naturalmente, não é científica, é relativa à espiritualidade. Tive a alegria e a honra de conviver com uma personalidade única, Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, talvez uma das maiores antenas psíquicas que já passou pela Terra. Através de suas potencialidades mediúnicas, nós temos hoje 537 livros publicados. Sou o editor dele, inclusive, desde 1984, tendo o conhecido em 1981.
Ele foi um homem muito corajoso, porque foi a primeira personalidade religiosa do mundo num programa online, num programa ao vivo da TV Tupi, de São Paulo, em duas ocasiões: em 1971, nos meses de junho e dezembro. Os dois programas somados duraram mais de nove horas. Ele assumiu em público, como pessoa religiosa representando a doutrina espírita, a existência inequívoca de civilizações extraterrestres, e não somente isso. Naquela ocasião - programa esse que está disponível no YouTube para todos acompanharem -, ele fez previsões históricas que se confirmaram a respeito da Lua. Naquela ocasião, em 1971, ele disse que nós descobriríamos no solo lunar água, matéria plástica, vidro, azoto e oxigênio, e, através desses materiais, seria possível nós construirmos a base permanente terrestre em solo lunar. E também, naquela ocasião, ele previu que, logo após a inauguração dessa base terrestre lunar permanente, nós teríamos a visita aberta de civilizações extraterrestres que se nos mostrariam de forma inequívoca, e ainda cita que teríamos contato com civilizações de outras galáxias. Então, é uma informação relevante e importante.
Eu sou testemunha, como convivi com ele por mais de 20 anos de forma íntima, por relações familiares, dos três casos que ele próprio contou de contatos imediatos que ele teve. O menos feliz foi entre a cidade de Franca e a cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, em que ele teve medo realmente de um contato, e a nave que acompanhou o carro em que ele estava situado acabou levando uma vaca dentro dela e sumiu no horizonte.
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Os dois outros contatos, um em Uberaba, onde teve contato com seres bastante pequenos, segundo ele, 1m de altura, e nos descreveu em detalhes a sua fisiologia, dizendo serem seres altamente avançados, que se comunicam basicamente por telepatia. E um último contato que ele teve, na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, a sua cidade natal, quando ele conheceu uma raça que lembra muitos os nórdicos aqui do nosso planeta e que tiveram muito interesse inclusive de conversar com ele a esse respeito.
(Soa a campainha.)
O SR. GERALDO LEMOS NETO - Então, só para responder à pergunta do nosso colega, a respeito do degredo que houve, de Capela, foi feito em naves, assim como ele me disse que o degredo que está sendo vivenciado, da Terra para uma superterra, que ele denominou Quíron, em outro sistema estelar, se faz através de naves extraterrestres que levam espíritos da Terra que não mais podem ficar aqui. Eles são levados para uma base, que é uma prisão na Lua, uma prisão espiritual na Lua, e de lá, são então degredados para esse outro planeta Quíron. E que essa limpeza se aprofundaria neste século XXI, para tornar a Terra um mundo melhor, um mundo regenerado.
Então a minha última palavra...
(Soa a campainha.)
O SR. GERALDO LEMOS NETO - ... é de agradecimento e votos para que todos nós tenhamos a responsabilidade de conhecer o fenômeno, estudá-lo e pensar conosco o que é que nós podemos fazer para melhorar a humanidade terrestre. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado pela sua presença, Geraldo Lemos Neto.
Inclusive, só para esclarecer os nossos convidados, aqui no Brasil, todo mundo sabe quem é Chico Xavier, não é? Mas os nossos convidados, tanto da Inglaterra, como dos Estados Unidos aqui presentes, e quem for assistir ou estiver assistindo agora a esta sessão e não conhecer, alguém que esteja assistindo de outro país, é um dos maiores humanistas e pacifistas do nosso país. O Chico Xavier é mineiro, inclusive, durante a sua vida, psicografou mais de 450 livros, traduzidos para dezenas de idiomas, e tudo revertido para a caridade. Foram milhões e milhões de livros revertidos para a caridade. Não é à toa que as obras sociais até hoje existem aí pelo Brasil afora. E de uma humildade ímpar, mesmo não querendo, mas teve uma votação de um grande veículo de comunicação no Brasil, popular, em que ele foi eleito o brasileiro do século. É isso? O maior brasileiro da história. Não é isso? E então um grande humanista do Brasil, que... Eu não tive a bênção de conhecê-lo. Já falecido em 2002, no dia 30 de junho de 2002. Vai fazer 20 anos agora. Olha só que detalhe! Vai fazer 20 anos. Nós fizemos uma sessão, no Senado Federal, em homenagem a ele. Está disponível no YouTube para quem quiser assistir. Tem filmes, tem produções, também, feitas em homenagem ao Chico Xavier, biografias e cartas, enfim, que levam muito consolo e esperança às pessoas que perderam os seus entes queridos.
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Então, o Geraldo Lemos teve essa benção. Eu não tive, mas Geraldo teve essa benção de conviver com esse grande homem e mantém um museu - não é isso? - lá em Pedro Leopoldo, a Casa de Chico Xavier, que tive a oportunidade de conhecer. É uma cidade maravilhosa, pertinho de Belo Horizonte. Ela fica mais próxima do aeroporto de Confins do que de Belo Horizonte. Essa casa de Chico, onde ele viveu, é muito interessante. Tem lá o quartinho dele, as obras todas. Feito com muito carinho por todos lá de Pedro Leopoldo.
Já passo aqui a palavra, para fazer as suas considerações finais ou responder a alguma pergunta, ao Sr. Thiago Ticchetti, que é conferencista, assessor governamental e Presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Muito obrigado por sua presença, mais uma vez.
O SR. THIAGO TICCHETTI (Para discursar.) - Obrigado, Senador. Mais uma vez agradeço a oportunidade de estar nesta Casa.
Além do que o senhor citou, sou também coeditor da Revista UFO, a convite do Gevaerd, sou o Diretor Nacional da Mufon no Brasil. Isso me deixa muito orgulhoso, deixa muito orgulho o Gevaerd, que me trouxe para a Ufologia há vários anos.
Vou responder aqui à pergunta da Ruth. Ela pergunta o que a gente pensa da interferência americana em vários países no caso de quedas comprovadas de UFOs.
Eu já escrevi 13 livros, em inglês e em francês. Um desses livros está na segunda edição, é o Queda de Ufos, publicado pela Biblioteca UFO da Revista UFO, e fala exatamente de quedas.
Pois bem, os Estados Unidos são o maior país, a maior potência bélica, até hoje, atualmente, no mundo. Eles sempre tiveram grande influência nos países do terceiro mundo, principalmente, e também, nos países da América, da América Central, da América do Sul. Não por isso somente, eles criaram protocolos, a partir das quedas que tiveram de objetos voadores não identificados nos Estados Unidos, para o resgate e também para o acobertamento. Isso ocorreu em 1947 ou 1945, como alguns acreditam, em Trinity, nos Estados Unidos. Mas, foi a partir de 1947, com a queda do disco voador em Roswell, que os Estados Unidos começaram a colocar em prática esse acobertamento e esse resgate dessas naves.
No caso de Roswell, na época, foi noticiado pelos jornais como os Estados Unidos resgataram, capturaram, o disco voador. Mas, logo depois, esses mesmos - a Força Aérea era integrada ao Exército americano, naquela época - afirmaram que não, que o que haviam resgatado era apenas um balão. Mas isso foi uma forma de acobertamento. Os anos se passaram e quase 30 anos depois esse caso voltou à tona. Desde então, Donald Schmitt, Kevin Randle, William Moore e vários pesquisadores investigaram o caso e já temos mais de 300 testemunhas, militares e não militares, do caso Roswell, afirmando que foi realmente um caso verídico e a queda de um objeto desconhecido de origem extraterrestre. Então, respondendo à Ruth, realmente eles têm essa influência.
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Nós tivemos aqui no Brasil o caso Varginha, sobre o qual existem rumores de que os corpos e também o objeto foram entregues aos Estados Unidos. Esta audiência aqui pode ser que seja o pontapé, a mudança para que o Brasil passe a ter interesse na investigação desses objetos voadores não identificados, para que comece a analisar de forma oficial os avistamentos, os contatos, os relatos, as possíveis quedas, para, quem sabe, no futuro, a gente possa ter, como disse meu colega Rony, a tecnologia que esses aparelhos, essas aeronaves possuem e para que seja revertido ao povo brasileiro na forma de tecnologia, de avanço na medicina, de avanço nos combustíveis, no que for.
Então, mais uma vez, eu gostaria, Senador, também, de lhe presentear com algum desses meus livros. Eu vou encaminhar aqui ao seu gabinete para que o senhor possa ter um conhecimento sobre quedas e sobre tipologias de discos voadores e óvnis, que são outras obras que eu também já escrevi.
E, mais uma vez, quero agradecer o espaço aberto a todos nós aqui nesta Casa, aqui no Senado Federal.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muitíssimo obrigado.
É muito importante a sua presença, Thiago Ticchetti, que é ufólogo, conferencista, Presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU).
Muito obrigado mesmo pela sua presença aqui, pela sua exposição e pelos estudos que o senhor compartilhou aqui conosco.
Olha, eu não falei da quantidade de pessoas compartilhando aqui experiências. Sobre isso aí, é muita gente compartilhando experiências. Eu vou ler só uma, que é do Sr. Maurício Campos. Ele colocou assim, o seguinte: "Meu pai era ex-combatente de guerra e sabia distinguir se aquilo era desse mundo". Então, ele compartilhou aqui que: "Em outubro de 1968, eu e meu pai e minha mãe tivemos a sorte de ver um UFO, que ficou flutuando a uns 30 metros de altura ao lado de nossa casa. Lembro que faltou energia no local na hora e ficamos imóveis e em silêncio durante algum tempo. Nós morávamos, na época, no Rio de Janeiro".
Então, a gente tem recebido de muita gente, compartilhando experiências também. É muito interessante isso.
Eu vou passar agora a palavra, imediatamente, aqui para o Inajar Antonio Kurowski - acertei, não é? -, que é médico veterinário, professor universitário de graduação e pós-graduação, policial e perito criminal do Instituto de Criminalística do Paraná.
Muito obrigado pela sua participação, pela sua vinda.
O senhor tem cinco minutos para a consideração final ou para responder aí a alguma pergunta.
Muito obrigado.
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI (Para discursar.) - Eu agradeço e aproveito justamente as perguntas para fazer algumas considerações.
Uma delas foi: "Como a ufologia será reconhecida pelo meio acadêmico se não usa a metodologia correta, tornando-se uma crença cega?".
Eu queria colocar que, no meu modo de ver, a ufologia é um campo de estudos. É um campo de estudos complexo e multidisciplinar. As pessoas que se dedicam a esse estudo, muitas delas, esquecem que ela não deve ser só encarada pelo foco das ciências exatas; ela também é um fenômeno social, e também devem ser aplicadas, nesse caso, as metodologias das ciências sociais. Mas eu vejo que muitos são focados somente no seu campo de formação. E, aí, eu digo que, para aquele cuja única ferramenta que possui é um martelo, tudo que estiver pela frente é prego. E não é assim que a ufologia deve ser vista; ela é, como eu disse, multidisciplinar, por isso mesmo complexa, e cada uma das ciências contribui com a sua metodologia.
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Então, não é que não se use a metodologia correta. Eu diria que alguns ufólogos não sabem usar todas as ferramentas que estão aí disponíveis, das diversas metodologias, das diversas ciências.
Completando esse raciocínio, ainda diz aqui: "Se os ETs estão aqui há milhares de anos, por que não se consegue provar essa presença?".
Eu diria que a presença está mais do que provada. Existem provas mais robustas, que estão ainda mantidas em sigilo, e existem as provas já de conhecimento geral. As provas são físicas, como as marcas de pouso, fotos e vídeos. Isso são provas físicas e são consideradas em tribunais. E existe a prova testemunhal, e testemunho também é prova, tanto pela idoneidade da testemunha quanto pelo número de testemunhas afirmando o mesmo fato. Então, tudo isso são provas. Dizer que não existem provas é uma falácia ou má-fé.
Também queria comentar a colocação do Fernando Allen, que diz: "Já que os dados históricos de aparições de óvnis são de ao menos 75 anos atrás, concordam que não é possível terem sido feitas por humanos?".
Eu diria que, usando uma interpretação do conhecimento moderno e de uma linguagem moderna, pelo que a nossa ciência já levantou e pelo que a ufologia já apresentou, não é de menos de 75 anos atrás, é de milhares de anos atrás. Basta que se traduza, por exemplo, a expressão "anjo" por extraterrestre, ou "carruagem de fogo", ou "escudo voador", ou "canoas voadoras", como os nossos índios dizem, por nave ou disco voador, se quiser. Então, os dados históricos, inclusive escritos, vêm desde milhares de anos, e não somente de 75 anos para cá.
E, por último: "Por que esses arquivos que se dizem 'secretos' não podem ser divulgados?". Bom, primeiramente, porque são secretos. E eles são assim classificados porque, entre outros motivos, existe um risco à segurança nacional, por exemplo. Se essas informações virem a público, podem causar algum risco a algum sistema.
(Soa a campainha.)
O SR. INAJAR ANTONIO KUROWSKI - E essa classificação tem hierarquias. Ela vai de reservado, passando a confidencial, secreto e ultrassecreto. Cada um deles determina um período de tempo em que isso deve ser mantido em sigilo. Após esse período, esse material pode ser revisado e ser novamente reclassificado ou desclassificado. Então, por que não pode ser divulgado? Justamente pelo risco que essa possa causar.
Era isso que eu tinha pra comentar.
Muito obrigado. (Palmas.)
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O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado. Muitíssimo obrigado, Sr. Inajar Antonio Kurowski.
Inclusive, temos aqui uma pergunta que eu não fiz: as pessoas estão querendo saber sobre o filme Área Q.
Foi feito por Gerson Sanginitto, um cineasta lá da Califórnia, nos Estados Unidos, um brasileiro que mora lá. E os atores principais do filme são a Tania Khalill e o Murilo Rosa.
O filme está, inclusive, de forma gratuita, se não me engano, no YouTube. Foi o filme que o senhor citou da tribuna e em que, de alguma forma, eu tive a oportunidade de ajudar na sua produção, lá no interior do Ceará, em uma região chamada Área Q, que é Quixadá e Quixeramobim, uma região que tem muitos avistamentos. É bem diferente. Lá temos os monólitos de Quixadá - não sei se o senhor conhece -, que são algo interessantíssimo. Houve muitos casos lá, inclusive, de abdução, segundo o que o filme coloca, inclusive.
Vou passar agora a palavra imediatamente ao Sr. Gary Heseltine, que é detetive inglês aposentado, editor da revista UFO Truth, conferencista internacional e Vice-Presidente da International Coalition for Extraterrestrial Research, a mais recente iniciativa para lutar pela liberdade de informações ufológicas governamentais.
Então, muito obrigado pela sua presença aqui.
O senhor tem cinco minutos para fazer alguma consideração final ou responder a uma dessas perguntas.
O SR. GARY HESELTINE (Para discursar. Tradução simultânea.) - Obrigado pelo tempo que você me concedeu para responder a algumas perguntas.
Dados científicos, João Marcelo, são cruciais, e devemos aplicar o método científico sempre que pudermos, mas é muito mais complicado do que isso. E as ciências sociais, que o meu caro colega acabou de mencionar, são muito importantes, porque é uma coisa observacional. E eu acho que todo mundo que já devotou sua vida a esse tema deve ser parabenizado, porque, em uma época em o mundo acreditava que não havia nada acontecendo, se não fosse pelos pesquisadores amadores, nós não teríamos essa experiência agora.
Então, dá para ver o quanto avançamos. Avançamos muito e estamos avançando cada vez mais rápido, especialmente, com todos os acontecimentos nos Estados Unidos. Se vocês não sabiam, o ano de 2021 foi o ano mais importante da ufologia na história, porque coisas aconteceram mensalmente nos Estados Unidos em termos de legislação, culminando no mês de dezembro de 2021, quando uma lei foi aprovada no Congresso, dizendo, pela primeira vez na história, que os serviços de inteligência dos Estados Unidos tinham que relatar ao Congresso, produzindo um briefing classificado como confidencial, duas vezes por ano, e um não confidencial uma vez por ano. Isso é histórico, nunca existiu antes. Então, nós avançamos muito.
E nós quase usamos isso como uma abordagem multidisciplinar. Não é sobre os cientistas dizendo o que os ufólogos sabem. Se fosse, não estaríamos tendo essa discussão. Nós todos temos que começar a perceber que é uma questão da raça humana. Temos que lidar com isso como raça humana. Não é "eu sou melhor do que você", "minha equipe é melhor que a sua". Isso atrasa a humanidade e vem atrasando por tantos anos, especialmente sobre esse assunto, que tem uma confidencialidade deliberada. E o estigma acontece aí. Temos que nos livrar desse estigma.
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E o fato de estar sentado ao lado de um Senador, em uma audiência real do Congresso, do Senado, fala muito sobre como nós avançamos nesse assunto, porque agora significa que temos que levar isso muito a sério, temos que diminuir o nosso ego e cooperar uns com os outros. Todo mundo tem que abrir as portas. E agências políticas como essa revelando informações é algo que tem que acontecer, para todo mundo se sentar na mesma mesa e dizer: o que vamos fazer sobre isso?
É claro que temos o envolvimento de uma inteligência não humana ou extraterrestre. Nós temos a possibilidade da interdimensão, porque os físicos quânticos estão dizendo que é possível. Pessoalmente, eu acho que a maioria do que estamos lidando são forças extraterrestres. E isso é provado pelo fenômeno de abdução, que acontece em todos os continentes. Essas mesmas coisas são descritas no mundo inteiro. Então é sobre o mundo se juntar, porque estamos à beira de um precipício. Se a imprensa ou o público ou os políticos querem, gostem ou não, essa é uma realidade.
E estamos tendo um problema de segurança que tem que ser abordado politicamente. Temos que ultrapassá-lo e dizer: "Olha, é real. De onde eles são e o que eles querem?". Nós temos que tentar estabelecer um diálogo. Talvez isso já esteja acontecendo no mundo secreto, mas o que vocês têm que entender sobre essa audiência... A realidade é que nós sabemos talvez 10% - 10% estão em domínio público; e 90% estão trancados em agências do Governo. Então, o que são esses 90% que nós não conhecemos?
Se uma nave pousasse fora do Senado hoje, nós tentaríamos descobrir o que aconteceu. Então, isso provavelmente já aconteceu. Não podemos produzir um corpo alienígena. Não podemos produzir a nave que a mídia quer, que o público quer: "Ah eu vou acreditar quando eu vir", mas quem fala isso está ignorando a evidência. Todo mundo que está em um tribunal se baseia em três coisas: testemunhos, documentos e evidências. Evidência é como este copo aqui: você pode tocar nesse copo. É físico. E toda a lei é baseada nessas três coisas. Isso não é diferente de um evento de óvni. Então, se você tem uma experiência, você se torna uma testemunha. Às vezes, você tira uma foto, e aí você produz evidência física.
Nós temos milhares de...
(Soa a campainha.)
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O SR. GARY HESELTINE - ... legislações e documentos que nós já conhecemos, mas o que está lá no mundo secreto... Nós sabemos que temos um vídeo de 16 horas na Operação Prato. Então, foi uma decisão política tornar isso confidencial. Eu também acho que isso foi levado para os Estados Unidos, porque eles são o país principal que mantém essas coisas em segredo.
Temos que ultrapassar isso, abaixar essas barreiras, trabalhar uns com os outros. Só porque vocês são ufólogos, vocês não são cientistas? Eu não sou um cientista; eu sou um acadêmico e tenho bom senso. Quando temos milhares de pilotos, isso é uma evidência, que é apoiada por documentos. Nós deveríamos ouvir essas pessoas.
O que aconteceu hoje é muito histórico e vai entrar na história como um momento importante. Então, você tem que ser aplaudido pela sua decisão de fazer esta audiência. Outros países têm que seguir o Brasil, e o Brasil merece uma salva de aplausos. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Thank you!
[Tradução simultânea: Obrigado.]
Agradeço ao nosso conferencista inglês Sr. Gary Heseltine, que é detetive aposentado da Polícia inglesa.
Eu quero aproveitar também a oportunidade e cumprimentar a Sra. Jane Turvey, que é partner do Gary.
Sejam muito bem-vindos ao Brasil.
Is it your first time in Brazil? No? (Pausa.)
Is it your first time here? (Pausa.)
Welcome again.
Thank you very much.
Então, para encerrar, eu queria chamar aqui, para a palavra final, o nosso Robert Lambert Salas, que é pesquisador, formado pela Academia da Força Aérea dos Estados Unidos, foi Oficial de Controle de Lançamento de Mísseis Minuteman do Esquadrão de Mísseis Estratégicos na Base Aérea de Malmstrom, no Estado de Montana.
Ele testemunhou a presença de um ufo que teria desativado dez armas nucleares na instalação de controle de lançamento em cujo comando ele estava.
Então, muito obrigado por aceitar o nosso convite do Senado Federal para estar aqui conosco.
Bob Salas, o senhor tem cinco minutos para fazer as suas considerações finais ou responder alguma pergunta.
O SR. ROBERT LAMBERT SALAS (Para discursar. Tradução simultânea.) - ... eles podem ter corrompido a situação. Os segredos são muito valiosos monetariamente e podem ter sido usados para gerar itens de nova tecnologia.
Em segundo lugar, o sigilo e o intercâmbio com outros países. Então, esses tipos de segredo provavelmente são usados como peças de barganha entre países.
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Em terceiro lugar, eles representam uma forma de poder político também. Então, aqueles que detêm segredos são normalmente pessoas poderosas.
Por todos esses motivos, eu não acho que nós podemos depender das agências governamentais, simplesmente esperar que elas desistam dos segredos que elas estão mantendo.
Eu acho que será muito difícil, nos próximos anos, mas eu acredito que, como foi dito, existem muitas testemunhas reais. E muito desse fenômeno pode ser mostrado. Então, mais países podem fazer audiências abertas, assim como o senhor fez aqui hoje, Senador, com pensamentos de outros, neste momento especial e histórico no mundo, que nós estamos vivenciando aqui e que o senhor organizou. Outros países precisam fazer o mesmo e precisam convidar as testemunhas e escutar o que elas têm a dizer.
Uma vez que façam isso, poderemos fazer mais perguntas às agências, pedir que suspendam os seus sigilos.
Uma vez que os países se comprometam a encaminhar este assunto do sigilo, também teremos um comitê de supervisão de pessoas que não estão no governo, de pessoas que não precisam fazer verificações de segurança. Mas precisamos ter pesquisadores, assim como alguns que estão aqui, hoje, que precisam ser parte de um comitê que possa monitorar o que as agências estão afirmando, o que os governos estão dizendo e o que as agências estão contando aos próprios governos sobre o que sabem, porque, como sabemos, os segredos serão guardados. E precisamos continuar procurando a verdade.
Todos os governos do mundo devem ter audiências abertas, incluindo o meu próprio governo, o governo do meu país.
E precisamos ter uma supervisão civil do que as agências estão dizendo aos representantes eleitos.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Muito obrigado, Bob Salas, pesquisador americano de ufologia.
Salas, muito obrigado, mais uma vez, por sua participação.
Eu queria fazer uma retificação aqui antes de encerrar.
Eu dei o nome equivocado de uma pessoa que está aqui, no Plenário do Senado, o Sr. João Batista Moreira. Ele também tem palestras sobre o assunto, mas, como já estava tudo programado, não deu para fazer a apresentação hoje.
Outras oportunidades, nós teremos, se Deus quiser.
Muito obrigado pela sua presença aqui, Sr. João Batista Moreira.
Chegou uma informação para mim, e a gente sabe que não existe coincidência, não é, Geraldinho? Não existe coincidência. A informação foi publicada em vários jornais, um deles é o jornal O Povo, do Estado do Ceará: às 4h da manhã de hoje, e vai ficar por alguns dias, haverá um alinhamento muito difícil de acontecer, em que dá para visualizar, à olho nu, Mercúrio, Vênus, Marte, Saturno e Júpiter.
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Então um alinhamento que começou exatamente hoje, no nosso evento. Eu quero agradecer a presença de todos...
O SR. WILSON PICLER - V. Exa. me concede um minuto?
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Claro, claro.
Um minuto, por favor.
O SR. WILSON PICLER (Para discursar.) - Encerrando, eu tomo essa liberdade para acrescentar algumas questões aqui.
Esperei todos falarem e fiz algumas anotações, que vão complementar. Então, por que os extraterrestres têm tanto interesse em armamento nuclear e tentam nos convencer de desistir dessa loucura?
Bom, a nossa ciência tem pouco mais de 400 anos, desde que Galileu Galilei disse que nós orbitávamos em torno do Sol. Até então achávamos que a Terra era o centro de tudo.
Com 400 anos, vamos dizer 500 anos, é muita pretensão acharmos que nós conhecemos muita coisa de um universo tão vasto. Então, recentemente, estamos tratando de algumas teorias, Senador. São teorias, são hipóteses de universos paralelos.
Só para uma reflexão do grande público, de todos, aqui nesta sala nós podemos ter um outro universo, um outro mundo paralelo nos acompanhando. Já se pensa isso.
Então, uma explosão nuclear é algo que liquida com as matérias, de uma forma tão descontrolada e tão brutal, que pode inclusive afetar outros mundos. É algo inconcebível o homem produzir tamanho dano à natureza, inclusive à nossa natureza cósmica. Isso precisa ser levado em consideração, e eu lanço como uma reflexão.
Aí perguntam também por que os extraterrestres não querem se apresentar? Bom, para começar, nós iríamos fazer leis para eles. Está tão bom para eles, eles podem ir e voltar... Não há leis para quem não existe. A partir do momento que ficar detectado que eles existem, nós vamos ser obrigados a legislar alguma coisa: "Olha, tem que vir com a nave por tal via aérea, tem que se comunicar com a torre, tem que pedir permissão, tem que pousar, e nós vamos inspecionar a nave".
Então, obviamente, há muitas implicações, e essa gente também conhece as nossas fraquezas, os nossos vícios... Pode ser que alguém queira levá-los para uma conversa particular, fazer algum acordo: "Tem diamante aí? Se rolar um diamante, pode acontecer de a gente facilitar as coisas".
Então, nós estamos vivendo no mundo um grande drama de corrupção. Isso não é novidade. Não é só no Brasil, não. O mundo está mergulhado no drama da corrupção, dos interesses e, volto a dizer, das guerras.
Então não é fácil. Falar: Por que o ET não chega e não se anuncia? Porque ele não é bobo. Ele está aqui porque ele é muito mais inteligente do que a gente. Está muito mais avançado do que a gente.
Outra coisa, deve dominar uma tecnologia de camuflagem, porque eu já vi inclusive alguns vídeos em que a nuvem se transformava, quer dizer, aparecia o objeto depois da nuvem. Pode ser montagem? Pode. Mas é óbvio que, se eles não querem aparecer, eles podem ter tecnologias stealth, tecnologias de camuflagem, tecnologia suficiente e conhecimento para não se revelarem. Também sabem das consequências dessa revelação perante a nossa humanidade. Então, isso é para reflexão.
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Chico Xavier citou uma ideia de que, depois, fizeram um vídeo - Data Limite -, que diz que, a partir do momento em que o homem pisou na Lua, seriam dados 50 anos de observação para ver se nós íamos poder ter uma convivência cósmica com os seres do universo e que era importante que nós estivéssemos livres de guerras, sobretudo guerras nucleares.
Estavam quase se completando 50 anos e estourou essa confusão aí. (Pausa.)
É, já passou do limite.
Então, fica aqui a questão do top secret. Desculpe, Senador, abusar. Existe um grupo, nos Estados Unidos, chamado Paradigm Research Group. O Stephen Bassett, que é um pesquisador que já esteve no Brasil, faz parte e produziu um documentário chamado Top Secret. Eu assisti toda a sequência. Tem um momento em que o cientista fala assim, Senador Girão, de uma nave supostamente capturada: "Eu sou especialista em reatores nucleares". O cara falando, o cientista: "Fui chamado para examinar o reator da nave...".
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Para encerrar.
O SR. WILSON PICLER - A gente tocava naquilo e parecia o fígado de um animal enorme que reagia ao nosso toque. Nós não tínhamos a mínima noção de como aquilo funcionava.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Para encerrar.
O SR. WILSON PICLER - Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Eduardo Girão. Bloco Parlamentar Juntos pelo Brasil/PODEMOS - CE) - Eu agradeço demais a sua participação. (Palmas.)
E eu quero também saudar os alunos do ensino fundamental do Colégio Couto Magalhães, de Anápolis, que estão aqui, vindo visitar a Casa de vocês, o Senado Federal. Sejam muito bem-vindos aqui. Às professoras e aos coordenadores, parabéns pela iniciativa. É sempre muito importante essa energia das crianças deste país maravilhoso.
Então, eu agradeço, Wilson Picler, a sua participação e a de todos os convidados. Já que você falou no Chico Xavier, também, além desse documentário que eu superindico, Data Limite, de Chico Xavier, há controvérsias com relação a essa questão da data. Alguns dizem que já se atingiu e, por isso, a gente, de uma certa forma, estaria mais tranquilo, mas vale a pena assistir de novo. Eu já assisti e vou assistir novamente Data Limite, de Chico Xavier.
Chico foi indicado duas vezes ao prêmio Nobel da Paz, não é isso? (Pausa.)
Aliás, uma vez foi indicado ao prêmio Nobel da Paz, um dado aqui com que o pessoal entrou em contato.
Então, nós vamos encerrar a sessão, neste dia histórico aqui, do Senado Federal, um dia histórico para a humanidade. A partir da reversão de uma decisão da Corte Suprema dos Estados Unidos, com relação ao aborto, que tinha sido liberado, em 1973, pela Suprema Corte Americana, no dia 22 de fevereiro, e foi revertida hoje. Reparando esse grande equívoco, a Corte Suprema avança a consciência e protege a vida.
Há um pensamento de um Deputado Federal brasileiro que eu assino embaixo. Ele coloca algo com relação a esse assunto de forma muito sintética. Ele diz assim: "Muitos discordam de mim nessa hora a respeito de quando se inicia a vida. Eu pergunto: como pode uma bactéria ser considerada vida em Marte, e uma batida de coração no ventre materno não ser considerada na Terra?".
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Sim, porque aos três meses... Na verdade, com 11 semanas, e não 3 meses, de vida intrauterina, já existe um coração batendo; isso foi dito há algum tempo. Na verdade, são 18 dias após a concepção, com 18 dias da concepção já tem um coração batendo forte.
Então temos um dia histórico para o mundo hoje com essa decisão que vai ter efeito dominó, se Deus quiser, no mundo inteiro. E o Brasil é símbolo internacional de resistência pró-vida, porque não legalizou o aborto, e graças muito ao trabalho desta Casa, do Senado Federal, do Congresso Nacional brasileiro, dos Parlamentares que com muita coragem se posicionaram a partir da opinião da maioria da população brasileira - mais de 85%, segundo as pesquisas de opinião, são contra o aborto, a favor da vida desde a concepção. Então é um dia histórico! Estão de parabéns todos os americanos por essa decisão da Suprema Corte, defendendo a vida.
Muito obrigado a todos os convidados.
Muita paz para todos vocês!
Cumprida a finalidade desta sessão especial semipresencial do Senado Federal, agradeço a todos que estão aqui e aos que estão em casa nos assistindo e que honraram com sua participação esta sessão sobre os 75 anos do Dia Mundial da Ufologia.
Está encerrada esta sessão.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Levanta-se a sessão às 15 horas e 34 minutos.)