Discurso durante a 109ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem ao desempenho dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Indignação com as práticas em tese autoritárias adotadas pelos governos de alguns países latino-americanos supostamente apoiados pelo Governo Lula. Defesa de mais investimentos para o fomento do esporte no Brasil. Exposição sobre a importância do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária, criado no âmbito da CAE, do qual S. Exa. faz parte.

Autor
Izalci Lucas (PL - Partido Liberal/DF)
Nome completo: Izalci Lucas Ferreira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
Assuntos Internacionais, Desporto e Lazer, Tributos:
  • Homenagem ao desempenho dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Indignação com as práticas em tese autoritárias adotadas pelos governos de alguns países latino-americanos supostamente apoiados pelo Governo Lula. Defesa de mais investimentos para o fomento do esporte no Brasil. Exposição sobre a importância do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária, criado no âmbito da CAE, do qual S. Exa. faz parte.
Publicação
Publicação no DSF de 08/08/2024 - Página 18
Assuntos
Outros > Assuntos Internacionais
Política Social > Desporto e Lazer
Economia e Desenvolvimento > Tributos
Indexação
  • SAUDAÇÃO, ATLETA AMADOR, BRASIL, PARTICIPAÇÃO, RECEBIMENTO, PREMIO, OLIMPIADAS.
  • CRITICA, OCORRENCIA, MORTE, HOMICIDIO, PERSEGUIÇÃO, NATUREZA POLITICA, RESULTADO, IDEOLOGIA, IDENTIFICAÇÃO, SOCIALISMO, COMUNISMO, PAIS ESTRANGEIRO, ESPECIFICAÇÃO, VENEZUELA, CUBA.
  • DEFESA, AUMENTO, RECURSOS ORÇAMENTARIOS, DESTINAÇÃO, ESPORTE, FINANCIAMENTO, ATLETA AMADOR.
  • COMENTARIO, VOTAÇÃO, Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), FORMAÇÃO, GRUPO DE TRABALHO, REFORMA TRIBUTARIA.

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Para discursar.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores e Senadoras, hoje, senhoras e senhores, é tempo de alegria, de comemorar nossos atletas, suas vidas, suas lutas e tudo aquilo que os fizeram chegar aonde chegaram para suas glórias.

    Hoje é o dia de celebrar, com o ouro de Rebeca Andrade, na ginástica, e de Beatriz Souza, no judô, fora as pratas e bronzes, no judô, no atletismo, na marcha atlética, no surfe, no skate masculino e feminino, na ginástica feminina, no vôlei feminino, na canoagem, no vôlei de praia, no futebol feminino e no box.

    Nossos meninos e meninas representaram o Brasil com garra, beleza e vontade, sem falar de nossos brasilienses medalhistas, a Ketleyn Quadros, aqui da Ceilândia, o Caio Bonfim, de Sobradinho, e a Gabi, que é lá do Guará, que fez o gol contra a França e ontem fez também um gol contra a Espanha, classificando o Brasil para a final do futebol.

    Quisera passar a semana inteira só comemorando, entretanto, mesmo neste momento de celebrar a vida e as vitórias, o mundo continua girando, as coisas continuam acontecendo, e precisamos tratar de justiça e solidariedade àqueles que estão presos no Brasil e na Venezuela por querer um país livre e justo.

    Senhoras e senhores, não falo hoje daqueles que já foram assassinados ou morreram sob o jugo desses governos nefastos que se colocam como democratas, mas atuam e se escondem como socialistas/comunistas cruéis e fazem de suas propagandas a razão de matar e destruir. Nem falo daqueles que hoje aqui em nosso país colocam um ódio que jamais existiu para apagar um país que sempre viveu em paz, sem preconceitos e que jamais matou pela cor ou pela crença. Isso é a maior mentira sobre o nosso país. Ninguém mata aqui pela cor, ou pela pele, ou pela crença. Bandidos e homens maus existem aqui e em qualquer outro lugar do mundo, de qualquer raça ou crença, movidos principalmente pela droga e sua entrada nas comunidades e famílias, droga que esses socialistas/comunistas defendem a todo custo. A violência do aborto que eles também defendem, com a morte de bebês pelo aborto, bebês que já se movimentam, sentem e até sorriem.

    Senhoras e senhores, aqui não vamos nos calar por mortes, seja de bebês ou de nossas mulheres, e jamais queremos que o nosso país se transforme num celeiro de cativos e sanguinários.

    Embora o Presidente em exercício, o Presidente Lula, considere que a violência é relativa, assim como a democracia que ele propaga, brasileiros de cada canto deste país não consideram a violência e a democracia algo relativo. O crime existe, é claro, onde o Governo Lula é conivente, amigo e parceiro. Mata-se em Cuba e na Venezuela, matam e expulsam os cristãos também na Nicarágua. Aqui não, não os permitiremos, mas é aqui, onde você que agora me ouve, que não pode se calar na sua cidade, no seu grupo de amigos. Você também sabe que a gente só ganha quando lutamos juntos pelo bem. Quem luta pelo dinheiro do bolso será sempre escravo e cativo dos poderosos, vai ter que obedecê-los até para matar seu próprio filho. Deu para entender? É isso que você quer para a sua cidade? Observem os venezuelanos que para cá fugiram. Vejam como os cubanos que aqui vivem. Vejam todos vocês, brasileiros, que querem fazer de seus filhos brasileiros de bem.

    Hoje, senhoras e senhores, eu quero aqui pedir a todos os brasileiros e brasileiras desta nossa nação rica em solo e mais rica ainda em gente e coração que fiquem alerta, pois o tempo urge, e é preciso que a gente se una e dê ao mundo esse exemplo de amor, terra e coração. Senhoras e senhores, há tempo de se fazer, mas há, sobretudo, de se dizer para fazer.

    Em homenagem aos nossos atletas, que fazem muito pelo país, peço ao Brasil que não se curve, que também lute e faça acontecer como nossos atletas que fizeram com o corpo e a mente para serem nossos grandes campeões. Quero agradecer mesmo a cada um desses atletas, que representaram muito bem o Brasil.

    E eu tenho aqui, Presidente, falado de quatro em quatro anos, como Deputado e também como Senador, e na última Olimpíada eu disse a mesma coisa. Chega a época, Senador Cleitinho, das Olimpíadas, todo mundo fica esperando a medalha de ouro, a medalha de prata e a de bronze. Depois, durante os quatro anos, esquecem-se disso. Aí os atletas não têm recursos, não têm dinheiro para passagem, não têm dinheiro para acompanhante, para alimentação, e fazem sacrifícios para representar o Brasil lá fora.

    Nós já não temos mais esporte nas escolas. Já não temos realmente programas. Graças ao Exército ainda, aqueles programas antigos ainda, porque vários atletas que receberam medalhas estão nos programas das Forças Armadas... Mas, se não fosse isso, nós estaríamos, talvez, com pires na mão, para que eles pudessem ir lá representar o Brasil.

    Então, é muito importante que este país, na hora de fazer o orçamento, prestigie realmente o esporte, porque esporte é cultura, esporte é educação, e a gente precisa realmente melhorar, dar melhores condições para os nossos atletas e para os nossos jovens, porque pelo esporte também se educa, se tem disciplina, trabalho coletivo, e isso é muito importante.

    Quero também, Presidente, aproveitar a minha fala. Ontem, nós votamos, na Comissão de Assuntos Econômicos, o Grupo de Trabalho da Reforma Tributária. Já apresentamos 11 temas para serem debatidos toda terça-feira à tarde, às 14h. Quando não tiver sessão deliberativa na CAE, nós faremos de manhã e, se for necessário, todas as quartas, quintas, mas nós precisamos debater, ponto a ponto, a reforma tributária.

    Essa reforma nasceu na Academia da Fundação Getúlio Vargas. É teoricamente maravilhosa, mas o mundo real é diferente. Essas pessoas que normalmente escrevem os textos, normalmente o fazem nos seus gabinetes, no ar-condicionado, lendo algum livro, ligando para algum colega, mas, quando você coloca no mundo real, na ponta do lápis, você vai ver que realmente há um aumento significativo da carga tributária, e quem vai pagar essa conta é o contribuinte – não tenha dúvida disso –, e é cada segmento.

    "Ah, não, a saúde está com incentivo"; "alguns planos de saúde não vão ter aumento porque são fechados"; mas o aumento do profissional liberal, dos medicamentos, de tudo aquilo que se emprega no atendimento da saúde, vai ser recomposto no equilíbrio econômico do plano de saúde; vai ter aumento para o consumidor. Nós temos distorções imensas.

    Nós vamos votar hoje aqui o projeto da desoneração. Estão aumentando imposto, estão aumentando a alíquota da contribuição social sobre o lucro. Então, será que vamos aprovar mais aumento de impostos? É incrível como as pessoas votam sem conhecer o mundo real!

    Nós vimos ontem, e conversei, antes de ontem, com a construção civil. Minha Casa, Minha Vida...

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – ... é o sonho do cidadão de morar em algum lugar. O Brasil tem um déficit imenso de habitação, e a carga tributária aumenta mais de 50%, com números, dados concretos, não é chute. Acho que nem o Governo tem esses dados, porque o número apresentado pelo Governo não é o número oficial, não é o número real.

    Da mesma forma, quando se fala em simplificação, porque foi vendida uma reforma de simplificação e neutralidade, de simplificação, esquece. Nós vamos passar dez anos fazendo tudo o que a gente já faz hoje, que é esse manicômio tributário, e mais tudo o que está sendo acrescentado na reforma tributária. Neutralidade, basta ver o que está acontecendo nos setores.

    Acho que agora – para concluir, Presidente, só um minuto para concluir – as pessoas começaram a ler o projeto e a fazer conta, porque, de fato, o aumento em vários setores...

(Soa a campainha.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF) – ... é bastante significativo.

    Então, qual é a nossa proposta do grupo de trabalho? Ninguém é contra a reforma. Eu mesmo, como Deputado, fiquei lá oito anos na Comissão de Tributação, discutindo a reforma tributária e, depois, aqui também no Senado. Mas somos contra o texto, porque, de fato, nós temos ali muita insegurança jurídica no texto; nós temos ali responsabilização do contribuinte de fiscalizar se o fornecedor pagou ou não, para compensar o crédito; nós temos aumentos, muitos, muito elevados em determinadas categorias, que vão comprometer, realmente, a geração de emprego e a economia.

    Nessa desoneração que está na pauta de hoje são 17 setores. Qual é o impacto de cada um deles? O Governo apresentou isso? Não. Eu quero saber e pedi isso para a Receita, a desoneração de cada setor, para a gente realmente não jogar todo mundo na mesma vala e querer socializar...

(Interrupção do som.)

    O SR. IZALCI LUCAS (Bloco Parlamentar Vanguarda/PL - DF. Fora do microfone.) – ... o prejuízo.

    Era isso, Presidente


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/08/2024 - Página 18