Discurso durante a 247ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque para a realização pelo Senado das sessões de homenagem: Comenda Dorina Nowill, Comenda Zilda Arns e Comenda Dom Hélder Câmara.

Celebração pelo Dia Nacional das APAEs, comemorado em 11 de dezembro.

Autor
Flávio Arns (REDE - Rede Sustentabilidade/PR)
Nome completo: Flávio José Arns
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Destaque para a realização pelo Senado das sessões de homenagem: Comenda Dorina Nowill, Comenda Zilda Arns e Comenda Dom Hélder Câmara.
HOMENAGEM:
  • Celebração pelo Dia Nacional das APAEs, comemorado em 11 de dezembro.
Aparteantes
Paulo Paim.
Publicação
Publicação no DSF de 12/12/2019 - Página 67
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ENTREGA, CONDECORAÇÃO, COMENDA, ZILDA ARNS, DOM HELDER CAMARA.
  • REGISTRO, CELEBRAÇÃO, DIA NACIONAL, ASSOCIAÇÃO DOS PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS (APAE).

    O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - PR. Para discursar.) – Agradeço, Sr. Presidente.

    Como de hábito, em primeiro lugar, quero saudar V. Exa. Eu sempre faço isso porque é uma honra, uma alegria e uma satisfação vê-lo presidindo a sessão do Senado Federal, inclusive na condição de Vice-Presidente desta Casa. E quero, ainda, sempre destacar para o povo de Minas realmente a importância da sua pessoa no cenário nacional. Portanto, parabéns ao povo de Minas por trazê-lo aqui ao Congresso Nacional!

    Eu quero destacar, Sr. Presidente, três eventos que aconteceram aqui no Senado Federal, na semana passada e nesta semana.

    O primeiro deles, na semana passada, foi a entrega da Comenda Dorina Nowill, uma pedagoga, professora de São Paulo, especializada na área da deficiência visual, ela própria cega desde os 17 anos. E essa comenda tem por objetivo homenagear aqueles que se destacam no atendimento das pessoas com deficiência no Brasil, demonstrando assim o reconhecimento da sociedade e do Senado. É importante que a sociedade saiba e em especial todas aquelas milhares de entidades do Brasil que atuam nessa área do atendimento, seja da pessoa com deficiência visual, auditiva, intelectual, física, deficiências múltiplas, autismo, distúrbios de conduta, comportamentais, para que continuem firmes nessa caminhada.

    Ontem, foi entregue uma outra comenda – e isso deve acontecer também no ano que vem –, a Comenda Zilda Arns. Zilda Arns foi coordenadora da Pastoral da Criança, um trabalho de 36 anos no Brasil, inclusive acompanhando, ainda hoje, 1 milhão de crianças em nosso País, com 160 mil voluntários.

    A Sra. Zilda Arns morreu durante um terremoto no Haiti há dez anos. Esse período de dez anos, aliás, vai ser completado no ano que vem, quando, inclusive, nos dias 10, 11 e 12 de janeiro, teremos, em Curitiba, no chamado Museu da Vida, que conta a história da Pastoral da Criança, três dias de homenagens, de discussões, de lembranças, de reflexões e de oração em relação a tudo aquilo que foi feito pela Pastoral da Criança.

    Ela, quando faleceu no Haiti, naquele ano de 2010, já coordenava também a Pastoral da Pessoa Idosa, que conta com 25 mil voluntários acompanhando – e digo acompanhando porque são visitas, orientações, discussões, com o apoio, inclusive, para que a pessoa não se sinta só, que receba o apoio, o carinho, o amor da comunidade –, acompanhando, como dizia, 100 mil idosos no Brasil. Inclusive, saúdo o Senador Paulo Paim, grande amigo, que está aqui presente e é autor do Estatuto do Idoso do Brasil.

    O Sr. Paulo Paim (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Para apartear.) – Um minutinho, Senador Flávio Arns, um aparte de um minuto só.

    Eu tive a alegria de recebê-la na Comissão de Direitos Humanos, onde ela fez a defesa do Estatuto do Idoso e apoiou todos os outros estatutos. V. Exa. foi Relator, inclusive, do da Pessoa com Deficiência.

     Mas, ontem, Senador Flávio Arns, permita que eu diga, foi uma belíssima sessão, belíssima, de parte de todos os oradores. Mas eu queria dizer que V. Exa. se sinta também homenageado, porque todos os oradores citaram seu nome pelo trabalho que faz com as pessoas com deficiência, com o idoso, com os jovens, enfim, porque tem esse compromisso com o social.

    E eu aqui, de forma muito carinhosa, me dirijo a V. Exa., porque hoje, pela manhã, quando eu tive que pedir vista de um projeto em que V. Exa. era Relator ad hoc, o fiz com enorme constrangimento. Mas, tenha a certeza de que – essa vista foi feita –, na hora da votação, eu vou votar com V. Exa. na aprovação desse projeto; pode ter certeza absoluta.

    Meus cumprimentos a V. Exa!

    O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - PR) – E quero dizer que concordo inteiramente, porque é a sua linha também de atuação, para que haja em relação aos projetos de lei um amplo debate, porque quanto mais debate melhor também – e, particularmente, na área dos distúrbios de aprendizagem.

    Mas a Zilda Arns, eu a chamo de Tia Zilda, irmã do meu pai.

    Então, foram homenageadas entidades, pessoas e instituições que atuam no Brasil na área da criança e do adolescente. E eu quero dizer aqui da tribuna que muita gente deveria ser homenageada – ontem estavam aqui dez instituições.

     E hoje foi a Comenda Dom Hélder Câmara, a Comenda de Direitos Humanos, para entidades e pessoas que lutam pela área de direitos humanos. Cito, Senador Anastasia, novamente o Senador Paulo Paim, que é o Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa aqui do Senado Federal. Eu sou membro, colega também, do Senador nesta Comissão.

    Dom Hélder Câmara, muito combatido numa época, é uma referência no Brasil. Inclusive, a gente se refere a ele como a grande liderança, o Mensageiro da Esperança – quer dizer, o mensageiro que vai levar a mensagem da esperança –, com títulos e condecorações em todos os países do mundo, mais de 750 homenagens no mundo inteiro, quatro vezes indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Então, é algo maravilhoso.

    E havia várias entidades aqui presentes hoje, até umas duas da tarde, uma e meia mais ou menos. São entidades que atuam na área da saúde, na área do apoio às mulheres que estejam com câncer também, também na área da recuperação de dependentes químicos, enfim, direitos humanos.

    E eu quero destacar que tudo isso, no dia de hoje, inclusive, tem que ser ligado com uma homenagem muito especial, porque hoje é o Dia Nacional das APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais), 65 anos. Movimento extremamente organizado e forte no Estado de Minas Gerais, no Estado do Rio Grande do Sul, no Paraná, em todos os Estados.

    Começou com uma Apae, 65 anos atrás, lá na Guanabara. Nem existe mais o nome Guanabara hoje em dia. A partir daquela entidade, o movimento foi para mais de 2,2 mil Municípios do nosso País. É o maior movimento a favor da pessoa com deficiência do mundo! Reúne pais, pessoas com deficiência, profissionais, amigos, voluntários da área, com um conjunto de atividades essenciais para a cidadania.

    Se a gente fosse levantar três objetivos principais, eu diria: primeiro deles, trabalhar por direitos humanos, por cidadania, para todas as pessoas com deficiência, no caso, relacionado com tudo aquilo que foi feito nesta semana e na semana passada aqui no Senado Federal; o segundo objetivo, prestar serviços de qualidade, escola, saúde, fisio, trabalho, cultura, esporte, chances, oportunidades; e o terceiro objetivo, apoiar as famílias que tenham filho, sobrinho, neto com deficiência, para que essas famílias se sintam amparadas e apoiadas nessa caminhada pela vida.

    Então, Sr. Presidente, a gente tem muito o que enaltecer o que aconteceu aqui nesta Casa nesta última semana, particularmente hoje. Quero dizer para todas as APAEs do Brasil, que trabalham, capricham, se esforçam no dia a dia, que nós estamos aqui atentos, queremos dar esse apoio necessário.

    O símbolo das APAEs é uma flor, uma margarida com duas mãos embaixo dessa margarida. Uma mão é de apoio – apoiar todas essas pessoas, essas iniciativas –; e a outra mão é de orientação. Então, duas mãos e uma margarida: apoio, proteção e orientação. Existe um pensamento muito bonito...

(Soa a campainha.)

    O SR. FLÁVIO ARNS (Bloco Parlamentar Senado Independente/REDE - PR) – ... no movimento – eu já fui Presidente nacional das APAEs e também, anos atrás, Presidente das APAEs no Paraná – que diz: onde você encontrar essas mãos, estenda as suas. Onde você encontrar essas mãos das APAEs, estenda as suas. Isso significa: vamos apoiar, vamos ajudar, vamos nos envolver na construção da cidadania, principalmente para aquelas pessoas – e as pessoas com deficiência estão nesse grupo – que mais precisam do apoio da sociedade.

    Então, feliz Dia das APAEs. Em 11 de dezembro de 1954, tudo começou – 65 anos de uma bela caminhada.

    Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/12/2019 - Página 67