A 10ª Cúpula de Presidentes dos Parlamentos do G20 (P20) será realizada em Brasília, no Palácio do Congresso Nacional.

Fundada em 1960 para ser a capital do Brasil, Brasília é a materialização do sonho do ex-Presidente Juscelino Kubitschek de fundar uma nova sede da República no Planalto Central, centro geográfico do País.

Dois grandes mestres da arquitetura brasileira respondem pela escala monumental de Brasília: Lúcio Costa, vencedor do concurso para o projeto urbano da nova capital (o chamado Plano Piloto), e Oscar Niemeyer, responsável pelo projeto de arquitetura das sedes dos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. A Praça dos Três Poderes, em formato de triângulo equilátero, justapõe Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. Nela, urbanismo e arquitetura fundem-se em um todo único, indissociável.

Brasília recebeu o título de Patrimônio da Humanidade da UNESCO em 1987, sendo o maior perímetro tombado no mundo. Construído entre os anos de 1957 e 1960, o Palácio do Congresso Nacional, sede das duas casas legislativas, Senado Federal e Câmara dos Deputados, é marco visual não apenas da praça, mas também de toda a Esplanada dos Ministérios, localizada à sua frente.

Tendo por uma de suas referências o prédio das Nações Unidas em Nova York, de cujo projeto Niemeyer também participou, a sede do Parlamento brasileiro articula a elegância de volumes puros e a força de soluções estruturais potentes em duas grandes cúpulas que singularizam e associam ambas as casas legislativas – o Senado Federal, com a cúpula convexa, e a Câmara dos Deputados, com a cúpula côncava.

A solução em cúpulas emula, simbolicamente, elementos adotados desde a antiguidade clássica, mas que, em Brasília, sob o traço modernista, adquirem protagonismo na cena urbana da capital. Os interiores das grandes cúpulas hospedam ambos os plenários, onde há as maiores deliberações políticas do País.

A grande plataforma onde repousam ambas as estruturas se denomina, nos projetos originais, praça do povo e sob ela flui a democracia do Legislativo brasileiro. Para além da força da solução externa do Palácio, os interiores do Congresso acolhem notáveis coleções de arte e mobiliários da República. Essa síntese única de brasilidade conta com obras dos notáveis artistas Athos Bulcão, Marianne Peretti, Di Cavalcanti e Anna Maria Niemeyer, entre outros grandes nomes.

Em 2021, o Congresso Nacional foi declarado bem tombado definitivamente por sua significância cultural na historiografia brasileira.

Em 2024, o Palácio do Congresso Nacional reforça sua vocação parlamentar e evoca sua gênese nas grandes deliberações internacionais para ser a sede do P20 no Brasil.